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ANALISANDO MÉIS E MELAÇOS CONTRIBUTOS PARA A FORMAÇÃO DE JOVENS

Engenharia Mecânica

ANALISANDO MÉIS E MELAÇOS CONTRIBUTOS PARA A FORMAÇÃO DE JOVENS

Alua, N.a,b; Serra, M.C.a,b

aISEL, Inst Super Engn Lisboa, Área Departamental de Engenharia Química, P-1959-007

Lisbon, Portugal

bISEL, Inst Super Engn Lisboa, Centro de Estudos de Engenharia Química, P-1959-007

Fonte: Livro de resumos do 1º Congresso Ibérico de Apicultura, Castelo-Branco, Páginas 98- 99, 14 a 16 de Abril, 2011

Conferência: 1º Congresso Ibérico de Apicultura, Castelo-Branco, 14 a 16 de Abril, 2011 Tipo de Documento: Comunicação

Resumo: O Centro de Estudos de Engenharia Química (CEEQ) é uma unidade de I&D do ISEL que se dedica, também, a atividades de divulgação científica junto da comunidade e à organização de ações de formação em diferentes áreas do conhecimento, algumas delas abertas ao público em geral e outras, especialmente dirigidas a professores do ensino secundário (www.ceeq.isel.ipl.pt).

No âmbito dos protocolos celebrados com escolas de ensino básico, secundário e profissional, o CEEQ tem organizado dias abertos, promovido atividades experimentais integradas nos programas das disciplinas de Fisicoquímicas e Biologia com alunos do ensino secundário, colaborado na elaboração de Provas de Aptidão Profissional e oferecido estágios de Formação em Contexto de Trabalho a alunos de cursos profissionais. Desde 2004, participa também na ação de Ocupação Científica de Jovens nas Férias, no âmbito do programa Ciência Viva da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

O mel, suas propriedades e controlo analítico, é um tema que tem sido apresentado e desenvolvido em muitas destas atividades, em sequência do trabalho de investigação que tem vindo a ser realizado nessa área no Centro.

Proceder à caraterização fisicoquímica de diferentes tipos de mel, nomeadamente, determinar pH, acidez, cor, teor em cinzas, índice de refração, condutividade elétrica, teor em água e em hidroximetilfurfural e índice diastásico são ensaios experimentais que estão ao alcance dos alunos. A partir dos resultados destas análises é possível discutir a influência da origem floral e geográfica nas propriedades do mel e alertar para a necessidade de efetuar um rigoroso controlo analítico do produto de modo a evitar adulterações que coloquem em risco a qualidade e a segurança alimentar.

Por outro lado, tem interesse demonstrar em laboratório alguns dos benefícios resultantes do consumo do mel, como por exemplo, o seu potencial antioxidante responsável pela inibição dos radicais livres envolvidos no aparecimento de doenças associadas ao envelhecimento (cancro, doenças cardiovasculares). Uma experiência interessante consiste em seguir a cinética de inibição dos radicais de 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) em presença de soluções de mel em etanol ou metanol. Através espectrometria de absorção molecular, efetuando medidas de absorvância a 517 nm, é possível observar a ação do mel na neutralização dos radicais de DPPH e constatar que esse efeito é dependente do tipo de mel em estudo.

No presente trabalho pretende-se dar a conhecer algumas das atividades experimentais que foram realizadas por alunos do ensino secundário em estágios de Ocupação Científica de Jovens nas Férias e de Formação em Contexto de Trabalho, sobre o controlo analítico do mel. A motivação e o empenho com que os estudantes se dedicaram à exploração do tema e à realização das atividades experimentais que foram propostas, foram essenciais para adquirirem formação em técnicas analíticas fundamentais e para adoptarem procedimentos de rigor em laboratório. O tema mostrou-se também interessante na abordagem de questões relacionadas com segurança e qualidade alimentar e veio a constituir uma forma de promoção do consumo de mel junto da população mais jovem.

BENEFÍCIOS DO MEL: PROPRIEDADES ANTIOXIDANTES Serra, M.C.a,b; Alua, N.a,b

aISEL, Inst Super Engn Lisboa, Área Departamental de Engenharia Química, P-1959-007

Lisbon, Portugal

bISEL, Inst Super Engn Lisboa, Centro de Estudos de Engenharia Química, P-1959-007

Lisbon, Portugal

Fonte: Livro de resumos do 1º Congresso Ibérico de Apicultura, Castelo-Branco, Páginas 98- 99, 14 a 16 de Abril, 2011

Conferência: 1º Congresso Ibérico de Apicultura, Castelo-Branco, 14 a 16 de Abril, 2011 Tipo de Documento: Comunicação

Resumo: Nos últimos anos têm-se verificado um interesse crescente por parte dos consumidores e das indústrias agro-alimentares em procurar nos alimentos não apenas uma função nutricional mas também benefícios para a saúde. Como consequência, muitas pesquisas recentemente realizadas têm sido direcionadas no sentido de avaliar e comprovar a bioatividade de compostos presentes em alimentos na proteção da saúde.

É conhecido que as espécies reativas de oxigénio (EROs) causam modificações oxidativas em biomoléculas, danificando as células e participando em mecanismos ligados ao aparecimento de algumas doenças degenerativas associadas ao envelhecimento. Antioxidantes, como os compostos fenólicos que existem na maioria dos produtos naturais, podem contribuir para retardar ou mesmo evitar estes processos de degradação oxidativa.

Embora se caraterize por ser uma mistura com elevada concentração em açúcares, o mel apresenta uma composição complexa com cerca de 200 componentes diferentes nos quais se incluem compostos com propriedades antioxidantes como polifenóis, flavonóides, aminoácidos e vitaminas. De facto, estudos já realizados conduziram á identificação de compostos fenólicos no mel, como por exemplo, os ácidos cinâmico, cafeico, ferúlico e cumárico, a quercetina, a hesperitina, a crisina e o canferol. Alguns destes compostos revelaram-se também importantes ferramentas na determinação da origem floral e geográfica do mel.

A ação terapêutica do mel tem, também, sido objeto de diversos estudos nos quais se podem incluir a avaliação das suas propriedades antioxidantes. Estes estudos podem conduzir a uma valorização do produto junto do consumidor em virtude do seu uso tradicional como adoçante poder constituir uma alternativa mais saudável.

Neste contexto, surgiu a colaboração entre o Centro de Estudos de Engenharia Química do ISEL e a Associação de Apicultores da Lousã - Lousãmel que conduziu ao desenvolvimento do projeto Avaliação do Potencial Antioxidante do Mel Nacional financiado pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas no âmbito da Acção 6 do Programa Apícola de 2007.

No presente trabalho procedeu-se, inicialmente, à caraterização fisicoquímica de amostras de mel provenientes dos concelhos da Lousã, Góis e Figueiró dos Vinhos. Em seguida, foram avaliadas as propriedades antioxidantes dessas amostras através da determinação dos teores em compostos fenólicos e da capacidade de inibição de radicais, usando métodos de espetrometria de absorção molecular na zona do visível. No doseamento dos polifenóis foi utilizado o método de Folin-Ciocalteau, aplicando curvas de calibração traçadas com soluções padrão de ácido gálico. A capacidade de resgate de radicais foi avaliada usando soluções de 2,2-difenill-1-picrilhidrazil (DPPH) e os resultados foram expressas em termos de IC50.

Em simultâneo foi realizado um estudo semelhante com méis rotulados como monoflorais, provenientes de quatro regiões distintas de Portugal, de modo a estabelecer comparações e na tentativa de encontrar eventuais relações entre a origem floral e as propriedades antioxidantes. Os resultados mostraram significativas correlações entre a cor, o teor em polifenóis e os valores de IC50. Os méis mais escuros apresentaram o maior teor em polifenóis e maior

capacidade de inibição de radicais de DPPH, O mel de urze revelou a maior actividade antioxidante seguido dos méis da região da Lousã cuja origem floral é maioritariamente urze e castanheiro.

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