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ANEXOS – Principais instrumentos de Produção e Sistematização das Informações dos Memoriais

No documento Quem forma quem? : Instituição dos sujeitos (páginas 182-200)

ANEXO 1 - Resumo do que apresentaram os memoriais

ANEXO 2 - Carta que acompanhou o questionário final, elaborado a partir dos memoriais

ANEXO 3 - Questionário final, elaborado a partir dos memoriais

ANEXO 4 - Carta-síntese informando aos sujeitos as conclusões parciais e solicitando posicionamento a respeito

ANEXO 5 – Um exemplo de resposta à Carta-síntese – diálogo intertextual de duas pesquisas

ANEXO 1

Resumo do que apresentaram os memoriais - Grupo 1

INDICADORES SUJEITOS

H M E AR I N K C F Iv SL C G J

Enfatiza que escolheu trabalhar com Educação / Opção casual X E OC E E E OC OC X OC

Demonstra consciência do que foi formativo (ainda que não tudo) X X X X X X X X X

Faz referência a coletivos profissionais que tenham sido relevantes X X X X X X X X X

Fala da inserção na profissão e/ou numa instituição/projeto que teve relevância X X X X X X X X X X

Ressalta a importância do coletivo, do grupo, da colaboração, da parceria, da FC também para lidar com os não-saberes / coletivizar os saberes individuais / construção de identidade profissional / autonomia / consciência política / melhor compreensão da realidade / atitude investigativa / reflexão sobre a prática / re- significação dos saberes da FI

X X X X X X X X X X X X X

Fala da importância dos parceiros experientes (ou parceiros apenas) para a própria formação e obtenção de

experiência útil para a prática profissional (saberes da profissão) X X X X X X X X X X X

Cita profissionais/professores / grupos de amigos que foram referência para própria a formação / inclusive

para a superação de problemas de auto-estima (em alguns casos) X X X X X X X X X X X

CONVÍVIO COM A DIFERENÇA E COM O EMBATE SE CONSTITUIU COMO CONTEXTO FORMATIVO: Cita o convívio com a diversidade de opiniões, posições perspectivas ou com a resistência das pessoas ao que defendemos ou à necessidade de resistir diante do que se considera injusto ou indigno como importante ou explicitamente formativo / Convívio com outros países - culturas diferentes / equipes multidisciplinares

X X X X? X? X?

Demonstra preocupação em ajustar sua atuação às necessidades dos sujeitos a que se destinam (alunos,

professores, usuários do serviço de saúde) X X X X X X X X X

Diz que foi a obtenção de resultados insatisfatórios (segundo os próprios critérios) com os sujeitos a que a

prática profissional se destinava que mobilizaram a buscar mais formação X X X X X

Diz que foi a necessidade de imprimir qualidade à prática profissional e/ou ampliar a compreensão das coisas

da profissão e/ou da vida que levou a estudar (outro curso na Universidade, ou GF ou individualmente) X X X X X

Faz referência à importância da leitura na própria vida X X X X X X

Faz referência à importância da escrita pessoal na própria vida (ainda que não compartilhada) – diários,

cartas, escritos pessoais X X

Faz referência à importância da literatura X X X X X

Faz referência à importância de certas expressões artísticas (grupo de teatro, música) na própria vida X X X

Faz referência à importância da família ou parte dela na formação de certos valores positivos que tem a ver

também com a condição de educador X X X X X X X? X X

Valoriza as raízes (nordestinas, pobres etc.) e/ou das duras experiências pessoais, da vida difícil, da família

pobre e batalhadora X X X X X X

Faz referência à curiosidade pessoal em relação às coisas, à disponibilidade para a aprendizagem ao gosto por

estudar X X X X X X X X X X X

Demonstra valorizar os desafios X X X X X X X X X X

Demonstra preocupação com as questões sociais / com a justiça social / com o direito dos alunos a uma educação que garanta de fato a aprendizagem – alguns chegam a afirmar que têm clareza que, em qualquer lugar que ocupe na educação, seu papel é contribuir para a aprendizagem dos alunos

X X X X X? X X

Cita explicitamente ou revela indiretamente o sentido de ‘militância’ que tem a profissão X X X X X X X X

Revela ambição profissional ‘positiva’/ gosto pelo reconhecimento X X

Faz referência ao fato de se sentir ‘desencaixada’ / insatisfeita / indignada em algumas instituições em que

H M E AR I N K C F Iv SL C G J

Demonstra maturidade, perspicácia e capacidade de elaboração teórica na análise da relação com as instituições em que atua (em alguns casos, fazendo referência direta ou indireta ao papel formativo da cultura da instituição – positivo e negativo - / aos prejuízos da descontinuidade administrativa)

X X X X X X

Demonstra acreditar na importância da própria atuação dentro das instituições em que trabalha X X X X X X X X

Se reconhece como liderança (ainda que não usem esse nome) com capacidade de agregar, cuidar das equipes

Faz referência a importância de criar relações fraternas / de amizade / diálogo / contextos favoráveis à

aprendizagem nas instituições / grupos X X X X X X X X

Saiu de instituições / Unidades Grupos nos quais não conseguiu ‘se encontrar’ / ou por conta de outro

trabalho mais compatível com os desejos/princípios, mesmo ganhando menos X X X X X

Fazem referência, ainda que indireta, à importância dos coordenadores de equipes (pedagógicos, de grupos de formação etc) terem um perfil compatível com a função de coordenar pessoas (referindo-se aos outros ou a eles próprios)

X X X

Refere-se ao fato da Universidade / Curso de Magistério não instrumentalizar para a prática profissional específica e fala que aprendeu a desempenhar as funções profissionais na prática / Valoriza alguns tipos de estágios como as melhores experiências formativas na Universidade (os que fizeram conhecer de fato a prática)

X X X X X X X X

Relata uma má relação com a Universidade - ‘não se enxergava’ na Universidade e/ou temia essa experiência

(e atribui à baixa auto-estima) / não via utilidade para a prática (em algum período pelo menos) X

Relata o quanto se sentia mal, no início, e os mecanismos de sobrevivência na Universidade X

Cita a entrada na Universidade uma perspectiva interessante de crescimento como pessoa, como estudante e/ou como cidadã (especialmente quem estudou na PUC de SP nos anos 70/80) – as aulas de alguns professores e as vivências possibilitadas pela Universidade, muito mais do que o curso como um todo

X

Fala da necessidade de se mostrar competente na função, para ganhar a confiança do grupo X X X

Diz que chegou a demorar vários meses para conseguir começar a implementar os conhecimentos adquiridos

na FC à prática, mesmo estando plenamente de acordo com eles X

Enfatiza a qualidade do trabalho de formação desenvolvido pela ABPR do ponto de vista dos conteúdos, das metodologias, das relações fraternas estabelecidas, da atuação dos formadores como modelos de referência e do fato de defender que os próprios técnicos da SME assumissem o papel de formadores com a colaboração da Equipe de Consultoria / O orgulho pelas oportunidades abertas até mesmo fora da SME

X X X X X X X X X X X X X

Enfatiza a importância das experiências de formação de que participou (Escola Ativa, Parâmetros em Ação,

PROFA, um determinado Grupo de Estudo, uma escola específica em que trabalhou) X X

Explicita as dificuldades provocadas pela cultura predominante na escola e/ou na Secretaria (especialmente

no que se refere às características típicas do serviço público) X X X X X X X X

Fala da importância de aperfeiçoar os instrumentos de registro para valorizar o que se produz de bom nos

Grupos de Formação, nas escolas, na Secretaria / para fazer coincidIr o que se faz e o que se registra X X

Refere-se com carinho à escola em que estudou quando pequeno/a /as ou às experiências de aprendizagem

em casa X X X X

Fala que a experiência dramática como alunos foi formativa para dar o sentido de superação pessoal ou para a condição de educadores: ‘fazer com eles algo muito diferente do que fizeram comigo’

Faz referência à importância da busca da felicidade / do sonho / do prazer de viver / da gratificação pessoal /

auto-realização – ou deixa subentendido X X X X X X X X X

Faz considerações teóricas importantes X X X X X X X X

Fala da importância de narrar para se apropriar melhor da própria história / das dificuldades trazidas por esse

tipo de texto, que reporta às experiências pessoais / de que é uma experiência de se expor para os outros X X X X X X X

Explicita ou deixa subentendido o valor real que tem a coerência entre o discurso e a ação X X X X X

Atribui essa coerência e a atuação militante à sólida formação política e intelectual / a atuação militante às necessidades provocadas por uma história de vida muito difícil (vítima de injustiça, preconceito etc) / à busca de superação pessoal / aos valores éticos herdados da religião / da família

Relata sobre a militância que teve no movimento social / de minorias X X X

Demonstra valorização intensa da religiosidade (católicos e protestantes) e da fé (como resposta à

Resumo do que apresentaram os memoriais - Grupo 2

INDICADORES SUJEITOS

A C D O L M Mo EG L RM EB Re AS T MB N RD RV

Enfatiza que escolheu trabalhar com Educação / Opção casual Jorn

al X X?

Ed Info

Saú

de X? X X X X X X X

Demonstra consciência do que foi formativo (ainda que não tudo) X X X X X X X? X X X X X - X X X X X

Faz referência a coletivos profissionais que tenham sido relevantes Não Não - X X X X X X X X X X X

Fala da inserção na profissão e/ou numa instituição/projeto que teve relevância - X X X X X X X X X X X X X X X X X

Ressalta a importância do coletivo, do grupo, da colaboração, da parceria, da FC também para lidar com os não-saberes / coletivizar os saberes individuais / construção de identidade profissional / autonomia / consciência política / melhor compreensão da realidade / atitude investigativa / reflexão sobre a prática / re-significação dos saberes da FI

- ? X X X X X X X X X X X X X X

Fala da importância dos parceiros experientes (ou parceiros apenas) para a própria formação e obtenção de experiência útil

para a prática profissional (saberes da profissão) - - X - - X X X X X X X X X X X X X

Cita profissionais/professores / grupos de amigos que foram referência para própria a formação / inclusive para a superação de

problemas de auto-estima (em alguns casos) - - X X - X X X X X X X X X X

CONVÍVIO COM A DIFERENÇA E COM O EMBATE SE CONSTITUIU COMO CONTEXTO FORMATIVO: Cita o convívio com a diversidade de opiniões, posições perspectivas ou com a resistência das pessoas ao que defendemos ou à necessidade de resistir diante do que se considera injusto ou indigno como importante ou explicitamente formativo / Convívio com outros países - culturas diferentes / equipes multidisciplinares

X X

?

X X X X X

Demonstra preocupação em ajustar sua atuação às necessidades dos sujeitos a que se destinam (alunos, professores, usuários

do serviço de saúde) - ? X ? X X X X X X X X X X X X X X

Diz que foi a obtenção de resultados insatisfatórios (segundo os próprios critérios) com os sujeitos a que a prática profissional

se destinava que mobilizaram a buscar mais formação - ? - X? X X X X X X

Diz que foi a necessidade de imprimir qualidade à prática profissional e/ou ampliar a compreensão das coisas da profissão e/ou

da vida que levou a estudar (outro curso na Universidade, ou GF ou individualmente) X X X X X X X X X

Faz referência à importância da leitura na própria vida X X X

Faz referência à importância da escrita pessoal na própria vida (ainda que não compartilhada) – diários, cartas, escritos

pessoais X

Faz referência à importância da literatura X X X X

Faz referência à importância de certas expressões artísticas (grupo de teatro, música) na própria vida X X

Faz referência à importância da família ou parte dela na formação de certos valores positivos que tem a ver também com a

condição de educador X X X ? X X X X X

Valoriza as raízes (nordestinas, pobres etc.) e/ou das duras experiências pessoais, da vida difícil, da família pobre e batalhadora X X X

Faz referência à curiosidade pessoal em relação às coisas, à disponibilidade para a aprendizagem ao gosto por estudar X X X X X X X X X X X X X X

Demonstra valorizar os desafios X X X X X X X X X X X X X X X X

Demonstra preocupação com as questões sociais / com a justiça social / com o direito dos alunos a uma educação que garanta de fato a aprendizagem – alguns chegam a afirmar que têm clareza que, em qualquer lugar que ocupe na educação, seu papel é contribuir para a aprendizagem dos alunos

X X X X X X X X X X X X X X X X

Cita explicitamente ou revela indiretamente o sentido de ‘militância’ que tem a profissão X X X X X X X X X X X X X X X X

Revela ambição profissional ‘positiva’/ gosto pelo reconhecimento X X

Faz referência ao fato de se sentir ‘desencaixada’ / insatisfeita / indignada em algumas instituições em que trabalhou / ou sob

determinadas administrações / nômades X X X X X X X X

Demonstra maturidade, perspicácia e capacidade de elaboração teórica na análise da relação com as instituições em que atua (em alguns casos, fazendo referência direta ou indireta ao papel formativo da cultura da instituição – positivo e negativo - / aos prejuízos da descontinuidade administrativa)

X X X X X X X X X X X X X X X X X

INDICADORES SUJEITOS

A C D O L M Mo EG L RM EB Re AS T MB N RD RV

Se reconhece como liderança (ainda que não usem esse nome) com capacidade de agregar, cuidar das equipes X X X X X X X X X

Faz referência a importância de criar relações fraternas / de amizade / diálogo / contextos favoráveis à aprendizagem nas

instituições / grupos X X X X X X X X X X X X X

Saiu de instituições / Unidades Grupos nos quais não conseguiu ‘se encontrar’ / ou por conta de outro trabalho mais compatível

com os desejos/princípios, mesmo ganhando menos X X X X X X

Fazem referência, ainda que indireta, à importância dos coordenadores de equipes (pedagógicos, de grupos de formação etc)

terem um perfil compatível com a função de coordenar pessoas (referindo-se aos outros ou a eles próprios) X X X X X X X X X X X

Refere-se ao fato da Universidade / Curso de Magistério não instrumentalizar para a prática profissional específica e fala que aprendeu a desempenhar as funções profissionais na prática / Valoriza alguns tipos de estágios como as melhores experiências formativas na Universidade (os que fizeram conhecer de fato a prática)

X X X X X X X X X

Relata uma má relação com a Universidade - ‘não se enxergava’ na Universidade e/ou temia essa experiência (e atribui à baixa

auto-estima) / não via utilidade para a prática (em algum período pelo menos) X X X

Relata o quanto se sentia mal, no início, e os mecanismos de sobrevivência na Universidade X X

Cita a entrada na Universidade uma perspectiva interessante de crescimento como pessoa, como estudante e/ou como cidadã (especialmente quem estudou na PUC de SP nos anos 70/80) – as aulas de alguns professores e as vivências possibilitadas pela Universidade, muito mais do que o curso como um todo

X X X X X X

Fala da necessidade de se mostrar competente na função, para ganhar a confiança do grupo X? X X

Diz que chegou a demorar vários meses para conseguir começar a implementar os conhecimentos adquiridos na FC à prática, mesmo estando plenamente de acordo com eles

Enfatiza a qualidade do trabalho de formação desenvolvido pela ABPR do ponto de vista dos conteúdos, das metodologias, das relações fraternas estabelecidas, da atuação dos formadores como modelos de referência e do fato de defender que os próprios técnicos da SME assumissem o papel de formadores com a colaboração da Equipe de Consultoria / O orgulho pelas

oportunidades abertas até mesmo fora da SME

X

Enfatiza a importância das experiências de formação de que participou (Escola Ativa, Parâmetros em Ação, PROFA, um

determinado Grupo de Estudo, uma escola específica em que trabalhou) X X X X X X X X X X X X

Explicita as dificuldades provocadas pela cultura predominante na escola e/ou na Secretaria (especialmente no que se refere às

características típicas do serviço público) X X X X X X X X X X X

Fala da importância de aperfeiçoar os instrumentos de registro para valorizar o que se produz de bom nos Grupos de Formação,

nas escolas, na Secretaria / para fazer coincidIr o que se faz e o que se registra X

Refere-se com carinho à escola em que estudou quando pequeno/a /as ou às experiências de aprendizagem em casa X X X X

Fala que a experiência dramática como alunos foi formativa para dar o sentido de superação pessoal ou para a condição de

educadores: ‘fazer com eles algo muito diferente do que fizeram comigo’ X X X

Faz referência à importância da busca da felicidade / do sonho / do prazer de viver / da gratificação pessoal / auto-realização –

ou deixa subentendido X X X X

Faz considerações teóricas importantes X X X X X X X X X X X X X X X

Fala da importância de narrar para se apropriar melhor da própria história / das dificuldades trazidas por esse tipo de texto, que

reporta às experiências pessoais / de que é uma experiência de se expor para os outros X X? X X

Explicita ou deixa subentendido o valor real que tem a coerência entre o discurso e a ação X X X X X X X X X X X X X X X X

Atribui essa coerência e a atuação militante à sólida formação política e intelectual / a atuação militante às necessidades provocadas por uma história de vida muito difícil (vítima de injustiça, preconceito etc) / à busca de superação pessoal / aos valores éticos herdados da religião / da família

X X X X X X X X X X

Relata sobre a militância que teve no movimento social / de minorias X X X X X X X X X

Demonstra valorização intensa da religiosidade (católicos e protestantes) e da fé (como resposta à necessidade de conforto

ANEXO 2

Carta que acompanhou o questionário final, elaborado a partir dos memoriais

Campinas, 18 de junho de 2006

Caros colaboradores

Em primeiro lugar, quero agradecê-los formalmente pela participação em meu trabalho de pesquisa e por tudo o que fizeram até o momento para subsidiá-lo.

Sem vocês, certamente este trabalho não teria o enorme valor que hoje adquiriu para mim. Como sabem, tomei como sujeitos da pesquisa dois grupos distintos.

Um deles, o G1, é formado por profissionais de uma Rede Municipal de Ensino cuja política educacional pretende transformar a cultura institucional nos aspectos que direta ou indiretamente interferem na qualidade do ensino - desenvolvimento profissional dos educadores, condições institucionais favoráveis para um trabalho educativo mais eficaz, infra- estrutura material, carreira e avaliação do sistema de ensino e dos resultados obtidos. Para tanto, no período de aproximadamente três anos, a Secretaria Municipal de Educação tem se proposto a investir em: formação continuada da própria equipe e dos educadores da Rede (diretores, coordenadores pedagógicos e professores, especialmente alfabetizadores); produção de material de subsídio para as escolas; discussão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; elaboração conjunta do Regimento Escolar; realização de Mesas Temáticas com entidades sindicais; montagem de uma Rede Social Educativa para fortalecer o relacionamento da escola com grupos, organizações e demais representantes da comunidade; avaliação do sistema de ensino e das políticas implementadas; Planejamento Estratégico Situacional envolvendo representantes de todas as equipes internas; dentre outros.

Ou outro grupo, o G2, é formado por pessoas que trabalham em diferentes instituições (a maioria da área da educação, mas também outras) por mim identificadas como ‘militantes na profissão’ que exercem. O que estou chamando de ‘militantes na profissão’ são as pessoas que, mais do que profissionais competentes, não poupam esforços, nem recursos e nem tempo para desenvolver um trabalho de qualidade, são propositivas, conseguem interferir no contexto e nos rumos da instituição e, exatamente por isso, em geral, funcionam como referência para os pares (ou como liderança, como outros preferem). São pessoas que tomam o trabalho como projeto de vida.

Por que esses dois grupos?

Porque meu propósito era/é verificar o que caracteriza os ‘militantes na profissão’ e quais experiências foram determinantes na sua formação, para, entre outras pretensões, verificar o que se poderia sugerir que as instituições formadoras incorporassem em suas políticas de

desenvolvimento profissional e em seu funcionamento institucional para

Pois bem, trabalhei principalmente com dois instrumentos de produção de dados: um questionário destinado aos educadores (gestores, coordenadores e professores) de 5% das escolas da rede municipal e um memorial solicitado à parte dos profissionais da Secretaria e ao chamado G2.

Foram ao todo 32 memoriais recebidos, lidos e analisados. E, dessa leitura cuidadosa (de mais de 200 páginas, por várias e várias vezes), retirei os dados que considerei relevantes para o propósito indicado acima. Entretanto, como parte do G1 escreveu o memorial por uma solicitação institucional (e eu os ‘aproveitei’ para a pesquisa), não havia a apresentação de qualquer sugestão de conteúdo a ser abordado, a não ser que se tratasse especialmente do período de três anos em que a Secretaria vem implementando as propostas a que me referi. Assim, muitos desses colegas não abordaram os tópicos que foram sugeridos para os demais e que são importantes para a finalidade da pesquisa, especialmente os que dizem respeito às experiências que foram mais formativas ao logo da vida.

Por essa razão, me pareceu oportuno enviar a todos um questionário produzido a partir das indicações por mim consideradas mais relevantes nos memoriais, para que vocês possam complementar as informações sobre o processo pessoal de formação, acrescentando, contestando e/ou confirmando os dados que apresento.

Segue, portanto, esse instrumento, que pode ser preenchido de modo muito simples: apenas assinalando a resposta e respondendo em breves palavras uma ou outra questão. São apenas três páginas, a maioria para responder SIM ou NÃO.

Se possível, gostaria de receber o questionário até o dia 26 de junho, porque no dia 04 de julho apresento a primeira versão do meu texto no Gepec – o meu grupo de pesquisa – e pretendo incluir as informações acrescentadas por vocês já nesta versão preliminar.

Aproveito, por fim, para perguntar novamente, aos que ainda não me responderam, se autorizam a publicação, no texto da minha pesquisa, de trechos do que escreveram nos memoriais, com a respectiva identificação de autoria. Pretendo utilizar fragmentos dos textos de alguns de vocês como epígrafes e em citações, com os devidos créditos evidentemente. E agradeço mais uma vez as contribuições todas – as já enviadas e estas também.

Um grande abraço

ANEXO 3

Questionário final, elaborado a partir dos memoriais

Nome: Data de nascimento: Idade: Profissão: Tempo na profissão: Função atual:

Caso tenha religião/doutrina espiritual, indique qual e se você é ( ) um praticante eventual / ou ( ) um praticante dedicado:

1. Você escolheu conscientemente a sua profissão? ( ) SIM / ( ) NÃO, a opção foi circunstancial.

2. Você se considera um militante na profissão*?

*Pessoa que, mais do que profissional competente, não poupa esforços, nem recursos e nem tempo para desenvolver um trabalho de qualidade, é propositiva, consegue interferir no contexto e nos rumos da instituição e, exatamente por isso, em geral, funciona como referência ou liderança para os pares. Pessoa que toma o trabalho como projeto de vida.

No documento Quem forma quem? : Instituição dos sujeitos (páginas 182-200)

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