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3 APROPRIAÇÃO ESPACIAL DOS MORADORES E VISITANTES NA PRAIA DOS ANJOS E PRAIA GRANDE, ARRAIAL DO CABO

3.3 APROPRIAÇÃO ESPACIAL DOS VISITANTES NA PRAIA DOS ANJOS E PRAIA GRANDE

Se apoiando em Rodrigues (1997), quando a autora afirma que todo espaço turístico não pode ser definido por fronteiras delimitadas por que pelo menos um dos seus elementos básicos lhe é exterior (a demanda), essa seção pretende então, expor os dados obtidos através da pesquisa de campo sobre os visitantes das praias estudadas.

Nesse sentido, observou-se que a origem dos respondentes das duas praias foi em sua maioria da Cidade do Rio de Janeiro, com 34% no total das praias, em seguida aparece a Cidade de São Gonçalo, com 8%. Dos turistas provenientes de outros estados, Belo Horizonte se destacou com 6%. O percentual sobre o costume da ida à praia em geral, também foi parecido nas duas praias, em que 25% responderam sempre, 22% frequentemente e 50% algumas vezes.

O percentual das pessoas entrevistadas que respondeu que foi a primeira vez em que visitou Arraial do Cabo foi significante (23%) em comparação com as outras opções. Por outro lado, parte significativa dos respondentes afirmou ir à Arraial do Cabo entre uma a 3 vezes ao ano (28%). No entanto, ao analisar os respondentes da Praia dos Anjos é importante destacar o número de pessoas que responderam que vão à praia mais de 10 vezes ao ano (20%), já na Praia Grande essa opção ficou com 3,4%, como se pode observar na figura 4. Ao confrontar com a opção de segunda à quarta vez a Praia dos Anjos é vista com 6% e a Praia Grande com 21%.

Figura 4: Frequência de ir à Arraial do Cabo Fonte: Pesquisa própria, 2015.

Nesse sentido, evidencia-se a característica de Arraial do Cabo de receber muitos visitantes hospedados em cidades próximas que funcionam como centro de distribuição (BOULLÓN, 2002), como Cabo Frio, Búzios e São Pedro D´Aldeia, que segundo a pesquisa foi de 33% (28% na Praia dos Anjos e 38% na Praia Grande),

como mostra na tabela 1. Esse valor confirma um maior apelo turístico da Praia Grande, visto que muitas pessoas vão para essa praia para conhecer e ver o por do sol, 29 % e 18%, respectivamente. Enquanto a motivação proximidade com o local em que está hospedado, na Praia dos Anjos foi de 26% e na Praia Grande de 11%.

Tabela 1: Bairro ou cidade hospedado/visitante

Praia dos Anjos Praia Grande

Praia dos Anjos 31,4% 10,3%

Praia Grande 5,7% 31,0% Prainha 11,4% 3,4% Centro 11,4% 6,9% Macedônia/Canaã 14,3% 10,3% Outros bairros 2,9% 0,0% Outras cidades 28,5% 37,9%

Fonte: Pesquisa própria, 2015

Observa-se que os percentuais das pessoas hospedadas no mesmo bairro nas duas praias foram iguais, 31% dos turistas que estavam na Praia dos Anjos hospedam-se no bairro, assim como os visitantes na Praia Grande estavam hospedados no bairro que leva seu nome. Destaca-se a relevância do bairro Canãa na hospedagem dos turistas da Praia dos Anjos (14%), visto que esse bairro tem uma quantidade grande de residências de veraneio e seu limite físico é muito tênue com o bairro da Praia dos Anjos.

Cruzando-se o local de hospedagem dos turistas com a frequência de ida à Arraial do Cabo (figura 6 e tabela 1) , foi constatado que metade das pessoas que estão hospedadas no bairro do Canãa e Praia dos Anjos vão à Arraial do Cabo mais de uma vez por ano. Cruzando com a variável motivação, o principal motivo dos turistas a escolherem a Praia dos Anjos é a proximidade com o local onde está hospedado. Todas as pessoas que afirmaram que foram à essa praia pela proximidade estavam hospedadas no bairro Praia dos Anjos ou no Canãa. No entanto, esse público não é “fiel” da Praia dos Anjos, especificamente, visto que o resultado da pergunta que indaga com que frequência a pessoa vai à Praia dos Anjos, a opção algumas vezes se mostra com 56%, o que não caracteriza uma frequência relevante (figura 5).

Figura 5: Frequência de ir à praia onde a pesquisa foi realizada Fonte: Pesquisa própria, 2015.

Cabe aqui ressaltar, que não só pelo fato do bairro Praia dos Anjos e Canãa possuírem muitas casas de veraneio ele atrai esse público, mas porque essa região ainda possui muitas pousadas e hotéis, visto que o começo do desenvolvimento de Arraial do Cabo se deu nessa área e no Centro. Porém, acredita-se que esses turistas sejam veranistas, pois quando foi pedido que avaliasse as infraestruturas turísticas, a variável meio de hospedagem ficou com 78% de respostas NR/NS (Não respondeu/não sabe), ou seja, as pessoas não estavam hospedadas em hotéis e pousadas.

O modo com que os visitantes foram às praias, como está ilustrado na figura 6, ficou dividido entre carro e a pé, com 48% e 45%, respectivamente. Ao cruzar com os visitantes que não estavam hospedados em Arraial do Cabo, 76% deles foram à cidade de carro e 23% de ônibus. Dos turistas que estavam hospedados na cidade, 61% foi a pé à praia e 31% de carro. Ao dividir essa variável entre as praias, percebeu-se que 48% dos entrevistados foram à Praia Grande a pé e 48% de carro, já na Praia dos Anjos 43% foram a pé e 43% de carro. Os valores restantes correspondem a ônibus ou bicicleta, que no caso da Praia dos Anjos foi mais relevante que da Praia Grande: 6 % foram de bicicleta e 9 % de ônibus, já na Praia Grande ninguém foi de bicicleta e 3 % foram de ônibus. O fato da Praia dos Anjos estar localizada no Centro, e ser mais acessível para outros bairros pode explicar o

motivo que das pessoas irem menos de carro, mas o número de pessoas que foram à praia de carro ainda é alto, visto que Arraial do Cabo é uma cidade pequena e que muitas das vezes não suporta o fluxo de carros em alta temporada.

Figura 6 – Como foi à praia - visitante Fonte: Pesquisa própria, 2015

O tempo de permanência na Praia dos Anjos foi de 4 horas 7 minutos e Praia Grande de 5 horas e 12 minutos. Esse resultado pode ser explicado pelo fato da Praia Grande propiciar o por do sol e oferecer maior infraestrutura de apoio incentivando as pessoas a permanecerem mais tempo na praia. Assim como o período do dia em que se frequenta a praia. De acordo com a figura 7, na Praia dos Anjos 63% afirmaram que frequentam na parte da manhã e 74% que frequentam também a parte da tarde, porém o valor na Praia Grande na parte da tarde foi maior com cerca de 80%, e 52% na parte da manhã, o que pode ser explicado também pelo motivo anterior citado.

Figura 7 – Período de permência na praia Fonte: Pesquisa própria, 2015

Ao serem perguntados com quantas pessoas eles foram às praias, grande parte afirmou que foram com 4 a 6 pessoas (40%), seguido de com 2 ou 3 pessoas (33%), proporção que se manteve ao separar as duas praias (figura 8). Isso mostra a tendência de recreação e do deslocamento de grupos nas praias de Arraial do Cabo. O que se pode destacar também sobre a permanência dos banhistas na praia, é que os mesmos não vão a outros lugares da cidade, pois ao serem perguntados sobre a avaliação a outros atrativos ao redor da praia, 83% afirmaram que desconheciam haver outro atrativo. Na Praia Grande 93% das pessoas afirmaram que desconhecem atrativos turísticos próximos à praia. Na Praia dos Anjos se mostrou pouco menor, 74%, talvez pelo fato do Museu da Marinha se localizar bem ao lado da praia e a mesma também possuir o cais de onde saem os passeios de barco.

Figura 8: Com quantas pessoas foi à praia? Fonte: Pesquisa própria, 2015.

Uma reflexão que surgiu ao decorrer da pesquisa foi de que os entrevistados não reconheciam a praia como um atrativo turístico, ao serem perguntados sobre atrativos próximos à praia. Não sabe se foi pelo fato da pesquisadora ter perguntado somente sobre os atrativos próximos a praia sem incluir de uma forma menos subjetiva as praias em questão, a fim de analisar se o entrevistado teria essa relação com a praia – praia/atrativo turístico. Desse modo, acredita-se que na pesquisa com os turistas esse viés deixou a desejar.

Pela observação e abordagem dos entrevistados notou-se que os visitantes na Praia dos Anjos em sua maioria, permanecem na areia tomando banho de mar e expondo-se ao sol, outros optam por ficar na orla para se alimentar nas cadeiras de alguns quiosques abertos ou estavam de passagem, vindo do cais ou esperando algum ônibus de excursão. Já na Praia Grande o fluxo de turistas e de permanência na orla são maiores, assim como o número de pessoas na areia, muito porque a praia é mais extensa e larga. O motivo dessa movimentação diferenciada deve ser pelo fato da orla da Praia Grande ter mais quiosques e com mais espaço para os clientes. Os quiosques são separados, possibilitando os donos colocarem atrações musicais, por exemplo, o que atrai um púbico específico para praia/orla em si e para cada quiosque, pois as músicas são diferentes, além da maior capacidade dos quiosques. Na Praia dos Anjos os quiosques são bem menores, sem uma área

delimitando as estruturas para os clientes, alguns com cheiro de esgoto e muitos fechados. Porém, a Praia dos Anjos é a única praia que possui um centro de atendimento ao turista, que se localiza no começo da praia, mais próximo ao Centro, em frente a um dos pontos de ônibus, ao lado do Museu da Marinha. Esse local também é utilizado por pessoas que trabalham com barco, divulgando seus passeios.

Sobre as outras avaliações da infraestrutura turística das praias destaca-se a insatisfação sobre os estacionamentos das praias, 47% dos entrevistados falaram que eram ruins. Sobre o acesso à praia 61% avaliaram como bom esse quesito. Os bares e restaurantes foram avaliados como bons, no geral, com 56% dos entrevistados: Praia Grande (62%) Praia dos Anjos (51%). O percentual de avaliação de bom foi pouco maior na Praia Grande (52%) do que na Praia dos Anjos (48%) no quesito sinalização turística de Arraial do Cabo para chegada à praia.

Ainda que as avaliações tenham sido positivas em relação a estrutura das novas orlas e quiosques, muitos turistas reclamaram que a estrutura para as pessoas não é condizente com o tamanho da Praia Grande, não possuindo chuveiros e banheiro limpos; mas, reconheceram que a estrutura da Praia Grande é melhor a da Praia dos Anjos.

Na Praia dos Anjos, a manutenção realizada pela Prefeitura é precária. Os chuveiros foram construídos em cima das cisternas dos quiosques, o que leva água suja para dentro dos poços. Como falta água, frequentemente, os donos dos quiosques foram obrigados a fazer poços artesianos clandestinos para suprir a necessidade da água, o que afeta também o funcionamento dos banheiros. Não foi visto nenhum funcionário da Prefeitura fazendo a manutenção da orla da Praia dos Anjos, enquanto na Praia Grande foram vistos muitos funcionários da Prefeitura fazendo a manutenção e limpeza em alguns quiosques e funcionários na porta dos banheiros.

Continuando com os dados obtidos pela pesquisa de campo, a proporção total sobre o gênero dos visitantes presentes nas praias foi de 66% feminino e 34% masculino. A faixa etária predominante foi a de 35 a 50 anos, com 41%, seguida da faixa etária 51 a 65 anos. O nível de escolaridade predominante na Praia dos Anjos foi o superior, com 63% e na Praia Grande os níveis médio (52%) e superior (41%) tiveram destaque. Sobre a renda familiar mensal as faixas de renda em salário mínimo se configuraram bem dividas, com aproximadamente 30% as seguintes

faixas, cada: 2 a 5 salários mínimos, 5 a 10 salários mínimos e mais 10 salários mínimos, cada. Na variável, estado civil a predominância foi de pessoas solteiras (34%) e casadas (58%) no total das praias. Lembrando que o tamanho da amostra foi escolhida por conveniência e por esse motivo não cabe fazer generalizações e por isso as perguntas sobre o perfil socioeconômico não terão grande destaque.

A pergunta sobre quais praias o entrevistado mais frequentava atualmente, teve a intenção de descobrir se o respondente ia mais a praia em que estava no momento da pesquisa e, se não fosse essa, qual praia seria. Essa variável é pautada no conceito de processo de Santos (1985), a fim de entender como uma ou mais ações contínuas que se desenvolvem em direção a um resultado determinado, pautados no tempo provocando algum tipo de mudança para captar o dinamismo do espaço, ou seja, como se dá as opções de escolha pelos visitantes ao decorrer do tempo.

Descobriu-se, então, que as pessoas que estavam na Praia Grande em sua maioria sempre a frequentavam, pois 36% afirmaram que iam a essa praia como primeira opção, a proporção para as outras praias ficou menor e mais distribuída, assim como as segundas opções (tabela 3). Já na Praia dos Anjos 26% afirmaram que essa praia é sua primeira opção e como segunda opção ficou com 20% e as praias estavam com uma proporção parecida (tabela 2). Sendo assim, pode-se confirmar o que foi levantado anteriormente, que o público visitante na Praia dos Anjos não é tão “fiel’ quanto o da Praia Grande.

Tabela 2: Quais praias de Arraial do Cabo você mais frequenta atualmente, em ordem decrescente de frequência? PRAIA DOS ANJOS*

1 º opção 2º opção 3ª opção

Praia dos Anjos 26,2% 19,7% 3.3%

Prainha 14,8% 9,8% 11,5%

Praia Grande 9,8% 11,5% 11,5%

Fonte: Própria pesquisa, 2015

* Outras praias foram citadas nas respostas, porém se deu preferência de demonstrar as três principais.

Tabela 3: Quais praias de Arraial do Cabo você mais frequenta atualmente, em ordem decrescente de frequência? PRAIA GRANDE*

1 º opção 2º opção 3ª opção

Praia Grande 36,1% 3,3% 1,6%

Prainha 9,8% 6,6% 1.6%

Praia dos Anjos 1,6% 8,2% 4,9%

Fonte: Própria pesquisa, 2015

* Outras praias foram citadas nas respostas, porém se deu preferência de demonstrar as três principais.

Esse resultado pode ser cruzado com as principais motivações dos respondentes das duas praias. Fato de muitas pessoas irem à Praia Grande para conhecer e ver o por do sol/tirar fotos, 29 % e 18%, respectivamente, mostra seu maior apelo turístico. Enquanto a motivação proximidade com o local em que está hospedado, na Praia dos Anjos foi de 26% e na Praia Grande de 11%. A justificativa de que a praia se encontra próxima ao local hospedado tem menos peso no momento da tomada de decisão de qual praia escolher. Esse resultado confirma uma percepção da pesquisadora que foi obtida através da observação da movimentação nas orlas e nas areias: havia mais gente na orla de Praia Grande passeando na orla sem roupas de banho, do que na Praia dos Anjos. Ou seja, pessoas estavam só passeando na orla sem a intenção de mergulhar no mar, nesse caso foram à praia não só para aproveitar o sol e mar, motivações principais desse segmento, mas sim para conhecer e tirar fotos.

Corroborando para a análise anterior, a Praia Grande foi a praia mais citada quando a pergunta se referia a quais praias o entrevistado conhecia, com 89%, seguido da Praia dos Anjos, com 81%, do total das praias. As praias que vieram em sequência foram a Prainha e Praia do Forno, com 75% e 64% de citações, respectivamente. Ao separarmos o total das respostas pelas duas praias em questão, nota-se que 80% do público da Praia dos Anjos conhecia a Praia Grande. Já, 62% do público da Praia Grande afirmou que conhecia a Praia dos Anjos.

Voltando para a variável que apura a frequência das pessoas ao longo do tempo das pessoas nas praias, após a resposta da pergunta anterior foi visto se a primeira praia que o entrevistado respondeu como primeira opção era a mesma onde ele se encontrava ao responder a pesquisa ou não. Caso ele estivesse, foi perguntado se a pessoa sempre frequentou essa praia. Nesse sentido, 79% das pessoas que estavam na Praia Grande responderam que sim e na Praia dos Anjos

58%. No caso de não, foi perguntado qual praia a pessoa ia e o porquê de não ir mais. A maioria dos frequentadores da Praia dos Anjos respondeu que ia mais à Praia Grande, mas não frequenta mais, pois agora vai à praia com filhos e família, e escolhe agora a Praia dos Anjos. Já os respondentes da Praia Grande ficaram divididos sobre a motivação, mas em sua maioria afirmou que ia à Praia dos Anjos, por motivos diversos: praia era mais próxima de onde se hospedava ou ia mais à Praia dos Anjos porque os amigos se encontravam.

Caso a pessoa não indicasse que a praia onde estava sendo entrevistada era a primeira opção foi perguntado por que a pessoa frequenta mais a outra praia. As respostas de ambas as foram parecidas, com a Prainha se destacando pelo fato de ser próxima à entrada de Arraial do Cabo, por ser muito bonita e tranquila para ir com família.

Nas perguntas abertas sobre a percepção da praia, foi indagado se o entrevistado acreditava haver um público específico na praia em que estava e qual seria a diferença entre as pessoas que vão à outra praia, no caso Praia Grande ou Praia dos Anjos. Muitas pessoas de ambas as praias, cerca de 30%, acreditavam não haver um público específico nas praias. Alguns concordavam que a Praia dos Anjos tinha mais crianças e famílias (27%) e que as pessoas tinham renda menor (22%) que o público da Praia Grande. Ao confrontar sobre as motivações dos respondentes a motivação de estar com a família foi realmente relevante, 25% na Praia dos Anjos e 21% a Praia Grande, confirmando a percepção dos respondentes. Ao separar as duas praias, novamente, percebeu-se que os respondentes da Praia Grande afirmaram que o seu público teria maior poder aquisitivo (17%), porém somente 3% dos respondentes da Praia dos Anjos afirmaram essa característica. No entanto, ao confrontar com a renda dos visitantes das praias, 37% dos respondentes da Praia dos Anjos declararam ter renda maior que 10 salários mínimos, enquanto 34% estavam na faixa de dois a cinco salários mínimos, o que contradiz com as percepções.

Levou-se em consideração a percepção sobre o poder aquisitivo dos frequentadores, pois as diferenças de classes sociais interferem diretamente na forma de atuação de cada agente. Principalmente, na sua lógica de territorialização dentro do espaço dos destinos turísticos, levando assim diferentes formas de apropriação (FRATUCCI, 2008).

A próxima pergunta dessa parte foi realizada com o objetivo de saber se o respondente achava que a praia em questão mudou de alguma forma desde que começou a frequentar. A grande maioria afirmou que mudou, porém as opiniões sobre alguns aspectos ficaram dividias sobre como e se foi para melhor ou pior. No geral a urbanização das orlas e os quiosques foram ressaltados praticamente por todos, assim como críticas sobre os quiosques, pela falta de estrutura para banhistas, mas também elogios pela melhora da estrutura comparando como era antes. Na Praia dos Anjos muitos ressaltaram o fechamento do valão, melhora da água, diminuição das dunas e a instalação do posto de salva vidas. Na Praia Grande alguns falaram sobre a presença de mais turistas estrangeiros, crescimento da estrutura ao redor da praia, como a construção de prédios e sobre o crescimento do número de frequentadores na praia.

3.4 APROPRIAÇÃO ESPACIAL DOS MORADORES NA PRAIA GRANDE E PRAIA