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Aprendizagem no ensino não-superior português: proposta de um modelo de investigação

Pedro Mucharreira1,2, Marina Godinho Antunes3, Belmiro Cabrito4, Luísa Cerdeira4

prmucharreira@ie.ulisboa.pt, maantunes@iscal.ipl.pt, b.cabrito@ie.ulisboa.pt, luisa.cerdeira@ie.ulisboa.pt

1

Instituto Superior de Ciências Educativas, Portugal

2UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, Portugal 3

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, Portugal

4Universidade de Lisboa, Portugal

O presente artigo pretende dar a conhecer uma proposta de modelo de investigação, que possa con- tribuir para um reforço da compreensão de como algumas variáveis influenciam as aprendizagens dos alunos, nomeadamente os do ensino não-superior português. Este trabalho enquadra-se numa investi- gação mais alargada e ainda em desenvolvimento. O modelo de investigação que se apresenta decorre de um esquema relacional que procura compreender o papel que diferentes políticas educativas, como o currículo nacional, uma redução do número de alunos por turma ou a aposta em formação contí- nua de professores, poderão ter na melhoria das aprendizagens e competências pessoais e sociais dos alunos. Nesta investigação é apresentado um modelo de regressão linear múltipla em que se assume como variável dependente o sucesso dos alunos – medido pelo rácio notas positivas vs notas negativas – e assumindo como variáveis independentes o tempo de serviço dos docentes, a idade dos docentes, o número médio de alunos por turma, o número de anos do projeto educativo e o total de horas de formação contínua dos docentes. Em termos metodológicos, a investigação é de natureza qualitativa, na linha de um paradigma interpretativo, embora recorrendo a técnicas quantitativas de recolha e análise dos dados. Os dados serão obtidos através da aplicação de um questionário desenvolvido pelos autores, recorrendo-se para o efeito a uma amostra por conveniência constituída por 1000 docentes e diretores escolares do ensino não superior público e particular e cooperativo, do 1.ociclo ao ensino se- cundário, do território nacional. Os endereços de email foram obtidos na base de dados disponibilizada no Portal das Escolas. O tratamento dos dados será realizado através do software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) tendo em vista evidenciar as relações de causa-efeito entre a variável dependente e as variáveis independentes propostas no modelo de investigação.

Palavras-chave: aprendizagem; políticas educativas; redução do número de alunos por turma; for-

Currículo e Formação de Educadores e Professores (A) 15

Formação de professores de inglês do 1.

o

CEB em Portugal: que currículos?

Flávia Vieira1, Sandie Mourão2, Ana Isabel Andrade3, Elisabete Silva4,5, Maria Isabel Orega6

flaviav@ie.uminho.pt, sjmourao@gmail.com, aiandrade@ua.pt, esilva@ipb.pt, miorega@ualg.pt

1

University of Minho, Portugal

2Universidade NOVA de Lisboa, Portugal 3

University of Aveiro, Portugal

4Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal 5

CEAUL, Universidade de Lisboa, Portugal

6Universidade do Algarve, Portugal

A passagem do Inglês a componente curricular obrigatória nos 3.o e 4.o anos de escolaridade a partir de 2015/16 deu origem à criação do Mestrado em Ensino de Inglês no 1.o CEB em diversas institui- ções do país. A fim de compreender de que forma os currículos de formação configuram espaços de construção de uma identidade para esta nova área curricular, foi iniciado um projeto em fevereiro de 2018 que envolve formadores de instituições onde o mestrado foi criado. Apresentaremos resultados iniciais decorrentes da análise dos currículos deste mestrado em 10 instituições, com base num guião de análise documental aplicado aos programas das unidades curriculares (UC) aprovados pela A3ES e às normas institucionais referentes ao estágio. Os objetivos da análise foram: identificar semelhanças e diferenças na estrutura curricular dos cursos; compreender de que forma as competências profis- sionais visadas se relacionam com os contextos educativos, as práticas educativas e a investigação pedagógica; compreender de que forma as tarefas de formação previstas favorecem uma aprendizagem profissional relacionada com a prática de ensino; caracterizar modelos de estágio; identificar poten- cialidades, limitações e linhas de desenvolvimento dos currículos. Com base na informação recolhida em cada instituição, procedeu-se a um mapeamento global cujos resultados sinalizam a existência de currículos potencialmente relevantes e alinhados com tendência atuais da formação e do ensino de línguas, embora diferenciados do ponto de vista estrutural e formativo nos seguintes aspetos: número e natureza das UC nas componentes de formação educacional geral, área de docência, didática especí- fica e prática de ensino supervisionada; tipos de competências e tarefas de formação previstas nessas componentes; duração, tarefas e organização do estágio; investigação no estágio. Da identificação de áreas potencialmente problemáticas, mais evidentes nuns cursos do que noutros, resultam as seguintes recomendações: incrementar a articulação curricular ao nível das competências e tarefas; criar pontes com a prática na formação educacional geral e formação na área de docência; reforçar o foco da forma- ção na criança e no currículo do 1.oCEB; intensificar a dimensão investigativa da formação. O estudo aponta a necessidade de debater os currículos de formação no seio das instituições e entre instituições, no sentido de construir a identidade desta nova área curricular de forma coletiva e crítica.

Palavras-chave: mestrado em ensino de inglês no 1.oCEB; currículos de formação; prática de ensino supervisionada/estágio

Currículo e Formação de Educadores e Professores

Currículo e Formação de Educadores e Professores (B) 19

Lecionar expressão e educação musical no 1.

o

ciclo do ensino básico

Ana Costa1, Maria Cristina Aguiar1,2, João Rocha3

isa_armstrong@hotmail.com, mcaguiar@esev.ipv.pt, jorocha@esev.ipv.pt

1

Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal

2CIEC, Universidade do Minho, Portugal 3

CI&DEI, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Viseu, Portugal

Considerando, sustentados em diferentes estudos e autores, que a prática musical continua a ser muito reduzida e a música não é ensinada com regularidade no 1.oCiclo do Ensino Básico (1.oCEB), assim como, que os professores deste nível de ensino possuem uma formação musical insuficiente, desenvolve- mos um estudo onde pretendemos identificar e compreender as perspetivas dos professores do 1.oCEB relativamente à sua formação musical para a lecionação da área disciplinar de Expressão e Educação Musical (EEM). Nesse sentido, promovemos uma investigação suportada por uma metodologia quan- titativa, de caráter descritivo, com recurso ao inquérito por questionário. O questionário foi aplicado a cento e trinta e três professores do 1.o CEB que se encontravam a lecionar nos quatro primeiros anos de escolaridade em quatro Agrupamentos de Escolas do 1.oCEB do concelho de Viseu. Os dados obtidos permitiram-nos verificar que a grande maioria dos docentes não possui uma formação inicial adequada para lecionar a área disciplinar de EEM, traduzindo-se esta, em insegurança e na incorreta abordagem dos conteúdos, condicionando assim a aprendizagem dos alunos. Contudo, os professores reconhecem que a abordagem da área musical contribui significativamente para o desenvolvimento global do aluno, para a melhoria das competências musicais e artísticas, para o desenvolvimento da capacidade de atenção/concentração, para o relaxamento e descontração do aluno, para o desenvolvi- mento da capacidade de memorização, para o equilíbrio emocional, para uma maior motivação e para a possibilidade da potenciação da interdisciplinaridade. Salienta-se, porém, que apesar dos docentes reconhecerem possuir uma formação inicial pouco adequada para a lecionação da EEM, a maioria não procura formação especializada, tendo em vista a atualização dos seus conhecimentos. Dada a assentida falta de formação, a lecionação da EEM é remetida, pela maioria dos docentes, para as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC); menosprezando, todavia, a necessária articulação com os professores das AEC e não tomando em consideração o caráter facultativo da frequência das mesmas. Por último, sobressai que a grande maioria dos inquiridos considera que a lecionação da EEM deve ser efetivada por um professor especializado em música com a colaboração do docente titular da turma e não apenas pelo professor do 1.oCEB, em regime de monodocência.

Palavras-chave: formação de professores do 1.ociclo do ensino básico; professor do 1.ociclo do ensino básico; expressão e educação musical

Propuesta para evaluar la competencia digital de estudiantes de educación

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