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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.2. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL

Em 2015 o Ativo Circulante representava 66,88% do total dos ativos, sendo duas de suas contas muito representativas, os “Títulos e Valores Mobiliários”, que

contemplam os “Títulos de Renda Fixa1” e “Vinculados a Prestação de Garantias”; e as

“Operações de Crédito2”, que contemplam as “Operações de Crédito” e as “Provisões

para Créditos de Operações Duvidosas”, representam 32,27% e 29,55% dos ativos,

respectivamente. As “Disponibilidades3” representavam apenas 0,53% do total dos

ativos.

O Ativo Não Circulante representava 33,12% do total dos Ativos, sendo as “Operações de Crédito” responsáveis por 27,39% do total, seguidas pelos “Títulos e

Valores Mobiliários” com 2,68% e “Investimentos4” com 2,46%. O “Imobilizado em uso5

era de apenas 0,42% e “Outros créditos” representavam 0,17% do total. Importante citar que as operações de crédito do Ativo Não Circulante possuem vencimento acima dos 365 dias, sendo portanto diferentes das operações constantes no Ativo Circulante.

Enquanto que o Passivo Circulante financiava 72,34% do total dos ativos, sua

conta com maior representatividade era “Depósitos6” com 65,49% total, sendo que

destes, os depósitos a prazo eram 56,86% e os depósitos a vista 8,63%. “Relações

Interfinanceiras7” representavam 4,34%, “Outras Obrigações” 1,35%, “Obrigações por

Repasses do País” 0,63% e “Obrigações por Empréstimos” 0,53%.

O Ativo Não-Circulante representava apenas 9,77% do total dos ativos, sendo os “Repasses Financeiros” responsáveis por 7,33%, “Obrigações por Repasses do País” 2,03%, “Outras Obrigações” 0,27% e “Obrigações por Empréstimos” 0,13%

1 Referem-se, substancialmente, a aplicações em Certificados de Depósitos Interbancários – CDI, no

SICOOB CENTRAL SC/RS, com remuneração de, aproximadamente, de 90% até 104% do CDI.

2 Composto por Adiantamento a depositantes, Empréstimos, Títulos descontados, Financiamentos e

Financiamentos rurais e agropecuários descontadas as Provisões para Operações de Crédito.

3 Composto por Caixa, Numerários em Trânsito e Depósitos Bancários

4 O saldo é, substancialmente, representado por quotas do SICOOB CENTRAL SC/RS e ações do

BANCOOB.

5 Demonstrado pelo custo de aquisição, menos depreciação acumulada. As depreciações são calculadas

pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de vida útil estimado.

6 Composto por valores de disponibilidade imediata e por valores pactuados para disponibilidade em

prazos preestabelecidos.

7 Registram os recursos captados junto a outras instituições financeiras para repasse aos associados em

O Patrimônio Líquido por sua vez, representava 17,89% dos Ativos, composto pelo “Capital Social8” 9,02%, “Reservas de Sobras9” 7,78%e “Sobras a Disposição da

Assembléia” 1,09%.

Diante disto, se percebe que a Cooperativa financiava seus Ativos com 82,11 % de capital de Terceiros. Basicamente todo seu Ativo Circulante advinha dos Depósitos. Uma parte significativa do PC financiava as Operações de Crédito do ANC. O valor dos bens imobilizados eram baixos, comparado ao total do Ativo. Apesar das fontes de financiamento estarem concentradas no PC a estrutura de Capital se apresenta compatível com o setor.

A carteira de Crédito era, em 2015, representada por 50,9% de Pessoas Físicas (PF) e 49,1% de Pessoas Jurídicas (PJ). Destas, o percentual de operações com nível de risco D, E, F, G e H, que são as que mais provisionam parte do crédito, representavam 13,1% do total, e as que provisionam 100% do valor da operação (H) eram de 4,7%, impactando diretamente no resultado da cooperativa, conforme demonstrado a seguir, pois a cada unidade monetária emprestada, outra unidade será colocada na conta “Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa”, sendo revertido somente com a ocorrência da amortização do empréstimo.

No ano de 2015 às “Rendas com Operações de Crédito”, representavam 76,07% das Receitas enquanto que o “Resultado com Operações Títulos e Valores Mobiliários”, representavam 23,93%. As “Despesas com Intermediações Financeiras” eram de 68,23% do total das receitas, sendo que destes 37% foram relativos às “Operações de Captação no Mercado” e 28,30% em “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”, resultando em Resultado Bruto de apenas 31,77% das receitas. As Despesas Operacionais foram de 16,06% do total das receitas, sendo as Despesas com Pessoal responsáveis por 11,01% das receitas.

O Resultado Operacional foi de 15,71% das Receitas. Os resultados não operacionais, Imposto de Renda e Contribuição Social, representaram menos de 1% cada. Desta forma as Sobras Líquidas representaram 15,30% do total das receitas.

8 Representado por cotas-partes no valor nominal de R$1,00 (um real) cada e integralizado por seus

cooperados.

9 Representada pelas destinações estatutárias das sobras, no percentual de 45%, utilizada para reparar

Depois ainda 1,34% da receitas foram pagos em Juros sobre o Capital Próprio.

Na Demonstração de Sobras ou Perdas (DSP), percebe-se de que as Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa impactam fortemente no Resultado Bruto. O custo com pessoal tem o maior impacto no Resultado Operacional. Porém o percentual de sobras líquidas sobre as receitas, demonstra boa eficiência operacional.

Em 2016 o Ativo Circulante representava 69,15% do total dos ativos, sendo duas de suas contas muito representativas, os Títulos e Valores Mobiliários, que contemplam os Títulos de Renda Fixa e Vinculados a Prestação de Garantias; e as Operações de Crédito, que contemplam as Operações de Crédito e as Provisões para Créditos de Operações Duvidosas, representam 36,65% e 23,08% dos ativos, respectivamente. As disponibilidades representavam 1,13% do total dos ativos.

O Ativo Não Circulante representava 30,85% do total dos Ativos, sendo as Operações de Crédito responsáveis por 23,91% do total, seguidas pelos Títulos e Valores Mobiliários com 2,34% e Investimentos com 1,95%. O imobilizado em uso era de 2,46% e outros créditos representavam 0,14% do total.

Enquanto que o Passivo Circulante passou a financiar 84,05% do total dos ativos, sua conta com maior representatividade era Depósitos com 76,42% total, sendo que destes, os depósitos a prazo eram 66,35% e os depósitos a vista 10,07%. Relações Interfinanceiras representavam 3,03%, Outras Obrigações 2,32%, Obrigações por Repasses do País 1,74% e Obrigações por Empréstimos 0,53%.

O Ativo Não-Circulante representava apenas 3,89% do total dos ativos, sendo os repasses interfinanceiros responsáveis por 3,82%, Obrigações por Repasses do País 0,01% e Obrigações por Empréstimos 0,06%

O Patrimônio Líquido por sua vez, representava 12,06% dos Ativos, composto pelo Capital Social 10,89%, Reservas de Sobras 7,51%e perdas a Disposição da Assembléia 6,34%.

Observa-se que o ano de ocorrência da incorporação houve alteração significativa no percentual de participação das contas do Balanço Patrimonial. O capital de terceiros passou a ter ainda maior participação das fontes de financiamento. O PC financia 84,05% dos Ativos, o PC teve queda impulsionada pela queda percentual dos Repasses Interfinanceiros e Obrigações por Repasses no País. Diante disto o PL teve o

mesmo movimento de queda na participação das fontes de financiamento, devido a incorporação das Perdas. O percentual de bens imobilizados em uso participam de 2,46% do total dos ativos. A estrutura de Capital se mantém compatível com o setor.

No ano de 2016 às Rendas com Operações de Crédito, representavam 73,12% das Receitas enquanto que o Resultado com Operações Títulos e Valores Mobiliários, representavam 26,88%. As Despesas com Intermediações Financeiras eram de 77,07% do total das receitas, sendo que destes, 41,66% foram relativos às Operações de Captação no Mercado e 32,74% em Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, resultando em Resultado Bruto de apenas 22,93% das receitas. As Despesas Operacionais foram de 22,05% do total das receitas, sendo as Despesas com Pessoal responsáveis por 15,66% das receitas.

O Resultado Operacional foi de apenas 0,88% das Receitas. O Resultado não Operacional foi significativo com 8,22% das receitas, o Imposto de Renda e Contribuição Social, representam apenas 0,18%. Desta forma as Sobras Líquidas resultaram em 8,92% do total das receitas. Depois ainda 0,84% da receitas foram pagos em Juros sobre o Capital Próprio.

Na DSP percebe-se que as Despesas de Intermediações Financeiras, puxada pelas Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa e pelas Operações de Captação no Mercado, impactaram negativamente ainda mais forte no Resultado Bruto e consequentemente nas Sobras Líquidas. As Despesas Operacionais também aumentaram o percentual sobre as receitas. Devido ao aumento dos custos e despesas o Lucro Operacional foi de menos de 1% das receitas. Devido ao acréscimo positivo do Resultado não Operacional, o qual não foi identificado o motivo, foi possível ter Sobras Líquidas de 8,92% das Receitas. Esse movimento demonstra que houve queda na eficiência operacional da Cooperativa.

Em 2017, ano seguinte ao processo de incorporação, o Ativo Circulante representava 69,44% do total dos ativos, sendo duas de suas contas muito representativas, as Relações Interfinanceiras, que contemplam a Centralização Financeira; e as Operações de Crédito, que contemplam as Operações de Crédito e as Provisões para Créditos de Operações Duvidosas, representam 33,43% e 27,17% dos ativos, respectivamente. As disponibilidades representavam 0,99% do total dos ativos.

O Ativo Não Circulante representava 30,56% do total dos Ativos, sendo as Operações de Crédito responsáveis por 23,39% do total, seguidas pelos Títulos e Valores Mobiliários com 3,24% e Investimentos com 1,67%. O imobilizado em uso era de 2,04% e outros créditos representavam 0,20% do total.

Enquanto que o Passivo Circulante passou a financiar 83,69% do total dos ativos, sua conta com maior representatividade foi Depósitos com 74,71% total, sendo que destes, os depósitos a prazo eram 62,82% e os depósitos a vista 11,59%. Relações Interfinanceiras representavam 4,31%, Outras Obrigações 2,45%, Obrigações por Empréstimos 0,38% e obrigações por Emissão de LCA 1,82%.

O Ativo Não-Circulante representava apenas 3,87% do total dos ativos, sendo os repasses interfinanceiros responsáveis por 3,74%, e Obrigações por Empréstimos 0,13%.

O Patrimônio Líquido por sua vez, representava 12,44% dos Ativos, composto pelo Capital Social 9,80%, Reservas de Sobras 7,45%e Perdas a Disposição da Assembléia 4,81%.

Observa-se que o ano seguinte a ocorrência da incorporação não houve alteração significativa no percentual de participação das contas do Balanço Patrimonial. O capital de terceiros continuou a ter a maior participação das fontes de financiamento. O PC financia 83,69% dos Ativos, o PC se mantém com baixo percentual de participação. O PL teve o mesmo movimento de manutenção na participação das fontes de financiamento, devido a não cobertura das Perdas incorporadas. O percentual de bens imobilizados em uso participam de 2,04% do total dos ativos. A estrutura de Capital se mantém compatível com o setor.

No ano de 2017 às Rendas com Operações de Crédito, passaram a representar 82,63% das Receitas enquanto que o Resultado com Operações Títulos e Valores Mobiliários, representavam 17,37%. As Despesas com Intermediações Financeiras eram de 69,61% do total das receitas, sendo que destes, 36,26% foram relativos às Operações de Captação no Mercado e 30,62% em Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, resultando em Resultado Bruto de 30,39% das receitas. As Despesas Operacionais foram de 16,55% do total das receitas, sendo as Despesas com Pessoal responsáveis por 18,49% das receitas e Outras Despesas Administrativas

22,15%.

O Resultado Operacional foi de apenas 13,84% das Receitas. O Resultado Não Operacional, o Imposto de Renda e Contribuição Social, representam menos de 1% cada. Desta forma as Sobras Líquidas resultaram em 13,46% do total das receitas. Depois ainda 0,88% da receitas foram pagos em Juros sobre o Capital Próprio.

Na DPS percebe-se que as Despesas de Intermediações Financeiras, baixaram a percentuais próximos a 2015, sendo que o Resultado Bruto foi de 30,39% das receitas. As Despesas Operacionais também fizeram o mesmo movimento de baixa. Devido ao movimento decrescente dos custos e despesas o Lucro Operacional foi de 13,84% das receitas. As Sobras Líquidas se elevaram ao patamar de 13,46% das Receitas. Demonstrando melhora na eficiência operacional.

Em relação as movimentações das contas no recorte de tempo, a incorporação realizada pela Sicoob Maxicrédito resultou no aumento do Ativo Circulante de 47% de 2015 para 2016 em termos reais, crescimento este devido, principalmente, pelo aumento das disponibilidades com 202% e de pelas relações interfinanceiras com aumento de 381%, que somados tiveram um aumento dos ativos circulantes no valor superior a 33 milhões, aumento em virtude do tamanho da cooperativa incorporada. Nesse mesmo movimento no ano de 2017 os Ativos Circulantes aumentaram mais 12,22%, neste ano houve movimentação de valores entre as contas do ativo circulante, as Disponibilidades tiveram leve recuo, enquanto que os Títulos e Valores Mobiliários amargaram recuo de 90,20%.

Na contramão dos recuos, as Relações Interfinanceiras que referem-se à centralização financeira das disponibilidades líquidas da Cooperativa, depositadas junto ao SICOOB CENTRAL SC/RS, tiveram aumento de mais de 1.500% em relação a 2016, se comparar a 2015, esse percentual é ainda maior alcançando 7.607,61%, ou seja, ao invés de deixar os valores dos depósitos que não são utilizados para realizar operações financeiras na conta disponibilidades (caixa) ou aplicado em títulos, o valor é aplicado junto a Cooperativa Central a qual a Sicoob MaxiCrédito é associada, fortalecendo o sistema ao não retirar o dinheiro do mesmo, fazendo circular internamente. A decisão de realizar este procedimento é tomada pela Diretoria Executiva diante de não haver demanda qualificada para tomar o crédito disponível.

Os Títulos e Valores Mobiliários tiveram queda em relação a 2015 de 84,15%. Enquanto que as Relações Interfinanceiras e Operações de Crédito, somados, aumentaram em mais de 772 milhões o Ativo Circulante.

O Ativo Não Circulante teve aumento de 33% em 2016 em comparação a 2015, impactados principalmente por duas contas, Operações de Crédito e Imobilizado em uso com 24,30% e 739,14% respectivamente, somadas as duas contas o valor ultrapassou 113 milhões. Em 2017 o Ativo Não Circulante manteve-se em aumento de 10,69% em relação a 2016, alavancado pelos Títulos e Valores Mobiliários 54,75%e Operações de Crédito 9,31%, que somados o valor é superior a 58 milhões. Em movimento contrário o Imobilizado em Uso teve recuo de 7,60%. Em relação a 2015 os Títulos e Valores Mobiliários, Operações de Crédito e Imobilizado em Uso, tiveram aumento de 92,47%, 35,87% e 675,33% respectivamente, que somados impactaram em mais de 176 milhões de reais os Ativos Não Circulantes.

O Passivo Circulante teve aumento total de 65,47% em 2016 em relação a 2015, impactado fortemente pelos Depósitos, que com aumento de 66,18%, evolui em mais de 505 milhões de reais, seguido de Outras Obrigações que apesar do aumento de 154,64% impactaram em valores de quase 23 milhões, e Obrigações por Repasses no País com aumento de 296,33% impactando em valor acima de 21 milhões. Em 2017 o Passivo Circulante aumentou ainda 11,26% comparado com 2016 alavancado pelos depósitos que apesar do aumento de apenas 9,25% impactou em mais de 117 milhões, seguido do aumento de Relações Interfinanceiras com 59,05%,impactando em mais de 29 milhões, as Obrigações por Emissão de LCA impactaram em valor acima de 33 milhões, porém não possui valor de referência em 2015 e 2016.

Ao se comparar a 2015 o Passivo Circulante cresceu 84,11%, com impacto superior a 710 milhões. Sendo que destes mais de 623 milhões se referem ao total dos Depósitos, e destes 503 milhões advém dos depósitos a prazo. Esse crescimento é explicado pelo considerável aumento de associados, considerando que façam a movimentação financeira na cooperativa já era esperado que esse volume fosse crescer.

O Passivo Não Circulante, com a ocorrência da incorporação em 2016, diminuiu seu valor comparado a 2015 em 43,48%, impulsionado pela queda das Obrigações por

Repasse do País de 99,63% com valor acima de 23 milhões seguido da queda de 25,73% dos Repasses Interfinanceiros com valor de mais de 22 milhões. No geral todas as contas do Passivo Não Circulante tiveram queda. No ano de 2017 o Passivo Não Circulante aumentou em 11,17% sobre 2016, alavancado pelo aumento de 9,20% dos Repasses Interfinanceiros no valor de 5,8 milhões seguido do aumento de 140,45% das Obrigações por Empréstimos com valor superior a 1,4 milhões, as Obrigações por Repasse do País num movimento contrário caíram mais 48,46%.

Comparado a 2015 o Passivo Não Circulante diminuiu 36,94% em 2017, impactado principalmente pela queda de 99,81% das Obrigações por Repasse do País que passaram do valor superior a 23 milhões para apenas 45 mil reais, as outras obrigações tiveram queda de 100%, baixando o valor de 3 milhões para 0.

O Patrimônio Líquido encolheu 3,99% em 2016 com a incorporação comparado a 2015. Essa queda foi resultante da incorporação das Perdas a Disposição da Assembléia, pois possuía sobras (positivas) e passou a ter perdas A queda percentual desta conta foi de 928,83% passando de mais de 12,7 milhões positivos para mais de 105,4 milhões negativos. O Capital social teve aumento de 71,95% mais de 75,7 milhões e as Reservas de Sobras aumentaram 37,57% valor acima de 34,1 milhões. Apesar do aumento do Capital Social e Reserva de Sobras, o PL diminuiu pois o valor das perdas incorporadas foram superiores.

A cooperativa incorporada (Blucredi), vinha apresentando resultado negativo há pelo menos 3 anos, isso explica o alto valor de perdas que foi incorporado pela Maxicrédito. Esse desempenho ruim da Blucredi, fez com que o próprio sistema Sicoob realizasse um estudo a fim de verificar a capacidade de outra cooperativa singular dentro do sistema realizar a sua incorporação e não deixar com que a Blucredi fosse liquidada e em consequência poder manchar a imagem do Sicoob como um todo, visto que existe dificuldade das pessoas entenderem como funciona o sistema de crédito Cooperativo.

Em 2017 o PL teve crescimento de 15,30% em relação a 2016, alavancado principalmente pelas reservas de sobras que cresceram 10,78% valor acima de 13,4 milhões. O capital social também aumentou mais de 1 milhão com crescimento de 0,56%. As Perdas a Disposição da Assembléia forma cobertas em parte,diminuindo em

15,36% também ajudando a aumentar o PL já que se trata de uma conta de subtração. Em comparação a 2015, no ano de 2017 o PL cresceu 10,71% com o crescimento total do Capital social de mais de 76,7 milhões (72,91%) e pelo aumento das reservas de Sobras superior a 47,5 milhões (52,40%). As Sobras que eram positivas passaram a ser negativas de mais de 101,9 milhões (-801,53%), contribuindo negativamente na ascensão do PL.

Ao olharmos para as Receitas geradas pela Intermediação Financeira, a incorporação gerou aumento de 42,77% em 2016 em relação a 2015, onde o maior aumento percentual foi no Resultado de Operações com Títulos de Valores Mobiliários, com 60,34%, e mais de 29,6 milhões de reais, enquanto que as receitas com operações de Crédito aumentaram 37,25% com valor superior a 58,2 milhões, aumento de grande importância. Em contrapartida as despesas geradas com a Intermediação Financeira aumentaram em 61%, alavancado pelo aumento das despesas com Operações no Mercado em 60,74% no valor de mais de 46,2 milhões e do aumento das Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa de 65,15% com quase 40 milhões.

Apesar de um percentual maior de aumento das despesas o Resultado Bruto teve aumento de 3,04% com elevação de quase 2 milhões. Já o Resultado operacional não teve o mesmo movimento, ao contrário, teve queda brusca de 91,98%, o aumento das receitas de Prestação de Serviços e das Outras Receitas Operacionais não compensaram o aumento das Despesas com Pessoal e Outras Despesas Administrativas que aumentaram em mais de 100%. Nesse sentido as Sobras Líquidas do Período só não foram perdas devido ao crescimento de 4.689,63% do Resultado Não Operacional com mais de 24,6 milhões, porém amargaram queda de 16,77% com menos 5,2 milhões de sobras que em 2016. A origem do Resultado Não Operacional não pode ser identificado, nem mesmo nas Notas Explicativas.

Percebe-se que a incorporação trouxe aumento das receitas, porém também foram incorporadas o aumento das despesas em proporções e valores maiores, impactando negativamente nas sobras, com um recuo importante das mesmas, diminuindo o valor a ser distribuído entre os associados. O aumento das receitas ocorreu devido ao aumento do volume e valor das operações de crédito contratadas, da mesma forma, as despesas aumentam, pelo fato de as operações de captação, que

também aumentaram, requererem remuneração e de que, exceto as operações de crédito contratadas em nível de risco AA, também possuírem um percentual de provisão.

Em 2017, comparado a 2016 as Receitas geradas pela Intermediação Financeira diminuíram 3,38%, onde o maior recuo percentual foi no Resultado de Operações com Títulos de Valores Mobiliários, com 37,56%, e mais de 29,6 milhões de reais, enquanto que as receitas com operações de Crédito aumentaram 9,19% com valor superior a 19,7 milhões. No mesmo movimento as despesas geradas com a Intermediação Financeira também diminuíram em 12,73%, devido o recuo das despesas com Operações no Mercado em 15,89% no valor de mais de 19,4 milhões e da queda das Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa de 9,61% com 9,2 milhões.

Em consequência da queda das despesas em 2017 o Resultado Bruto teve aumento de 28,06% com elevação de mais de 20 milhões em comparação a 2016. Desta forma o Resultado Operacional teve o mesmo movimento, com ótimo aumento de 1.413,61%, onde o crescimento das Outras Receitas Operacionais de mais de 411% compensou o aumento das Despesas com Pessoal e Outras Despesas Administrativas. Nesse sentido as Sobras Líquidas do Período aumentaram 45,83% sobre 2016, com

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