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APLICAÇÃO DA ATIVIDADE 4: “MODELANDO GRÁFICOS DE BARRAS E HISTOGRAMA”

Essa atividade foi aplicada pelo aluno do curso de Licenciatura em Matemática, da UTFPR-CP, João Vitor Magri da Silva em seu estágio supervisionado, sob orientação do Prof. Dr. Roberto Molina de Souza. A aplicação aconteceu no dia01de dezembro de2019na Escola Rui Barbosa, na cidade de Cornélio Procópio - PR, com alunos do 9o Ano do Ensino Fundamental. Inicialmente, observou-se que os alunos tinham muita facilidade para realizar cálculos básicos e organizar os dados. Logo, a atividade foi organizada de modo que pudessem fazer em grupos de no máximo 5 (cinco) alunos e em no máximo 1 (uma) aula, cerca de50minutos. Essa primeira parte da atividade exigia que eles organizassem um rol de dados, calculassem a média, moda e mediana e por fim construíssem um gráfico com os dados do exercício.

Como tinha sido planejado, os alunos realizaram essa primeira atividade rapidamente. No segundo momento, foram distribuídas as massinhas de modelar (um pacote para cada grupo) e disponibilizadas folhas sulfite para não mancharem as mesas com a massinha. Tendo esses materiais em mãos, os alunos foram incentivados a modelarem os gráficos em três dimensões, uma vez que estes já haviam sido desenhados no início da atividade. Foi deixado a cargo da criatividade de cada grupo como eles iriam fazer a modelagem

Assim, não houve um padrão de como os gráficos seriam construídos (Figura 10), com excessão de que todos foram de colunas. Outro fato importante a ressaltar foi que com a prática das massinhas, alunos que têm14anos de idade começaram a brincar com um conteúdo muitas vezes pesado e entediante. Com isso, a aula ficou muito mais leve e com um tom de lazer e a realização da tarefa ocorreu naturalmente. Quando eles finalizaram a modelagem em três dimensões, foi aberto um debate sobre as diversas formas que cada grupo obteve. Assim, pode-se explorar o porquê de organizar em um gráfico os dados de cada grupo. Após ser dito que cada grupo obteve uma forma diferente, os alunos olhavam para os outros gráficos com muita curiosidade e interesse.

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Figura 10 – Exemplo de gráficos modelados com massinha

6.4 OBSERVAÇÕES SOBRE AS APLICAÇÕES

A primeira observação que podemos fazer está relacionada ao conhecimento prévio dos alunos nas atividades realizadas. Para que elas possam ocorrer efetivamente, é necessário que sejam aplicadas em turmas que estejam tendo contato com o conteúdo utilizado na oficina ou que seja feita uma introdução dos conceitos utilizados nela. Em alguns casos pode ser necessária uma sequência de aulas culminando na aplicação da atividade, como ocorreu com a atividade 2.

Outra observação está relacionada à necessidade de adaptação da atividade depen- dendo da quantidade de alunos que participarão dela. A atividade 1 ocorreu de maneira tranquila com a participação de apenas 4 alunos, mas poderia ter enfrentado dificuldades se fosse uma turma completa. O professor deve rever agrupamentos e fazer ajustes dependendo de cada situação e ter clareza de que cada turma pode apresentar resultados diferentes e que algumas dificuldades podem surgir.

Por fim, é importante que todos os detalhes da aplicação das atividades sejam prepara- dos previamente e, de preferência, que os alunos sejam informados com antecedência de sua participação.

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7 CONCLUSÃO

Ao longo desse trabalho foram sugeridas formas de como a Estatística poderia ser ser abordada em sala de aula, no ensino Fundamental. Foi descrita a importância de que a abordagem dos conceitos estatísticos tenha foco na realidade do aluno, e que os resultados obtidos tenham real significado para ele, para além das representações e fórmulas. Essa ideia norteou a proposta das atividades, e espera-se que esta contribuição sirva de auxílio para professores de matemática que venham a abordar o tema em sala de aula.

Uma constante no trabalho diário do professor de educação básica é a percepção por parte da maioria dos alunos de que a Matemática é difícil e cansativa. Isso provavelmente ocorre devido à maneira como a disciplina tem sido abordada ao longo dos anos em sala de aula, afastando-se das ideias e orientações sobre a contextualização dos conceitos e das suas aplicações a situações cotidianas, amplamente divulgadas em trabalhos acadêmicos, como forma de atrair a atenção dos educandos.

Ao longo desse trabalho, pudemos perceber a importância de propor atividades com base nos interesses reais dos alunos, e não a partir do que imaginavamos ser do seu interesse. Devido à facilidade de acesso à informação e ao advento dos recursos tecnólogicos, despertar o interesse dos alunos em atividades que não sejam dinâmicas tornou-se uma tarefa árdua. Por outro lado, as novas tecnologias podem e devem ser utilizadas como aliadas na construção do conhecimento.

Vale destacar que as atividades aqui propostas são sugestões passíveis de melhorias e que existem diversas fontes de atividades e oficinas para orientar a abordagem da Esta- tística em sala de aula, como o Ativestat (https://www.ime.usp.br/ativestat) e o IBGE Educa (https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades.html).

Pode-se concluir que independentemente da atividade/oficina utilizada para abordar os conceitos estatísticos em sala de aula, é de suma importância que o aluno seja colocado como centro da ação, e que seu interesse e participação sejam levados em consideração em todas as etapas do processo.

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REFERÊNCIAS

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.Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacio- nais. 1998. Ministério da Educação. Secretaria do Ensino Fundamental. Brasília, DF. Disponível

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Autêntica, 2013. Citado 2 vezes nas páginas 23 e 24.

DIETZ, Thomas; KALOF, Linda. Introduction to social statistics: the logic of statistical reasoning. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2009. Citado na página 24.

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LOPES, CE.A educação estatística no currículo de matemática: um ensaio teórico. 2010.

Reunião anual da Anped 33. Disponível em: <http://33reuniao.anped.org.br/33encontro/app/ webroot/files/file/Trabalhos%20em%20PDF/GT19-6836--Int.pdf>. Acesso em: 15 de junho de 2018. Citado na página 23.

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PEREIRA, Mailson Matos et al. Oficinas de probabilidade e estatística: Uma proposta de intervenção no ensino e aprendizagem de matemática. Universidade Estadual da Paraíba, 2017. Citado na página 47.

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WODEWOTZKI, O.R.J.C.R.C. MARIA LUCIA LORENZETTI. Educação Estatística - Teoria e prática em ambientes de modelagem matemática. [S.l.]: Autêntica Editora, 2011. ISBN

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A ATIVIDADE 1 - TABULEIRO

Tabuleiro retirado da atividade SA23: Sorte ou conhecimento?, do grupo AtivEstat, do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo.

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Folha auxiliar (4 dados)

Marque na tabela abaixo:

a.) Coluna 1: O número da rodada (1,2,3,...);

b.) Coluna 2: O valor obtido no lançamento do primeiro dado; c.) Coluna 3: A medida a ser calculada;

d.) Colunas 4, 5 e 6: Os valores obtidos dos três dados lançados simultaneamente; e.) Coluna 7: O valor da medida resumo calculado.

Quadro 1: Quadro auxiliar para aplicação da oficina.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Rodada Dado 1 Medida Dado 2 Dado 3 Dado 4 Valor

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Folha auxiliar (5 dados)

Marque na tabela abaixo:

a.) Coluna 1: O número da rodada (1,2,3,...);

b.) Coluna 2: O valor obtido no lançamento do primeiro dado; c.) Coluna 3: A medida a ser calculada;

d.) Colunas 4, 5, 6 e 7: Os valores obtidos dos quatro dados lançados simultaneamente;

e.) Coluna 8: O valor da medida resumo calculado.

Quadro 1: Quadro auxiliar para aplicação da oficina.

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Rodada Dado 1 Medida Dado 2 Dado 3 Dado 4 Dado 5 Valor

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Conjunto 1:

Altura em metros de 30 indivíduos,

1,76 1,77 1,69 1,65 1,76 1,52 1,76 1,67 1,67 1,61 1,69 1,88 1,74 1,75 1,62 1,78 1,61 1,67 1,81 1,73 1,78 1,85 1,64 1,54 1,54 1,88 1,65 1,76 1,76 1,68

Conjunto 2:

Tempo de falha em minutos de 30 componentes eletrônicos em semanas: 5,8 7,3 1,5 1,0 3,5 11,8 10,4 33,2 2,4 3,5 15,9 0,1 36,9 15,4 9,1 6,5 0,0 6,1 28,3 2,0 4,3 0,3 4,4 5,0 26,1 12,8 8,7 2,3 3,6 2,7

Conjunto 3:

Número de carros que passam por uma praça de pedágio das 15h00 às 16h00 durante um mês, 36 25 33 34 41 17 30 32 34 25 19 32 36 25 30 25 39 29 28 30 27 32 35 33 35

28 43 35 40 33

Conjunto 4:

Probabilidade de 30 indivíduos pagarem um financiamento

1,00 0,16 0,07 0,90 0,05 0,37 0,57 0,60 0,36 0,99 0,99 0,52 0,50 0,74 0,07 0,98 0,90 1,00 0,72 0,31 0,01 0,97 0,85 0,99 0,94 0,80 1,00 0,99 0,46 0,95

Conjunto 5:

Distância em metros do local do rompimento de 30 tubos de 6 metros (medida da base até o ponto de rompimento)

0,98 0,30 3,44 0,68 0,09 4,66 1,60 4,08 1,33 5,85 4,07 4,69 4,20 0,06 3,02 4,39 1,98 4,92 5,31 5,14 2,72 2,82 3,09 0,98 5,30 1,20 3,81 0,27 2,23 3,62

Conjunto 6:

Pressão Arterial Sistólica (mmHg) (Pressão alta) de 30 indivíduos, 10,4 12,2 13,9 13,2 16,3 15,6 14,2 16,9 14,7 13,7 13,0 15,1 13,0 15,6 14,6 16,6 15,6 15,7 13,1 13,1 14,0 11,1 12,7 14,5 16,1 15,7 14,2 10,5 15,3 14,2

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