3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.3 Analise de Sensibilidade
Quanto menor o período de recuperação do investimento, maior a liquidez do
projeto. Uma série anual uniforme equivalente do fluxo de caixa (VAUE) considera a taxa
mínima de atratividade (TMA).
𝑉𝐴𝑈𝐸 = ∑ 𝐹𝑐
(1 + 𝑖)
𝑡 𝑛 𝑡−1𝑋 [𝑖 𝑥 (1 + 𝑖)
𝑡(1 + 𝑖)
𝑡− 1] (30)
Em que:
Fc – Fluxo de caixa
i – Taxa de juros do projeto
n – Tempo de vida do projeto
Esta ferramenta pode ser utilizada também para converter o desembolso de um
fluxo de caixa e os seus benefícios no custo anual uniforme equivalente e no benefício
anual uniforme equivalente, respectivamente. Assim, uma vez transformados os custos e
os benefícios de um fluxo de caixa, em seus respectivos valores anuais uniforme
equivalente, foi possível compará-los.
3.3 Analise de Sensibilidade
Possamai (2017) descreve a importância e a necessidade de realizar uma análise
de viabilidade econômica de um projeto, que decorre da necessidade da realização de
investimento mas, para dar maior credibilidade ao projeto é necessário fazer uma análise
de sensibilidade.
A análise de sensibilidade é o procedimento que ajuda verificar qual o impacto
sobre os indicadores financeiros, como VPL e TIR, quando varia um determinado
parâmetro relevante do investimento. Sendo assim, essa análise permite detectar para qual
das estimativas do projeto os indicadores financeiros são mais sensíveis e relevantes, e,
consequentemente, quais deverão ser estimados com precisão (BUARQUE, 1991).
Esta análise trata cada variável isoladamente, quando, na prática, todas as
variáveis envolvidas no projeto tendem a estar relacionadas, além do fato de que umas
variáveis são mais fáceis de prever do que outras. Ademais, verificam-se os efeitos de
apenas uma variável do projeto nos resultados dos indicadores financeiros, o que torna
necessário realizar a análise de cenários. Estes consistem em variar simultaneamente mais
de uma variável no projeto (AMARAL, 2011).
A análise de sensibilidade é baseada em métodos estatísticos, que estão sujeitos a
erro, fazendo-se necessário testar se os resultados encontrados sofreriam alteração caso a
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amostra e os parâmetros fossem diferentes. A análise de sensibilidade é um dos vários
métodos probabilísticos utilizados como forma de avaliação, capaz de considerar o efeito
do risco na projeção, traçando a probabilidade de ocorrência de cada evento ou conjunto
delas (POSSAMAI, 2017).
Na análise de risco, verifica-se preliminarmente a sensibilidade do poder de
influência de cada variável, do fluxo de caixa e das alternativas tecnológicas,
isoladamente sobre as técnicas de investimento VPL e TIR. A análise permitiu reconhecer
as variáveis que provocam maior impacto sobre o retorno econômico das alternativas
propostas pela literatura por meio da descoberta de suas elasticidades, significâncias.
Para a análise de sensibilidade foram utilizadas as elasticidades entre as variáveis
preço da saca de café (nacional e internacional), taxa de câmbio e preço do barril de
petróleo. Essas elasticidades foram utilizadas como “pontes” para avaliar de que forma
os choques dados nessas variáveis afetariam os resultados do fluxos de caixa sintetizados
nos indicadores de viabilidade econômica (VPL, TIR).
Para encontrar essas “pontes” (as elasticidades), estimou-se um modelo de
cointegração. As elasticidades são justamente os coeficientes dentro do vetor de
cointegração. Todavia, antes de realizar essa estimação, foi testado se as séries eram (i)
não estacionárias, (ii) se havia uma relação de cointegração entre elas e (iii) qual era a
melhor especificação do modelo de cointegração a ser estimado.
Para avaliar se as séries eram não estacionários, foi aplicado o teste de raiz unitária
de Dickey-Fuller Aumentado (ADF), conforme apresentado em DICKEY e FULLER
(1981 e 1979). Os valores críticos tabelados para os testes de raiz unitária individuais
foram obtidos em MACKINNON (1991), enquanto que, os valores tabelados para os
testes conjuntos foram extraídos de DICKEY e FULLER (1981).
A realização do teste de cointegração teve como objetivo detectar se há relação de
longo prazo entre as variáveis. Para testar a existência dessa relação de longo prazo foi
utilizado o teste de cointegração de Johansen (JOHANSEN, JUSELIUS;1990). ]
O teste de cointegração de Johasen, além de avaliar quando há essa relação de
longo prazo, também fornece informações sobre a especificação do modelo de
cointegração. Uma vez com as possíveis especificações para o modelo de cointegração,
foram estimado os vetores de cointegração e, consequentemente, obtidas as estimadas
para as elasticidades.
Ao utilizar os modelos VECM (Vector Error Correction Model), também é
possível examinar os efeitos de choques de variáveis individuais sobre a dinâmica do
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