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2. PRODUÇÃO ANIMAL E EMISSÃO DE METANO RUMINAL EM DIFERENTES

2.2. MATERIAL E MÉTODOS

2.2.3. Animais e tratamentos

As atividades experimentais tiveram duração de dois anos (2013-2014; 2014- 2015), onde foram avaliados 60 novilhos castrados da raça Canchim, com 15 meses de idade e 255 ± 7kg de peso corporal inicial, oriundos do rebanho experimental da

Figura 13 - Temperaturas mínima, média, máxima, pluviosidade e o balanço

Embrapa Pecuária Sudeste e nascidos entre agosto e novembro de 2012. A cada ano de execução do experimento, 30 animais foram distribuídos em blocos com base no peso inicial, e alocados em 5 diferentes sistemas de produção em pastagem (Figura 14), com duas repetições de área, que corresponderam aos tratamentos:

 Integração Lavoura–Pecuária-Floresta (ILPF).  Integração Pecuária-Floresta (IPF).

 Integração Lavoura-Pecuária (ILP).  Sistema Extensivo (EXT).

 Sistema Intensivo (INT).

Figura 14 - Representação das áreas dos diferentes sistemas de pastagens

Na Tabela 5, os diferentes sistemas de criação em pastagem são caracterizados.

Tabela 5 - Caracterização dos sistemas de criação a pasto que representam os

tratamentos

Sistema

ILPF

Área de pastagem (ha): 2,7

Área de pastagem durante cultivo do milho

(ha):

1,8

Método de pastejo: Rotativo

Lotação: Variável

Correção e adubação do

solo: Sim

Culturas integradas: Eucalipto + Milho

ILP

Área de pastagem (ha): 3,2

Área de pastagem durante cultivo do milho

(ha):

2,1

Método de pastejo: Rotativo

Lotação: Variável

Correção e adubação do

solo: Sim

Culturas integradas: Milho

IPF

Área de pastagem (ha): 2,7

Método de pastejo: Rotativo

Lotação: Variável

Correção e adubação do

solo: Sim

Culturas integradas: Eucalipto

EXT

Área de pastagem (ha): 2,9

Método de pastejo: Contínuo

Lotação:

Correção e adubação do

solo: Não

Culturas integradas: -

INT

Área de pastagem (ha): 2,9

Método de pastejo: Rotativo

Lotação: Variável

Correção e adubação do

solo: Sim

Culturas integradas: -

*ILPF: Integração lavoura-pecuária-floresta; ILP Integração lavoura-pecuária; IPF: Integração pecuária-floresta; EXT: extensivo; INT: Intensivo.

Todos os sistemas eram providos de bebedouro e cocho para suplementação mineral onde os animais receberam dois tipos de suplementoa vontade, dependendo da época do ano. O suplemento da Primavera/Verão foi misturado com cloreto de sódio (NaCl) na proporção de 25 kg do produto com 50 kg de sal comum, os níveis de garantia são apresentados na Tabela 6. Com exceção ao sistema EXT as outras áreas eram subdivididas em 6 piquetes cada.

Tabela 6 - Níveis de garantia por kg de suplemento mineral

Primavera/Verão Outono/Inverno

Mineral Teor (%) Mineral Teor (%)

Fósforo 13,0 Fósforo 1,2 Cálcio 21,4 Cálcio 8,0 Magnésio 2,3 Magnésio 0,2 Enxofre 4,0 Enxofre 1,5 Zinco 1,0 Zinco 0,064 Cobre 0,35 Cobre 0,017 Manganês 0,17 Manganês 0,013 Cobalto 0,03 Cobalto 0,001 Iodo 0,03 Iodo 0,012 Flúor 0,003 Flúor 0,02 Selênio 0,13 Selênio 0,0003 - - Proteína Bruta 40,0

Nos sistemas ILPF, ILP, IPF e INT foi realizado em 2010 o processo de correção do solo, por meio de aplicação superficial de calcário e correção geral de fertilidade, com base na análise de solo, para estabelecimento da pastagem de Urochloa (syn. Brachiaria) brizantha (Hochst ex A. Rich.) Stapf cv. BRS Piatã. O calcário foi aplicado para aumentar a saturação por bases para 60%, fertilizante P (18% P2O5) aumentar o teor de P do solo para 12 mg/dm3 e fertilizante K (KCl, 60% K

2O) para aumentar o K trocável para 3% da capacidade de troca catiônica do solo. A adubação nitrogenada das pastagens foi durante a estação chuvosa: a) Período 1 - 2013/2014: 157 kg de N, divididos em quatro aplicações (duas como ureia - 45% N e duas como sulfato de amônia - 20% N); e b) Período 2 2014/2015: 202 kg N aplicados como ureia, divididos em cinco aplicações. Nesses sistemas, foi adotado o sistema de lotação rotacionado. O sistema EXT foi estabelecido a mais de 20 anos com Urochloa (syn. Brachiaria) decumbens e não recebeu nenhum tipo de intervenção até o presente, sendo

considerado em degradação, e seguiu o sistema de lotação variável e manejo contínuo (não rotacionado).

A implantação das mudas de eucalipto (Eucalyptus urograndis clone GG100), nos sistemas ILPF e Integração pecuária-floresta, ocorreu em abril de 2011, dispostas em fileira simples com espaçamento de 2x15 m (333 árvores/ha) e na orientação Leste-Oeste. Nos dois períodos, as árvores apresentaram em média, 17,5 m de altura e 16,9 cm de diâmetro, onde a área útil do sombreamento foi de 50%. A interceptação da radiação solar pelas copas das árvores, entre as linhas, variou de 45% no primeiro ano e 55% no segundo ano. Nos sistemas integrados ILP e ILPF, um terço das áreas de pastagem era renovado a cada ano agrícola (dois piquetes por área replicada), sendo realizado o plantio da forragem juntamente com o milho (var. DKR 390 PRO 2), cultivado para silagem. A recomendação de correção do solo e fertilização para a cultura do milho, foi baseada em análise de solo e calculada seguindo o método de Raij et al. (1997). No primeiro ano agrícola, o milho foi semeado em 07/11/2013 e colhido em 07/03/2014. No segundo ano agrícola, a semeadura foi realizada em 17/11/2014 e a colheita em 07/03/2015.

Animais reguladores foram utilizados em todos os sistemas para adequar a taxa de lotação de acordo com a oferta de forragem, pelo método “put-and-take” (MOTT; LUCAS, 1952) e avaliações visuais da massa de forragem disponível. Nos sistemas em que foi adotado o manejo rotacionado o período de ocupação foi de 5 dias e 25 dias de descanso totalizando 30 dias por ciclo de pastejo. Nos sistemas ILPF e ILP quando houve a integração com a cultura do milho um terço das áreas (2 piquetes por repetição de área) foi utilizado para o cultivo, nesta época, os 4 piquetes restantes foram ocupados por 9 dias enquanto ficavam desocupados por 27 dias, seguindo o mesmo manejo dos períodos sem integração.

O número de animais por área de pastagem e o peso individual foram monitorados com a finalidade de calcular a taxa de lotação expressa em (UA/ha). Que foi calculada adicionando-se o peso corporal médio (PC) dos animais traçadores, com o peso vivo médio de cada animal externo ao experimento que participaram do ajuste da lotação animal, multiplicando pelo número de dias em que permaneceram em cada pasto, e dividindo pelo número total de dias de pastejo em cada período de pastejo.

Em cada sistema experimental de pastagem, os animais traçadores utilizados foram mantidos durante todo o período para avaliações de desempenho, consumo e emissão de CH4. No início e ao final do período experimental, a pesagem foi realizada após jejum prévio de sólidos e líquidos (16 horas). As pesagens intermediárias dos animais ocorreram a cada 30 dias sem jejum e respeitando o mesmo horário. O ganho por hectare (GPV kg/ha) foi obtido pela multiplicação do número de animais/ha pelo GMD dos animais traçadores e pelo número total de dias de pastejo. O ganho médio diário (GMD) foi calculado como a diferença entre os pesos final e inicial dos animais testados dividido pelo número de dias em cada estação.

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