• Nenhum resultado encontrado

Aplica¸c˜ ao 4 Efeito de flutua¸c˜ oes nos valores dos momentos

3.6 Aplica¸c˜ ao do M´ etodo de M´ axima Entropia em Distribui¸c˜ oes Longitudinais

3.6.4 Aplica¸c˜ ao 4 Efeito de flutua¸c˜ oes nos valores dos momentos

Para essa aplica¸c˜ao, utilizamos uma simula¸c˜ao gerada por um prim´ario de ferro e energia de 1014 eV. Esse perfil difere dos demais por atingir seu desenvolvimento final antes

do ch˜ao, gerando uma curva truncada. O objetivo aqui ´e estudar o efeito de produzir pequenas varia¸c˜oes nos parˆametros de entrada (momentos) na distribui¸c˜ao de m´axima entropia gerada. Para tanto, utilizamos o ajuste II, com apenas dois momentos, ou seja, a partir do perfil simulado original, calculamos os valores m´edios de x e log(x). A partir desse conjunto de momentos, produzimos algumas pequenas varia¸c˜oes em seus valores.

Na primeira coluna da tabela 3.6, mostramos os arranjos testados, sendo que as distri- bui¸c˜oes geradas pelos arranjos A, B, C e D s˜ao mostradas no gr´afico da figura 3.29. Em A, utilizamos o conjunto original de momentos; em B, mantivemos o primeiro momento inalterado e variamos em +1% o valor do segundo momento. No arranjo C, procedemos de forma inversa, variando em +1% o valor do primeiro momento, mantendo inalterado o segundo momento. No ´ultimo arranjo(D), variamos ambos os momentos −1% em rela¸c˜ao aos valores originais.

A tabela ainda apresenta os valores dos multiplicadores de lagrange em todos os casos, bem como, em sua ´ultima coluna, valores para a distˆancia de Kullback-Leibler. Pode-se notar a partir da an´alise desses valores, diferen¸cas significativas nos valores dos multiplica- dores de lagrange entre os arranjos. Essas diferen¸cas ficam mais evidentes ao observarmos a compara¸c˜ao entre os perfis obtidos, como exposto no gr´afico da figura 3.29. No gr´afico, pode-se constatar como as pequenas varia¸c˜oes nos parˆametros de entrada do algoritmo produziram solu¸c˜oes muito diferentes entre si.

Tabela 3.6: Varia¸c˜ao dos parˆametros da distribui¸c˜ao de m´axima entropia em fun¸c˜ao de desvios nos valores dos momentos.

∆µ1 ∆µ2 λ0 λ1 λ2 KL (A)0 0 −10.8660 −5.86626 12.1685 0.13563 0 −1% −13.8645 −7.5513 15.6151 2.17849 (B)0 +1% −8.6075 −4.6198 9.5701 1.53783 −1% 0 −12.6320 −6.8894 14.1561 0.88288 (C) +1% 0 −9.4203 −5.0381 10.5401 0.699365 (D) −1% −1% −16.3448 −9.0053 18.4133 6.40295

0 , 0 0 , 2 0 , 4 0 , 6 0 , 8 1 , 0 0 , 0 0 , 5 1 , 0 1 , 5 2 , 0 2 , 5 A B C D O r i g i n a l P r o f u n d i d a d e ( U n . A r b . )

Figura 3.29: Efeito de pequenas varia¸c˜oes nos valores dos momentos nas distribui¸c˜oes de m´axima entropia geradas.

Cap´ıtulo 4

Conclus˜oes

Inicialmente, foi apresentado um panorama geral da f´ısica e astrof´ısica de part´ıculas, especificamente, fazendo um hist´orico sobre o descobrimento dos raios c´osmicos e desta- cando quest˜oes ainda em aberto, como por exemplo, a origem dos raios c´osmicos e sua composi¸c˜ao qu´ımica. Foi mostrada que uma importante ferramenta para obten¸c˜ao de informa¸c˜oes sobre os raios c´osmicos ´e a observa¸c˜ao do desenvolvimento longitudinal das part´ıculas dos chuveiros atmosf´ericos extensos. Vari´aveis desse desenvolvimento ou per- fil, como por exemplo, a profundidade do m´aximo xmax, podem servir de parˆametros na

determina¸c˜ao da composi¸c˜ao qu´ımica de um chuveiro.

T´ecnicas de an´alise de dados e inferˆencia estat´ıstica tem papel preponderante nesses estudos. O intuito dessa tese foi o de apresentar dois m´etodos de inferˆencia estat´ıstica que podem auxiliar na an´alise dos dados em experimentos de altas energias. O primeiro m´etodo ´e chamado de M´etodo ou Princ´ıpio da M´axima Entropia e foi desenvolvido para atualizar uma distribui¸c˜ao de probabilidades quando nova informa¸c˜ao ´e dada na forma de v´ınculos, em geral, valores esperados de alguma grandeza aleat´oria de interesse. O Teorema de Bayes tamb´em ´e uma ferramenta de inferˆencia, diferenciando-se do M´etodo de M´axima Entropia pela natureza da informa¸c˜ao processada. Aqui, as distribui¸c˜oes de probabilidade s˜ao atualizadas quando informa¸c˜ao na forma de dados ´e processada.

Aplicamos o m´etodo bayesiano no caso em que se deseja determinar as fra¸c˜oes com que m´ultiplos tipos de eventos (fontes) contribuem em uma amostra de dados, com base em simula¸c˜oes de Monte Carlo de determinada vari´avel aleat´oria. Um importante exemplo onde o m´etodo pode ser usado ´e na determina¸c˜ao da composi¸c˜ao qu´ımica dos prim´arios em chuveiros atmosf´ericos. A partir de uma amostra de dados contendo valores de xmax

retirados evento a evento, o objetivo foi o de estimar o n´umero esperado de eventos originados por pr´otons e n´ucleos de ferro. O desenvolvimento do algoritmo e o resultado das aplica¸c˜oes para algumas situa¸c˜oes propostas foram apresentadas no Cap´ıtulo 2, Se¸c˜ao 2.8.

O m´etodo foi capaz de inferir uma estimativa para a fra¸c˜ao de pr´otons e n´ucleos de ferro nas amostras preparadas, com boa exatid˜ao e precis˜ao. Analisamos diversos casos, desde amostras em que se variou as propor¸c˜oes na mistura at´e a escolha de outras vari´aveis aleat´orias al´em do xmax e, em todos os casos, o m´etodo mostrou-se eficaz. Um pr´oximo

passo nesse estudo ´e o de aplicar o m´etodo em simula¸c˜oes mais realistas, que incluam a possibilidade de outros prim´arios na composi¸c˜ao da amostra e utilizar eventos reais.

Uma perspectiva de aplica¸c˜ao do m´etodo bayesiano de an´alise de m´ultiplas fontes seria o de identifica¸c˜ao e separa¸c˜ao das componentes eletrogman´etica e muˆonica de chuveiros atmosf´ericos extensos. O gr´afico da figura 4.1 s˜ao referentes ao sinal dos FADC (flash analogic to digital converter), gerado a partir de um chuveiro cuja part´ıcula prim´aria ´e o n´ucleo de ferro de energia 1019eV , incidindo a 30o de ˆangulo zenital, no topo da atmosfera.

Na parte de cima da figura, ´e apresentado a distribui¸c˜ao de sinais em bins temporais das componentes eletromagn´eticas e muˆonica enquanto a distribui¸c˜ao de baixo refere-se ao sinal total. Os sinais s˜ao gerados a uma distˆancia de 1000 m do eixo do chuveiro. Maiores detalhes sobre os fenˆomenos envolvidos podem ser encontrados na referˆencia [88]. A ideia de aplica¸c˜ao do m´etodo ´e permitir uma separa¸c˜ao entre as componentes eletromagn´etica e muˆonica, partindo de eventos de chuveiros pr´evios, nos moldes do que j´a foi exposto em nossos resultados.

Figura 4.1: Distribui¸c˜oes de sinais em bins temporais das componentes eletromagn´etica e muˆonica e dos sinais totais conforme registrados nos FADCs. Maiores detalhes, ver [88]

No Cap´ıtulo 3, apresentamos o m´etodo de M´axima Entropia e algumas de suas aplica¸c˜oes. Do ponto de vista num´erico, para obter uma distribui¸c˜ao de m´axima entropia ´e necess´ario resolver um conjunto de equa¸c˜oes integrais n˜ao-lineares. O algoritmo que escrevemos para esse fim foi baseado no m´etodo de Newton-Raphson e mostrou-se est´avel em situa¸c˜oes

que envolviam entre 8 e 10 momentos, ou seja, resolvia simultaneamente em torno de 10 equa¸c˜oes n˜ao-lineares. Mostramos que, para os casos de interesse aqui apresentados, a limita¸c˜ao no n´umero de momentos que podem ser avaliados n˜ao configurou um problema. Na Se¸c˜ao 3.5, apresentamos aplica¸c˜oes preliminares, utilizando algumas fun¸c˜oes de teste das quais calculamos um conjunto de momentos do tipo < xi > e uma combina¸c˜ao

de log(x) e < xi >,e a partir deles, geramos uma distribui¸c˜ao de m´axima entropia que reconstru´ısse a fun¸c˜ao original. Testamos o m´etodo em algumas situa¸c˜oes e obtivemos bons resultados, sendo poss´ıvel, com um n´umero reduzido de momentos, reconstruir a fun¸c˜ao original. A qualidade do ajuste, em todos os casos, foi quantificada pela medida de distˆancia de Kulback-Leibler.

Na Se¸c˜ao 3.6, utilizamos o algoritmo escrito na caracteriza¸c˜ao de perfis longitudi- nais de part´ıculas de chuveiros atmosf´ericos extensos. Em geral, n˜ao existe tratamento anal´ıtico que forne¸ca express˜oes que descrevam as distribui¸c˜oes longitudinais. Isso se deve, principalmente, a grande multiplicidade de fenˆomenos f´ısicos ocorrendo simultaneamente. Comumente, se utilizam fittings que possuem parˆametros ajust´aveis, muitas vezes sem significado f´ısico. Nesse sentido, acreditamos ter demonstrado com as aplica¸c˜oes apre- sentadas que o m´etodo de M´axima Entropia configura-se como uma alternativa para a caracteriza¸c˜ao de distribui¸c˜oes de probabilidades em geral e, em particular, dos perfis longitudinais.

Referˆencias Bibliogr´aficas

[1] Caticha, A. Relative Entropy and Inference. Bayesian Inference and Maximum En- tropy Methods in Sciences and Engineering. 707 (2004).

[2] Verdoolaege, G. Bayesian inference and maximum entropy methods in science and engineering. AIP Conference Proceedings. 1853 (2017).

[3] Hanlon, W. F. The energy spectrum of ultra high energy cosmic rays measured by the high resolution fly’s eye observatory in stereoscopic mode. Tese (Doutorado). The University of Utah (2008).

[4] Wilson, C. T. R. On an expansion apparatus for making visible the tracks of ionising particles. Proceedings of The Royal Society A. 85, 285 (1912).

[5] Longair, M.S. M.S. High Energy Astrophysics. Vol.1: Particles, Photons and Their Detection, Cambridge University Press, pp.436 (1992)

[6] Auger, P.; Maze R.; Grivet-Meyer, T. Heavy electrons in cosmic rays showers origi- nating in the atmosphere. Comptes Rendus 206,1721 (1938).

[7] Greisen, K. End to the Cosmic-Ray Spectrum? Physical Review Letters, 16, 748–750 (1966).

[8] Zatsepin, Z.; Kuz’min, V. Upper Limit of the Spectrum of Cosmic Rays. Journal of Experimental and Theoretical Physics Letters, 4, 78 (1966).

[9] Bunner, A. N. Cosmic Ray Detection by Atmospheric Fluorescence. Tese (Douto- rado). Cornell University (1964).

[10] Bird, D. J. et al. Detection of a cosmic ray with measured energy well beyond the expected spectral cutoff due to cosmic microwave radiation. The Astrophysical Journal, 441, 144-150 (1995).

[11] Pierre Auger Collaboration. Observation of a Large-scale Anisotropy in the Arrival Directions of Cosmic Rays above 8×1018 eV.Science, 357, 1266 (2017).

[12] Simpson, J. A. Elemental and Isotopic Composition of the Galactic Cosmic Rays. Annual Review of Nuclear and Particle Science, 33,323–382 (1983).

[13] Ave M. et al. Mass composition of cosmic rays in the range 2 x 1017 eV - 3 x 1018

[14] Nagano M. et al. Energy spectrum of primary cosmic rays above 1017eV determined

from extensive air shower experiments at Akeno. Journal of Physics G, 18, 423 (1992) .

[15] Shinozaki, K.; Teshima, M. AGASA Results. Nuclear Physics B (Suppl.), 136, 18 (2004).

[16] Abbasi, R.U. et al. A Study of the Composition of Ultra-High-Energy Cosmic Rays Using the High-Resolution Fly’s Eye. The Astrophysical Journal, 622, 910 (2005). [17] Hillas, A. M. The Origin of Ultrahigh-Energy Cosmic Rays. Annual Review of As-

tronomy and Astrophysics, 22,425–444 (1984).

[18] Penzias, A. A.; Wilson, R. W. A Measurement of Excess Antenna Temperature at 4080 Mc/s. The Astrophysical Journal, 142,419–421 (1965).

[19] Nagano, M.; Watson, A. Observations and implications of the ultrahigh-energy cosmic rays. Reviews of Modern Physics, 72, 689 (2000).

[20] Heitler, W. Quantum Theory of Radiation. Oxford Univ. Press, 2nd edition (1944). [21] Matthews, J. A Heitler Model of Extensive Air Showers. Astroparticle Physics, 22,

387 (2005).

[22] Song, C. et al. Energy estimation of UHE cosmic rays using the atmospheric fluo- rescence technique. Astroparticle Physics, 14, 7–13 (2000).

[23] Kakimoto, F. et al. A Measurement of the Air Fluorescence Yield. Nuclear Instru- ments and Methods in Physics Research A, 372, 527–533 (1996).

[24] Gaisser, T.K.; Hillas, A. M. Proc. 15th Int. Cosmic Ray Conf, Plovdiv, Bulg´aria, 8, 35 (1977).

[25] Doll, P. et al. The karlsruhe cosmic ray project KASCADE. Nuclear Physics B - Proceedings Supplements, 14A,336 (1990).

[26] Klages, H.O. KASCADE collaboration. Nuclear Physics B - Proceedings Supple- ments 52B,92 (1997).

[27] Grieder, P. K. F. Report INS-J125 (1979).

[28] Capdevielle, J.N. A Monte Carlo generator for cosmic-ray collisions. Journal of Physics G: Nuclear and Particle Physics, 15, 909 (1989).

[29] Nelson, W.R.; Hirayama, H.; Rogers, D.W.O. Report SLAC 265. Stanford Linear Accelerator Center (1985).

[30] Ranft, J. Dual parton model at cosmic ray energies. Physical Review, D51,64 (1995). [31] Kalmykov, N.N. et al. The Nucleus-nucleus interaction, nuclear fragmentation, and

fluctuations of extensive air showers. Physics of Atomic Nuclei ,56, 105 (1993). [32] Fletcher, R.S. et al. SIBYLL: An event generator for simulation of high energy

[33] Engel, J. et al. Nucleus-nucleus collisions and interpretation of cosmic-ray cascades. Physical Review, D46, 5013 (1992).

[34] Werner, K. Strings, pomerons, and the venus model of hadronic interactions at ultrarelativistic energies. Physics Reports, 232, 87 (1993).

[35] Drescher, H.J. et al. Parton-based Gribov–Regge theory. Physics Reports, 350, 93 (2001).

[36] Pierog, T. et al. EPOS LHC: Test of collective hadronization with data measured at the CERN Large Hadron Collider. Physical Review, C92,034906 (2015).

[37] Ostapchenko,S. LHC data on inelastic diffraction and uncertainties in the predicti- ons for longitudinal extensive air shower development. Physical Review, D89, 074009 (2014).

[38] Ferrari, A. et al. FLUKA: A Multi-Particle Transport Code. Report CERN 2005-10 (2005).

[39] Fesefeldt, H. Report PITHA, 85/02 (1985).

[40] Bass, S.A. et al. Microscopic Models for Ultrarelativistic Heavy Ion Collisions. Pro- gress in Particle and Nuclear Physics, 41,225 (1998).

[41] Sternheimer, R.M.; Berger, M.J.; Seltzer, S.M. Atomic Data and Nuclear Data Tables, 30,261 (1984).

[42] Lohmann, W.; Kopp,R.; Voss, R. Report CERN 85-03 (1985).

[43] Moli`ere, G.Z.; Naturforsch, Z. Theorie der Streuung schneller geladener Teilchen I. Einzelstreuung am abgeschirmten Coulomb-Feld. Z.Naturforsch. A2, 133 (1947). [44] Bueno, A.; Gascon, A. CORSIKA Implementation of Heavy Quark Production and

Propagation in Extensive Air Showers. Computer Physics Communications, 185, 638-650 (2015).

[45] Agostinelli, S. et al. Geant4 — A Simulation Toolkit. Nuclear Instruments and Methods in Physics Research, 506, 3 (2003).

[46] Glauber, R.J.; Matthiae, G. High-energy scattering of protons by nuclei. Nuclear Physics B, 21,135 (1970).

[47] Boreskov, K.G.; Kaidalov, A.B. Nucleus-nucleus Scattering in the Glauber Appro- ach. Soviet Journal of Nuclear Physics, 48,367 (1988).

[48] Kaidalov, A.B.; Ter-Martirosyan, K.A. Multihadron production at high energies in the model of quark gluon strings. Soviet Journal of Nuclear Physics, 39, 979 (1984). [49] Kaidalov, A.B.; Ter-Martirosyan, K.A.; Shabelsky, Yu.M. Inclusive Spectra of Se- condary Particles in Proton Nucleus Interactions in the Quark - Gluon String Model. Soviet Journal of Nuclear Physics, 43, 822 (1986).

[50] Andersson, B. et al. Parton Fragmentation and String Dynamics. Physics Reports, 97,31 (1983).

[51] D’Agostini, G. Bayesian Inference in Processing Experimental Data: Principles and Basic Applications. Reports on Progress in Physics, 66, 1383-1419 (2003).

[52] Jeffreys, H. Theory of Probability. Clarendon Press, Oxford, (1939).

[53] Gamerman, D.; Migon, H. S. Dynamic hierarchical models. Journal of the Royal Statistical Society, 55, 629-642 (1993).

[54] Barlow, R.; Beeston, C. Fitting using finite Monte Carlo samples. Computer Physics Communications, 77, 219 (1993).

[55] Bhat, P.; Prosper, H.; Snyder, S. Bayesian analysis of multi-source data. Physics Letters B, 407, 73 (1997).

[56] Shannon, C. E. A Mathematical Theory of Communication. Bell System Technical Journal, 27, 379-423 (1948).

[57] Wu, N. The Maximum Entropy Method,Springer Series in Information Scien- ces27(1997).

[58] Zemansky, M. W. Heat and Termodynamics, McGraw-Hill(1981).

[59] Jaynes, E. T. Information Theory and Statistical Mechanics. Physical Review, 106, 620 (1957).

[60] Kapur, J. N.; Kesavan, K. H. Entropy Optimization: Principles with Applications, Academic, Boston (1992).

[61] Djafari, A. M. A Matlab Program to Calculate the Maximum Entropy Distributions. arxiv (2001).

[62] Woodbury, A. D. A Fortran Program to Produce Minimum Relative Entropy Dis- tributions. Computers and Geosciences, 30(2004).

[63] Jaynes, E. T. Information Theory and Statistical Mechanics, In 1962 Brandeis Sum- mer Institute in Theoretical Physics K. Ford (1963).

[64] Seidenfeld, T. Foundations of Statistical Inference, D. Reidel publishing Company, 259-281 (1987).

[65] Salinas, S. R. A. Introdu¸c˜ao `a F´ısica Estat´ıstica, Edusp (1997).

[66] Reif, F. Fundamentals of Statistical and Thermal Physics, McGraw-Hill (1965). [67] Huang. K. Statistical Mechanics, Second Edition, Wiley (1990).

[68] Shohat, J. A.; Tamarkin, J. D. The Problem of Moments. American Mathematical Society(1963).

[69] Jacobs, D. J. Best Probability Density Function for Random Sampled Data. Entropy 11, 1001-1024 (2009).

[70] Mnatsakanov, R. M. Hausdorff moment problem: Reconstruction of probability density functions. Statistics and Probability Letters, 78, 1869–1877 (2008).

[71] Ngoc, T.M.P. A statistical minimax approach to the Hausdorff moment problem. Inverse Prob, 24, (2008).

[72] Inverardi, P.N. et al. Hausdorff moment problem via fractional moments. Applied Mathematics and Computation, 144, 61–74 (2003).

[73] Tagliani, A. Numerical aspects of finite Hausdorff moment problembymaximum entropy approach. Applied Mathematics and Computation, 118, 133–149 (2001). [74] Kennedya, C. A.; Lennox, W. C. Solution to the practical problem of moments using

non-classical orthogonal polynomials, with applications for probabilistic analysis. Probabilistic Engineering Mechanics, 15, 371–379 (2000).

[75] Baker, G. A.; Graves-Morris, P. Pad`e Aprroximants. Addison-Wesley, Reading MA (1980).

[76] Kavehrad, M.; Joseph, M. Maximum entropy and the method of moments in perfor- mance evaluation of digital communications systems. IEEE Transactions on Com- munications, 34, 1183–1189 (1986).

[77] Drabold, D. A.; Sankey, O. F. Maximum-entropy approach for linear scaling in the electronic structure problem. Physical Review Letters, 70, 3631 (1993).

[78] Silver, R.N.; Roder, H. Calculation of densities of states and spectral functions by Chebyshev recursion and maximum entropy. Physical Review E 56, 4822 (1997). [79] Mello, P.A.; Picard, Jean-Louis. Maximum-entropy model for quantum-mechanical

interference effects in metallic conductors. Physical Review B, 40, R5276 (1989). [80] Poland, D. Ligand-binding distributions in biopolymers. Journal of Chemical Phy-

sics. 113, 4774 (2000).

[81] Steeb, W-H; Solms, F.; Stoop, R. Chaotic systems and maximum entropy formalism. Journal of Physics A: Mathematical and General, 27, L399 (1994).

[82] Mead, L. R.; Papanicolaou, N. Maximum entropy in the problem of moments. Journal of Mathematical Physics, 25, 2404 (1984).

[83] Skilling, J. in Maximum entropy and Bayesian Methods, edited by J. Skilling (Kluwer, Dordrecht, 1989).

[84] Turek, I. A maximum-entropy approach to the density of states within the recursion method. Journal of Physics C: Solid State Physics, 21, 3251 (1988).

[85] Bretthorst, G. L. A Highly stable computer algorithm for solving discrete linearly constrained maximum entropy problems. (Unpublished).

[86] Bandyopadhyay, K. et al. Maximum entropy and the problem of moments: A stable algorithm. arXiv:cond-mat/0412717v1 [cond-mat.dis-nn] (2004).

[87] P´adua E. Estudo sobre a identifica¸c˜ao de h´adrons em cˆamaras de emuls˜ao. 58. Disserta¸c˜ao - UNICAMP, IFGW. Campinas (2012).

[88] Theodoro, V. M. Contribui¸c˜ao para os m´etodos de identifica¸c˜ao das componen- tes eletromagn´etica e muˆonica de chuveiros atmosf´ericos extensos no Observat´orio Pierre Auger. Disserta¸c˜ao - UNICAMP, IFGW. Campinas (2011).