• Nenhum resultado encontrado

2. REVISÃO DE LITERATURA

6.1 ANÁLISES DOS RESULTADOS

O delineamento empregado foi o inteiramente casualizado, através do esquema fatorial 4 x 2 (4 temperaturas e 2 luminosidades). Diariamente, foi realizada a contagem direta observando-se a formação da plântula normal, seguindo as normas da RAS.

6.2 AVALIAÇÕES DO EXPERIMENTO

As sementes de Citharexylum pernambucense Moldenke e de

Vachellia farnesiana (L.) Wight & Arn. foram analisadas quanto ao potencial

germinativo e vigor das sementes, frente ao tratamento pré-germinativo, substrato, temperatura e luminosidade, aos 29 e 28 dias após semeadura, datas da estabilização da contagem de plântulas normais.

Foi realizada a mensuração do comprimento da raiz e da parte aérea das plântulas com régua graduada, a determinação da relação de massa verde e seca com e sem cotilédones. Para a retirada dos cotilédones, foram utilizados instrumentos como tesoura de ponta, estiletes, e pinça, com devidos cuidados no manuseio.

Plântulas consideradas normais de acordo aos critérios da RAS (BRASIL, 2009) foram separadas por tratamento, em sacos de papel e postas a desidratar em estufa de convecção mecânica, à temperatura aproximada de 70 °C, até atingir peso constante.

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 Citharexylum pernambucense moldenke

7.1.2 Germinação em diferentes luminosidades e temperaturas

Ao vigésimo nono dia de avaliação do experimento, foi observado que as plântulas já se encontravam estabilizadas em relação à germinação e morfologia. A análise foi realizada por meio da contagem direta, considerando a formação da plântula normal. Mas, a critério de observância a protrusão da radícula das primeiras sementes ocorreram com seis dias pós semeadura.

A germinação das sementes, sob luzplena e temperaturas de 20 ºC, 25 ºC, 30 ºC e 35 ºC, não apresentou diferença estatística. A temperatura de 25 ºC apresentou o maior percentual de germinação 97%, diferindo estatisticamente das demais temperaturas (tabela 9).

Tabela 8 - Germinação (% G) de Citharexylum pernambucense moldenke, observando-se a formação da plântula completa.

Luz Temperatura 20 °C 25 ºC 30 ºC 35 ºC Ausência 0 Cb 0 Cb 0 Cb 0 Cb Presença 95 Aa 97 Aa 94 Aa 66 Ba Fonte: Silva (2012)

Médias seguidas pela mesma letra, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott.

Em relação à germinação das sementes submetidas à ausência de luz, o percentual de germinação foi zero. Com base nos resultados obtidos, as sementes de Citharexylum pernambucense Moldenke em condições de laboratório, para germinação das sementes condicionadas a presença de luz plena, faz-se necessária temperatura entre 20 ºC a 30 ºC. Esses resultados em relação à temperatura reforçam a afirmação de que a maioria das espécies tropicais e

subtropicais apresentam melhores potenciais germinativos na faixa de temperatura entre 20 e 30 ºC (BORGES e RENA, 1993).

Pereira et al. (2007), estudando a germinação de sementes de Lippia

lupulina chan. (Verbenaceae), espécie da mesma família que C. pernambucense,

constatou que as temperaturas constantes de 15°C e 20°C e alternada de 15ºC-25 °C promoveram maiores percentagens de germinação e de IVG. Em relação a presente pesquisa com C. pernambucense, o melhor percentual de germinação ocorreu na temperatura de 25º C, mas, tanto as sementes submetidas a temperatura de 20º C quanto as submetidas a temperatura de 30º C ocorreram percentuais de germinação acima de 90%.

Segundo Cavallari et al. (1992), em teste de efeito de temperatura na germinação de sementes de Gmelina arborea Roxb, espécie pertencente à família Verbenaceae, a temperatura adequada para germinação foi 25 °C, em substrato vermiculita. Temperatura e substrato que também apresentaram efeitos consideráveis no presente trabalho com C. pernambucense.

Neste trabalho, observou-se que, com 24 horas de embebição das sementes, as protrusão da radícula das primeiras sementes ocorreu com 6 (seis) dias. Houve uma diminuição em relação ao experimento inicial, em que as sementes com 12 horas de embebição a temperatura ambiente, e semeadas sobre o substrato vermiculita, a protrusão da radícula nas primeiras sementes ocorrem com 9 (nove) dias pós semeadura. O maior tempo de embebição e conseqüentemente a maior absorção de água pelas sementes, ocasionaram mais rapidamente na retomada do crescimento do embrião e, como consequência o menor tempo para emissão da radícula, além do aumento do percentual de germinação (tabelas 3 e 8).

Tabela 9 - Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de Citharexylum pernambucense Moldenke, submetidas a embebição (24 horas) e semeadas em substrato vermiculita sob luminosidades e temperaturas controladas.

Luz Temperatura 20 °C 25 ºC 30 ºC 35 ºC Ausência 0 Bb 0 Bb 0 Bb 0 Bb Presença 0,83 Aa 1,2 Aa 1,3 Aa 0,5 Ba Fonte: Silva (2012)

Médias seguidas por letra semelhante, maiúscula na linha e minúscula na coluna, não diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Scott-Knott.

Na análise do índice de velocidade de germinação, os melhores resultados obtidos foram sob influência de luz e apenas as sementes expostas à temperatura de 35 ºC apresentaram diferença estatística. A temperatura que apresentou maior índice de velocidade de germinação foi 30 ºC. As sementes condicionadas sob ausência de luz não apresentaram germinação (tabela 9). Esta dependência de luminosidade na realização do processo germinativo vem evidenciar o comportamento característico de espécie pioneira, em que, estas espécies claramente dependentes de luz, não ocorrem no sub-bosque, desenvolvem-se em clareiras ou nas bordas da floresta. Segundo Pearson et al. (2003), espécies pioneiras e colonizadoras de clareiras geralmente dependem de luz incidindo sobre o solo, por períodos prolongados, para desencadear o processo de germinação.

7.1.3 Descrição da plântula

C. pernambucense apresentou germinação epígeo-foliáceas, com presença

dos cotilédones acima do nível do substrato após a germinação e com função fotossintetizante. As plântulas em sua morfologia apresentaram raiz primária de cor marrom clara variando entre 2,3 e 7,2 cm, apresentando raízes secundárias. O colo é marrom claro, o hipocótilo variou de 2,2 a 6,3 cm, com coloração esbranquiçada, os cotilédones são elípticos, de coloração verde. O epicótilo tinha comprimento entre 2,4 e 5,5 cm e de cor verde e folíolos opostos (Figura 3). Essas

variações dos comprimentos das raízes primarias, hipocótilo e epicótilo ocorreram, devido a exigência da espécie em relação a temperatura adequada para germinação. Os maiores valores em comprimento ocorreram na temperatura de maior percentual germinativo 25º C (Tabela 8). O que vem evidenciar a adequação para desenvolvimento inicial de plântulas da espécie a temperatura de 25º C em condições de laboratório.

Figura 3 - Plântula de Citharexylum pernambucense moldenke aos 29 dias, apresentando: rp - raiz primária, raízes secundarias, co - colo, hp - hipocótilo, cot - cotilédones, ep - epicótilo e protófilos.

Fonte: Silva (2012)

7.2 PLÂNTULAS NORMAIS AO FINAL DE EXPERIMENTO EM DIFERENTES

Documentos relacionados