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5.2 ANÁLISES DOS RESULTADOS

Nesta sessão iremos apresentar os resultados que corroboram com o que já indicava as estatísticas descritivas em relação ao desempenho dos alunos bolsistas no ENADE 2014. Isto é, as estimações mostraram que os alunos bolsistas apresentam desempenho superior no ENADE 2014 quando comparadas aos alunos não bolsistas.

A Tabela 7 apresenta os resultados11 obtidos através da estimação via MQO para medir o efeito de possuir algum tipo de bolsa em relação aos alunos não bolsistas sobre o desempenho no ENADE 2014. De modo a corrigir os problemas de heteroscedasticidade, foi realizada a correção de White.

Os primeiros resultados apresentados na Tabela 7 sugerem que o fato de possuir algum tipo de bolsa impacta positivamente o logaritmo da nota no ENADE. Os estudantes com bolsas PROUNI Integral e Parcial apresentam, em média, nota no ENADE 25,1% e 14,1% superior aos alunos não bolsistas, a 1% de significância, mantendo todos os outros fatores fixos. Já os alunos com bolsa PROUNI/FIES que apresentaram nota 11% superior aos alunos sem bolsa. Por fim, os estudantes com financiamento do FIES Apenas exibiram um desempenho, em média, 2,06% superior na nota do ENADE quando comparado aos alunos não bolsistas, a 5% de significância.

Portanto, estes resultados indicam que há um estímulo à implementação de programas governamentais de acesso ao ensino superior como PROUNI e FIES. O desempenho positivo dos alunos bolsistas, no ENADE 2014, aponta para a continuidade e aperfeiçoamento de tais programas.

As estimativas mostram que as mulheres exibiram um desempenho no ENADE 8,6% inferior quando comparado com as notas dos homens. Assim como os alunos autodeclarados negros, que possuem um desempenho 5,9% menor que as notas dos brancos, corroborando com as evidências iniciais de que mulheres e negros apresentam uma nota inferior em relação ao seu grupo base. No caso das mulheres, esse desempenho inferior pode ser justificado pela jornada dupla a qual as mulheres são submetidas. Ser pardo ou mulato não apresentou um resultado estatisticamente significante.

Os estudantes que trabalham eventualmente ou 20 horas semanais mostraram nota no ENADE 4,7% e 5,2% inferior aos estudantes que não trabalham. Portanto, dedicar tempo aos estudos decerto impacta a nota final dos estudantes de modo positivo. Ademais, quanto maior for à renda familiar dos estudantes, melhor será o desempenho no ENADE em relação aos estudantes que tenham renda familiar total de até 1,5 salário mínimo. O desempenho dos

alunos tende a crescer na medida em que a renda aumenta. Os alunos que tem renda familiar superior a 30 salários mínimos apresentam um desempenho 22,8% superior em relação aos estudantes que recebem até 1,5 salário mínimo. Todas as faixas salariais se apresentaram estatisticamente significante a 1%.

O fato de a mãe ter ensino superior influência a nota no ENADE dos filhos em 1,7%, a um nível de significância de 5%, em relação às mães que não tem nenhuma escolaridade. Por outro lado, os pais com ensino superior completo não exercem influência significativa na nota do ENADE dos filhos.

Os alunos que cursaram todo o ensino médio na rede privada apresentaram desempenho superior de 9,1% em relação aos estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública. Já os alunos que cursaram parte do ensino médio no exterior obtiveram nota no ENADE 15,6% superior a dos estudantes que concluíram todo o ensino médio no Brasil. O desempenho superior dos estudantes do ensino médio privado em relação à rede pública levanta o questionamento da qualidade que está sendo ofertada nesses centros educacionais. A melhoria da qualidade educacional é fator fundamental na diminuição das desigualdades socioeconômicas da população brasileira, como indica a teoria do Capital Humano estudado ao longo deste trabalho.

Os estudantes que dedicam de 4 a 7 ou de 8 a 12 horas diárias para os estudos também tiveram nota superior no ENADE em relação aos estudantes que não dedicam nenhuma hora do dia para os estudos, excetuando-se as horas aulas. Com nível de significância de 1%, estes estudantes apresentaram um desempenho superior de 5,1% e 7,7%, respectivamente. Estudar no turno vespertino ou noturno não apresentou estatística significante em relação aos alunos que estudam no período da manhã.

O modelo mostra ainda que os alunos pertencentes às Regiões Norte, Centro Oeste e Sul apresentaram desempenho inferior no ENADE quando comparado com os alunos da Região Sudeste. Com destaque para os estudantes Norte do país que exibiram uma nota 11,1% inferior, a uma significância de 1%. A Região Nordeste obteve coeficientes estimados próximos a zero e não apresentaram estatísticas significantes. Podemos levar em consideração o fato de essa região ser a segunda em número de participação no ENADE não se distanciando muito do Sudeste.

É importante mostrar, também, que se a idade dos estudantes aumenta em 1 ano, o desempenho dos alunos no ENADE diminui em 0,122%, considerando uma significância de 5%. Esse resultado faz bastante sentido, pois à medida que a idade aumenta a participação dos alunos mais velhos cai, resultado que confirma o que já tinha sido exposto na análise das estatísticas descritivas.

Tabela 7: Determinantes do desempenho dos estudantes bolsistas no ENADE

Variável dependente: lnNotaENADE (Continua)

Variáveis Modelo: MQO

BRASIL PROUNI INTEGRAL 0.224*** (0.0114) PROUNI PARCIAL 0.132*** (0.0152) FIES Apenas 0.0204** (0.00853) PROUNI/FIES 0.104*** (0.0233) Feminino -0.0901*** (0.00677) Casado 0.0146* (0.00866) Negro -0.0612*** (0.0128) Pardo/Mulato -0.00897 (0.00735) Idade -0.00122** (0.000596) Trabalha Eventualmente -0.0480*** (0.0150) Trabalha 20 h/s -0.0533*** (0.0131) Trabalha 21a39 h/s -0.00734 (0.0108) Trabalha 40 h/s ou mais -0.00782 (0.00846) Renda familiar (1,5 a 3 SM) 0.0824*** (0.0134) Renda familiar (3 a 4,5 SM) 0.118*** (0.0135) Renda Familiar (4,5 a 6 SM) 0.162*** (0.0142) Renda Familiar (6 a 10 SM) 0.188*** (0.0141)

Variável dependente: lnNotaENADE (Conclusão) Modelo: MQO Variáveis BRASIL Renda Familiar (10 a 30 SM) 0.201*** (0.0156) Renda Familiar (+ 30 SM) 0.205*** (0.0289)

Ensino Superior Pai 0.00964

(0.00741)

Ensino Superior Mãe 0.0166**

(0.00727)

Ensino Médio Todo Privado 0.0872***

(0.00835)

Ensino Médio Parcial Público 0.0162

(0.0132)

Ensino Médio Parcial Privado 0.0331**

(0.0138)

Ensino Médio Parcial Exterior 0.145***

(0.0406) Estuda de 1 a 3h 0.0145 (0.0143) Estuda de 4 a 7h 0.0499*** (0.0148) Estuda de 8 a 12h 0.0744*** (0.0165) Estuda + 12h 0.0427** (0.0175) Vespertino -0.0335 (0.0246) Noturno -0.00965 (0.00972) Norte -0.118*** (0.0144) Nordeste -0.00622 (0.00886) Sul -0.0440*** (0.00899) Centro Oeste -0.0376*** (0.0125) OBSERVAÇÕES 18,909 0.075 Prob. F 0.0000 ***Estatisticamente significante a 1% **Estatisticamente significante a 5% *Estatisticamente significante a 10%

Fonte: Elaboração própria, 2017 com base nos microdados do ENADE/INEP, 2014

Nota-se por outro lado que o R² do modelo foi relativamente baixo. O que pode significar que existem outras variáveis importantes para a determinação da nota no ENADE, como por exemplo, a qualidade da instituição de ensino do aluno. Bem como os cursos que ele pretende cursar. Uma sugestão é incluir essas variáveis em trabalhos futuros.

6 CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou comparar o desempenho no ENADE 2014 entre os estudantes beneficiários de bolsas governamentais (PROUNI e FIES) com aqueles alunos que não possuem nenhum tipo de bolsa. Para realização de tal objetivo, foi utilizada a base de dados do ENADE 2014 disponibilizados pelo INEP. A base de dados final contou com 20.260 estudantes de instituições de ensino superior privada. A principal conclusão indicou que os estudantes bolsistas apresentaram, em média, melhor desempenho no ENADE 2014 quando comparado aos estudantes não bolsistas.

O investimento em capital humano é fundamental para as nações que buscam superar sua condição de subdesenvolvimento. Países como o Brasil, devem se espelhar nas nações que foram bem sucedidas no investimento em qualificação e treinamento de sua população, como ocorreu nos países asiáticos. Por esta razão, iniciativas do governo que visem garantir o acesso ao ensino superior, como o PROUNI e o FIES, mostram-se necessárias.

As evidências iniciais mostraram que os homens foram à maioria dos participantes no ENADE 2014, apresentando desempenho na prova superior ao das mulheres. A maioria dos participantes se autodeclaram brancos, com uma idade média de 27 anos, e são residentes da Região Sudeste. Os estudantes apresentaram uma nota média de 57 pontos no ENADE 2014. As evidências iniciais mostraram ainda que os bolsistas FIES Apenas foram os únicos que não apresentaram desempenho no ENADE superior aos não bolsistas, apesar de essa diferença não ser significante. Essa evidência foi refutada através da estimação de MQO.

A estratégia empírica utilizada para alcançar tal resultado foi o modelo de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) que permitiu analisar a relação entre a Nota no ENADE dos alunos bolsistas e não bolsistas controlados por diversas características dos alunos. Os resultados da estimação via MQO mostraram que os alunos bolsistas PROUNI Integral e Parcial, FIES Apenas e FIES/PROUNI apresentaram uma nota superior aos estudantes não bolsistas.

Portanto, com base nas evidências acima, podemos discordar da ideia dos críticos que afirmam que os alunos bolsistas influem de modo negativo no desenvolvimento dos cursos por possuir um background inferior. Apesar disso, como possível recomendação, este estudo

indica uma fiscalização minuciosa em relação à qualidade de ensino proferido pelas IES privadas, sugestão que também vale para as instituições públicas. Além disso, é necessária uma atenção especial com a qualidade ofertada no ensino médio público, pois as estimações mostraram que alunos desta rede de ensino, apresentaram uma nota inferior no ENADE 2014 em relação aos estudantes da rede privada.

Para próximas pesquisas, torna-se interessante analisar o desempenho no ENADE dos estudantes bolsistas, não bolsistas e alunos de instituições públicas. Destaca-se ainda a existência de dados a partir de 2004, o que permite um estudo interanual via análise temporal.

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APÊNDICE A - Variáveis utilizadas para as estimações MQO

Quadro 4 - Variáveis utilizadas para as estimações MQO

VARIÁVEL DESCRIÇÃO

PROUNI INTEGRAL

Dummy = 1 se aluno bolsista PROUNI Integral, = 0 aluno sem bolsa de financiamento

PROUNI PARCIAL

Dummy = 1 se aluno bolsista PROUNI Parcial, = 0 aluno sem bolsa de financiamento

FIES Apenas Dummy = 1 se aluno bolsista FIES Apenas, = 0 aluno sem bolsa de financiamento

PROUNI/FIES Dummy = 1 se aluno bolsista PROUNI/FIES, = 0 aluno sem bolsa de financiamento

Feminino Dummy = 1 se mulher, = 0 se homem

Casado Dummy = 1 se casado, = 0 se solteiro

Negro Dummy = 1 se Negro, = 0 se branco

Pardo/Mulato Dummy = 1 se Pardo-Mulato, = 0 se branco

Idade Idades dos estudantes que realizaram o ENADE 2014

Trabalha Eventualmente

Dummy = 1 se o estudante trabalha eventualmente, = 0 se não trabalha Trabalha 20 h/s Dummy = 1 se o estudante trabalha 20 horas semanais, = 0 se não

trabalha Trabalha 21a39

h/s

Dummy = 1 se o estudante trabalha de 21 a 39 horas semanais, = 0 se não trabalha

Trabalha 40 h/s ou mais

Dummy = 1 se o estudante trabalha 40 horas semanais ou mais, = 0 se

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