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36Despesa dedutível pró-labore (anual)300.000,0073.212,

COM 63 ANOS COM 66 ANOS APOSENTADO

Comparando a carga tributária do aposentado com mais de 65 anos, em termos de IRPF, haveria uma redução nesse caso de 86,91%. Pode-se também considerar o caso de aposentados que tenham o total da renda como isenta serem incluídos como dependentes de um de seus filhos na declaração de IRPF para reduzir a tributação do filho.

9. Profissionais liberais

Podem trabalhar como profissionais liberais os médicos, dentistas, advogados, engenheiros, arquitetos, administradores, economistas e contadores, entre outros. Nessa situação, os rendimentos recebidos são tributados na categoria de pessoa física, portanto, pela tabela progressiva do IRPF. Os rendimentos recebidos pelos profissionais liberais, referentes a serviços prestados, podem ser provenientes tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas.

Quando o recebimento for de pessoa física, normalmente o profissional liberal deve fornecer recibo em que conste seu nome completo, CPF, endereço, número de seu registro profissional (CRM, CRC, CRA ou outro), data e assinatura. O total dos rendimentos recebidos em cada mês deve ser declarado no programa de “carnê leão” e apurado mensalmente com base na tabela progressiva do IRPF, e, se o rendimento estiver sujeito ao

recolhimento do “carnê leão” no respectivo mês, ele deve ser pago até o último dia útil do mês subsequente.

Já no caso de valores recebidos de pessoas jurídicas, normalmente o profissional liberal deve fornecer o chamado Recibo de Pagamento de Autônomo – RPA, no qual haverá retenção de IRRF, calculada com base na tabela progressiva desse tributo, se for o caso.

Assim, haverá retenção de IRRF se o valor pago estiver acima da faixa de isenção mensal, que em 2020 é de R$ 1.903,98. Também haverá a retenção de 11% de INSS, caso o profissional não tenha fornecido declaração à empresa pagadora informando já ter recolhido o limite legal ao INSS, referente ao mês e correspondente aos dez salários de referência. Convém lembrar que o rendimento a ser tributado pela tabela progressiva do IRPF deve ser o valor bruto a ser recebido, descontado do valor retido de INSS.

No caso dos recebimentos pagos por pessoas jurídicas, não há necessidade de serem incluídos no “carnê leão”, uma vez que já se sujeitaram às retenções no RPA por parte da empresa pagadora, mesmo que os valores recebidos estejam na condição de isenção tanto do IRPF como do INSS.

Em ambas as situações, seja no recebimento de pessoas físicas ou de pessoas jurídicas, deve haver a incidência de Imposto sobre Serviços – ISS. Por se tratar de um tributo municipal, há aproximadamente 5.500 situações que podem ser distintas, portanto, deve-se verificar na prefeitura do domicílio fiscal do profissional liberal qual é o correto procedimento, pois poderá inclusive ter que ser pago no município do tomador do serviço; em muitos casos, quando o tomador é pessoa jurídica, poderá haver retenção no pagamento.

Esse imposto também poderá ter incidência de um valor fixo por mês, trimestre ou ano, ou, ainda, um percentual que pode variar de 2 a 5%, com base nos rendimentos recebidos pelo profissional liberal, dependendo da legislação específica do município.

É importante alertar para as deduções que os profissionais liberais podem utilizar na sua declaração do IRPF para tributar corretamente sua renda – são todas as normais de qualquer pessoa física, tais como: dependentes, despesas com educação, saúde, pensão alimentícia, previdência pública ao INSS, previdência privada PGBL etc.

Além disso, há ainda as deduções específicas referentes aos custos necessários à execução dos serviços dos profissionais liberais, como os gastos com contratação de funcionários (devidamente registrados), aluguel de imóveis, condomínio, água, luz, IPTU, telefone, internet, além de despesas com materiais de limpeza e de trabalho, não podendo, contudo, descontar o valor de compra de equipamentos.

Para poder se beneficiar dessas deduções, todo profissional liberal fica obrigado pela legislação do Imposto de Renda a escriturar o Livro-Caixa, com base em todos os documentos hábeis, tais como notas fiscais, faturas, recibos de aluguéis, folha de pagamento, guias dos encargos sociais etc.

Porém, há casos em que o profissional liberal executa seus serviços na própria residência, utilizando-se de uma sala específica ou não, podendo a residência ser própria ou alugada.

Porém, há casos em que o profissional liberal executa seus serviços na própria residência, utilizando-se de uma sala específica ou não, podendo a residência ser própria ou alugada. Nesses casos, como ocorre uma mescla entre as despesas residenciais e operacionais do profissional liberal, a legislação do Imposto de Renda permite que, ao efetuar o Livro-Caixa, além das despesas operacionais específicas da prestação de serviços, tais como folha de pagamento dos funcionários registrados, os correspondentes encargos sociais e despesas com materiais de escritório ou necessários para os serviços prestados, a pessoa possa deduzir 20% correspondentes às despesas que são conjuntas com as residenciais, tais como condomínio, IPTU, luz, água, internet, telefone e aluguel, no caso de não ser imóvel próprio.

É muito importante salientar que as despesas a serem deduzidas no Livro-Caixa são somente aquelas do profissional liberal como pessoa física, pois caso ele tenha constituído uma empresa, tais despesas serão referentes a ela, esteja no Lucro Real, Lucro Presumido ou outro regime de tributação.

Para melhor visualização, considere-se um profissional liberal que trabalhe em sua própria residência, alcance uma renda anual de R$ 35.000,00 e possua as seguintes despesas anuais:

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DESPESAS VALORES EM R$

Funcionário 12.000,00

Encargos sociais sobre funcionário 3.360,00 TOTAL DE DESPESAS 100% DEDUTÍVEL (1) 15.360,00

Aluguel 8.400,00

IPTU 150,00

Telefone 1.200,00

Luz 960,00

Água 480,00

TOTAL DESPESAS 20% DEDUTÍVEL 11.190,00

Parcela dedutível 20% (2) 2.236,00

17.596,00

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