• Nenhum resultado encontrado

4.2 ESTUDO DE RETORNO DE INVESTIMENTO

4.2.5 Apresentação e discussão de resultados

Por fim, são apresentados na tabela 23 os índices que referenciam quais foram as melhorias ou retrocessos que ocorreram com a alteração de tecnologia. Através dos índices, é possível quantificar qual o resultado obtido pela empresa quanto à aplicação de uma nova tecnologia na produção de peças por injeção termoplástica.

As reduções que ocorreram em mão de obra e energia estão diretamente ligadas à redução de massa fundida que precisa ser resfriada e ao tempo de ciclo que se reduziu, gerando menos reprocessamento de material e menos consumo de energia, respectivamente.

Fonte: Autoria Própria.

É visto que a melhoria gerada com essa alteração ocorreu através da economia gerada na mão de obra, na matéria prima e na energia consumida. O valor atingido apresentou uma melhoria de aproximadamente 18,3%, reduzindo o custo real por milheiro de R$ 174,00 para R$ 142,48.

Com uma redução de custos desta magnitude, é possível calcular qual o tempo necessário para que o investimento gere retorno. A diferença é de R$ 31,52 a cada 1000 peças, e isso indica que para o investimento de RS 70.500,00 realizado,

somado a uma taxa de juros de 0,6% ao mês, foram necessárias 2.304.586 peças para que este custo seja abatido. Com isso pode-se estimar que com aproximadamente 4 meses, trabalhando 5 dias por semana, durante 15 horas, a tecnologia de câmara quente deixou de ser um custo para a empresa, melhorando sua margem de lucro e possibilitando um prazo de entrega menor.

5 CONCLUSÃO

No cenário industrial, toda e qualquer melhoria pode gerar aumentos significativos no crescimento de uma empresa. No ramo de injeção termoplástica, uma melhoria tecnológica nos moldes de injeção é capaz de gerar um aumento de produtividade ou uma redução significativa no número de peças perdidas que são variáveis essenciais para a evolução produtiva de uma empresa.

Em relação à injetora, é possível afirmar que não houve interferência no processo, visto que quanto à força de fechamento, pressão de injeção e à capacidade de injeção, a máquina estava superdimensionada, possibilitando um futuro redimensionamento a fim de gerar economia de energia no processo.

Observou-se uma redução nos canais de alimentação e nos tempos de resfriamento, resultante da redução de massa fundida por ciclo, importante característica do processo de molde de câmara quente.

O processo de molde de câmara quente, através da diminuição de massa fundida por ciclo, possibilitou uma redução dos canais de alimentação e dos tempos de resfriamento. Este processo também necessitou de uma adequação no tipo de extração, visando não gerar deformações na peça.

Outro ponto de destaque é o aumento do fluxo de massa de água para resfriamento da peça, visto que é cabível um novo estudo para definir as causas e as soluções mais plausíveis para reduzir este fluxo. Também foram apresentados os principais fatores constituintes do tempo de ciclo, possibilitando futuros estudos sobre os impactos de cada fator e possíveis otimizações.

Quanto às falhas de construção, não foi possível desenvolver uma análise detalhada devido à forma de construção deste molde de câmara quente, o qual foi entregue somente após passar pelas correções necessárias.

Um período estimado de recuperação de investimento de 4 meses é classificado como um ótimo investimento, e traz como base para a empresa que todo produto que possua alta demanda torna viável o investimento em uma nova ferramenta com a tecnologia de câmara quente.

Com um tempo produtivo 71,43% menor do que o molde com a tecnologia antiga, a nova tecnologia ainda teve uma produtividade equivalente a 41,1% do mesmo, e ainda assim, é possível estimar que no mesmo período produtivo de 28

meses, sua produtividade superará em aproximadamente 117,5%, pagando seu investimento 7 vezes.

A aplicação da tecnologia de câmara quente possibilita uma maior eficiência produtiva que engloba o processo, favorecendo a continuidade e repetibilidade do processo.

REFERÊNCIAS

ABIPLAST, Indústria Brasileira de Transformação de Material Plástico. Perfil 2012, São Paulo - SP, p. 1-48, dez. 2015.

BARROS, Leandro Oliveira. Método auxiliar para selecionar termoplásticos: estudo de caso de peça em produção e aplicação em produtos novos trabalhos.

FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA” CENTRO UNIVERSITÁRIO EURÍPIDES DE MARÍLIA – UNIVEM, São Paulo - SP, p. 1-65,

dez. 2015. Disponível em:

<http://revista.univem.edu.br/REGRAD/article/view/1316/459>. Acesso em: 14 jun. 2018.

BLASIO, Carlos Anibal De. Solução de defeitos na moldagem por injeção de

termoplásticos. 1ª ed. Campinas - SP: [s.n.], 2007. 150 p.

BRONZE METAL. BM 172HT. Disponível em:

<http://www.bronzemetal.com.br/produtos.aspx>. Acesso em: 20 mai. 2018. CES: EduPack 2017. Versão 17.2.0.: Granta Design, 2017.

COELHO, José Ricardo Roriz. Evolução do plástico na sociedade. Perfil 2012, São Paulo - SP, v. 1, n. 1, p. 9, jan. 2013.

CRUZ, Sérgio Da. Moldes de injeção: Termoplásticos. 2ª ed. Curitiba - PR: Hemus, 2002. 242 p.

DEPECON, Panorama da indústria de transformação brasileira. 10ª ed. São Paulo - SP: [s.n.], 2016. 58 p.

FIESP, Panorama da indústria de transformação brasileira. DEPECON -

DEPARTAMENTO DE PESQUISAS E ESTUDOS ECONÔMICOS, SÃO PAULO -

SP, n. 10, p. 1-58, dez. 2015. Disponível em:

<https://www.ebusinessconsultoria.com.br/infonews/panorama-da-industria-de- transformacao-brasileira>. Acesso em: 30 abr. 2018.

GIL, Mariana Joaquina Borralho. Development of Standardized Efficiency Indicators for Plastic injection Moulds. Universidade de Lisboa, Lisboa - Portugal, p. 1-10,

jan./out. 2018. Disponível em:

<https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/1126295043834611/resumo.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018.

HARADA, Júlio. Moldes para injeção de termoplásticos: Projetos e princípios básicos. 2ª ed. São Paulo - SP: Artliber, 2008. 308 p.

JR., Sebastião V. Canevarolo. Ciência dos polímeros: Um texto básico para tecnólogos e engenheiros. 2ª ed. São Paulo - SP: Artliber, 2002. 273 p.

JR., William D. Callister; G.RETHWISCH, David. Materials science and

engineering: An introduction. 8ª ed. Danvers - MA: Wiley, 2010. 885 p.

MANO, Eloisa Biasotto; MENDES, Luís Cláudio. Introdução a polímeros. 2ª ed. São Paulo - SP: Edgard Blücher, 1999.

MANRICH, Silvio. Processamento de termoplásticos: Rosca Única, Extrusão e Matrizes, Injeção e Moldes. 1ª ed. São Paulo - SP: Artliber, 2005. 428 p.

MATWEB. Celanex® 1600a datasheet. Disponível em:

<http://www.matweb.com/search/datasheet.aspx?matguid=15b349ead0ca4e90a63e 656f967f7ad3>. Acesso em: 24 mai. 2018.

MOLDES INJEÇÃO PLÁSTICOS. Sistema de alimentação em moldes. Disponível em: <www.moldesinjecaoplasticos.com.br/sistema-de-alimentacao-em-moldes/>. Acesso em: 11 abr. 2018.

MOLDES INJEÇÃO PLÁSTICOS. Viabilidade técnica e econômica do uso de um

sistema de câmara quente. Disponível em:

<http://moldesinjecaoplasticos.com.br/viabilidade-tecnica-e-economica-do-uso-de- um-sistema-de-camara-quente/>. Acesso em: 09 mar. 2018.

WIEBECK, Hélio; HARADA, Júlio. Plásticos de engenharia: Tecnologia e aplicações. 1ª ed. São Carlos - SP: Artliber, 2005. 349 p.

ANEXOS

Documentos relacionados