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CAPÍTULO 2 A ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES DE COMÉRCIO –

2.5 APEX B RASIL A A GÊNCIA B RASILEIRA DE P ROMOÇÃO ÀS E XPORTAÇÕES E STUDO

2.5.3 A APEXBrasil em Portugal

Conforme release disponível no site da APEX Brasil142, em 19 de junho de 2006 foi inaugurado um Centro de Distribuição de produtos brasileiros, em Lisboa, Portugal, sob o patrocínio da APEX Brasil.

A inauguração contou com a presença do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Brasileiro, do Presidente da APEX Brasil e do Presidente do ICEP – Instituto de Comércio Externo de Portugal.

Conforme declaração do Ministro Furlan143:“Os Centros de Distribuição...

constituem um exemplo de que a presença nos mercados mais tradicionais não foi negligenciada pela Agência.”

141

APEXBrasil. Assessoria de Imprensa. Release de 19.06.2006, disponível no site www.apexbrasil.com.br, consulta em 25.05.2009

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APEXBrasil. Assessoria de Imprensa. Release de 19.06.2006, disponível no site www.apexbrasil.com.br, consulta em 25.05.2009

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FURLAN, Fernando. Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Apud in CAIXETA, Nely; NETZ, Clayton; GALUPPO, Ricardo. Passaporte para o Mundo. Pág. 12. Totum - Excelência Editorial. SP. 2006

64 O objetivo inicial, conforme difundido pela assessoria de comunicação da APEX Brasil, pretendia possibilitar a instalação de empresas brasileiras, com o objetivo de facilitar o acesso ao mercado português, bem como à Península Ibérica e norte da África.

O conhecimento do mercado apontava para um melhor aproveitamento das afinidades culturais e o grande número de brasileiros no país.

“Com a medida, brasileiros e portugueses investem para que a

relação comercial entre seus países continue em franca ascensão”

(Quirós144).

As exportações brasileiras para Portugal ultrapassaram US$ 1bilhão, em 2005. Segundo Quirós, havia grande potencial de crescimento, em especial em alimentos industrializados, artesanato, rações para animais, autopeças, objetos de couro, confecções e têxtil, cachaça, café, calçados, cosméticos, equipamentos médico-odontológicos, instrumentos musicais, plásticos, refrigeração, gesso, máquinas e equipamentos, mármore e granito, material gráfico, móveis e utilidades domésticas.

Figura 4 – Exportações de produtos brasileiros para Portugal

967 1.021 1.469 1.805 1.707 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 144

QUIRÓS, Juan. Presidente da APEXBrasil. Assessoria de Imprensa. Release de 19.06.2006, disponível no site www.apexbrasil.com.br, consulta em 25.05.2009.

2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: SECEX h

65 Segundo Quirós,

“as ações da APEX-Brasil, que abrangem cerca de 60 setores da economia representam, pelo menos, 60% da puta de exportações do País. Tão ou mais importante do que a contribuição expressa em números como esses é aquela que diz respeito à profunda mudança de cultura nas empresas brasileiras”145

O CD ocupava 2.000 metros quadrados de área em região de estocagem, logística e infra-estrutura a 15 km do aeroporto de Lisboa e 20 km do porto. Bem posicionado, o CD atraiu o interesse de 165 empresas, de 20 setores produtivos, que se cadastraram para integrar o espaço.

A APEXBrasil divulgou o perfil das empresas nacionais que não deveriam ocupar o CD de Portugal:

“Aquelas que atuam com produtos perecíveis ou que exigem acondicionamento especial não estão no escopo do projeto, pois demandam estrutura especial de manuseio e refrigeração. Commodities e produtos a granel também não estão no foco dos CDs, já que seu objetivo é estimular a exportação de produtos brasileiros com maior valor agregado.”146

A expectativa era que a disponibilidade dos produtos brasileiros no CD contribuiria imensamente para aumento dos clientes em Portugal, bem como possibilitaria parcerias com distribuidores portugueses para outros mercados.

Figura 5 – Foto do CD Lisboa

145

QUIRÓS, Juan. Apud in CAIXETA, Nely; NETZ, Clayton; GALUPPO, Ricardo. Passaporte para o Mundo. Pág. 20, 21. Totum - Excelência Editorial. SP. 2006

146

APEXBrasil. Assessoria de Imprensa. Release de 19.06.2006, disponível no site www.apexbrasil.com.br, consulta em 25.05.2009

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Fotos disponíveis no site da APEX Brasil. – www.apexbrasil.com.br. Acesso 25.05.2009

Entretanto, em fevereiro de 2009, o Centro de Distribuição de Lisboa foi fechado. Também o Centro de Distribuição de Frankfurt foi fechado. Os demais Centros de Distribuição implementados – Dubai, Miami, Varsóvia foram transformados em Centros de Negócios, o que envolveu uma importante mudança de conceito. Conforme informado pelo Diretor de Negócios da APEX Brasil, “enquanto os CD tinham como prioridade a facilidade logística, os CN envolvem prioritariamente o apoio às negociações”147.

O conceito de Centros de Negócios (CNs) é definido pela própria APEX Brasil como “centros de apoio baseados no exterior, como plataformas de acesso

do exportador aos principais mercados globais, contribuindo para a internacionalização de empresas brasileiras e facilitando a geração de negócios.”148

Os CN mantêm, portanto, o objetivo de aproximar os exportadores brasileiros e seus clientes no exterior, com ações focadas nos canais de distribuição. Entretanto, ao invés de focar o depósito de mercadorias, passou a focar a disponiblização de um escritório que possa apoiar atividades comerciais e administrativas dos empresários brasileiros, aos quais serão disponibilizados: estação de trabalho mobiliada e equipada; telefone e internet banda larga; fax, impressora e copiadora; e sala de reuniões.

Neste novo modelo estão sendo remodelados os CD de Varsóvia, Dubai e Miami, criados os CN da China e Cuba. Estão previstas também as inaugurações de novos Centros de Negócios como o de Moscou, ainda em 2009.

Conforme Borges149, o fechamento do CD de Lisboa deve-se à percepção da APEX Brasil, de que para acesso ao mercado europeu ainda faz-se necessária uma ação de melhor conhecimento das exigências do mercado, o que deverá ser feio em conjunto com a CNI – Confederação Nacional da Indústria brasileira, que já mantém acordos com a União Européia neste sentido.

147

BORGES, Maurício. Diretor de Negócios da APEXBrasil. Entrevista em 06.08.2009.

148

www.apexbrasil.com.br. Acesso em 15.07.2009.

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