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melhor que 50 cm. Para as bases de 75 km (1° e 2° dia), 150 (1° dia), 200 km (1° dia) e 300 km (1° e 2° dias) suas coordenadas apresentaram erros maiores que 50 cm. Nas demais bases, os erros oscilaram entre maiores e menores que 50 cm. As precisões das coordenadas mostraram valores altos, comparadas aos demais receptores, e apresentaram erros crescentes ao comprimento da base. Ainda, para a base de 100 km (2° dia) os valores da precisão foram, excepcionalmente, maiores que a acurácia.

Quanto a acurácia e a precisão do Receptor C foram apresentadas nas Figuras 59 a 86. Esse receptor foi utilizado nas duas últimas campanhas (terceira e quarta) de observação. A terceira campanha foi realizada em março de 2005; a quarta em abril de 2005. Na terceira, a acurácia de todas as estações oscilou entre valores maiores e menores que 50 cm. Na quarta, a acurácia para a base de 20 km (1° e 2° dias), 50 km (1° dia), 75 km (1° dia), 150 km (1° e 2° dias) e 200 km (2° dia) apresentaram valores melhores que 50 cm. As bases de 300 km (2° dia) e 200 km (1° dia) apresentaram acurácia piores que 50 cm. A acurácia das coordenadas das demais estações oscilaram entre valores melhores e piores a 50 cm. Nas duas campanhas de observações, a precisão foi sempre melhor que 15 cm. De um modo geral, os posicionamentos da quarta campanha apresentaram resultados mais otimistas, comparados aos da terceira.

Para a acurácia e precisão para o Receptor D, as quais foram apresentadas nas Figuras 87 a 114, utilizou-se o Receptor D na mesma época que o Receptor C, ou seja, nas duas últimas campanhas de observação. O Receptor D apresentou, na terceira campanha (março de 2005), para as bases de 20 km (2° dia) e 200 km

(2° dia), acurácia melhor que 50 cm. Para as bases de 50 km (2° dia), 75 km (1° dia), 100 km (1° e 2° dias), 150 km (1° e 2° dias), 200 km (1° dia) e 300 km (1° e 2° dias) apresentou acurácia melhor que 50 cm. Nas demais bases, a acurácia oscilou entre valores melhores e piores que 50 cm. Na quarta campanha, as bases de 20 km (1° e 2° dias), 50 km (1° e 2° dias), 75 km (1° e 2° dias), 100 km (1° e 2° dias), 150 km (1° e 2° dias) e 200 km (2° dia) apresentaram acurácia melhores que 50 cm. As demais bases apresentaram acurácia pior que 50 cm. A precisão para todas as estações analisadas foi menor que 10 cm.

Diante dos resultados, pode-se perceber que a precisão das observações foi, na maioria, menor do que a acurácia. Isso indica que os erros fornecidos pelos programas de processamento são superestimados, ou seja, menores que os reais. Contudo, o Receptor B, apesar de apresentar coordenadas com bastante discrepância, proporcionou precisão quase sempre maior que a dos outros receptores e, para a base de 100 km, a precisão foi excepcionalmente maior que a acurácia. Isso indica que o programa de processamento de dados utilizado apresentou erros mais realistas, comparados aos demais.

Na Figura 43 foi possível notar que o índice Dst para a primeira campanha (Receptor A) apresentou valores inferiores a -60 nT, isso indica alta intensidade de tempestade eletromagnética, ou seja, grande perturbação ionosférica para esse período. Na segunda campanha (Receptor B), o nível de tempestade magnética não apresentou comportamento agressivo, variando entre baixa e média intensidade, entre -12 e -27 nT, conforme Figura 58. Na terceira Campanha (Receptores C e D), o índice Dst não ultrapassou -25 nT, que caracteriza uma

transição de tempestade magnética, com intensidade variando entre média e baixa. Na quarta campanha (Receptores C e D), o índice Dst variou entre 0 e -15 nT, indicando uma baixa tempestade magnética, que caracteriza a melhor de todas as campanhas. Essa, possivelmente, é uma das razões que explica os bons resultados apresentados pelos receptores C e D nessa etapa.

Observa-se que, de modo geral, a acurácia das coordenadas apresentou relação direta com o índice Dst. Na primeira campanha, onde o índice Dst proporcionou valores que indicavam comportamento agressivo da ionosfera, a maioria das observações apresentou valores de acurácia piores que 50 cm para suas coordenadas. Na segunda campanha, a acurácia das observações oscilou em valores piores e melhores que 50 cm. Na terceira campanha, a maioria das observações apresentou acurácia piores que 50 cm. Já, na quarta campanha, na maioria das vezes, a acurácia apresentou valores bastante otimistas, com acurácia melhor que 50 cm na maioria dos casos.

Dessa forma, destaca-se a importância do planejamento de missões30, com o objetivo de realizar o posicionamento GPS nos melhores horários quando a atividade ionosférica não for tão intensa.

Como as sessões foram coletadas ao longo do dia e das estações do ano, esperava-se comportamentos diferentes das fontes de erros entre as sessões. Isso pode ser uma explicação do caráter aleatório da acurácia das observações, as quais não apresentaram comportamento específico em relação ao comprimento

30 Análise da disponibilidade e posicionamento de satélites, nível de DOP, comportamento da ionosfera para

da base e ao tipo de receptor. Além disso, as campanhas de observações foram realizadas em localização, época e horários específicos; portanto, os resultados obtidos devem ser utilizados com ressalvas, ou seja, não devem ser utilizados de maneira generalizada para outras situações.

De acordo com os resultados e as análises obtidas nesta pesquisa, em função do emprego de diferentes receptores GPS de simples freqüência, fazendo uso da técnica de suavização do código pela portadora, pode-se concluir que:

A degradação observada nas coordenadas, nos diferentes comprimentos de linha base, apresentou comportamento aleatório, indicando que o comprimento da base não foi o único fator determinante da acurácia;

Na maioria dos casos, a acurácia das coordenadas se manteve maior que a precisão, com raríssimas exceções apresentadas pelo Receptor B (para base de 100 e 150 km). Portanto, pode-se afirmar que a acurácia não mostrou correlação com a precisão, não podendo ser utilizada como parâmetro de suposição ou estimativa uma em relação à outra. Além disso, pode-se afirmar que a precisão não pode ser usada como único parâmetro de avaliação da qualidade das coordenadas;

Dando sustentação à teoria apresentada na revisão bibliográfica, confirmou- se que a agressividade ionosférica atingiu diretamente a qualidade das observações GPS. Percebeu-se tal fato na terceira campanha, cuja qualidade das

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