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Aplicac¸ ˜oes de tempo real em redes de sensores

2.4 Trabalhos relacionados

2.4.5 Aplicac¸ ˜oes de tempo real em redes de sensores

As pesquisas relacionadas com aplicac¸ ˜oes de tempo real em redes de sensores, no geral, est ˜ao voltadas a arquiteturas e modelos matem ´aticos para aplicac¸ ˜oes gerais (LU et al., 2002; HE et al., 2003; LI; SHENOY; RAMAMRITHAM, 2004; CHAN; KI; NGAN, 2005; ZHOU; XIONG; LIN, 2007; AFONSO et al., 2007). No entanto, ´e poss´ıvel encon- trar algumas soluc¸ ˜oes, de roteamento e/ou aplicac¸ ˜ao, direcionadas para aplicac¸ ˜oes espec´ıficas (PENG et al., 2007; PAN et al., 2007; LI; GU; ZHAO, 2007). Essas propos- tas consideram os prazos e a energia, como principais m ´etricas a serem estudadas. Isso ocorre porque os prazos s ˜ao importantes em aplicac¸ ˜oes de tempo real e energia ´e um recurso n ˜ao renov ´avel em redes de sensores, necessitando de uma atenc¸ ˜ao especial. O que diferencia esses trabalhos do nosso ´e que efetuamos de forma online simult ˆaneas reduc¸ ˜oes permitindo que a rede possa atender aos prazos exigidos pela aplicac¸ ˜ao, empregando as t ´ecnicas baseadas em stream de dados.

3

PROBLEMA DE REDUC¸ ˜AO DE DADOS

EM REDES DE SENSORES SEM FIO

“Aprender sem pensar ´e trabalho perdido.” (Conf ´ucio)

C

OMO discutido anteriormente, as redes de sensores sem fio consistem de dispo- sitivos de sensoriamento aut ˆonomos que trabalham de forma distribu´ıda e coope- rativa com o objetivo de monitorar condic¸ ˜oes f´ısicas ou ambientais, tais como tempe- ratura, som, vibrac¸ ˜oes, press ˜ao, movimento ou poluic¸ ˜ao (ROMER; MATTERN, 2004). Tais sistemas f´ısicos ou ambientais podem ser representados pelo diagrama mostrado na figura 8, onde N denota o ambiente e o processo a ser medido, F ´e o fen ˆomeno de interesse, com V∗ seu dom´ınio espac¸o-temporal. Se uma observac¸ ˜ao foi completada sem problemas, teremos um conjunto de regras (R∗) ideais para tomada de decis ˜oes ideais (D∗). De acordo com essas caracter´ısticas n ´os consideramos V∗ o stream de dados. D∗ N V∗ V D V′ D′ w F u R∗ w S w R u Ψ w R′

FIGURA 8 – Representac¸ ˜ao de um sistema de uma rede de sensores onde ´e mostrado o comportamento ideal (N → V→ D∗), sensoriado (N → V→ V → D) e reduzido (N → V→ V → V→ D′).

Ao inv ´es de uma situac¸ ˜ao ideal, temos um conjunto de s sensores, S= (S1, . . . , Ss),

monitorando um fen ˆomeno e produzindo conjuntos de amostras no dom´ınio Vi, com

1≤ i ≤ s; todos os poss´ıveis conjuntos do dom´ınio s˜ao denotados por V = (V1, . . . , Vs).

Usando todas essas informac¸ ˜oes, podemos conceber um conjunto de regras (R) para prover um conjunto de decis ˜oes (D). Portanto, diferentemente de V∗, V ´e um stream

de sensoriamento.

Para melhor contextualizar os poss´ıveis sistemas que podem ser representados atra- v ´es da figura 8, seguindo o comportamento sensoriado N → V→ V → D, considere os seguintes exemplos de aplicac¸ ˜oes:

• O projeto Great Duck Island (MAINWARING et al., 2002) teve por objetivo mo- nitorar o comportamento e o habitat de um p ´assaro chamado Storm Petrel. Ini- cialmente, 32 n ´os sensores foram colocados nas tocas dos p ´assaros e tamb ´em pr ´oximos a elas. Posteriormente, a rede foi aumentada, ganhando mais n ´os e estac¸ ˜oes meteorol ´ogicas. Os n ´os sensores podiam medir a temperatura (t), a umidade do ar (u) e a press ˜ao barom ´etrica (b), entre outras vari ´aveis. As leitu- ras peri ´odicas dos n ´os eram transmitidas a um gateway atrav ´es da comunicac¸ ˜ao entre os n ´os. O gateway retransmitia as leituras at ´e a estac¸ ˜ao base, onde eram armazenadas. Uma r ´eplica do banco de dados era transmitida, via sat ´elite, para um servidor na Universidade de Berkeley a cada 15 minutos. Essa aplicac¸ ˜ao, possui diferentes comportamentos de sensoriamento que convergem para a se- guinte representac¸ ˜ao:

N → {V

t , Vu∗, Vb∗} → {Vt, Vu, Vb}15 min→ D,

onde N , D representam, respectivamente, todo o ecossistema e o comporta- mento do Storm Petrel. A decis ˜ao D pode ser, por exemplo, que o p ´assaro est ´a dormindo, se alimentando, acasalando, colocando ou chocando ovos. Note que essas decis ˜oes s ˜ao tomadas utilizando amostras peri ´odicas do ambiente a cada 15 minutos.

• O projeto ZebraNet (JUANG et al., 2002), utilizou colares sensores equipados com GPS instalados em zebras na reserva de Sweetwaters, Qu ˆenia. Do ponto de vista biol ´ogico, o objetivo do projeto era monitorar o comportamento noturno dos animais e ainda responder quest ˜oes acerca de migrac¸ ˜ao e relacionamento inter esp ´ecies. Os sensores foram projetados para registrarem e armazenarem a posic¸ ˜ao (p) dos animais a cada 3 minutos. A cada hora, outros sensores regis- travam por 3 minutos dados meteorol ´ogicos (m), ambientais (a), de iluminac¸ ˜ao (i), de temperatura (t) e de movimentos corporais (mc). A estac¸ ˜ao base m ´ovel percorria o campo dos sensores, habitat das zebras, para recolher os dados. Essa aplicac¸ ˜ao, possu´ıa diferentes comportamentos de sensoriamento que con-

vergiam para a seguinte representac¸ ˜ao: N → {V

p, Vm∗, Va∗, Vi∗, Vt∗, Vmc∗} → {Vp}3 min ∪ {Vm, Va, Vi, Vt, Vmc}3 min⊂1h→ D,

onde N , D representam, respectivamente, todo o ecossistema e o comporta- mento noturno da zebra. A decis ˜ao D pode ser, por exemplo, que a zebra se ali- menta mais, procura lugares mais afastados do bando ou acasala v ´arias vezes no per´ıodo da noite. Note que essas decis ˜oes s ˜ao tomadas utilizando amostras sobre a localizac¸ ˜ao das zebras a cada tr ˆes minutos e amostras que representam o ambiente local monitorado constantemente durante tr ˆes minutos a cada hora. • Existem tamb´em as aplicac¸˜oes mais gerais (ARAMPATZIS; LYGEROS; MANE-

SIS, 2005), utilizadas como motivac¸ ˜ao em diversos trabalhos, como: monito- ramento de inc ˆendios, detecc¸ ˜ao de enchentes, detector de poluic¸ ˜ao e agricul- tura de precis ˜ao. Nessas aplicac¸ ˜oes, os n ´os s ˜ao distribu´ıdos a priori ou ale- atoriamente para recolher informac¸ ˜oes do ambiente referente a algum evento (e). As informac¸ ˜oes, no geral, s ˜ao transmitidas ao sorvedouro utilizando uma comunicac¸ ˜ao multi-saltos. Logo que um evento anormal ´e detectado o sorve- douro deve ser notificado. Algum usu ´ario externo `a rede, ao observar os dados recolhidos pelo sorvedouro, pode julgar o evento ocorrido como verdadeiro ou n ˜ao. Nesse caso ele pode atuar na rede ou enviar uma equipe para avaliar a situac¸ ˜ao no local. Essas aplicac¸ ˜oes, possuem um comportamento padr ˜ao de sensoriamento que pode ser representado pelo diagrama:

N → V

e → Ve→ D,

onde N e D representam, respectivamente, o fen ˆomeno monitorado e a ocorr ˆen- cia de inc ˆendio, no caso da aplicac¸ ˜ao de detecc¸ ˜ao de inc ˆendios. Para essas aplicac¸ ˜oes quanto menor o intervalo de leituras para o conjunto Ve mais precisa

e eficiente pode ser a decis ˜ao D.

Devido `a complexidade dos sistemas nos quais as redes de sensores atuam, ´e impra- tic ´avel utilizar um conjunto de regras gerais R que possam ser aplicadas em qualquer sistema, por exemplo, as regras utilizadas pelo ZebraNet n ˜ao podem ser as mes- mas utilizadas pela aplicac¸ ˜ao de detecc¸ ˜ao de inc ˆendio. Tanto as regras como as de- cis ˜oes que devem ser tomadas s ˜ao espec´ıficas para cada aplicac¸ ˜ao. Por essa raz ˜ao, para cada aplicac¸ ˜ao ´e necess ´ario definir a forma de representac¸ ˜ao dos valores V do conjunto Vi= {V1,V2, . . .}, ou seja, definir como o item stream ser´a representado no

sistema. Considerando os exemplos de aplicac¸ ˜oes apresentados anteriormente pode- mos considerar os seguintes itens stream:

• No projeto Great Duck Island, temos V = {Vt, Vu, Vb}15 min, nesse caso o item V

que descreve os tr ˆes conjuntos Vt, Vu e Vb ´e no formato num ´erico tal que V ∈ R,

−100 ≤ V ≤ 100. A leitura e o processamento de V ocorre a cada 15min.

• No projeto ZebraNet, temos V = {Vp}3 min ∪ {Vm, Va, Vi, Vt, Vmc}3 min⊂1h, nesse

caso temos diferentes representac¸ ˜oes para os itens: o conjunto Vp ´e descrito

pelo item V no formato(x, y, z) tal que x, y, z ∈ R. A leitura e o processamento de V ocorre a cada 3 min; os conjuntos Vm, Va e Vt s ˜ao descritos pelo item V que

´e representado por um conjunto V = {v1, . . . , v3 a}, onde a ´e o n´umero de leitu-

ras do ambiente por minuto e v ´e um valor no formato num ´erico tal que v∈ R, −100 ≤ v ≤ 100. A leitura e o processamento de V ocorre a cada hora; e os con- juntos Vi e Vmc s ˜ao descritos pelo item V que ´e representado por um conjunto

V = {v1, . . . , v3 a}, onde v ´e no formato bin´ario tal que v ∈ {0,1}. A leitura e o

processamento de V ocorre a cada hora.

• No caso das aplicac¸˜oes gerais, temos V = Ve que ´e descrito pelo item V re-

presentado por um conjunto V = {v1, . . . , vn}, onde n ´e o n´umero de leituras do

ambiente e v ´e um valor no formato num ´erico tal que v∈ R, −100 ≤ v ≤ 100. A leitura e o processamento de V ocorre quando n itens forem obtidos.

Com o objetivo de cobrir um maior n ´umero de aplicac¸ ˜oes e apresentar soluc¸ ˜oes mais abrangentes, neste trabalho consideramos apenas as aplicac¸ ˜oes gerais. Logo os sis- temas que estaremos tratando seguem o comportamento de sensoriamento

N → V

e → Ve→ D,

onde o conjunto Ve ´e descrito pelo item V que ´e representado por um conjunto V =

{v1, . . . , vn}, onde n ´e o n´umero de leituras do ambiente e v ´e um valor no formato

num ´erico tal que v∈ R, 0 ≤ v ≤ 1seguindo uma distribuic¸ ˜ao normal com os par ˆametros µ= 0.5 eσ= 0.1, a escolha da distribuic¸ ˜ao normal foi feita arbitrariamente. A leitura e o processamento de V ocorre quando n itens forem obtidos. Por convenc¸ ˜ao, utilizaremos no decorrer do trabalho V para representar o stream Ve nas aplicac¸ ˜oes gerais.

Utilizamos por convenc¸ ˜ao valores entre 0, 1 apenas para facilitar o processamento dos dados via simulac¸ ˜ao. No entanto a utilizac¸ ˜ao de outro intervalo de valores, n ˜ao compromete a qualidade da soluc¸ ˜ao.

Redução

Redução

Fenômeno Sorvedouro Nó sensor

REDE PLANA REDE HIERÁRQUICA

FIGURA 9 – Onde utilizar a reduc¸ ˜ao de dados.

Em todos os casos apresentados anteriormente, utilizar todo o conjunto V pode ser muito oneroso em termos de energia, largura de banda, recursos computacionais e, especialmente, no tempo de entrega das mensagens gerando atrasos para as aplicac¸ ˜oes. Uma vez que existe redund ˆancia nos dados da maioria das aplicac¸ ˜oes, a reduc¸ ˜ao dos dados pode n ˜ao degradar a informac¸ ˜ao sensoriada. Na figura 8, as t ´ecnicas de reduc¸ ˜ao de dados nos sensores s ˜ao denotadas por Ψ, e a reduc¸ ˜ao dos dados do dom´ınio V ´e denotada por V′. Com isso, as novas regras que usam V′ s ˜ao denotadas por R′, e elas conduzem a um conjunto de decis ˜oes D′. Motivado pela ne- cessidade de efetuarmos uma reduc¸ ˜ao Ψ no conjunto V , o problema geral abordado neste trabalho pode ser definido como segue:

Definic¸ ˜ao 1. (Problema) Dado que as aplicac¸ ˜oes gerais nas redes de sensores que

necessitam reduzir os dados, queremos utilizar t ´ecnicas de stream de dados para efetuar a reduc¸ ˜ao Ψ de tal forma que seja poss´ıvel reduzir gastos de energia e atraso de pacotes na rede. Al ´em disso, o novo conjunto de decis ˜oes Dtomadas ap ´os a reduc¸ ˜ao Ψ deve ser equivalente `as decis ˜oes D que seriam tomadas pela aplicac¸ ˜ao sem a reduc¸ ˜ao.

Antes de apresentarmos algumas hip ´oteses para o nosso problema, devemos con- siderar quais situac¸ ˜oes, numa rede de sensores, podem nos levar a utilizar alguma reduc¸ ˜ao Ψ. Como apresentado na figura 9 temos nas aplicac¸ ˜oes gerais a reduc¸ ˜ao de dados em tr ˆes casos: no momento do sensoriamento, atrav ´es de um n ´o agregador e durante o roteamento. A reduc¸ ˜ao no momento do sensoriamento pode ocorrer caso a aplicac¸ ˜ao geral necessite de muitas leituras do ambiente em um curto per´ıodo de tempo, o que torna necess ´ario o processamento do item V = {v1, . . . , vn} atrav´es da

func¸ ˜ao de reduc¸ ˜ao Ψ gerando um conjunto reduzido V′. Para essa reduc¸ ˜ao devemos garantir que as decis ˜oes D′tomadas pela aplicac¸ ˜ao n ˜ao sejam comprometidas. A reduc¸ ˜ao atrav ´es de um n ´o agregador ocorre quando a aplicac¸ ˜ao geral necessita agrupar os n ´os com o objetivo de identificar a ocorr ˆencia de eventos numa regi ˜ao

espec´ıfica. Cada agrupamento SA= (S1, . . . , Ssa) possui sasensores que reportam para

o n ´o agregador n leituras do ambiente. Com isso o n ´o agregador ser ´a respons ´avel por processar o stream V descrito pelo item V = {v1, . . . , vsa×n} onde sa× n ´e o n´umero de

leituras de seu agrupamento. Como para a reduc¸ ˜ao no momento do sensoriamento, o item V = {v1, . . . , vsa×n} ´e processado atrav´es da func¸˜ao de reduc¸˜ao Ψ gerando um

conjunto reduzido V′. Mais uma vez, para essa reduc¸ ˜ao devemos garantir que as decis ˜oes D′tomadas pela aplicac¸ ˜ao n ˜ao sejam comprometidas.

A reduc¸ ˜ao durante o roteamento ocorre quando a aplicac¸ ˜ao geral necessita de muitas leituras do ambiente em um curto per´ıodo de tempo e possui exig ˆencias para a entrega dos dados, como prazos e consumo de energia reduzido. Nessas aplicac¸ ˜oes, devido a din ˆamica da rede, as exig ˆencias podem n ˜ao ser cumpridas e as decis ˜oes sobre os dados precisam ser tomadas ao longo do roteamento. Com isso, o item V gerado pelos n ´os sensores pode ser reduzido nos n ´os roteadores permitindo que as exig ˆencias sejam cumpridas e o m ´aximo de dados possa ser entregue.

Com o objetivo de cobrir um maior n ´umero de aplicac¸ ˜oes gerais e apresentar soluc¸ ˜oes mais abrangentes para os casos de reduc¸ ˜ao apresentados anteriormente, no nosso trabalho definimos para o comportamento dos dados reduzidos N → V→ V → V D′as seguintes regras gerais:

• R′dst que tem como objetivo identificar se os itens V e V′ seguem a mesma

distribuic¸ ˜ao. Para processar essa regra ´e utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, descrito anteriormente (equac¸ ˜ao 2.3). Essa regra nos ajuda a tomar a decis ˜ao D′dst que corresponde a confirmar ou rejeitar a quest ˜ao: V e Vseguem a mesma distribuic¸ ˜ao de probabilidade?

• R′val que tem como objetivo avaliar a diferenc¸a entre os valores que comp ˜oem

o item V e V′. Para processar essa regra utilizamos o erro ε, mostrado an- teriormente (equac¸ ˜ao 2.4). Essa regra nos ajuda a tomar a decis ˜ao D′val que corresponde a confirmar ou rejeitar a quest ˜ao: A m ´edia dos valores do item Vest ´a pr ´oxima da m ´edia dos valores do item V ?

• R′ord que tem como objetivo avaliar se os valores do item V′ mant ˆem a mesma

ordem de chegada do item V original. Para essa regra basta identificar se a seq ¨u ˆencia dos valores em V′ ´e preservada. Essa regra nos ajuda a tomar a de- cis ˜ao D′ord que corresponde a aceitar ou rejeitar a quest ˜ao: A ordem de chegada dos valores do item V ´e preservada quando ele ´e reduzido?

Considerando os diferentes casos de reduc¸ ˜ao para o problema apresentado na defini- c¸ ˜ao 1, temos como hip ´oteses:

Hip ´otese 1. Considerando as aplicac¸ ˜oes gerais em redes de sensores, ´e poss´ıvel

projet ´a-las atrav ´es de uma soluc¸ ˜ao gen ´erica de tal forma que seja poss´ıvel aplicar a reduc¸ ˜ao de dados Ψ, baseada em stream de dados, no momento do sensoriamento, atrav ´es de um n ´o agregador e durante o roteamento.

Hip ´otese 2. Ao utilizar a reduc¸ ˜ao de dados Ψ, baseada em stream de dados, no

momento do sensoriamento em um rede plana, ´e poss´ıvel economizar gastos relaci- onados `a energia e atrasos sendo poss´ıvel tomar as decis ˜oes Dpara as aplicac¸ ˜oes gerais.

Hip ´otese 3. Ao utilizar a reduc¸ ˜ao de dados Ψ, baseada em stream de dados, atrav ´es

de um n ´o agregador em um rede hier ´arquica, ´e poss´ıvel economizar gastos relacio- nados `a energia e atrasos sendo poss´ıvel tomar as decis ˜oes Dpara as aplicac¸ ˜oes gerais. Al ´em disso, a reduc¸ ˜ao em um elemento agregador ´e mais eficiente em relac¸ ˜ao aos gastos na rede quando comparado com a reduc¸ ˜ao para as mesmas aplicac¸ ˜oes em uma rede plana.

Hip ´otese 4. Ao utilizar a reduc¸ ˜ao de dados Ψ, baseada em stream de dados, durante

o roteamento em uma rede plana nas aplicac¸ ˜oes gerais de tempo real ´e poss´ıvel alcanc¸ar os prazos determinados pela aplicac¸ ˜ao e tomar as decis ˜oes D. Al ´em disso, ´e poss´ıvel determinar de forma online o tamanho da reduc¸ ˜ao de tal forma que as exig ˆencias de prazos sejam cumpridas enviando o m ´aximo de dados poss´ıveis. Ao longo deste trabalho tem-se como objetivo confirmar as hip ´oteses apresentadas acima. No pr ´oximo cap´ıtulo apresentaremos a arquitetura proposta para reduc¸ ˜ao de dados utilizada como soluc¸ ˜ao para o problema apresentado na definic¸ ˜ao 1 e para aceitar a hip ´otese 1. Al ´em disso, nos demais cap´ıtulos a arquitetura ser ´a utilizada em diversos cen ´arios e experimentos realizados para aceitar ou recusar as hip ´oteses 2 a 4 apresentadas anteriormente.

4

ARQUITETURA PARA REDUC¸ ˜AO DE

DADOS

“O pensamento ´e uma id ´eia em tr ˆansito.” (Pit ´agoras)

E

STE cap´ıtulo apresenta a arquitetura, chamada OGK, que ´e direcionada para aplicac¸ ˜oes de reduc¸ ˜ao de dados baseadas em t ´ecnicas de stream de dados. Essa arquitetura sugere que seja utilizado o conhecimento a respeito do stream de sensoriamento†, de tal forma que a melhor soluc¸ ˜ao de reduc¸ ˜ao seja aplicada nas aplicac¸ ˜oes gerais em redes de sensores sem fio. Essa arquitetura ´e utilizada para auxiliar nas soluc¸ ˜oes provenientes do problema relacionado `a reduc¸ ˜ao de dados em redes de sensores baseadas nas t ´ecnicas de stream de dados, de acordo com a definic¸ ˜ao 1 (pg. 53), e atrav ´es dela mostraremos que ´e poss´ıvel aceitar a hip ´otese 1 (pg. 55) que diz respeito ao projeto de uma soluc¸ ˜ao gen ´erica onde ´e poss´ıvel aplicar a reduc¸ ˜ao de dados Ψ.

4.1

Arquitetura OGK

A arquitetura OGK, ilustrada na figura 10, ´e voltada para as aplicac¸ ˜oes gerais que seguem o comportamento de reduc¸ ˜ao

N F wV∗ S wV ΨwV′,

onde Ψ=ψ1◦ψ2◦ ... ◦ψn, ´e a func¸ ˜ao de reduc¸ ˜ao composta por n fases ψ. O item V

que descreve o stream V ´e passado para a func¸ ˜ao de reduc¸ ˜ao, atrav ´es do conjunto Sde sensores presentes no pr ´oprio n ´o ou em outros n ´os, representados na figura 10 respectivamente por Fen ˆomeno e Roteamento.

Para representar os diferentes casos para a leitura do item V na arquitetura OGK, utili- zamos os componentes Sensor, Interface de rede, Receptor e Transmissor. O Sensor

A premissa de utilizar o conhecimento a respeito do stream deu origem a sigla OGK que vem do ingl ˆes On a Good Knowledge.

Sensor / Interface de rede Fenômeno Roteamento Receptor Transmissor Univariado Multivariado Sensoriamento classificação processamento saída parâmetros da aplicação Ambiente Nó sensor

oráculo amostragem - rascunho - multivar

OGK API

Roteamento Item

reduzido

FIGURA 10 – Arquitetura OGK.

´e o componente de hardware que representa os s sensores, S = (S1, . . . , Ss), monito-

rando um fen ˆomeno e produzindo conjuntos de amostras no dom´ınio Vi, com 1≤ i ≤ s;

onde todos os poss´ıveis conjuntos do dom´ınio s ˜ao denotados por V = (V1, . . . , Vs).

J ´a a Interface de rede ´e um componente de hardware que executa as tarefas de en- vio e de recebimento do item. Antes de ser enviado, o item V ´e fragmentado em V = {V1, . . . ,Vnf}, onde n

f ´e o n ´umero do fragmento. Todos Vj, com 1< j ≤ nf, podem

encapsular algumas informac¸ ˜oes da aplicac¸ ˜ao. Esses fragmentos s ˜ao enviados e re- cebidos atrav ´es da Interface de rede. Os componentes de software que podem ser encontrados fora da camada de aplicac¸ ˜ao s ˜ao: o Receptor que recebe o item V e o di- reciona para os componentes de classificac¸ ˜ao presentes nas aplicac¸ ˜oes de reduc¸ ˜ao; e o Transmissor que, se necess ´ario, agrega as informac¸ ˜oes da aplicac¸ ˜ao e envia o item stream reduzido.

Uma vez que o item V tenha chegado na camada de aplicac¸ ˜ao, alguma reduc¸ ˜ao Ψ ´e aplicada. Para compor Ψ, a arquitetura considera tr ˆes func¸ ˜oes b ´asicas, apresentadas na figura 10 como classificac¸ ˜ao (ψc), processamento (ψp) e sa´ıda (ψs). A func¸ ˜ao ψc ´e respons ´avel por identificar se o item V ´e proveniente de um Fen ˆomeno ou do Roteamento, pois para cada origem do item temos um tratamento diferenciado. Por exemplo, um item originado do Roteamento pode chegar `a aplicac¸ ˜ao em pequenos

fragmentos exigindo um tratamento diferenciado, tal como, esperar que todos ou parte dos fragmentos cheguem.

Ap ´os o item ser identificado, atrav ´es da func¸ ˜aoψc, ele ´e passado para a func¸ ˜aoψpque

efetua a reduc¸ ˜ao, de acordo com a necessidade da aplicac¸ ˜ao. Por fim, o item reduzido ´e passado para a func¸ ˜aoψs que, se necess ´ario, agrega as informac¸ ˜oes da aplicac¸ ˜ao

ao item V e o passa para o componente Transmissor. Com isso, temos na arquitetura OGK, a func¸ ˜ao geral de reduc¸ ˜ao

Ψ=ψc◦ψp◦ψs.

´

E f ´acil identificar que devemos possuir tratamentos distintos para o item V . Com isso, temos as func¸ ˜oes ΨF e ΨR, que correspondem, respectivamente, `as func¸ ˜oes

de reduc¸ ˜ao para as aplicac¸ ˜oes que utilizam itens originados do Fen ˆomeno e do Rote- amento. Inicialmente considere ΨF onde as func¸ ˜oes que a comp ˜oem s ˜ao detalhadas

a seguir:

• Classificac¸ ˜ao (ψc): A primeira decis ˜ao a ser tomada ao se projetar uma aplicac¸ ˜ao

de reduc¸ ˜ao ´e: Qual ´e o tipo do item stream presente na nossa soluc¸ ˜ao? Na nossa arquitetura os dados das aplicac¸ ˜oes gerais s ˜ao representados por um stream Univariado ou Multivariado. Com isso, essa quest ˜ao pode ser respondida a priori pelo projetista da aplicac¸ ˜ao, onde o tipo do item stream identificado ´e utilizado por todo o tempo de vida da aplicac¸ ˜ao. Ou pode ser respondida dentro da rede atrav ´es de algum mecanismo de infer ˆencia que identifique o tipo do item stream.

• Processamento (ψp): Uma vez que o tipo do item stream ´e definido precisamos

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