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Análise dos resultados do diagnóstico de gestão do conhecimento realizado no setor de Design do SEBRAE/RN

Periodicidade da Defesas

ENQUADRAMENTO POR ATIVIDADEPORTE DA

4.7 Análise dos resultados do diagnóstico de gestão do conhecimento realizado no setor de Design do SEBRAE/RN

4.7 Análise dos resultados do diagnóstico de gestão do conhecimento realizado no setor de Design do SEBRAE/RN

No questionário, cada seção é composta de 20 perguntas, para cada pergunta, obtiveram-se respostas do tipo:

F forte: a afirmação é fortemente descritiva na minha organização;

M moderado: a afirmação é moderadamente descritiva na minha organização; Fr fraco: a afirmação é fracamente descritiva na minha organização.

As respostas tipo F têm peso 3, as tipo M têm peso 2 e as tipo Fr têm peso 1. Ou seja, ao final de cada seção, somam-se as respostas de cada tipo e multiplica pelo respectivo peso. A pontuação máxima para cada seção são 60 pontos. Assim, divide-se a soma da pontuação vezes seu peso pelo número máximo de questões: [(pontuação obtida x peso) / 60] x 100, gerando a porcentagem equivalente ao estado da arte da gestão do conhecimento dentro do setor de Design cujo escopo é de 33,33% a 100%; pois, se todas as respostas de uma seção for Fr , obtêm-se 20 pontos, que é o mínimo. Logo, a porcentagem mínima é [(20 / 60) x 100], ou seja, 33,33%.

Fazendo a correlação entre os resultados da pesquisa e sua respectiva pontuação, observam-se, na tabela 4-2, os seguintes resultados.

Tabela 4-2

Pontuação dos entrevistados para cada uma das sete seções

Ação Funcionário 1 Funcionário 2 Funcionário 3

Seção 1: Adquira 42/60 = 70,00% 37/60 = 61,66% 43/60 = 71,66%

Seção 3: Aprenda 55/60 = 91,66% 51/60 = 81,00% 36/60 = 60,00% Seção 4: Coopere 38/60 = 63,33% 41/60 = 68,30% 39/60 = 65,00% Seção 5: Avalie 30/60 = 50,00% 28/60 = 46,60% 25/60 = 41,66% Seção 6: Sustente 50/60 = 83,33% 43/60 = 71,66% 38/60 = 63,33% Seção 7: Exclua 45/60 = 75,00% 44/60 = 73,33% 38/60 = 63,33% Média 311/420 = 74,04% 291/420 = 69,28% 259/420 = 61,66%

Desse modo, a pesquisa ajudou a identificar a seção ou as seções que necessitam de maior investimento, por parte da equipe responsável pela implementação da gestão do conhecimento, ou seja, a seção ou seções que enfrentam maior resistência dos funcionários da empresa, tornando mais direcionado a atuação dos motivadores ou incentivadores do compartilhamento do conhecimento.

Fazendo a relação entre as seções (ou ações) do questionário e os passos da metodologia descrita de gestão do conhecimento, obtém-se:

Criar: é a média entre a pontuação das ações aprenda e coopere ; manter: é a média entre a pontuação das ações avalie e sustente ; utilizar: é a média entre a pontuação das ações adquira e use ; descartar: é a mesma pontuação da ação exclua .

Portanto, a tabela 4-3 apresenta as porcentagens para os passos: criar, manter, utilizar e descartar, a partir da média aritmética das suas respectivas ações.

Tabela 4-3

Etapas da implementação da gestão do conhecimento com as respectivas pontuações de cada funcionário entrevistado

Passo Funcionário 1 Funcionário 2 Funcionário 3 Média

Criar 77,50% 76,66% 62,50% 72,22%

Manter 66,66% 59,16% 52,50% 59,44%

Utilizar 77,50% 70,00% 69,16% 72,22%

Descartar 75,00% 73,33% 63,33% 70,55%

Analisando os dados da tabela 4-3, observou-se que a etapa em que se considera que o setor de Design é mais fraco, necessitando de uma maior atenção, é a manutenção (ações: avaliar e sustentar ) dos conhecimentos envolvidos. Portanto, o primeiro passo

é analisar como o setor está armazenado as informações e conhecimentos envolvidos nos programas e projetos desenvolvidos pelo SEBRAE/RN, para então, entender o porquê de ser a porcentagem mais baixa com relação as outras etapas (criar, utilizar e descartar). Isso foi verificado através de visitas ao setor e conversando as pessoas entrevistadas.

É importante observar que as pessoas têm usado conhecimento nas organizações há muito tempo (criação). No entanto, o reconhecimento de que o conhecimento é um recurso que precisa ser gerenciado é relativamente recente (TEIXEIRA FILHO, 2000). Esse argumento pode justificar a porcentagem alta do processo criar . Com relação a utilização do conhecimento, é natural que quando se precisa de informações e conhecimentos úteis para aplicá-los, sempre se busca esse conhecimento (normalmente explícito). No caso do processo descartar , conclui-se que se trata de uma tarefa mais simples, pois quando se tem um conhecimento útil, necessita armazená-lo, estocá-lo em algum lugar previamente analisado, classificado e formalizado; mas quando se tem conhecimento inútil, basta eliminá-lo da base do conhecimento ( armazém do conhecimento).

Numa análise preliminar do setor de Design, a primeira hipótese é a falta de ferramentas capazes de armazenar todo o conhecimento criado, o que dificulta a busca e recuperação do conhecimento documentado. A segunda é a falta de uma sistemática na organização para documentar os conhecimentos explícitos em algum lugar, uma lacuna devido à ausência de uma pessoa responsável por isso: gestor do conhecimento .

As ferramentas de gestão do conhecimento apoiadas pela TI facilitam, principalmente, no armazenamento e resgate de informações e conhecimentos. Utilizar conhecimento, quando se precisa, é um processo natural do ser humano, mas criar e manter, dependendo da cultura existente na organização, torna-se um paradigma a ser quebrado. Sempre criou-se e trabalhou-se usando conhecimento dentro das empresas, mas formalizar o conhecimento tácito (convertendo em conhecimento explícito) e mantê-lo em um lugar (base do conhecimento) onde toda a equipe possa encontrar e aprender com ele, torna a equipe mais independente durante a execução dos projetos e programas.

Justamente, a falta de ferramentas apropriadas para manter as informações e conhecimentos criados no setor de Design e a inexistência de uma pessoa responsável no gerenciamento desses conhecimentos envolvidos ( gestor do conhecimento ) foram os que ficaram mais evidentes durante a entrevista e após algumas visitas ao setor (análise mais detalhada).

Teixeira Filho (2000, p. 131, 133) reforça as duas hipóteses discutidas argumentando, com relação à ausência do gestor do conhecimento, que: cada parte do processo de gestão do conhecimento tem que ter seu responsável devidamente identificável, com atribuições claramente definidas ; já com relação a necessidade de uma ferramenta de gestão do conhecimento, ele diz que: o processo de gestão do conhecimento pode ter como ferramentas de suporte um sistema de informação baseado em tecnologia Web (TEIXEIRA FILHO, 2000, p. 131). O próximo capítulo propõe uma ferramenta com tecnologia Web para suprir essa necessidade.