CAPÍTULO VII – Conclusão
Anexo 1 Apresentação do Serviço
O Centro Hospitalar do Porto foi formado em 28 de Setembro de 2007 e abrange o Hospital de Santo António, o Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório, o Hospital Joaquim Urbano e o Centro Materno-Infantil do Norte.
O serviço de Urgência Geral Polivalente e trata-se de uma “Unidade orgânica de um
Hospital para tratamento de situações de emergência médica, cirúrgica, pediátrica ou obstétrica, a doentes vindos do exterior, a qualquer hora do dia ou da noite”(INE,
2012).
Localiza-se na unidade Hospital de Santo António, no 1º piso do Edifício Dr. Luís de Carvalho, desde Março de 1999 e está organizado em setores, permitindo assim uma resposta rápida às suas necessidades. No SU são atendidos utentes provenientes das freguesias ocidentais da cidade do Porto, Gondomar e utentes cujos Hospitais da Área de Residência são: CH Nordeste Transmontano, CH Trás-os-Montes e Alto Douro, Centro Hospitalar entre Douro e Vouga e CHVN Gaia/Espinho, dependendo das patologias em questão (Figura 4).
Análise do custo-efetividade da dotação de enfermeiros do serviço de urgência nos resultados da prestação de cuidados de saúde
Figura 4 –Área de Referenciação do SU do CHP.
ESTRUTURA FÍSICA
Quando os doentes dão entrada no SU é feita a sua admissão no gabinete de atendimento e apoio administrativo do serviço onde é feita a criação dos processos dos utentes que aguardam na sala de espera exterior e são chamados por ordem de chegada para se proceder à triagem de Prioridades nos gabinetes de triagem 1/triagem 2. Depois de serem triados os doentes são encaminhados pelos Assistentes Operacionais (AO) para o respetivo setor/especialidade.
Figura 5– Planta do Serviço de Urgência do CHP.
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ESTRUTURA ORGÂNICA E FUNCIONAL
Para responder às necessidades dos doentes que recorrem ao SU do CHP este serviço funciona vinte e quatro horas por dia, e a equipa de enfermagem organiza-se em três turnos:
Turno da Manhã (8h -14.30h)
Turno da Tarde (14h - 20.30h) Turno da Noite (20h – 8.30h)
A distribuição da equipa de enfermagem é feita pelos seis setores do serviço: Triagem, Área Médica, Inaloterapia, Área de Decisão Clínica Médica, Área Cirúrgica, Ortopedia.
Quadro 17– Distribuição da equipa de Enfermagem pelos setores do SU.
Setor do SU Especialidades Médicas Distribuição dos Enfermeiros
Coordenador de Enfermagem
Todas/Não aplicável 1 Enfermeiro
Triagem
Todas 1 Enfermeiro
2 Enfermeiros se o tempo de espera na triagem ultrapassar 20 minutos Área Médica Medicina Interna Cardiologia Gastroenterologia Neurologia Nefrologia Endocrinologia Hematologia
4 Enfermeiros no turno da Manhã
3 Enfermeiros nos turnos da Tarde e Noite
Inaloterapia Iguais à Área Médica
Clínica Geral
1 Enfermeiro Área de Decisão
Clínica Médica (ADC)
Iguais às da Área Médica 2 Enfermeiros
Área Cirúrgica Cirurgia Vascular Neurocirurgia Oftalmologia Otorrinolaringologia Cirurgia Geral/Trauma Cirurgia Maxilo-Facial Urologia Clínica Geral 2 Enfermeiros
1 Enfermeiro alocado à Clínica Geral/Sala de Emergência (quando a Sala de Emergência está aberta, os doentes de Clínica Geral ficam à responsabilidade dos Enfermeiros da Área Cirúrgica)
RECURSOS HUMANOS
Apresenta-se, seguidamente, o Organigrama do Serviço.
Figura 6 – Organigrama do Serviço de Urgência do CHP.
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Quadro 18– Composição das Equipas de profissionais do SU do CHP.
Composição das Equipas de profissionais do SU do CHP
Equipa Médica 8 equipas de Urgência
Equipa de Enfermagem
5 equipas
71 enfermeiros
13 elementos no turno da manhã
12 elementos nos turnos da tarde e noite
Equipa de Assistentes Operacionais
5 equipas
59 assistentes operacionais
14 elementos no turno da manhã
10 elementos nos turnos da tarde e noite
Brigada de Limpeza composta por 2 AO
Outros profissionais Administrativos Mensageiros Seguranças Agente da PSP Assistentes Sociais
Técnicos de Cardiopneumologia, Radiologia, Farmácia, Laboratório.
RECURSOS MATERIAIS
Hospital Logistics System (HLS)
No CHP o aprovisionamento de material segue uma metodologia de trabalho denominada de HLS para cumprir de uma forma efetiva as responsabilidades deste serviço. A reposição do material clínico em cada área de trabalho é da responsabilidade dos AO, que devem estar atentos ao esvaziamento das caixas, expostas nas estantes. Cada setor do serviço é dotado de um stock de material que é disposto em duas caixas, rotuladas com o código do material. Assim, o material da primeira caixa é gasto inicialmente e só depois se passa a utilizar o da segunda caixa.
Quando a primeira caixa de material acaba, o assistente operacional coloca-a num armário existente no serviço. Este material é reposto então duas vezes por dia por um elemento do serviço de aprovisionamento.
Sistema Informático do SU
O sistema informático do SU inclui ao Alert®, o Sistema integrado para a Gestão de Doentes(SONHO) e o SAM (Sistema de Apoio ao Médico).
Neste serviço o doente pode estar numa de duas situações:
Doentes de internamento, ou seja com “tabela”, que ficam internados no SU enquanto não existem vagas no internamento ou que, por exemplo, esperam pela cirurgia;
Doentes com BI em que, através do ALERT® podemos ter acesso ao motivo pelo qual foi admitido, episódios anteriores (desde Outubro de 2004), antecedentes pessoais, exames complementares de diagnóstico e medicação prescrita.
Triagem de Manchester
O SU do CHP foi pioneiro na utilização deste sistema de Triagem de prioridades. Sobre este programa, e de forma sistematizada importa saber que está agrupada em 5 prioridades que se organizam da seguinte forma:
Quadro 19– Níveis de prioridade da Triagem de Manchester.
Prioridade Nível de urgência Cor Objetivo temporal até observação médica
1 Emergente Vermelho 0 minutos
2 Muito Urgente Laranja 10 minutos
3 Urgente Amarelo 60 minutos
4 Pouco Urgente Verde 120 minutos
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