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A ANTENINHA DE “PARMO” PARA VHF

No documento Apostila Fazendo Antenas (páginas 109-112)

Mini antena, de facílima construção, excelente para operação “dentro de casa” ou para uso portátil.. APRESENTAÇÃO:

O Diretor de AN-EP estava chegando a Florianópolis para participar do II ENCEBRA e manobrava o carro para estacionar no Hotel Itaguaçú, quando foi “brecado" pelo motorista de outro automóvel; era PU2OJH. Renato Luiz, que identificara PY1AFA pelo... bigode HI... Ele estava de passagem por Santa Catarina, em viagem a serviço. Papo rápido e, mais tarde, um "corpo presente” em plena efervescência do II ENCEBRA.

Foi quando PU20JH apresentou a PY1AFA a minúscula antena que estava utilizando para operar portátil, na faixa dos 2 metros. E explicou a origem do nome: medindo 20 centímetros em cada face, ou, aproximadamente um palmo, tinha, no dizer interiorano de São Paulo (em particular no de Porto Feliz, onde tem seu QTH de radio), um “parmo" para cá e outro “parmo” pra lá; daí, nada melhor que chamá-la “Antena de Parmo”...

Logo fotografada pelo nosso '"fotógrafo oficial" (HI), PY1CC, Carneiro. Recebemos do Renato Luiz a promessa de que nos mandaria a descrição da anteninha para divulgá-Ia na revista. Promessa

plenamente cumprida, como vocês lerão neste artigo.

Conforme prometido lá em Florianópolis a PY1AFA, aqui represento a descrição da "tresloucada" Antena de Parmo para a faixa de 144-148 MHz.

Sendo uma antena de onda completa, você deve separar pelo menos 2 metros do material que irá compô-la. Ela pode ser feita para qualquer outra frequência, bastando somente adequar as suas medidas.

O material pode ser fio de alumínio calibre 4,6 ou 8AWG. Particularmente, entre todas que fiz, achei que a melhor foi feita com fio 4AWG, ou seja. aproximadamente de 5mm. de diâmetro. Pode ser usado também fio de cobre nú, esmaltado, ou isolado em PVC, etc. (O cobre e preferível, para facilitar a soldagem ao conector coaxial)

Vou tentar explicar passo a passo a construção, embora seja difícil de admitir que se está fazendo corretamente, tal o aspecto final da "coisa.." Hi, a antena nada mais é do que um cubo de 20cm., portanto 2 quadrados ligados entre si por dois segmentos verticais.

Para você iniciar a construção monte um gabarito:

1º) Num pedaço de madeira de uns 30cm. de comprimento pregue fortemente dois pregos a 20 cm (medidas externas) um do outro (pregos 1 e 2).

2º) Na mesma linha dos dois, pregue outro prego entre eles (prego 3). O gabarito ficará conforme mostra a Fig. 1.

Agora que você já tem o gabarito, vamos iniciar a construção da anteninha. Coloque o material (fio escolhido p/ fazer a antena) no gabarito, deixando sobrar uns 11 a 12cm. antes do prego 1,Veja Fig. 2.

O local onde está o prego 1 será chamado de ponto 8, e só será dobrado posteriormente (não dobre ainda).

Com um martelo ou, mesmo, usando as mãos, dobre o restante do fio, formando um ângulo reto (ponto C) no prego 2. Mude o fio de posição, colocando o ângulo C no prego 1; da mesma maneira, dobre o fio no prego 2, formando o ângulo D (o prego 3 destina-se apenas a evitar que o material entre os pregos façam uma "barriga" ao ser dobrado).

Da mesma maneira, dobre os ângulos D e E, ficando o "quadrado" conforme a Fig. 3.

O ponto F, ou ângulo F. será dimensionado pelo segmento que se formará entre os pregos 1 e 2; a dobra será feita na direção vertical conforme Fig. 4.

Pelo mesmo processo anterior, dobra-se o ângulo C de maneira que o segmento G-H fique paralelo ao segmento F-E. Desta forma, o ângulo H formará um segmento H-I paralelo ao E-D.

COMO MONTAR(DOBRAR) A ANTENA:

Fig. 1: Gabarito para a construção da antena – Fig. 2: Posicionamento do fio no gabarito para início da dobragem – Fig. 3: O fio com suas três dobras iniciais – Fig. 4: Como será feira a quarta dobra (F) no sentido vertical – Fig. 5: Aspecto após as dobras G, H, I e J – Fig. 6: Detalhe das dobras finais (K e B) – Fig. 7: Dobra terminal das extremidades L e A – Fig. 8: Ligação dos extremos L (“vivo”) e A (“massa”) ao conector coaxial fêmea – Fig. 9: Aspecto final da anteninha já instalada em suporte de madeira, pronta para ser “pendurada” e utilizada!

O segmento I-J, obtido pelo mesmo processo de dobramento, será paralelo ao D-C; e o J-K será paralelo ao C-B (atenção: B ainda não dobrado)

Com essas dobras feitas, teremos a que mostra a Fig.5.

Após o estágio da Fig.5, dobramos o ângulo B, de modo que o ponto inicial A fique aproximadamente no meio do segmento C-F, portanto com 10cm.

Da mesma maneira dobramos o ponto K, fazendo com que o final do fio encontre o ponto A, formando o ponto terminal L (Fig. 6).

Para facilitar a ligação, bem como evitar estacionárias, deve-se dobrar cerca de 1cm em cada terminal dos segmentos K-L e A-B, ambos com 10cm. (Fig.7), deixando L e A distantes de a 1 a 5cm. entre si. Para melhor uniformidade e precisão, deve-se utilizar um conector “fêmea” (Fig.8), soldando-se o ponto L ao terminal central do conector ("vivo") e o ponto A na blindagem, mas sempre o vivo no de cima e a massa no de baixo.

A fixação da antena deve ser feita sobre um material isolante, o qual sustentara os segmentos G-F, A-B e K-L, ficando o terminal lateralmente ao suporte.

Importante: A impedância será determinada pela maior ou menor distância entre os fios componentes dos segmentos G-F e B-K. O ideal é a distância de 1cm.

O aspecto final e o posicionamento correto (o mais usual) da antena é conforme a Fig.9. Na minha, por exemplo, em São Paulo, coloquei um pitão (argola) no suporte de madeira e dependurei dentro do "closet" do meu quarto.

Cuide em que os pontos E/H, D/I e C/J estejam distantes entre si de aproximadamente 20 centímetros (um “parmo” ...), iguais aos pontos F/G, formando um cubo perfeito.

A relação de ondas estacionárias varia muito com o local onde for colocada a antena; para isso, é conveniente procurar a melhor localização dentro de casa, podendo ficar apoiada em parede, porta, lustre, armário, sob a cama (Hi) ou ao ar livre. É você quem irá determinar o melhor para a anteninha, que é ideal para operar dentro de casa, em local onde não se disponha de plano de terra e, também, para os dias de tempestades, já que fica abrigada e menos sujeita às descargas eletromagnéticas. A diretividade é pouca, mas existe! .

Foto 1 – Antena montada.

E aí têm vocês a “ANTENA DE PARMO”, que não tem muito ganho, mas é, pelo menos, pitoresca, pequena, prática, econômica e... funciona!

Autor: Renato Luiz – PU2OJH.

Fonte: Revista Antena-Eletrônica Popular – Vol. 98 Nº2 - Página 130 - Agosto de 1989.

No documento Apostila Fazendo Antenas (páginas 109-112)