• Nenhum resultado encontrado

Capítulo 3 – Descrição da Base de Dados

3.2 Análise preliminar do conjunto de dados

Neste estudo, cada quadro de dados, contendo 7 sub-regiões e 12 variáveis, corresponde aos anos 2000, 2003, 2006 e 2009, respetivamente. Uma análise preliminar das variáveis, efetuada no SPSS 17.0, permitiu obter algumas estatísticas descritivas, apresentadas nas tabelas 3.2.1 a 3.2.4, tais como a média, a mediana, o coeficiente de variação, o coeficiente de assimetria e a construção de gráficos boxplot relativos às variáveis em estudo.

27 Variáveis Mínimo Máximo Média Mediana

Coeficiente de Variação (%) Coeficiente de Assimetria EC 1532,00 21114,00 8578,14 6349,00 94,89 ,99 FL 1349,00 51021,00 17440,57 10520,00 99,70 1,35 FC 920,00 44837,00 16080,57 7780,00 100,83 1,01 NH 3652,00 75149,00 31680,00 13930,00 98,71 ,68 CV 7314,00 109689,00 49455,43 25067,00 88,22 ,41 ST 267639,00 10155419,00 3661820,14 1555151 102,62 ,94 TC 7,67 43,44 34,4814 38,42 35,32 -2,33 CC 759,00 1936,00 1139,86 1080,00 34,55 1,63 PH 346716,00 8169412,00 3082177,57 1260732,00 101,02 ,81 DF 4,20 5,30 4,71 4,60 7,43 ,34 RC 1,60 13,80 6,69 7,80 66,07 ,37 CH 2428,00 10350,00 3884,57 2566,00 74,21 2,53 Tabela 3.2.1 – Estatísticas Descritivas – ano 2000

Variáveis Mínimo Máximo Média Mediana

Coeficiente de Variação (%) Coeficiente de Assimetria EC 1663,00 20793,00 8185,14 5828,00 95,56 1,09 FL 1592,00 25099,00 11629,14 10067,00 79,90 ,38 FC 1334,00 33314,00 13148,43 9156,00 88,77 ,83 NH 4453,00 81805,00 34162,00 15511,00 95,07 ,64 CV 7385,00 90445,00 41443,57 19768,00 87,80 ,41 ST 371271,00 9646461,00 3680614,57 1788463,00 95,48 ,87 TC 15,36 50,32 40,0214 45,62 32,16 -1,54 CC 1114,00 2357,00 1516,43 1429,00 29,46 1,18 PH 532825,00 10339105,00 3686281,86 1677686,00 99,40 1,13 DF 4,30 5,30 4,87 4,90 7,39 -,43 RC ,70 6,80 3,57 3,00 76,47 ,00 CH 4145,00 10449,00 5519,71 4934,00 40,01 2,47 Tabela 3.2.2 – Estatísticas Descritivas – ano 2003

28 Variáveis Mínimo Máximo Média Mediana

Coeficiente de Variação (%) Coeficiente de Assimetria EC 1377,00 14262,00 6285,71 4681,00 84,52 ,90 FL 2197,00 21397,00 10696,00 8463,00 68,63 ,36 FC 1555,00 21788,00 9781,86 8401,00 75,44 ,56 NH 6057,00 89446,00 38018,71 182441,00 92,70 ,68 CV 6795,00 82597,00 40783,29 22201,00 83,09 ,31 ST 482304,00 6691062,00 2776782,86 1450449,00 87,22 ,83 TC 20,05 51,97 39,94 40,77 28,77 -,85 CC 1404,00 2878,00 2017,57 1936,00 27,76 ,46 PH 970974,00 13118658,00 4860624,29 2582339,00 93,33 1,15 DF 4,20 5,20 4,80 4,90 7,50 -,75 RC ,20 6,50 2,70 2,40 88,52 ,76 CH 5686,00 12166,00 7290,71 6590,00 31,27 2,07 Tabela 3.2.3 – Estatísticas Descritivas – ano 2006

Variáveis Mínimo Máximo Média Mediana

Coeficiente de Variação (%) Coeficiente de Assimetria EC 897,00 11707,00 4893,43 3478,00 90,55 ,92 FL 628,00 9774,00 3891,43 2453,00 88,55 ,89 FC 1340,00 15746,00 7226,86 5871,00 77,79 ,42 NH 3434,00 48399,00 21928,43 12614,00 85,89 ,57 CV 5011,00 63662,00 29326,43 14159,00 86,19 ,46 ST 381819,00 5806465,00 2372720,14 1212597,00 90,02 ,78 TC 18,82 57,28 41,52 41,94 33,19 -,67 CC 808,00 1640,00 1183,86 1118,00 27,03 ,17 PH 392871,00 7730038,00 3087518,14 1731207,00 91,42 ,91 DF 4,30 5,00 4,74 4,80 5,91 -,55 RC ,10 6,00 2,23 1,90 99,10 ,77 CH 7166,00 16424,00 9418,43 7838,00 35,78 1,92

29

É de salientar que no ano 2000 a maior parte das variáveis possuem uma elevada dispersão, indicando que existe uma grande variabilidade entre as sub-regiões estudadas. As variáveis com maior dispersão, i.e. onde os valores se afastam bastante em relação à média são superfície total das obras concluídas (ST), valor total de prédios hipotecados (PH), número de fogos concluídos (FC), número de fogos licenciados (FL), número de contratos com hipoteca (NH), número de edifícios concluídos (EC) e número de contratos de compra e venda (CV).

As que apresentaram menor dispersão, i.e., as que apresentam um conjunto de dados mais homogéneos foram número de divisões por fogo concluído (DF), crédito hipotecário (CC) e taxa de crédito à habitação (TC).

Com a exceção da variável taxa de crédito à habitação (TC), todas as outras possuem um coeficiente de assimetria positivo, pelo que predominam os valores baixos. Nestas destacam-se as variáveis crédito à habitação (CH) e crédito hipotecário (CC), que apresentam valores muito elevados.

Em 2003 e 2006, é visível uma diminuição dos coeficientes de variação, o que se traduz numa menor dispersão das variáveis face ao ano 2000. No ano de 2003 as variáveis com maior dispersão são valor total de prédios hipotecados (PH), número de edifícios concluídos (EC), superfície total das obras concluídas (ST) e número de contratos com hipoteca (NH). As que possuem uma menor dispersão são número de divisões por fogo concluído (DF), crédito hipotecário (CC), e taxa de crédito à habitação (TC), e são as mesmas face ao ano de 2000. Em 2006 destacam-se as variáveis valor total de prédios hipotecados (PH) e número de contratos com hipoteca (NH) com maior dispersão e mantêm-se as variáveis com menor dispersão.

Relativamente ao ano 2009, concluímos quais as variáveis que possuem um maior coeficiente de variação: número de reconstruções (RC), valor total de prédios hipotecados (PH), número de edifícios concluídos (EC) e superfície total das obras concluídas (ST). Verificamos que todas as variáveis apresentam um coeficiente de variação inferior face ao ano de 2000, à exceção da variável número de reconstruções (RC), que aumentou. Isto significa que no último ano registou-se uma menor variação entre as sub-regiões estudadas relativamente às variáveis em causa.

30

Ao nível da análise da assimetria, verificamos que a variável mais assimétrica é crédito à habitação (CH), com coeficiente de assimetria positivo, onde predominam valores baixos. Tal já se tinha verificado para o ano de 2000. Apenas duas variáveis apresentam uma assimetria à esquerda (coeficiente de assimetria negativo), onde predominam valores altos: taxa de crédito à habitação (TC) e número de divisões por fogo (DF), sendo que todas as outras apresentam uma assimetria positiva, principalmente crédito à habitação (CH), número de edifícios concluídos (EC), valor total de prédios hipotecados (PH) e número de fogos licenciados (FL).

No Gráfico 3.2.1 podemos observar os gráficos Boxplot das variáveis físicas: número de edifícios concluídos (EC), número de fogos licenciados (FL), número de fogos concluídos (FC), número de contratos de compra e venda (CV), superfície total das obras concluídas (ST), número de divisões por fogo (DF) e número de reconstruções (RC).

31

EC FL

FC

CV

32

RC

Gráfico 3.2.1 –Gráficos de Boxplot das Variáveis Físicas – Volume de Construção

No Gráfico 3.2.2 podemos observar os gráficos Boxplot das variáveis financeiras: taxa de crédito à habitação (TC), crédito hipotecário (CC), valor total de prédios hipotecados (PH), crédito à habitação (CH) e número de contratos com hipoteca (NH).

33

TC

CC

PH CH

NH

34

Para todos os anos observa-se que os valores das variáveis número de edifícios concluídos (EC), número de fogos licenciados (FL), número de fogos concluídos (FC), número de contratos com hipoteca (NH), número de contratos de compra e venda (CV), superfície total das obras concluídas (ST) e valor total de prédios hipotecados (PH), estão muito concentrados no intervalo [min, mediana] e que a localização da distribuição decresce ligeiramente ao longo dos anos.

O valor central dos edifícios concluídos (EC) é de 6349, em 2000. Este valor sofreu uma diminuição ao longo dos anos, atingindo 3478, em 2009. A par desta variável, o número de fogos licenciados (FL) e o número de reconstruções (RC) apresentaram a mesma tendência.

Algumas variáveis apresentam um aumento do seu valor central entre 2000 e 2003. Após este período, os seus valores decrescem até ao último ano em estudo. Esta tendência é uma caraterística do número de fogos concluído (FC), da superfície total de obras (ST) e do número de divisões por fogo (DF).

As variáveis número de contratos com hipoteca (NH), crédito hipotecário (CC) e valor total dos prédios hipotecados (PH) têm valores medianos crescentes até 2006, invertendo o sentido em 2009. Relativamente ao valor mediano de valor total dos prédios hipotecados (PH), apesar do decréscimo a partir de 2006, regista em 2009 um valor mediano de 173127, bastante superior ao do ano inicial do estudo, 1260732.

Estas observações indicam que o efeito de queda generalizada dos valores medianos das variáveis financeiras é uma consequência retardada da queda registada anteriormente pelas variáveis físicas.

A única variável financeira que apresenta um comportamento crescente ao longo do período em estudo é o crédito à habitação (CH), registando um aumento significativo ao nível do seu valor central. Em 2000 registou um valor de 2566 e, em 2009, um valor de 7838. Com efeito, tendo em conta este resultado, podemos concluir que o nível de endividamento por habitante, em termos de crédito à habitação, aumentou para mais do triplo do valor central registado em 2000.

Relativamente ao crédito hipotecário (CC) varia muito ao longo dos anos. A variável taxa de crédito à habitação (TC) apresenta dois outliers ,ou seja valores aberrantes, um severo (valor que dista dos extremos da caixa mais do que 3 vezes a largura da caixa –

35

distância interquartil) para o ano de 2000 e um moderado (valor que dista dos extremos da caixa entre 1,5 e 3 vezes a largura da caixa – distância interquartil) para o ano de 2003, referente à Região Autónoma da Madeira.

A taxa de crédito à habitação (TC) apresenta dois valores muito baixos nestes anos. Já as variáveis crédito hipotecário (CC) e crédito à habitação (CH) possuem outliers mas para valores altos. A variável crédito hipotecário (CC), possui um outlier moderado para a sub-região de Lisboa, referente ao ano de 2000. Crédito à habitação (CH) possui

outliers para os quatro anos, sendo que em 2000 e 2003 são severos, passando a

moderados em 2006 e 2009. O crédito hipotecário (CC) apresenta valores muito elevados na sub-região de Lisboa.

Analisando em exclusivo os valores médios, a nível nacional, destacam-se as variáveis relativas ao número de fogos concluídos (FC), número de contratos com hipoteca (NH), crédito hipotecário (CC) e valor total de prédios hipotecados (PH), que apresentam um comportamento muito similar ao longo dos anos do estudo e com resultados relevantes: os valores médios destas variáveis descrevem um sentido ascendente entre 2000 e 2003 e entre 2003 e 2006, descendendo abruptamente entre os anos de 2006 e 2009. Os valores médios registados neste último período são muito próximos dos registados em 2000, destacando-se destes o valor médio do número de contratos com hipoteca (NH) que em 2009 apresentam um valor bastante aquém do valor médio de 2000. É de notar ainda que na descrição deste comportamento incluem-se várias variáveis relacionadas com a aquisição de habitação familiar com recurso a crédito e/ou aspetos financeiros no estudo.

Ainda a nível nacional, os valores médios de crédito à habitação (CH) são os únicos que mantêm um comportamento crescente ao longo dos anos em estudo, atingindo em 2009 valores médios superiores em mais do dobro daqueles registados em 2000. Pelo contrário, há várias variáveis cujos valores médios decrescem ao longo de todo o período temporal em estudo: número de edifícios concluídos (EC), número de fogos licenciados (FL), número de fogos concluídos (FC), número de contratos de compra e venda (CV) e número de reconstruções (RC).

No que respeita a estas últimas, é de assinalar que algumas variáveis apresentam em 2009 valores médios muito inferiores aos registados no início do estudo, em 2000. Concretamente, os valores médios do número de fogos concluídos (FC) e do número de

36

edifícios concluídos (EC), no ano 2000, são próximos do dobro dos homólogos de 2009. No caso da variável relativa ao número de reconstruções (RC), o valor médio no ano de início do estudo é próximo do triplo do que veio a registar em 2009. Finalmente, o valor médio nacional donúmero de fogos licenciados (FL) em 2000 é mais do que o quádruplo do registo de 2009.

37

Capítulo 4 – Análise da Evolução do Setor da Construção em

Documentos relacionados