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Apresentação e interpretação da intervenção

No documento sao final Berta Tormenta (páginas 59-71)

Mestrado em Educação Pré-Escolar 49 Decidi para este capítulo começar por fazer um breve resumo sobre o trabalho em equipa em cada uma das valências, seguindo com a minha intervenção e, por fim relatar alguns episódios vividos nos dois contextos. Neste sentido, torna-se pertinente referir que todo este capítulo foi redigido com base nas minhas notas de campo e reflexões cooperadas, que por conseguinte influenciaram na escolha e interesse da minha temática.

De acordo com o que foi definido no ponto 2 do capítulo III – situação problema – a escolha do tema em estudo assomou no contexto de estágio na valência de creche. Uma vez que o período de estágio foi reduzido não foi possível criar um plano de ação de longa duração, sendo no entanto criadas algumas estratégias para potenciar o envolvimento da equipa de acordo com o que é descrito no ponto 1 do presente capítulo. De forma a reforçar este mesmo envolvimento procurei incluir toda a equipa na preparação, desenvolvimento e avaliação das minhas planificações, pedindo opinião e colaboração.

Por outro lado, no contexto de estágio de jardim-de-infância, no qual a equipa construia o currículo em conjunto, demonstrando coesão no trabalho desenvolvido, procurei envolver-me e retirar o máximo de informação para a construção da minha identidade profissional.

Antes de iniciar, torna-se pertinente fazer uma breve reflexão quanto ao modelo com que as educadoras orientam a sua prática. Uma vez que os recursos humanos e materiais em Portugal não permitem que um educador consiga seguir o modelo High/Scope com exatidão, questionei ambas as educadoras cooperantes sobre a sua preferência.

Mestrado em Educação Pré-Escolar 50 A educadora cooperante da valência de creche respondeu:

5“A meu ver, é um modelo curricular bastante completo. No entanto,

devido a algumas especificidades, tem de ser adaptado e reformulado para ser concretizado no nosso País, na nossa realidade educativa. É algo que se consegue com facilidade, sem alterar muito o currículo: a sua verdadeira essência é respeitada. Para além disso, existe bastante informação e fundamentação teórica deste modelo curricular, facilitando o trabalho a realizar – a tal articulação entre a teoria e a prática”.

Quanto à educadora cooperante de jardim-de-infância, ainda que reconheça que não o consegue seguir com exatidão, refere que o aplica na sua prática no que respeita a organização espacial e temporal (rotinas; disposição da sala e materiais); nas características de domínio pedagógico (interação adulto/criança, criança/adulto e adulto/adulto; observação da criança; registos;...). Afirma também que a base do pensamento de todo este currículo está presente na sua prática, pois na sua sala as crianças constroem uma compreensão própria do mundo através do envolvimento ativo com pessoas, materiais e ideias. Adquirem, assim, conhecimento experimentando o mundo que as rodeia através de: escolher; manipular; explorar; praticar; experimentar; transformar;...

1- Trabalho em equipa nos contextos em estudo Trabalho em equipa no contexto de creche

Neste ano letivo o trabalho em equipa era um dos focos da educadora uma vez que a relação pedagógica desta sala estava em construção, não só pela inserção de uma nova auxiliar na equipa, mas também devido à reconstrução da relação interpessoal com a outra auxiliar que acompanha a educadora desde o ano anterior, relação esta que carecia de harmonia.

5 Resposta da educadora cooperante da valência de creche numa das reuniões estudante/educadora

Mestrado em Educação Pré-Escolar 51 De acordo com as minhas vivências e observações durante o meu período de estágio, a gestão da rotina e do grupo era partilhada pela equipa. Além disso, os planeamentos do dia e das atividades a realizar também era dividido, sendo as atividades dirigidas por todos.

Considero que a divisão de tarefas na equipa é uma mais-valia para que não se crie impaciência nas crianças, principalmente nos momentos intersticiais. Podendo dar como exemplo, no momento que se antecede à hora da refeição, enquanto um dos adultos faz os cuidados corporais das crianças que usam fralda, outro adulto coloca os catres e outro vai para a casa-de-banho fazer os cuidados corporais dos que já não usam fralda. O adulto que terminar primeiro, vai para o refeitório tirar as sopas, para que quando as crianças cheguem não tenham tempo de espera.

Trabalho em equipa no contexto de jardim-de-infância

A educadora cooperante e a sua auxiliar de educação têm uma relação bastante coesa, conhecem muito bem o trabalho e o valor de cada uma, pois trabalham em conjunto há largos anos.

A gestão da rotina e do grupo é partilhada por ambas. Além disso, o planeamento do dia e das atividades a realizar também era dividido.

Segundo a minha observação, nesta sala havia apoio, cooperação e diálogo. Ambas trabalhavam na mesma direção e, claro, segundo os interesses e necessidades das crianças.

Havia, ainda, trabalho em equipa entre as três salas de jardim-de-infância, pois após o almoço as educadoras trabalhavam em conjunto com as crianças que já não dormiam a sesta, enquanto isso, as auxiliares da educação estavam nas salas a acompanhar a sesta das crianças que dormiam.

No que respeita às reuniões de equipa, todas as segundas-feiras a equipa de sala reunia no período da manhã. Nestas reuniões, avaliava-se a semana anterior e planifica-se a próxima – em equipa – com base nas observações e nos registos de cada elemento.

Mestrado em Educação Pré-Escolar 52 Também todas as sextas-feiras três educadoras da instituição reuniam para planificar e avaliar o trabalho com as crianças mais velhas, que tal como já referi eram as que já não tinham necessidade de dormir a sesta.

2- Intervenção

Intervenção em contexto de creche

Durante este estágio tive oportunidade de em conjunto com a equipa participar nas rotinas diárias e em todas as reuniões de equipa onde tive uma participação ativa.

A educadora cooperante estava a trabalhar o desenvolvimento da relação com a sua equipa, nomeadamente na relação pedagógica, devido à inserção de uma nova auxiliar na equipa e à reconstrução da relação interpessoal com a outra auxiliar de educação que acompanha a educadora desde o ano anterior, onde a relação carecia de harmonia. Sendo o trabalho em equipa a temática escolhida para o meu trabalho final, que emergiu por atitudes menos positivas, que observei por parte de uma das auxiliares da sala, uma das reuniões foi centrada nas minhas observações, pois ao relatá-las à educadora, em conjunto, decidimos construir um discurso de forma a não levantar quaisquer indícios de juízos de valor, nem fazer com que a auxiliar se sentisse injuriada.

No decorrer da reunião, a educadora dirigiu o discurso e no momento que considerou mais oportuno pediu-me que fizesse uma avaliação da relação com a equipa.

Perante esta solicitação da educadora referi, que não estava ali para apontar o que estava bem ou o que estava mal, que contava que a minha aprendizagem durante o meu estágio fosse com a equipa, num todo, e não só com a educadora. Referi que me sentia integrada, mas que com uma das auxiliares me sentia inútil, pois não me dava espaço para eu fazer nada e acabei por mencionar as minhas observações (notas de campo) sobre alguns momentos em que a sua prestação foi menos positiva.

A primeira reação da auxiliar não apresentou recetividade, acabando por concordar e dizer que não é propositado. Diz estar sempre preocupada em fazer tudo bem que não pensa nisso, mas disse que iria mudar.

Mestrado em Educação Pré-Escolar 53 A educadora terminou a reunião com uma frase que me ficou na memória “Trabalho em equipa é valorizar o que cada um tem de melhor e adaptar às situações”. Esta frase surgiu como resposta à divisão de tarefas, pois não estava a ser bem gerida. Assunto este que também foi abordado e negociado, emergindo a ideia consensual da criação de um mapa para que as tarefas se tornassem rotativas em todos os dias da semana.

Numa outra reunião de equipa, onde o ambiente que presidiu foi mais tranquilo, foi-nos apresentado pela educadora os procedimentos que iriam ser desenvolvidos para os preparativos de Natal e para a festa da Cáritas Diocesana de Setúbal. Em equipa definimos prioridades e partilhámos as tarefas.

Nesta mesma reunião, de modo a que as rotinas fossem partilhadas por toda a equipa, em conjunto decidimos criar um mapa para que existisse uma rotatividade no momento da rotina da higiene das crianças durante a manhã, colocação dos catres e rotina da higiene das crianças da parte da tarde. Em cada uma das tarefas existia um quadrado onde eram colocadas as fotografias dos elementos da equipa, sendo rotativo ao longo dos dias.

Um dos momentos que apreciei e vivi nesta sala, que faz parte do trabalho em equipa, foi o envolvimento dos adultos da sala no momento de brincadeiras livres. Estavam muito presentes, dedicados e centradas nas crianças. Também foi durante estes momentos que eu e toda a equipa retiramos pequenas notas para partilhar durante as reuniões de equipa de modo a registar o máximo de momentos das nossas crianças. A educadora considera, tanto no trabalho com a sua equipa como no trabalho com todos os elementos da instituição, deve de existir estabilidade, coesão de atitudes, dedicação, empenho, assiduidade, frontalidade e diálogo.

Com o intuito de enriquecer o trabalho em equipa, e proporcionar momentos de partilha, a instituição apresenta as seguintes estratégias:

Reuniões de equipa pedagógica (mensais), onde se planifica e se avalia o trabalho realizado (a partir das observações e registos);

Conversas informais, especialmente durante o nosso período de almoço, quando as crianças já dormem;

Mestrado em Educação Pré-Escolar 54 Reuniões de auxiliares de ação educativa com a Diretora da instituição e psicóloga da Cáritas (realizadas quinzenalmente);

Reuniões de equipa educativa com a Diretora da instituição (realizadas quinzenalmente).

Apenas foi possível assistir a uma reunião da equipa educativa e foi com a presença do engenheiro da auditoria interna, no âmbito da certificação de qualidade.

Retirei alguns apontamentos durante a reunião, mas não existiu muitas interações, o engenheiro é que falou o tempo todo e, não consegui retirar nada concreto de tudo o que disse. Falou muito rápido, deu exemplos de comportamentos e atitudes das crianças, que considero que seja importante o educador ter presente, como por exemplo, “a criança só aceita quando entende”. Contudo, por momentos senti que desvalorizava o trabalho das educadoras e que através da forma como guiava o seu discurso, tomava-as como inúteis. Concluindo, não considero que esta reunião tenha contribuído, tanto quanto expectava, para a minha construção de saberes.

As reuniões diárias que realizei com a educadora cooperante foram o chavão para o meu desenvolvimento profissional, a sua atenção e disponibilidade fizeram com que em cada dia de estágio existisse um momento dedicado para partilhar saberes, angustias, alegrias, conquistas…

Intervenção em contexto de jardim-de-infância

Durante o meu período de estágio no jardim-de-infância, senti-me como membro integrador da equipa de sala.

Existia uma coesão visível entre a educadora e a auxiliar de educação. O respeito, a postura, a atenção, o tom de voz… um conjunto de atitudes que estão presentes nas suas interações com as crianças, é fascinante!

Mestrado em Educação Pré-Escolar 55 No entanto, ao longo do meu estágio confrontei-me com o medo de não ser capaz de me fazer compreender pelas crianças, ou seja, por não ser tão expressiva como a educadora cooperante, não conseguir captar a atenção do grupo! Esta fragilidade também foi identificada pela educadora e enunciada no seu parecer, onde refere “[…] precisa de desbloquear o seu lado mais lúdico na relação com o grande grupo[…]”,mas após algumas reflexões em conjunto percebemos que todos somos diferentes em equipa conseguimos adaptar-nos uma à outra.

A oportunidade de ter estado envolvida nesta equipa, em que as aprendizagens foram muitas, senti que tinha nestes dois membros da equipa um grande apoio para o desenvolvimento do meu saber ser,saber fazer e saber estar.

As reuniões de equipa são essenciais para que seja possível partilhar, planificar e avaliar. Todas as segundas-feiras a equipa de sala reunia no período da manhã e, durante o meu período de estágio tive oportunidade de assistir/cooperar nas mesmas.

Sendo extremamente relevante a partilha na gestão da rotina, nesta equipa está presente o “pedir opinião”. A educadora antes de tomar uma decisão questiona sempre a auxiliar de educação, por exemplo, na gestão do tempo dos vários momentos da rotina diária. Considerando que o trabalho em equipa é extensível a todos os membros da instituição, torna-se pertinente referir que também existe uma grande cumplicidade no trabalho e na relação das três educadoras desta instituição.

As três educadoras no período da tarde trabalham em conjunto com as crianças que são “Finalistas”. Deste modo, de forma a estruturar o trabalho e de ter o contributo de todas as educadoras na planificação das propostas deste grupo, às sextas-feiras reúnem no período da tarde para em conjunto planificarem a semana que se segue e avaliarem a que se antecedeu, processo este semelhante à reunião da equipa da sala dos Peixinhos. Nas minhas observações/intervenções no período da tarde, em que eu e as minhas duas colegas estagiárias em conjunto com as três educadoras desenvolvemos atividades com o grupo dos “Finalistas”, foi notável que existia, nesta equipa de educadoras, muita cumplicidade e partilha das mesmas crenças, valores e atitudes.

Mestrado em Educação Pré-Escolar 56 Uma das últimas experiências que vivenciei do trabalho de equipa num todo - docentes e não docentes - em conjunto com as famílias, foi o passeio de final de ano. Apesar do nosso período de estágio já ter terminado, eu e as minhas colegas estagiárias fomos convidadas. Foi um dia muito bem passado, onde desfrutámos de mais um grande momento de convívio com as crianças, toda a equipa e as famílias.

3- Reflexões com as educadoras cooperantes

As reflexões com as educadoras cooperantes foram essenciais para o meu desenvolvimento profissional e para a construção dos meus trabalhos académicos ao longo do mestrado.

Na valência de creche todos os dias reunia com a educadora, partilhávamos saberes, via esclarecidas as minhas dúvidas e inseguranças, planificávamos o dia seguinte, avaliávamos o meu desempenho e delineávamos estratégias para melhorar as minhas fragilidades… todo um conjunto de partilha/aprendizagem que considero que contribuiu muito para o meu crescimento pessoal e profissional.

Na valência de jardim-de-infância, também reunia com a educadora cooperante mas com menos frequência do que na valência de creche, devido às rotinas da sala e da própria instituição serem diferentes. Reuníamos uma vez por semana para em conjunto analisarmos as minhas reflexões escritas.

Em suma:

Considero que a minha intervenção foi positiva, desde o início que nas duas valências tive facilidade em comunicar com a equipa, fui pragmática em relação às minhas observações para compreender as conceções educativas das educadoras cooperantes e consequentemente estabelecer uma ligação da teoria com a prática.

Participei em todos os momentos das rotinas diárias, também com o intuito de observar e apoiar os elementos das equipas e construir um conhecimento sobre o trabalho em equipa.

Concluindo, a minha intervenção educativa foi uma oportunidade muito enriquecedora para mim, a nível pessoal e profissional. Coloquei em prática os conhecimentos adquiridos, fiz muitas aprendizagens, ultrapassei receios e inseguranças. Durante toda a

Mestrado em Educação Pré-Escolar 57 prática, penso que tive uma atitude de empenhamento, disponibilidade e de abertura a novas aprendizagens e experiências.

4- Análise e interpretação de observações/intervenções: - Contexto da primeira infância

Relato 1 (Notas de campo):

No início do estágio em creche, vim para casa a pensar nas ações que observava por parte de uma auxiliar.

Como não tinha qualquer conhecimento de nenhum membro da equipa pedagógica, os primeiros dias de estágio estive a acompanhar uma das auxiliares na hora da refeição. Nesta instituição, as crianças da sala laranja da creche, fazem as refeições (almoço e lanche) no refeitório que é partilhado também com o jardim-de-infância. Para a creche, existem três mesas, onde as crianças escolhem os seus próprios lugares e os três elementos de equipa também se distribuem por cada uma delas. Consoante as crianças que vão terminando as refeições, o respetivo adulto que acompanha esse pequeno grupo, leva-o para a sala para fazer a higiene.

Com o passar dos dias, interroguei-me o porquê da mesa da auxiliar que eu estava a acompanhar ser sempre a primeira a terminar. Deste modo, decidi observar simultaneamente as outras duas mesas e tentar perceber o porquê, pois se as crianças que estavam naquela mesa não eram sempre as mesmas, porque é que eram sempre as primeiras a terminar?

Percebi que nas outras mesas não se passava o mesmo, os adultos só ajudavam quando alguma criança pedia, incentivavam as crianças que tivessem mais dispersas, valorizavam e apoiavam as que de alguma forma manifestavam a chamada de atenção ao adulto… entre outros momentos de troca de olhares e carinhos durante aquele momento tão importante. Eis que observei que a auxiliar que eu acompanhava, dava a comida à boca das crianças de forma apressada, independentemente de eles quererem ajuda ou não. Não era rude, nem gritava. Era tão subtil, que a educadora só começou a observar estas intervenções quando lhe expus esta situação.

Mestrado em Educação Pré-Escolar 58 Também eu como estagiária, queria fazer parte daquele momento tão importante, e disfrutar com todas as crianças, uma vez que “Mesmo para as crianças pequenas, as refeições são interlúdios sociais em torno da comida e do prazer da refeição.” (Hohmann e Post, 2011:220), sentia-me inútil, impotente, revoltada e triste. Todos estes sentimentos correspondiam às atitudes que a auxiliar tinha para comigo. Não me deixava fazer nada, se eventualmente eu me levantasse da minha cadeira, quando voltava ela estava sentada no meu lugar!

Demorei algum tempo a tomar a decisão de falar com a educadora sobre este assunto. Tinha medo de ser mal interpretada, foi necessário o professor Augusto Pinheiro, impulsionar-me para que esta situação não passasse impune, pois estava a provocar o meu desinteresse neste momento tão importante da rotina.

Decerto que foi a melhor escolha, pois a educadora percebeu o que eu sentia e sugeriu- me que passasse a agir, não desrespeitando a auxiliar, mas alertá-la para as suas ações.

Relato 2:

A educadora, de forma a ter tempo suficiente para apoiar cada criança na preparação dos presentes de Natal das crianças para os pais, iniciou logo no mês de Novembro. Como gosta que a sua equipa tenha uma participação ativa em todos os momentos da rotina, quando existem trabalhos individuais de cada criança, esta faz questão que todos os adultos acompanhem alternadamente este momento. Assim sendo, como foram praticamente todos realizados nos meus dias de estágio, tive oportunidade de acompanhar a educadora e uma das auxiliares.

Para podermos acompanhar as crianças, a educadora em conjunto com a equipa decidiu que as crianças iriam realizar os trabalhos em pequenos grupos e reforçou a importância deste trabalho no desenvolvimento da autonomia e da criatividade de cada criança, pois cada uma era livre de escolher as cores que queria utilizar, como queria utilizar… o papel do adulto, seria apenas de observar e registar a criança em ação e na eventualidade de alguma das crianças precisar, incentivá-la ou apoiá-la.

Ao estar a acompanhar a auxiliar – a mesma que acompanhei no momento de refeição – constatei que em momento algum as crianças tinham oportunidade de escolher, segurava nas mãos das crianças para pintarem num determinado sitio e nunca respeitou o tempo de terminar. Foi neste momento que decidi intervir e delicadamente disse:

Mestrado em Educação Pré-Escolar 59 “deixa-o pintar, as molduras não têm de ser pintadas na totalidade. Cada criança faz à sua maneira.” E ela respondia sempre “Ai não é por mal, mas faz-me confusão não pintarem onde é para pintar”.

- Contexto da segunda infância

De acordo com que já foi referido anteriormente, a equipa da valência de jardim-de-

No documento sao final Berta Tormenta (páginas 59-71)

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