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Antes de passarmos à análise de dados, convém fazer uma breve apresentação da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Estamos perante uma Instituição criada em 1973, no quadro de uma política de expansão e renovação do ensino universitário (Ruivo 1995), que se encontra dispersa através das suas unidades orgânicas por vários municípios da área metropolitana de Lisboa, nomeadamente, Lisboa, Almada e Oeiras. É composta por dois campus, o de Campolide, onde sita a Reitoria, a Faculdade de Economia e Gestão (FE), criada no ano de 1978, a Faculdade de Direito (FD), criada em 1996, e o Instituto de Estatística e Gestão de Informação (ISEGI), criado em 1989, e o Campus de Caparica, composto pela Faculdade de Engenharia, Ciência e Tecnologia (FCT), que foi criada em 1977. O Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), integrado em 1993, situa-se em Oeiras. As restantes instituições de ensino e investigação encontram-se em vários outros locais, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), criada em 1978, na Av. de Berna, a Faculdade Ciências Médicas (FCM), integrada desde 1977, no Campo dos Mártires da Pátria, o Instituto de Saúde Pública e Medicina Tropical (IHMT), integrado desde 1980, na Rua da Junqueira, e a Escola Nacional de Saúde Pública na Av. Padre Cruz, todas situadas na cidade de Lisboa. Integra também os Serviços de Acção Social (SASNOVA) que integram três residências universitárias, infra-estruturas desportivas e vários refeitórios para uso dos bolseiros nacionais e estrangeiros.

Quanto às Unidades Orgânicas que compõem a Universidade Nova de Lisboa, salienta- se, de acordo com os Quadros estatutários próprios, a administração de um conjunto de múltiplos cursos, desde o 1º ao 3º Ciclos, todos adaptados aos princípios do Processo de Bolonha, que resultam num ensino vocacionado para a diversidade e a interdisciplinaridade e num leque variado de cursos de especialização vocacionadas para o ensino, para a investigação científica e para a criação cultural, envolvendo uma

colectividade académica geral de cerca de 18 000 alunos, 1 449 docentes e 769 funcionários1.

No universo actual de ensino e pesquisa globalizado, é de salientar a importância da cooperação destas instituições com o Governo, da abertura das mesmas à sociedade, aos vários ramos do conhecimento, à internacionalização da investigação e do ensino, aos novos problemas que advêm das transformações sociais e políticas, ou seja, à evolução da contemporaneidade.

Nesta medida é de referir também os diversos centros de investigação das instituições que perfazem o total de 39 centros. Não pretendendo fazer aqui uma menção exaustiva, passa-se a referir apenas alguns dos mesmos: Centro de Estatística e Gestão de Informação (CEGI/ISEGIUNL); Centro de Investigação e Desenvolvimento sobre Direito e Sociedade (CEDIS/FDUNL); Centros de Investigação ITQB - Instituto de Tecnologia Química e Biológica, Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, instituição privada sem fins lucrativos, (ITQB/IBET/IGC); Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC/FCM), Centro de Investigação; Laboratório Associado que integra o Centro de malária e outras doenças tropicais (CMDT/IIHMTUNL) e Unidade Parasitologia e Microbiologia Médica (UPMM/IHMTUNL); Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC/FCMUNL); Centro de Investigação da Faculdade de Economia (INOVA/FEUNL); Centros de Investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Ciências da Comunicação (LabMedia), Ciências da Linguagem (CL) e Ciência Política e Relações Internacionais (IPRI); Sociologia, Antropologia e Geografia (CesNova); Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA); Centos de Investigação da Faculdade de Ciências e Tecnologia (Centro de Física e Investigação Tecnológica (CEFITEC), Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT), Centro de Inteligência Artificail (CENTRIA), Centro de Física Atómica (CFA), Centro de Ambiente e Sustentabilidade (CENSE), Centro de Investigação em Ciência e Engenharia Geológica, (CECEGe) e outros nas diversas áreas que objectivam o desenvolvimento da investigação e da cultura científicas como referência de qualidade, tanto a nível nacional como internacional e contribuindo para a atracão de investigadores e bolseiros de doutoramento e pós-doutoramento integrados em diversas

Fundações, como a Fundação Luso-Americana (FLAD) que contribui para o desenvolvimento e apoio financeiro aos programas destinados à internacionalização das instituições portuguesas, à promoção da língua e da cultura portuguesas nos EUA, para a consolidação das relações transatlânticas, e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) que representa Portugal em vários Programas Multilaterais e Redes científicas e de política científica dedicadas à cooperação transnacional, apoiando a participação em projetos conjuntos com instituições de outros países no âmbito de acordos de cooperação científica ou culturais, assim como a criação de parcerias internacionais entre entidades científicas e universitárias portuguesas e outras idênticas a nível mundial.

De acordo com o Relatório de Investigação, em 2010 encontravam-se em curso 460 projectos financiados pelas FCT2 (Ver Relatório, Anexo G).

Pelas razões apontadas, poder-se-á considerar que, o facto de estarmos perante uma Instituição que faz parte do grupo de instituições universitárias reconhecidas nacional e internacionalmente, privilegiando áreas interdisciplinares, quer a nível de investigação quer de ensino, que pratica intercâmbio com atores que vêm, para além da Europa, da África, América e Ásia3, esta funcionará como um pólo atractivo que poderá contribuir para a impulsão e intensificação da mobilidade académica em geral.

Acrescendo, ainda, como elemento de atração para os professores visitantes, a localização espacial das instituições, a gastronomia, as boas condições climatéricas, invernos pouco rigorosos, verões quentes, fácil acesso à praia, além de diversidade e boa acessibilidade a bairros típicos na zona histórica de Lisboa, programas culturais, comércio, entre outros.

Os critérios de seleção da localização espacial prendem-se com questões pessoais, muito embora neste tipo de mobilidade, pesem mais na escolha institucional dos atores os aspectos da qualidade de ensino, dos docentes, e, mesmo, dos próprios estudantes, como se poderá verificar mais à frente através dos resultados das entrevistas aplicadas aos professores estrangeiros. De forma geral, os professores procuram estabelecer práticas

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http://www.unl.pt/investigacao/em-foco/Relatorio_Investigacao_2010_VNov_2011 3

de intercâmbio entre instituições com maior reconhecimento internacional de acordo com as suas áreas de interesse científico.

Amostra

A nossa amostra, como referido, encontra-se subdividida em dois grupos distintos, o primeiro o dos professores visitantes estrangeiros e, o segundo, o das instituições. Como passaremos a descrever a seguir, pela mesma ordem que adoptamos na elaboração das grelhas das amostradas (ver anexos C e D).