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APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

No documento Rodovias das Colinas S.A. (páginas 48-58)

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Sociedade e autorizadas para emissão em 8 de março de 2016.

A Rodovias das Colinas S.A. está sediada no Brasil, na Rodovia Marechal Rondon, km 112, Marginal Oeste, Itu, SP. Constituída em 26 de fevereiro de 1999, iniciou efetivamente suas operações em 2 de março de 2000, de acordo com o Termo de Contrato de Concessão Rodoviária firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem - D.E.R., regulamentado pelo Decreto Estadual nº 41.773, de 12 de maio de 1997. A Sociedade tem como atividade a operação, as ampliações e a manutenção do Lote 13 - Malha Rodoviária Estadual de ligação, entre as cidades de Rio Claro, Piracicaba, Tietê, Jundiaí, Itu e Campinas, que totalizam 307 km de extensão.

Em 25 de abril de 2013 a Sociedade obteve registro como “sociedade aberta” junto à CVM. AB Concessões S.A.

A Rodovias das Colinas S.A. é uma controlada (100%) da AB Concessões S.A., uma holding que nasceu da união dos ativos no Brasil do grupo italiano Atlantia, um dos maiores em concessões rodoviárias do mundo, e do grupo brasileiro Bertin, em 15 de março de 2012.

A AB Concessões tem por objeto social a participação no capital de outras sociedades como acionista ou quotista, cujo objeto social seja a exploração de rodovias por meio de concessões públicas, ou por meio de outras modalidades de investimento, como a subscrição ou aquisição de debêntures, bônus de subscrição ou outros valores mobiliários emitidos por sociedades direta ou indiretamente atuantes no setor de concessões rodoviárias.

Atualmente a AB Concessões é responsável pelas concessionárias paulistas Triângulo do Sol (100%), Rodovias das Colinas (100%) e Rodovias do Tietê (50%) e, no Estado de Minas Gerais, pela Nascentes das Gerais (100%), sendo responsável pela administração de mais de 1.500 km de rodovia.

ao ano de 2014, alcançando R$501,2 milhões.

A receita líquida1 no ano de 2015 foi de R$460,9 milhões (+1,8%).

O tráfego da Companhia em 2015 foi de 60,3 milhões de eixos equivalentes2, volume -2,8%

abaixo do tráfego registrado no ano de 2014 (62,1 milhões de eixos equivalentes). O EBITDA ajustado3 em 2015 foi de R$374,8 milhões (-2,6%).

Como parte do processo de simplificação da estrutura societária, em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 31 de julho de 2015, foi aprovada a cisão total da controladora Atlantia Bertin Concessões S.A. e a incorporação das parcelas cindidas pela Companhia e demais empresas do Grupo AB Concessões.

1Exclui as Receitas de Construção

2Eixo equivalente é uma unidade básica de referência em estatísticas de cobrança de pedágio no mercado brasileiro. Veículos leves, tais como carros de passeio, correspondem a uma unidade de eixo equivalente. Veículos pesados, como caminhões e ônibus são convertidos em eixos equivalentes de acordo com o número de eixos do veículo, conforme estabelecido nos termos de cada contrato de concessão. 3O EBITDA Ajustado é calculado a partir do EBITDA, excluindo provisão para manutenção de rodovias. A Administração da Companhia entende que o EBITDA Ajustado é um indicador mais adequado para análise do desempenho econômico operacional da Companhia, já que exclui as alterações contábeis sem efeito caixa que podem afetar pontualmente os resultados. A Margem EBITDA ajustada é a divisão entre o EBITDA ajustado e a Receita Líquida (excluindo a receita de construção).

em 2015. A redução em eixos equivalentes foi de -2,8%.

O cenário de recessão econômica e de incertezas na esfera política do país exerce impacto direto sobre os diversos setores da economia, com consequentes reflexos no volume de tráfego, principalmente de veículos pesados, cujo desempenho está diretamente ligado ao nível de atividade econômica.

Já o volume de tráfego dos veículos leves se mostra resiliente e apresentou leve redução entre 2014 e 2015.

O tráfego da Companhia tem sua maior concentração nas rodovias SP 280 (Castello Branco) e SP 075 (Santos Dumont), as quais representam aproximadamente 63% do volume de tráfego total, em eixos equivalentes.

O corredor da Rodovia SP 280 é uma importante via de ligação entre a região que engloba o Centro e Oeste do Estado de São Paulo e o Estado do Mato Grosso do Sul, grandes produtoras de commodities do agronegócio, e a região metropolitana da cidade de São Paulo e o Porto de Santos, sendo cerca de 64% do seu tráfego representado por eixos pesados.

Na Rodovia SP 075, o tráfego é representado, em grande parte, pelo deslocamento regional entre as cidades no entorno de Campinas e Sorocaba, bem como pelo tráfego para o Aeroporto de Viracopos, sendo que os eixos leves representam 62% do seu tráfego total.

A tarifa média4 por eixo equivalente da Companhia apresentou crescimento de 4,6% em relação

ao ano de 2014, em linha com o reajuste aplicado às tarifas em julho de 2015.

Receita Líquida

A receita líquida (excluindo receita de construção) da Companhia passou de R$ 452.697 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, para R$ 460.886 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015. Esta variação resultou principalmente da combinação de dois fatores: i) reajuste do valor da Base Tarifária Quilométrica para os lotes integrantes da 1ª fase do Programa Estadual de Concessão de Rodovias, com percentual de 4,11%, baseado na evolução do IGP-M entre junho/2014 e maio/2015, para vigorar a partir de 01 de julho de 2015; ii) em 2015, o tráfego em eixos equivalente foi de 60,3 milhões de eixos equivalentes, volume 2,8% abaixo do tráfego registrado no ano de 2014 (62,1 milhões de eixos equivalentes). O cenário de recessão econômica e de incertezas na esfera política exercem impacto direto sobre os diversos setores da economia, com consequentes reflexos no volume de tráfego, principalmente de veículos pesados, cujo desempenho está diretamente ligado ao nível de atividade econômica.

A tabela abaixo apresenta a composição da receita líquida (em milhares de reais) e sua variação:

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 508.391 100,0% 492.558 100% 15.833 3,2%

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (203.805) -40,1% (188.990) -38% (14.815) 7,8%

LUCRO BRUTO 304.586 59,9% 303.568 62% 1.018 0,3%

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS

Gerais e administrativas (33.775) -6,6% (24.166) -5% (9.609) 39,8%

Outras receitas operacionais, líquidas 362 0,1% 882 0% (520) -58,9% LUCRO OPERACIONAL ANTES DO

RESULTADO FINANCEIRO 271.173 53,3% 280.284 57% (9.111) -3,3% RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 189.165 37,2% 147.703 30% 41.462 28,1% Despesas financeiras (198.612) -39,1% (163.269) -33% (35.343) 21,6% (9.447) -1,9% (15.566) -3% 6.119 -39,3% LUCRO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE

RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 261.726 51,5% 264.718 54% (2.992) -1,1%

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CORRENTE (110.175) -21,7% (107.100) -22% (3.075) 2,9% IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DIFERIDO 21.198 4,2% 16.569 3% 4.629 27,9%

LUCRO DO EXERCÍCIO 172.749 34,0% 174.187 35% (1.438) -0,8%

2015 AV% 2014 AV% Var R$ Var %

Receita com arrecadação de pedágio 501.242 108,8% 493.201 109% 8.041 1,6%

Outras receitas 5.218 1,1% 4.521 1% 697 15,4%

Receita de serviços de construção 47.505 10,3% 39.861 9% 7.644 19,2% Impostos sobre a receita (44.021) 9,6% (43.253) 10% (768) 1,8% Outras deduções (1.553) 0,3% (1.772) 0% 219 -12,4%

Receita Líquida 508.391 110,3% 492.558 100% 15.833 3,2%

dezembro de 2014 para R$ 203.805 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015. As Despesas gerais e administrativas passaram de R$ 24.166 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 para R$ 33.775 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015.

O quadro abaixo detalha as principais variações dos custos e despesas operacionais

Em relação às despesas inerentes à operação, as principais variações foram:  Funcionários

 Reajuste salarial negociado junto ao sindicato da categoria em 7,5%  Ajustes nos valores dos benefícios oferecidos aos funcionários  Materiais e Equipamentos

 A empresa adotou a estratégia de internalização das atividades relacionadas à conserva de rotina da rodovia. Como consequência, houve aumento nos gastos com materiais e equipamentos

2015 AV% 2014 AV% Var R$ Var %

Serviços de terceiros - conserva, manutenção e operação das rodovias (64.680) 27,3% (64.352) 30,3% (328) 0,5%

Amortização de intangível (38.997) 16,4% (40.078) 18,9% 1.081 -2,7%

Custos com a exploração da concessão (custo variável outorga) (8.745) 3,7% (8.461) 4,0% (284) 3,4%

Gastos com prestadores de serviços (28.801) 12,1% (27.729) 13,1% (1.072) 3,9%

Gastos com funcionários (22.076) 9,3% (19.680) 9,3% (2.396) 12,2%

Gastos com materiais e equipamentos (9.498) 4,0% (8.292) 3,9% (1.206) 14,5%

Custos com construção (47.505) 20,0% (39.861) 18,8% (7.644) 19,2%

Provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas (8.531) 3,6% 497 -0,2% (9.028) 1816,5%

Outras despesas (8.747) 3,7% (5.200) 2,4% (3.547) 68,2%

Outras receitas 362 -0,2% 882 -0,4% (520) -59,0%

(237.218) 100,0% (212.274) 100,0% (24.944) 11,8%

Classificadas como:

Custo dos serviços prestados (203.805) 85,9% (188.990) 89% (14.815) 7,8%

Gerais e administrativas (33.775) 14,2% (24.166) 11% (9.609) 39,8%

Outras receitas operacionais, líquidas 362 -0,2% 882 0% (520) -59,0%

Total (237.218) 100,0% (212.274) 100,0% (24.944) 11,8%

Custos inerentes à operação 2015 AV% 2014 AV% Var R$ Var %

Funcionários -22.076 9% -19.680 9% - 2.396 12,2%

Materiais e equipamentos -9.498 4% -8.292 4% - 1.206 14,5%

Ônus variável da concessão -8.745 4% -8.461 4% - 284 3,4%

Prestadores de serviços -28.801 12% -27.729 13% - 1.072 3,9%

Provisão de riscos -8.531 4% 497 0% - 9.028 1816,5%

Outras despesas -8.747 4% -5.200 2% - 3.547 68,2%

Outras receitas operacionais 362 0% 882 0% - 520 -59,0%

Sub total -86.036 36% -67.983 32% - 18.053 26,6%

Depreciação e amortização -38.997 16% -40.078 19% 1.081 -2,7%

Sub total -125.033 53% -108.061 51% - 16.972 15,7%

Despesas relacionadas a ampliações e manutenção 2015 AV% 2014 AV% Var R$ Var %

Conserva especial -47.498 20% -22.764 11% - 24.734 108,7%

Constituição da provisão para manutenção -64.680 27% -64.352 30% - 328 0,5%

Utilização da provisão para manutenção 47.498 -20% 22.764 -11% 24.734 108,7%

Despesas com construção -47.505 20% -39.861 19% - 7.644 19,2%

Sub total -112.185 47% -104.213 49% - 7.972 7,6%

no ano de 2015

 Locação de nova sede da AB Colinas

 Divulgação e promoção da nova marca AB Colinas  Provisão de Riscos

 As demandas e processos judiciais/administrativos são acompanhados pelos assessores jurídicos da Companhia que, em função de seu andamento, revisaram suas estimativas de provisão para riscos (processos relativos ao período entre 2009 e 2014)

 Conserva Especial

 O planejamento da Companhia previa intervenção de pavimento em volume maior em

2015 quando comparado a 2014. Além disso, a Concessionária optou por antecipar trabalhos previstos para o início de 2016 em função da expectativa de maior pluviometria nesse período, o que de fato ocorreu

O EBITDA ajustado5 da Companhia – métrica utilizada para melhor refletir a geração de caixa,

pois exclui efeitos contábeis da provisão para manutenção futura – foi de R$374,8 milhões em 2015 (-2,6%).

Resultado Financeiro Líquido

O resultado financeiro da Companhia foi de -R$ 9,4 milhões em 2015 (-39,3%). Os principais fatores que impactaram a variação entre os períodos foram os juros com partes relacionadas (debêntures credoras) e resultado com operações de instrumentos financeiros.

Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social

O Lucro Antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social passou de R$ 264.718 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 para R$ 261.726 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 (-1,1%).

Imposto de Renda e Contribuição Social

A Contribuição Social e o Imposto de Renda passaram de R$ 90.531 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 para R$ 88.977 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 (-1,7%).

Lucro Líquido do Exercício

O Lucro Líquido do Exercício passou de R$ 174.187 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 para R$ 172.749 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 (- 0,8%)

Dividendos

Em Assembleia Geral Ordinária realizada em 5 de março de 2014, foi aprovada a distribuição de dividendos de R$91.575 referente ao saldo remanescente da rubrica de Lucros retidos apurados em 2013.

5O EBITDA Ajustado é calculado a partir do EBITDA, excluindo provisão para manutenção de rodovias. A Administração da Companhia entende que o EBITDA Ajustado é um indicador mais adequado para análise do desempenho econômico operacional da Companhia, já que exclui as alterações contábeis sem efeito caixa que podem afetar pontualmente os resultados. A Margem EBITDA ajustada é a divisão entre o EBITDA ajustado e a Receita Líquida (excluindo a receita de construção).

Receita Líquida 508.391 492.558 3,20%

Receita de Construção -47.505 -39.861 19,20%

Receita Líquida (ex Receita de Construção) 460.886 452.697 1,80%

Custos Operacionais -237.218 -212.274 11,80%

Custos de Construção 47.505 39.861 19,20%

Custos Operacionais (ex Custos de Construção) -189.713 -172.413 10,00% EBIT 271.173 280.284 -3,30%

Depreciação e Amortização 38.997 40.078 -2,70%

EBITDA 310.170 320.362 -3,20%

Provisão Manutenção 64.680 64.352 0,50%

EBITDA Ajustado 374.850 384.714 -2,60% Margem EBITDA Ajustada 81,30% 85,00% -4,30%

Investimentos

Em 2015, foram investidos aproximadamente 97 milhões de reais nas rodovias da concessionária.

Os principais investimentos foram as duplicações em andamento nas rodovias SP-300 (Porto Feliz/Tietê), SP-127 (Tietê/Cerquilho/Saltinho), implantação de faixas adicionais na Rodovia SP- 280, implantação de obras de arte (retorno, viadutos, passarelas) e recapeamento e recuperação de obras de arte, de acordo com o plano de conservação das rodovias sob gestão. Dívida

A Companhia possui saldo de dívida líquida no valor de R$ 875,8 milhões de reais em 31 de dezembro de 2015, como resultado da 4ª emissão de debêntures públicas cujos recursos foram destinados para amortização de dívidas de curto e longo prazos, bem como para a aquisição de debêntures Rodovias das Colinas S.A. simples emitidas por sua controladora com o objetivo de financiar investimentos em outra concessionária de rodovias.

No ano de 2015, a Companhia realizou o pagamento no valor total de R$ 154,2 milhões de reais referente a remuneração (juros) e amortização parcial da 1ª e 2ª série de sua 4ª emissão de debêntures.

Em 15 de abril de 2013 a Sociedade efetuou a 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações e em três séries:

Primeira Série:

- Remuneração: 100% da variação da taxa DI acrescidas de juros de 1,50% ao ano. - Juros pagos semestralmente em abril e outubro com início em 15 de outubro de 2013. - Valor nominal amortizado em 13 parcelas semestrais com início em 15 de outubro de 2014. Segunda Série:

- Remuneração: 5,00% ao ano sobre o valor nominal atualizado pelo IPCA. - Juros pagos anualmente em outubro com início em 15 de outubro de 2014. - Valor nominal amortizado em 7 parcelas anuais com início em 15 de abril de 2014. Terceira Série:

- Remuneração: 5,70% ao ano sobre o valor nominal atualizado pelo IPCA. - Juros pagos anualmente em abril com início em 15 de abril de 2014.

- Valor nominal amortizado em 3 parcelas anuais com início em 15 de abril de 2021.

O saldo de dívida bruta totalizava R$924.386 mil em 31 de dezembro de 2015, sendo R$506.777 mil referentes à 1ª série, R$123.628 mil à 2ª série e R$293.981 à 3ª série.

1ª Série: 15 de abril:

- Amortização de Principal = R$17.140 mil - Pagamento de Juros = R$34.645 mil 15 de outubro:

- Amortização de Principal = R$28.566 mil - Pagamento de Juros = R$38.528 mil 2ª Série:

15 de outubro:

- Amortização de Principal = R$11.774 mil - Pagamento de Juros = R$6.889 mil 3ª Série:

15 de abril:

- Pagamento de Juros = R$16.683 mil

No documento Rodovias das Colinas S.A. (páginas 48-58)

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