3. APLICAÇÃO DOS MÉTODOS
3.2 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS PROPOSTOS
3.2.3 Aplicação do Modelo DEA
Após a correlação das variáveis de entradas e saídas, definiu-se o modelo
DEA para avaliar a eficiência dos estabelecimentos. Para definir qual o tipo de
modelo a ser utilizado, é necessário fazer opções em relação à orientação e ao tipo
de retorno. Os modelos orientados aos insumos visam minimizar a utilização do
recursos sem alterar o nível dos produtos. Os modelos orientados aos produtos
buscam maximizá-los mantendo inalterado o nível dos insumos.
No caso específico da Educação, é considerado desfavorável a utilização do
modelo orientação insumo, sendo que o principal objetivo é aumentar os produtos,
como a avaliação realizada pelo MEC (SAEB e ENEM) e o índice de aprovação para
as séries seguintes. Assim, o modelo orientado ao produto é mais adequado.
Devido alguns estabelecimentos não terem participado da avaliação do
MEC, então o único produto considerado é o índice de aprovação. Através do
software DEA-SAED foram obtidos os resultados dos desempenhos de cada
estabelecimento.
Na tabela 3.12, a quantidade θ (theta) é o índice de eficiência e indica o
quanto um estabelecimento deve aumentar seus produtos para que o mesmo possa
se tornar eficiente.
O indicador de eficiência da DMU 30, conforme a tabela 3.12, é 1,2360, isso
significa que deve aumentar em 23,60% o nível de aprovação para chegar à
fronteira de produção e tornar-se eficiente. Sendo assim, para obter um melhor
desempenho, é necessário que tenha apoio e acompanhamento da equipe que
compõe o NRE. Deve, também, conhecer e espelhar-se em trabalhos dos
estabelecimentos que se encontram na fronteira de produção, por exemplo, a DMU
24.
É possível verificar na tabela 3.12 que a eficiência média (A), média
aritmética entre todos os estabelecimentos, pode aumentar em 4,09% a eficiência
dos estabelecimentos eficientes pelo modelo DEA-CCR. Enquanto que no modelo
DEA-BCC é de 1,54% o ajuste na eficiência, justificando o número maior de
estabelecimentos considerados eficientes.
Entre os estabelecimentos que possuem média aritmética somente entre os
estabelecimentos (tabela 3.12) que apresentam eficiência maior que a unidade é
9,53% pelo modelo DEA-CCR, sendo no modelo DEA-BCC de 9,21%. Quando
confrontados os modelos, observa-se que a eficiência média mínima é no modelo
DEA-CCR e a maior ineficiência é no modelo DEA-BCC. De certa forma, é um bom
desempenho.
Na tabela 3.12 são apresentados as eficiências obtidas para os 42
estabelecimentos do ensino fundamental na fase II, tanto para o modelo DEA-CCR
quanto para o DEA-BCC são:
TABELA 3.12 - EFICIÊNCIAS DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO FUNDAMENTAL FASE II
Modelo CCR BCC Modelo CCR BCC
Orientação Produto RCE RVE Orientação Produto RCE RVE
Eficiência θ θ Eficiência θ θ
DMU1 1 1 DMU22 1 1
DMU2 1 1 DMU23 1 1
DMU3 1 1 DMU24 1 1
DMU4 1 1 DMU25 1 1
DMU5 1.078 1 DMU26 1 1
DMU6 1.064 1 DMU27 1 1
DMU7 1.249 1.096 DMU28 1 1
DMU8 1.05 1.025 DMU29 1.052 1
DMU9 1 1 DMU30 1.236 1.236
DMU10 1 1 DMU31 1.113 1
DMU11 1 1 DMU32 1.054 1
DMU12 1.069 1 DMU33 1.122 1.054
DMU13 1.025 1 DMU34 1.047 1
DMU14 1 1 DMU35 1 1
DMU15 1.05 1.046 DMU36 1 1
DMU16 1 1 DMU37 1 1
DMU17 1 1 DMU38 1.2 1.182
DMU18 1 1 DMU39 1 1
DMU19 1 1 DMU40 1.044 1
DMU20 1 1 DMU41 1.04 1.006
DMU21 1.044 1 DMU42 1.179 1
Eficiência média (A)
71.0409 1.0154
Eficiência média (B)
81.0953 1.0921
FONTE: Dados Analisados - Software DEA-SAED
De acordo com a figura 3.2, o modelo DEA-BCC, possui 16,67% de
estabelecimentos de ensino ineficientes, ou seja, devem ocorrer melhorias na
produção de 0,6% a 23,6%, enquanto no modelo DEA-CCR são classificados
42,86% dos estabelecimentos como ineficientes e precisam aumentar a produção
entre 2,5% e 24,9% para estarem na fronteira de eficiência.
Na modalidade de ensino fundamental fase II, o modelo DEA-BCC
apresenta mais estabelecimentos eficientes do que o modelo DEA-CCR, conforme a
figura 3.2.
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Eficiência média (A) é a média aritmética entre todas as DMUs.
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