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ANOTAÇÕES:rina alguns kits também são montados para situações específicas, como

análises em campo

ANOTAÇÕES:rina alguns kits também são montados para situações específicas, como

por exemplo, o WagtechPotatest® e o Oxfam-DelAguaWaterTesting Kit, de respostas rápidas para casos de emergências, locais remotos e com dificuldade de suprimento de materiais, como em situações de desastres naturais e para uso em campos de refugiados (Figura 4.1).

figura 4.1 Exemplos de kits de campo portáteis para análise de água.

Fonte: CAWST, 2009

ao se usar um kit de campo, é estritamente necessário que as reco- mendações do fabricante do kit sejam seguidas à risca. mesmo que as metodologias sejam seguidas cuidadosamente, é necessário (e recomen- dável) testar e validar antes do campo. É importante estar ciente da quantidade, extensão do uso e prazo dos kits de campo. muitos for- necedores não mencionam o custo para compra dos consumíveis e dos serviços de calibração dos equipamentos de campo que, via de regra, não são baratos.

a facilidade na qual o procedimento de campo é conduzido dependerá de sua complexidade e, obviamente, das condições climáticas (e outras condições ambientais) no momento da análise em campo. Por exemplo, uma medição em campo que envolva um medidor multiparâmetros e eletrodos (e.g. para temperatura, pH, condutividade e oxigênio dissol- vido) é relativamente muito rápida e fácil, desde que não envolva a necessidade de calibração do equipamento em campo. Por outro lado, metodologias que envolvam procedimentos colorimétricos ou titrimétri- cos (titulométricos), com adições de dois ou mais reagentes e reações químicas que necessitem vários minutos para acontecer, com observa- ção de alteração de cor ou leitura fotométrica, podem apresentar difi- culdades em algumas condições de campo.

O fato de uma análise ser realizada em campo, longe de um laboratório, não deve significar que seja realizada com menos cuidado, principal- mente, no que se refere à confiabilidade dos resultados.

ANOTAÇÕES:

Temperatura

as variações de temperatura fazem parte do regime climático normal dos corpos d’água naturais, que apresentam variações sazonais e diárias. Em corpos d’água profundos, pode haver estratificação térmica vertical. a temperatura desempenha um papel crucial no meio aquático, condi- cionando as influências de uma série de outras variáveis físico-químicas e biológicas. À medida que a temperatura aumenta, diminui a viscosida- de, tensão superficial, compressibilidade, calor específico, constante de ionização e solubilidade dos gases. Enquanto isso, aumentam também a condutividade térmica e a pressão de vapor. Os organismos presentes na água aumentam seu metabolismo em função do aumento das velocidades de reações químicas e enzimáticas, refletindo em processos fisiológicos e comportamentais, como alimentação, reprodução e migração.

Temperatura PRECiSa ser medida no local. a temperatura da água está sempre em alteração dinâmica e gradualmente irá atingir a mesma tem- peratura de ar que a rodeia. Se não for possível medir a temperatura no local exato, uma amostra deve ser coletada no local e profundidade corretos e esse parâmetro medido imediatamente quando a amostra for trazida à superfície.

Normalmente, a temperatura é medida com um termômetro de vidro, preenchido com álcool/tolueno ou mercúrio, com graduação de 0,1°C, ou então, com um termômetro eletrônico, normalmente integrado aum medidor de campo de oxigênio dissolvido ou condutividade.

Transparência

a transparência é um parâmetro que varia com o efeito combinado de outros dois parâmetros: cor e turbidez. Pode ser medida rapidamente em lagos, rios e reservatórios com um equipamento muito simples, cha- mado disco de Secchi (Figura 4.2). O equipamento consiste em um disco rígido, de plástico ou metal, de 20 a 30 cm de diâmetro, normalmente com quadrantes pintados de branco e preto. O disco é suspenso por uma corda graduada, e afundado na água até seu completo desaparecimento a olho nu. Quando ocorre o desaparecimento, é anotada a profundidade em que o disco sumiu, e o parâmetro é referenciado como “profun- didade de disco de Secchi” ou “profundidade de transparência”, em centímetros ou metros. a partir da medição com disco de Secchi é possí- vel estimar a profundidade da zona fótica (profundidade de penetração vertical da luz solar na coluna d’água), que pode indicar o nível de ativi- dade fotossintética em lagos e reservatórios. Em função da intensidade da luz, horário do dia da medição e dificuldades visuais dos operadores, alguma variação pode ocorrer. O equipamento obtém melhor resultado quando operado de um barco ou píer.

ANOTAÇÕES:

figura 4.2 disco de Sechhi.

Fonte: Banco de Fotos Embrapa.

pH

O Potencial Hidrogeniônico é uma grandeza físico-química que indica o grau de acidez, alcalinidade ou neutralidade de uma amostra de água. O pH possui uma influência direta sobre os ecossistemas aquáticos naturais devido a seus efeitos sobre a fisiologia de várias espécies. Seus efeitos indiretos também são importantes, pois contribuem para variações nas taxas de precipitação de elementos químicos, como metais pesados, e também afetar a solubilidade de nutrientes e outros compostos quí- micos. Águas muito ácidas são corrosivas, ao passo que águas muito alcalinas são incrustantes. a desinfecção por cloro é um processo de tratamento da água que é totalmente dependente do pH. Em meio áci- do, a dissociação do ácido hipocloroso que forma o hipoclorito é menor, portanto, o processo é mais eficiente.

Normalmente, para os critérios de proteção à vida aquática o pH ideal situa-seentre 6,0 e 8,5. apesar da tolerância das espécies variarem, va- lores de pH nessa faixa indicam uma qualidade de água considerada boa, e é uma faixa típica da maioria das bacias hidrográficas do mundo (Figura 4.3). É recomendável, porém não essencial, que as determinações de pH sejam feitas in situ sempre que possível. Há três métodos diferentes para medições de pH: fitas indicadoras, indicadores colorimétricos líquidos e medidores eletrônicos. O uso de fitas indicadoras de pH é simples e bara-

to, porém o método não é muito acurado e envolve análise subjetiva da cor resultante. indicadores colorimétrico líquidos alteram a cor da amos- tra de acordo com o pH da água a que são misturados, e a cor resultante é comparada com cores impressas em um cartão ou com amostras-padrão líquidas. Normalmente, os métodos colorimétrico possuem precisão de 0,2 unidades de pH. a principal desvantagem é a necessidade de levar os padrões a campo para comparação. além disso, outros parâmetros físicos e químicos da água podem interferir na coloração resultante desenvolvi- da com o indicador, levando a medições equivocadas.

figura 4.3 Variações de pH médio (desvio padrão ± 1) nas principais bacias hidrográficas do mundo.

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