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O Grupo A apresentou uma profundidade mínima de 11 metros, enquanto o Grupo B apresentou 12 metros. Já a profundidade máxima houve uma diferença de 12,02 metros entre os grupos, já que no Grupo A a profundidade máxima foi de 20,07 metros, enquanto no Grupo B, foi de 32,09 metros.

Quanto a média da profundidade, o Grupo B teve uma média de 2,75 metros maior que o Grupo A; pois o primeiro teve profundidade média de 17,16 metros, e o último de 14,40 metros.

Gráfico 1 – Comparativo Grupos A e B referente às profundidades

Fonte: Elaborado pela autora, (2019).

O desvio padrão da profundidade média entre os grupos foi semelhante: no Grupo A o mesmo foi de 1,41%, e no Grupo B foi de 1,43%.

0 5 10 15 20 25 30 35 PROFUNDIDADE MÍNIMA (m) PROFUNDIDADE MÁXIMA (m)

AMPLITUDE (m) PROFUNDIDADE MÉDIA (m)

COMPARATIVO GRUPOS A E B

Gráfico 2 – Desvio padrão em relação à profundidade média dos grupos A e B

Fonte: Elaborado pela autora, (2019).

Referente ao sobreconsumo de concreto, apesar da diferença de resistência entre os grupos nos ensaios tipo SPT, e diferença nos diâmetros, ambos apresentaram um sobreconsumo muito próximo. Para as estacas de 30 cm, o Grupo A teve um sobreconsumo de concreto de 30,57%, enquanto o Grupo B foi de 34,43%. Nas estacas de diâmetro 40 cm, o Grupo A teve 27,02%, enquanto as estacas de mesmo diâmetro no grupo B resultaram 24,52%. Foram executadas estacas de 50 cm de diâmetro apenas no Grupo B, portanto não houve comparativo da mesma.

Gráfico 3 – Desvio padrão em relação à profundidade média dos grupos A e B

Fonte: Elaborado pela autora, (2019).

No total, o sobreconsumo de concreto em todas as estacas que englobam os blocos do Grupo A foi de 28,675%, e no Grupo B de 29,259%.

1,41 1,41 1,42 1,42 1,43 1,43 GRUPO A GRUPO B

DESVIO PADRÃO PROF MÉDIA (%)

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 30 CM 40 CM 50 CM

SOBRECONSUMO EM DIFERENTES DIÂMETROS

Gráfico 4 – Desvio padrão em relação à profundidade média dos grupos A e B

Fonte: Elaborado pela autora, (2019).

28 28,5 29 29,5

SOBRECONSUMO (%)

COMPARATIVO GERAL DE SOBRECONSUMO

6 CONCLUSÃO

Foram coletados, avaliados e comparados os dados de consumo de concreto obtidos na fundação da obra estudada, de acordo com o solo local e os diâmetros das estacas. Foi feito o acompanhamento da execução da fundação e coletados dados reais da mesma, como planilhas de controles das estacas, histórico dos ensaios SPT e projetos.

Na análise dos ensaios SPT, viu-se que as estacas apresentavam três tipos diferentes de comportamento devido as diferentes resistências de solo. Foram descartados os ensaios onde foi utilizada fundação tipo radier, pois o foco principal deste trabalho foi a análise de sobreconsumo de concreto apenas das estacas de fundação profunda tipo hélice contínua. De acordo com os ensaios tipo SPT, dividiu-se então as estacas em dois grandes grupos, que foram denominados neste trabalho como Grupo A e Grupo B.

A obra de estudo possui 30 blocos de alvenaria de quatro pavimentos e, a primeiro momento, o Grupo A ficou composto pelos blocos 05, 06, 07, 08, 09, 10, 13, 14, 15 e 16; pois são os blocos que cobrem as sondagens SA01, SA02, SA07, SA08, SA10 e SP04 que tiveram mesmo comportamento. Porém analisando cada bloco isoladamente, percebeu-se que as estacas que pertencem a este grupo possuem profundidade entre 12 metros e 18,03 metros, com uma média de 14,40 metros. Enquanto as estacas do Grupo B possuem profundidade média de 17,17 metros. Viu-se então que as estacas do bloco 16 tinham um comportamento diferente das demais do Grupo A, e muito semelhante às estacas do Grupo B. Portanto a mesma foi considerada e analisada no Grupo B.

Dessa forma, o Grupo A ficou composto pelos blocos 05, 06, 07, 08, 09, 10, 13, 14 e 15. O Grupo B ficou composto pelos demais blocos, que englobam os furos de sondagem SA05, SA06, SA09, SA13, SA14, SA15, SA16, SA17, SA19, SPA, SP01, SP03 e SP05, que são eles os blocos 11, 12, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, e também pelo bloco 16 como comentado acima.

Analisou-se o Grupo A e foi observado que as estacas tiveram uma profundidade média de 14,40 metros, com uma amplitude entre profundidade mínima e máxima de 8,07 metros. O desvio padrão da profundidade média foi de 1,41% entre todas as estacas pertencentes à este grupo. Quanto ao sobreconsumo, as estacas de 30 cm apresentaram um sobreconsumo de concreto de 30,57%, enquanto as de 40 cm apresentaram um sobreconsumo de 27,02%. O sobreconsumo total para este grupo foi de 28,97%.

No Grupo B, as estacas tiveram uma profundidade média de 17,16 metros, com uma amplitude entre profundidade mínima e máxima de 21,09 metros. O desvio padrão da

profundidade média foi de 1,43% entre todas as estacas pertencentes à este grupo. Quanto ao sobreconsumo, as estacas de 30 cm apresentaram um sobreconsumo de concreto de 34,43%, as de 40 cm apresentaram um sobreconsumo de 24,52%, e as de 50 cm foi de 27,69%. O sobreconsumo total para este grupo foi de 29,26%.

A separação em dois grupos foi satisfatória, pois, considerando o desvio padrão de cada grupo, viu-se que houve pouca variação de profundidade em cada um deles, mostrando coerência com os ensaios SPT, onde nos solos menos resistentes tiveram estacas com profundidade maior que nos mais resistentes.

Quanto ao sobreconsumo de concreto, o estudo mostrou que há pouca variação deste em estacas de diâmetros diferentes e solos com resistências diferentes, visto que os grupos A e B tiveram uma diferença de apenas 0,58% neste ítem. O estudo referente ao sobreconsumo foi coerente à média orientada pelos fornecedores de máquinas de fundação e concreto, pois os mesmos estimam o uso de uma média de 30% de concreto a mais que o volume teórico total da fundação.

Os objetivos específicos listados para este trabalho no primeiro capítulo foram alcançados, pois o mesmo conseguiu distinguir, separar, expressar e comparar os dados, e atingir o resultado de sobreconsumo para os tipos de solo da obra estudada.

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