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PARTE II- ESTUDO EMPÍRICO

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

6.1 Resultados globais

Os resultados do Quadro 1 indicam que os indivíduos do nosso estudo estão satisfeitos5 com a sua relação actualmente. Relativamente à satisfação conjugal anterior à ostomia, o grau de satisfação referido é mais elevado, correspondendo a uma média de muito satisfeito.

Quanto à auto-estima, verificamos que os indivíduos apresentam uma auto-estima média elevada6. Por fim, no respeitante à insatisfação corporal constatámos que esta é baixa7.

5

Tendo em conta que, na EASAVIC, a escala de Likert varia entre 1 e 6, correspondendo o valor 4 a “Satisfeito”. Foi efectuada uma comparação de médias da EASAVIC da nossa amostra com a do estudo de Narciso, Ribeiro e Ferreira (2008) acima referido, no âmbito de uma investigação sobre conjugalidade e parentalidade a realizar na FPCE-UL. A comparação efectuada permite constatar uma diferença de médias significativa (t (111) = - 4,462, p < .001), indicando que os participantes da nossa amostra se encontram menos satisfeitos do que os do referido estudo (N=628; M=4,72; DP=.706). É importante ter em consideração que a amostra deste estudo é composta por indivíduos ostomizados enquanto a amostra do referido estudo é composta por indivíduos sem doença crónica.

Relativamente à satisfação conjugal actual, avaliada por uma escala de índice único, variando entre 1 e 7, o valor 4,98 corresponde a “Satisfeito”.

Relativamente à satisfação conjugal anterior, avaliada por uma escala de índice único, variando entre 1 e 7, o valor 5,60 corresponde a “Muito Satisfeito”.

6 Considerando que na Escala de Auto-Estima Global, a escala de Likert varia entre 1 e 4, e quanto mais

baixo o valor, mais elevada é a auto-estima.

7 Considerando que na Medida Global de Insatisfação Corporal, a escala de Likert varia entre 1 e 6, e

Quadro 1.

Estatística descritiva da Satisfação Conjugal média (SCm), Satisfação Conjugal actual (SCa), Satisfação Conjugal anterior à ostomia (SCt), Auto-Estima (AE) e Insatisfação Corporal (IC)

Variáveis Média Desvio Padrão

SCm 4,29 1,03

SCa 4,98 1,67

SCt 5,60 1,35

AE 1,68 0,49

IC 2,22 1,16

Nota: média e desvio padrão arredondados a duas casas decimais.

6.1.1 Áreas de maior e menor satisfação conjugal

Para determinar as áreas de maior e menor satisfação conjugal, seleccionámos, dos resultados da ESAVIC, os itens com as médias mais elevadas e mais baixas respectivamente. Desta forma, os itens com médias mais elevadas são o 31 e 328 com médias respectivas de 5,00 e 5,06. Estes itens correspondem, pois, à confiança entre os sujeitos e os seus cônjuges. Os três seguintes são os itens 9, 19 e 339 com médias correspondentes de 4,80, 4,88 e 4,91. Estes itens indicam, assim, respectivamente: o modo como o casal se relaciona com a família do indivíduo questionado, os sentimentos do indivíduo pelo cônjuge e a admiração que o indivíduo tem pelo cônjuge.

8 Item 31 “A confiança que tenho no meu cônjuge” e Item 32 “A confiança que o meu cônjuge tem em

mim”.

9 Item 9 “O modo como nos relacionamos com a minha família”; Item 19 “O que sinto pelo meu cônjuge”

Podemos, então, afirmar, por hipótese, que estas serão as áreas de maior satisfação conjugal nos indivíduos ostomizados do nosso estudo.

Os itens com médias mais baixas são os 23, 25, 26, 27 e 2810 com médias

respectivas de 3.65, 3.21, 3.31, 3.65 e 3.37. Estes itens relacionam-se com a sexualidade (desejo sexual que o indivíduo sente pelo cônjuge, frequência, prazer e qualidade das relações sexuais). Sendo assim, podemos colocar a hipótese de que a área da

sexualidade é uma área de menor satisfação por parte dos indivíduos ostomizados do nosso estudo.

6.2 Análise de Correlações

As correlações obtidas a partir da correlação de Spearman entre a Satisfação Conjugal média, a Satisfação Conjugal actual, a Satisfação Conjugal anterior à ostomia, a Auto-Estima e a Insatisfação Corporal, para a amostra global, são apresentadas no Quadro 2.

10 Item 23 “O desejo sexual que sinto pelo meu cônjuge”, Item 25 “A frequência que temos relações

sexuais”, Item 26 “O prazer que sinto quando temos relações sexuais”, Item 27 “O prazer que o meu cônjuge sente quando temos relações sexuais” e Item 28 “A qualidade das nossas relações sexuais”.

Quadro 2.

Correlações para a amostra global

Variáveis SCm SCa SCt AE IC SCm 1,00 .69** .50** - .41** - .49** SCa 1,00 .60** - .40** - .41** SCt 1,00 - .30** - .28** AE 1,00 .47** IC 1,00 ** Correlações significativas a .01

Analisando as correlações para a amostra global, verificamos correlações significativas e positivas entre as três avaliações de satisfação conjugal. Especificamente, a satisfação conjugal média tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal actual (r=.69**) e de satisfação conjugal anterior (r=.50**). A satisfação conjugal actual tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal anterior (r=.60**).

Por seu turno, a auto-estima está significativamente associada a insatisfação corporal (r=.47**), ou seja, quanto maior o valor de auto-estima, o que significa menor auto-estima, maior o valor de insatisfação corporal; e negativamente associada à satisfação conjugal, ou seja, quanto mais elevado o valor de auto-estima (o que significa menor auto-estima), mais baixo o valor de satisfação conjugal média (r=-.41**), actual (r=.-.40**) e anterior à ostomia (r=-.30**).

Por último, a insatisfação corporal apresenta associações negativas e significativas com satisfação conjugal média, satisfação conjugal actual e satisfação conjugal anterior

à ostomia (r=-.49**, r= -.41** e r= -.28**, respectivamente), ou seja, quanto maior a insatisfação corporal menor a satisfação conjugal.

6.3 Análise de Comparações

Procedemos à análise do comportamento das variáveis dependentes (satisfação conjugal, auto-estima, insatisfação corporal, satisfação conjugal actual e satisfação conjugal anterior à ostomia) relativamente às variáveis independentes (sexo, idade, estado profissional, prática da religião, permanência e duração da ostomia). Excepto para a Satisfação Conjugal média, utilizar-se-ão os testes de comparação não paramétrico para as restantes variáveis (Satisfação Conjugal actual, Satisfação Conjugal anterior à ostomia, Auto-Estima e Insatisfação Corporal), visto não se verificarem os pressupostos de normalidade e de homogeneidade de variância. Assim, para a comparação de médias das variáveis atrás referidas, utilizamos o teste U de Mann- Whitney e para a Satisfação Conjugal média o teste t de student (com excepção da idade, onde se aplicou o teste U de Mann- Whitney).

6.3.1 Satisfação Conjugal Média

Procedeu-se à comparação de médias na escala da satisfação conjugal média entre os seguintes grupos: homens e mulheres, com idade inferior ou igual ou superior a 60 anos, activos e passivos relativamente à situação profissional, praticantes e não praticantes da sua religião, com estomas temporários ou definitivos e com estomas com menos de 4 anos ou 5 ou mais anos.

Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas ao nível da satisfação conjugal em função da idade, da prática da religião nem da duração da ostomia (p > .05).

Relativamente ao sexo, constatou-se uma diferença significativa entre homens (M= 65,34) e mulheres (M= 43,29) demonstrando que, nos homens, a satisfação conjugal é maior (p <.001).

No referente ao estado profissional, também se constatou uma diferença significativa entre estado activo e estado passivo ( t (2,063); gl = 105 e p =.042). Como a média é mais elevada nos activos, significa que, neste grupo, a satisfação conjugal é maior.

Por fim, relativamente à permanência da ostomia, constatou-se uma diferença significativa entre definitivo (M=46,59) e temporário (M=60,85), demonstrando que nos temporários a satisfação conjugal é maior (p < .05).

6.3.2 Satisfação conjugal actual

Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas ao nível da satisfação conjugal actual em função da idade, do estado profissional, da prática da religião nem da duração e permanência da ostomia.

Relativamente ao sexo, constatou-se uma diferença significativa entre homens (M=76,07) e mulheres (M=59,88), demonstrando que, nos homens, a satisfação conjugal actual global é maior (p < .05).

6.3.3 Satisfação conjugal anterior à ostomia

Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas ao nível da satisfação conjugal anterior em função da idade, do estado profissional, nem da duração e permanência da ostomia.

Relativamente ao sexo, constatou-se uma diferença significativa entre homens (M=76,46) e mulheres (M=59,31), demonstrando que, nos homens, a satisfação conjugal anterior à ostomia é maior (p < .05).

No referente à prática da religião, verificou-se uma diferença significativa entre praticantes (M=54,97) e não praticantes (M= 67,82), significando que, no grupo dos indivíduos não praticantes, a satisfação conjugal anterior à ostomia é maior (p>.05).

6.3.4 Auto-estima

Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas ao nível da auto-estima em função do sexo, da prática da religião nem da duração e permanência da ostomia.

Relativamente à idade, constatou-se uma diferença significativa entre menos de 60 (M=60.56) e igual ou superior a 60 anos (M=73.74), demonstrando que, nos indivíduos com 60 ou mais anos, a auto-estima é mais baixa (p<.05).

No referente ao estado profissional, também se constatou uma diferença significativa entre estado activo (M=50.83) e estado passivo (M=76.62), demonstrando que, nos indivíduos em estado profissional passivo, a auto-estima é mais baixa.

6.3.5 Insatisfação corporal

Os resultados demonstraram que não existem diferenças significativas ao nível da insatisfação corporal em função da idade, do estado profissional, da prática da religião nem da duração e permanência da ostomia.

Relativamente ao sexo, constatou-se uma diferença significativa entre homens (M=63,57) e mulheres (M=81,95), demonstrando que, nas mulheres, a insatisfação corporal é maior (p <.05).

6.4 Comparação do Padrão de Relações entre Satisfação Conjugal Média, Satisfação Conjugal Actual, Satisfação Conjugal Anterior à Ostomia, Auto-Estima e

Insatisfação Corporal em Função do Sexo e do Estado Profissional

Como verificámos que as variáveis sexo e estado profissional são importantes para explicar diferenças nos valores médios das nossas variáveis em estudo, analisámos as matrizes de correlação separando, num caso, homens e mulheres e, noutro, indivíduos em estado profissional activo e passivo. Desta forma, pretendemos verificar se o padrão de associações entre as variáveis se mantém semelhante entre homens e mulheres e entre indivíduos em estado profissional activo e passivo.

Passamos a analisar agora as correlações entre as variáveis acima referidas para os grupos seguintes: homens e mulheres e activos e passivos.

Quadro 3.

Correlações para a amostra dos homens

Variáveis SCm SCa SCt AE IC SCm 1,00 .56** .35** - .36** - .45** SCa 1,00 .58** - .30** - .35** SCt 1,00 -.22 - .25* AE 1,00 .42** IC 1,00 Nota: * Correlações significativas a .05 ** Correlações significativas a .001

Analisando as correlações para a amostra dos homens no Quadro 3, verificamos correlações significativas e positivas entre as três avaliações de satisfação conjugal. Especificamente, a satisfação conjugal média tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal actual (r=.56**) e de satisfação conjugal anterior (r=.35**). A satisfação conjugal actual tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal anterior (r=.58**).

Por seu turno, a auto-estima está significativamente associada a maiores níveis de insatisfação corporal (r=.42**) e a menores níveis de satisfação conjugal média (r=- .36**), actual (r=.-.30**), ou seja, quanto mais baixa a auto-estima (valores mais elevados), maior a insatisfação corporal e menor a satisfação conjugal média e actual.

Por último, a insatisfação corporal está significativamente associada a menores níveis satisfação conjugal média, satisfação conjugal actual e satisfação conjugal anterior à ostomia (r=-.45**, r= -.35** e r= -.25*, respectivamente).

Quadro 4.

Correlações para a amostra das mulheres

Variáveis SCm SCa SCt AE IC SCm 1,00 .80** .64** - .46** - .40** SCa 1,00 .62** - .52** - .40** SCt 1,00 - .37** -.19 AE 1,00 .53** IC 1,00 Nota: * Correlações significativas a .05 ** Correlações significativas a .001

Analisando as correlações para a amostra das mulheres no Quadro 4, verificamos correlações significativas e positivas mais fortes do que nos homens entre as três avaliações de satisfação conjugal. Especificamente, a satisfação conjugal média tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal actual (r=.80**) e de satisfação conjugal anterior (r=.64**). A satisfação conjugal actual tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal anterior (r=.62**).

Por seu turno, a auto-estima está significativamente associada, apresentando correlações mais fortes do que nos homens, a maiores níveis de insatisfação corporal (r=.53**) e a menores níveis de satisfação conjugal média (r = -.46**), actual (r = - .52**) e, também, anterior à ostomia (r = - .37**), o que não acontece com os homens. Tal significa que, quanto mais baixa a auto-estima (valores mais elevados), maior a insatisfação corporal e menor a satisfação conjugal média, actual e anterior à ostomia.

Por último, a insatisfação corporal está significativamente associada a menores níveis satisfação conjugal média e satisfação conjugal actual (r = - .40** e r = - .40**

respectivamente) mas não se encontra associada à satisfação conjugal anterior à ostomia, ao contrário do que se verifica nos homens.

Em resumo, a comparação entre as mulheres e os homens, permite-nos verificar que:

- Quanto à correlação entre a satisfação conjugal média e a actual e anterior constatamos uma força de relação maior no grupo das mulheres comparando com os homens (r=.80** e r=.64** vs r=.56** e r=.35**).

- Relativamente à correlação entre a auto-estima e a insatisfação corporal, verificamos que nas mulheres esta relação é mais forte que nos homens (r=.53** vs r=.42**). No respeitante à correlação entre a auto-estima e a satisfação conjugal média e actual esta relação também é mais forte nas mulheres que nos homens (r=-.46** e r=-.52** vs r=-.36** e r=-.30**).

- No respeitante às restantes correlações, verificamos que a força de relação é semelhante nos dois grupos.

Quadro 5.

Correlações para a amostra dos activos

Variáveis SCm SCa SCt AE IC SCm 1,00 .73** .51** - .41** - .48** SCa 1,00 .51** -.25 - .41** SCt 1,00 -.21 -.19 AE 1,00 .51** IC 1,00 Nota: * Correlações significativas a .05 ** Correlações significativas a .001

Analisando as correlações para a amostra dos activos no Quadro 5, verificamos correlações significativas e positivas entre as três avaliações de satisfação conjugal. Especificamente, a satisfação conjugal média tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal actual (r=.73**) e de satisfação conjugal anterior (r=.51**). A satisfação conjugal actual tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal anterior (r=.51**).

Por seu turno, a auto-estima está significativamente associada a maiores níveis de insatisfação corporal (r=.51**) e a menores níveis de satisfação conjugal média (r = - .41**), ou seja, quanto mais baixa a auto-estima (valores mais elevados), maior a insatisfação corporal e menor a satisfação conjugal média.

Por último, a insatisfação corporal está significativamente associada a menores níveis satisfação conjugal média e satisfação conjugal actual (r = - .48** e r = - .41** respectivamente).

Quadro 6.

Correlações para a amostra dos passivos

Variáveis SCm SCa SCt AE IC SCm 1,00 .56** .66** - .40** - . 43** SCa 1,00 .42** - . 64** - . 36** SCt 1,00 - . 53** - . 33** AE 1,00 .46** IC 1,00 Nota: * Correlações significativas a .05 ** Correlações significativas a .001

Analisando as correlações para a amostra dos passivos no Quadro 6, verificamos correlações significativas e positivas entre as três avaliações de satisfação conjugal. Especificamente, a satisfação conjugal média tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal actual (r=.56**) e de satisfação conjugal anterior (r=.66**). A satisfação conjugal actual tende a estar associada a maiores níveis de satisfação conjugal anterior (r=.42**).

Por seu turno, a auto-estima está significativamente associada a maiores níveis de insatisfação corporal (r=.46**) e a menores níveis de satisfação conjugal média (r = - .40**), actual (r = - .64**) e anterior à ostomia (r = - .53**), ou seja, quanto mais baixa a auto-estima (valores mais elevados), maior a insatisfação corporal e menor a satisfação conjugal média, actual e actual.

Por último, a insatisfação corporal está significativamente associada a menores níveis satisfação conjugal média e satisfação conjugal actual (r = - .43**; r = - .36** e r = - .33** respectivamente).

Realizando uma comparação entre os activos e os passivos, podemos, também, retirar algumas conclusões.

- Quanto à correlação entre a satisfação conjugal média e a actual constatamos uma força de relação maior no grupo dos activos comparando com o grupo dos passivos (r=.73** vs r=.56**).

- A correlação entre a satisfação conjugal média e anterior, pelo contrário, revela uma força de relação maior no grupo dos passivos (r=.66** vs r=.51**).

- Também a correlação entre a satisfação conjugal actual e a anterior demonstra uma força de relação superior no grupo dos activos face aos passivos (r=.51** vs r=.42**).

- Relativamente às restantes correlações, verificamos que a força de relação é semelhante nos dois grupos.

6.5 Áreas da Vida Conjugal Afectadas pela Presença de Ostomia

Como podemos verificar no Gráfico 1, é na qualidade da sexualidade que mais indivíduos referem ter havido diminuição da satisfação conjugal (58,2%). Cerca de um terço refere, ainda, a gestão financeira (31,9%) e a quantidade e intensidade dos conflitos (26,8%) como áreas onde a satisfação conjugal diminuiu. As características e os hábitos pessoais do próprio e a qualidade de tempos livres em casal são outras áreas onde, apesar de uma percentagem, que podemos considerar elevada, de indivíduos referirem uma diminuição da satisfação conjugal (23,4% e 21,8%), tal não será tão evidente pois uma percentagem muito semelhante referiu aumento dessas mesmas áreas (19,1% e 20,4%, respectivamente).

Gráfico 1.

Áreas da vida conjugal em que a diminuição da satisfação é superior ao aumento, após a ostomia

Como podemos constatar no Gráfico 2, é na qualidade da comunicação, na intimidade emocional e na expressão de sentimentos que mais indivíduos referem ter havido aumento da satisfação conjugal (44,3%; 38,3% e 31,2% respectivamente).

As outras duas áreas onde houve aumento da satisfação conjugal após a ostomia são a qualidade da relação com famílias de origem e a qualidade da relação com amigos (26,1% em ambas). As restantes áreas - a privacidade e autonomia do cônjuge, a tomada de decisões, as características e hábitos pessoais do cônjuge, a quantidade de tempos livres, a privacidade e autonomia próprias, a distribuição de tarefas e a resolução de conflitos -, são áreas onde o relato do aumento está muito próximo do da diminuição.

Gráfico 2.

Áreas da vida conjugal em que o aumento da satisfação é superior à diminuição, após a ostomia

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