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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.3 Análises da Força ântero-posterior

A força ântero-posterior apresenta intensidades inferiores quando comparada com a força vertical. Estes valores são apresentados no itens 4.3.1 e 4.3.2. Para as variáveis da força ântero-posterior foram analisadas: pico de força ântero-posterior e tempo de ocorrência da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto e durante a fase de propulsão. Será analisada, ainda, a impulsão durante a fase de absorção do impacto e durante a fase de propulsão.

4.3.1 Força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto

Na Figura 37 foram apresentadas as médias dos picos da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto para os calçados com solados de EVA, PU, SBR, TPU e madeira. Observaram-se valores similares nos calçados com solados EVA, TPU, SBR e madeira (0,21 PC ±0,04 PC). O calçado com solado PU apresentou pico da força ântero- posterior durante a fase de absorção do impacto de 0,20 PC (±0,05PC). Na comparação das médias, não foram observadas diferenças significativas para os picos da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto, com um nível de confiança de 95%.

Figura 37. Valores médios do Pico de Força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto.

Foi verificada, ainda, a variação do tempo entre o contato do pé até o pico da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto. Na Figura 38, encontraram-se valores médios da variação do tempo do pico da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto. Observaram-se maiores variações do tempo para os calçados com solado: SBR (127 ms ±15 ms); TPU (124 ms ±13 ms) e PU (120 ms ±15 ms). Entretanto, observaram-se menores variações para o solado Madeira (118 ms ±11 ms) e EVA (117 ms ±14 ms).

Figura 38. Valores médios do Tempo até o Pico de Força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto.

Foram encontradas diferenças significativas na variação do tempo entre o contato do pé até o pico da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto entre os calçados com solados: EVA em relação ao TPU (6%, p<0,01); EVA em relação ao SBR (9%,

p<0,01); PU em relação ao SBR (6%, p<0,05); TPU em relação à madeira (5%, p<0,05) e

entre o SBR em relação à madeira (8%, p<0,01), conforme Tabela 15.

Tabela 15. Valores do teste Post Hoc – Scheffe para valores médios do tempo da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto.

Materiais EVA x TPU EVA x SBR PU x SBR TPU x MAD SBR x MAD

p <0,01 <0,01 <0,05 <0,05 <0,01

p<0,05

Com o objetivo de analisar as possíveis diferenças entre os calçados, foi analisada a área entre o contato do pé até o pico máximo da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto. Os resultados da impulsão entre o contato do pé até o pico da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto foram apresentados na Figura 39.

Figura 39. Valores médios de Impulsão da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto.

Através dos resultados apresentados na Figura 39, verificaram-se valores similares de impulsão entre o contato do pé até o pico da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto para os calçados PU, SBR, TPU e madeira (0,03 PC.s ±0,01PC.s). O calçado EVA foi encontrado valor médio superior de impulsão dos demais no calçado (0,04 PC.s ±0,01PC.s). Na comparação entre as médias não foram encontradas diferenças significativas entre os calçados, para nível de confiança de 95%.

Pressuponha que materiais com menores propriedades mecânicas apresentem menores picos da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto e maiores variações do tempo para ocorrer o pico. Entretanto, foi encontrada a média da variação do tempo do solado de madeira muito próxima dos calçados com baixas propriedades mecânicas (EVA e PU).

4.3.2 Força ântero-posterior durante a fase de propulsão

Da mesma forma, como foram analisados os resultados da força ântero-posterior durante a fase de absorção do impacto, também foram analisados os resultados durante a fase de propulsão. Na Figura 40, foi possível verificar os valores médios do pico da força ântero- posterior durante a fase de propulsão. Verificaram-se valores similares do pico da força ântero-posterior durante a fase de propulsão para os calçados com solado EVA, PU, TPU (0,22 PC ±0,02PC). Entretanto, encontraram-se menores médias nos calçados com solados SBR e madeira (0,21PC ±0,02PC). Na comparação entre as médias não foram encontradas diferenças significativas entre os calçados, para nível de confiança de 95%.

Figura 40. Valores médios do Pico da Força ântero-posterior durante a fase de propulsão.

As variações do tempo entre o contato do pé até o pico da força ântero-posterior durante a fase de propulsão foram apresentadas na Figura 41. Observaram-se maiores variações nos calçados com solados: SBR (600 ms 25ms); TPU (597 ms 21ms) e PU (595 ms 20ms). Entretanto, verificaram-se menores médias nos calçados EVA (592 ms

21ms) e madeira (500 ms 23ms).

Figura 41. Valores médios do Tempo até o Pico de Força ântero-posterior durante a fase de propulsão.

Através da comparação das médias, foi encontrada diferença significativa (p<0,05) entre o calçado com solado SBR em relação à madeira (2%) – Tabela 16.

Tabela 16. Valores do teste Post Hoc – Scheffe para valores médios do Tempo do Pico de Força Posterior. Materiais SBR x MAD

p <0,05

p<0,05

Figura 42. Valores médios da impulsão da força ântero-posterior durante a fase de propulsão.

Também foi analisada a impulsão durante a fase de propulsão da força ântero- posterior, conforme exposto na Figura 42. Verificaram-se valores médios de impulsão durante a fase de propulsão para os calçados de 0,03 PC.s. Na comparação entre as médias, não foram encontradas diferenças significativas para o nível de significância de 95%.

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