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4.4 – PRODUÇÃO DOS DADOS

VI. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

6.1 - CARACTERIZAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES

Tabela 1 – Características dos cursos de Psicologia nas Instituições pesquisadas Instituição Regime de Inclusão

Ano Implementação do Curso Organização do Curso e Duração Período das aulas Número de

vagas / período Ênfases

A PRIVADA, VIA VESTIBULAR MENSALIDADE R$ 870,00 Reconhecimento: Portaria 78427 de 16/09/76 – DOU de 17/09/76. SEMESTRAL 10 MANHÃ NOITE 70 70 1. CLÍNICA; 2.ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO; 3. PSICOLOGIA ESCOLAR E INCLUSÃO; 4. INSTITUCIONAL /SAÚDE B PÚBLICA, VIA VESTIBULAR 2006, EM Processo

de Reconhecimento SEMESTRAL10 INTEGRAL

45 05 (ESQUEMA DE COTAS) 1.PSICOLOGIA, PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E PESQUISA; 2. PSICOLOOGIA, INTERVENÇÃO, CLÍNICA E SAÚDE

6.2 – DIRETRIZES CURRICULARES E INFORMAÇÕES DIVULGADAS PELAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

A maioria dos cursos de psicologia do país ainda está em processo de adequação para implementar as Novas Diretrizes Curriculares, o que não permite ainda a construção de uma visão nítida das conseqüências para a formação e exercício da Psicologia.

Ribeiro (2008) acredita que pela própria estrutura das diretrizes e da política educacional vigente, haverá poucas alterações para a formação do psicólogo.

No caso específico da criação das Diretrizes Curriculares para os cursos de Psicologia, o processo se iniciou antes mesmo da aprovação da LDB de 1996, mais precisamente em 1994, com a criação, na Secretaria de Ensino Superior (SESU) do MEC, da Comissão de Especialistas de Ensino de Psicologia (CEEP).

O processo de elaboração foi finalizado com a aprovação da versão final das Diretrizes, em 19 de fevereiro de 2004, pelo CNE/CES (BRASIL, 2004), homologada em 7 de maio do mesmo ano.

Em seu Artigo 3º, a resolução nº 8 explicita que: O curso de graduação em Psicologia tem como meta central a formação do psicólogo voltada para a atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de Psicologia, e deve assegurar uma formação baseada nos seguintes princípios e compromissos:

a) Construção e desenvolvimento do conhecimento científico em Psicologia;

b) Compreensão dos múltiplos referenciais que buscam apreender a amplitude do fenômeno psicológico em suas interfaces com os fenômenos biológicos e sociais;

c) Reconhecimento da diversidade de perspectivas necessárias para compreensão do ser humano e incentivo à interlocução com campos de conhecimento que permitam a apreensão da complexidade e multideterminação do fenômeno psicológico;

d) Compreensão crítica dos fenômenos sociais, econômicos, culturais e políticos do País, fundamentais ao exercício da cidadania e da profissão;

e) Atuação em diferentes contextos considerando as necessidades sociais, os direitos humanos, tendo em vista a promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos, organizações e comunidades;

f) Respeito à ética nas relações com clientes e usuários, com colegas, com o público e na produção e divulgação de pesquisas, trabalhos e informações da área da Psicologia;

g) Aprimoramento e capacitação contínuos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2004), como o curso de graduação de Psicologia deve ter como meta central a formação do psicólogo voltada para a atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de Psicologia, incluindo os dois perfis: o de psicólogo e o de bacharel em Psicologia,

na formação básica desse profissional, já que a formação de professor de Psicologia, para atuar na educação básica, ficou como optativa, de acordo com o interesse das instituições de ensino; E essa formação, segundo seu artigo 4º, deve ter como objetivo geral dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: atenção à saúde, tomada de decisões, comunicação, liderança, administração e gerenciamento e educação permanente.

Como a Psicologia é uma ciência com uma gama muito variada de orientações teórico / metodológicas, práticas e contextos de inserção profissional, as diretrizes destacam que a formação nessa área deve ser realizada em torno de ênfases curriculares “entendidas como um conjunto delimitado e articulado de competências e habilidades que configuram oportunidades de concentração de estudos e estágios em algum domínio da Psicologia” (BRASIL, 2004, Art. 10, p. 4). Assim, as diferentes instituições que ministram o curso de graduação têm autonomia de escolha sobre as orientações teórico /metodológicas que embasarão a formação do futuro profissional da área. Um dos focos da formação do psicólogo, segundo as DCN, é que as atividades acadêmicas devem aproximar o formando do exercício profissional correspondente às competências previstas para a sua formação.

Outros dois pontos foram destacados pelo documento "Diretrizes Curriculares": avaliação dos cursos tanto para autorização de funcionamento quanto para o reconhecimento e renovações de reconhecimento; avaliações internas para possíveis aprimoramentos dos conteúdos, das dinâmicas dos cursos e das próprias instituições.

Esse percurso abriu caminhos para que posteriormente fossem editados pareceres pelo Conselho Nacional de Educação em 2001, 2002 e 2004, quando ocorreu em definitivo a homologação da Resolução nº 8, de 7 de maio de 2004 que Instituiu as Diretrizes Curriculares para os cursos de graduação em Psicologia.

Além de tratar de questões acerca do currículo em psicologia a partir de eixos estruturantes, carga horária, atividades acadêmicas bem como apontar a

necessidade do desenvolvimento de competências e habilidades, a resolução ainda prevê em seus artigos a reestruturação dos estágios, conforme apontados nos artigos 19º ao 25º, sendo importante destacar:

Art. 19.

O planejamento acadêmico deve assegurar, em termos de

carga horária e de planos de estudos, o envolvimento do aluno em

atividades, individuais e de equipe, que incluam, entre outros:

a) Aulas, conferências e palestras;

b) Exercícios em laboratórios de Psicologia;

c) Observação e descrição do comportamento em diferentes contextos; d) Projetos de pesquisa desenvolvidos por docentes do curso;

e) Práticas didáticas na forma de monitorias, demonstrações e exercícios, como parte de disciplinas ou integradas a outras atividades acadêmicas;

f) Consultas supervisionadas em bibliotecas para identificação crítica de fontes relevantes;

g) Aplicação e avaliação de estratégias, técnicas, recursos e instrumentos psicológicos;

h) Visitas documentadas através de relatórios a instituições e locais onde estejam sendo desenvolvidos trabalhos com a participação de profissionais de Psicologia;

i) Projetos de extensão universitária e eventos de divulgação do conhecimento, passíveis de avaliação e aprovados pela instituição; j) Práticas integrativas voltadas para o desenvolvimento de habilidades e competências em situações de complexidade variada, representativas do efetivo exercício profissional, sob a forma de estágio supervisionado.

Art. 20.

Os estágios supervisionados são conjuntos de

atividades de formação, programados e diretamente supervisionados

por membros do corpo docente da instituição formadora e procuram

assegurar a consolidação e articulação das competências