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5 MODELO NUMÉRICO

5.2 Malha de Elementos Finitos

6.2.5 Argamassamento Total x Parcial

Outro estudo feito após a validação dos modelos numéricos de prismas por esta pesquisa, diz respeito à influência do tipo de argamassamento na resistência à compressão dessas estruturas.

As mesmas considerações feitas para a obtenção dos resultados de resistência à compressão para os prismas não-grauteados com argamassamento total foram repetidas para os modelos numéricos com argamassamento parcial. Para esta característica particular são analisados apenas os prismas B3A1 e B2A2, variando-se a idade e as espessuras das juntas de argamassa.

O valor de carga máxima de ruptura, obtido a partir dos gráficos carga- deslocamento, é dividido pela área bruta de cada prisma e também pela área líquida do bloco de concreto para cada exemplo. Para os 18 modelos gerados com argamassamento parcial analisados foram obtidos os gráficos carga-deslocamento e tensão-deformação. Estes são comparados com os resultados obtidos para os modelos com argamassamento total.

Para se filtrar a representação dos resultados para estas análises, optou-se por apresentar as comparações gráficas apenas para os modelos gerados com juntas com espessura

de 10,0mm, já que para os demais o comportamento foi bem semelhante e dentro das várias conclusões que foram discutidas em tópicos anteriores.

Os gráficos das FIGURAS 65 e 66, mostram o comportamento das curvas carga- deslocamento para os modelos numéricos comparados nesta análise com a variação da idade dos componentes.

Figura 65 - Curvas carga-deslocamento para argamassamento total e parcial - prisma B3A1

Fonte: AUTOR

Figura 66 - Curvas carga-deslocamento para argamassamento total e parcial - prisma B2A2

Fonte: AUTOR

Observando as curvas acima, é notável a perda de resistência de prismas quando o procedimento de argamassamento passa de Total para Parcial. Com relação a idade, os prismas com argamassamento parcial se comportam da maneira esperada. As TABELAS 33 e 34 mostram, respectivamente, todos os resultados de resistência à compressão na área bruta

encontrados para as leituras numéricas feitas para esse tópico e as consequentes taxas de redução na resistência com as mudanças do tipo de argamassamento Total para Parcial.

Tabela 33 - Comparativos de resistência à compressão para primas com argamassamento total e parcial – área bruta

Fonte: AUTOR

Tabela 34 - Taxa de redução na resistência à compressão com o tipo de argamassamento total para parcial (%), de acordo com a TABELA 35 - Área bruta

Fonte: AUTOR

Pasquali (2007) encontrou taxas de redução na resistência à compressão com a mudança do tipo de argamassamento que variaram entre 19,0 a 30,0%. Já Izquierdo (2011) identificou para a mesma análise, taxas de redução que variaram entre 10,0 a 18,0%. Ambos observando essa propriedade com relação a área bruta do prisma.

Pela NBR 8949:1985 pode-se considerar uma redução de 20,0% quando se substitui o argamassamento total para parcial (TABELA 19). Observa-se que as taxas de redução encontradas numericamente variam 4% e 33%. Pode-se concluir, portanto, que os resultados são bastante aceitáveis e admissíveis.

Ainda com relação à influência do tipo de argamassamento na resistência à compressão de prismas, Conville e Woldetinsae (1990) concluíram que a resistência é aproximadamente 8,0% menor para prismas com argamassamento parcial, este valor sendo calculado na área líquida do prisma.

Assim, as TABELAS 35 e 36 mostram, respectivamente, os resultados de resistência à compressão na área líquida efetiva de assentamento para as leituras numéricas

Prisma Idade 7.0 10.0 13.0 7.0 10.0 13.0 7 6,73 6,36 5,89 4,98 5,63 4,98 14 6,81 6,52 6,05 6,02 5,76 5,07 28 7,01 6,87 6,67 6,71 5,80 5,42 7 6,18 5,71 5,25 4,15 4,00 3,92 14 6,15 5,73 5,36 4,17 4,12 3,91 28 6,23 5,74 5,40 4,18 4,16 3,97

Resistência à Compressão (MPa) - Área Bruta Junta de Argamasa (mm) Argamassamento Parcial Junta de Argamasa (mm) Argamassamento Total B2A2 B3A1 7.0 10.0 13.0 7 26% 11% 15% 14 12% 12% 16% 28 4% 16% 19% 7 33% 30% 25% 14 32% 28% 27% 28 33% 28% 26% B2A2 B3A1 Junta de Argamasa (mm) Prismas Idade

feitas e as consequentes taxas de redução na resistência com as mudanças do tipo de argamassamento Total para Parcial.

Observa-se que as taxas de redução também variam entre 4% e 33%, para esse caso. Pode-se notar que as amostras de prisma B3A1 apresentam os resultados com maior perda de resistência à compressão quando se mudou o sistema de argamassamento, variando entre 25% a 33% de perda de resistência à compressão. Isto está relacionado principalmente ao fato de que a argamassa do tipo A1 tem uma resistência à compressão mais baixa, e no argamassamento parcial a mesma acaba sendo mais solicitada a este esforço. Além disso, há uma redução de sua área de influência para resistir ao esforço solicitante, o que leva a estrutura a uma perda significativa dessa propriedade.

Tabela 35 - Comparativos de resistência à compressão para prismas com argamassamento total e parcial – Área líquida efetiva de assentamento

Fonte: AUTOR

Tabela 36 - Taxa de variação na resistência à compressão com o tipo de argamassamento total para parcial (%) de acordo com a TABELA 35 – Área líquida efetiva de assentamento

Fonte: AUTOR

As amostras de prisma B2A2, levam a resultados com menor perda de resistência à compressão quando se mudou o sistema de argamassamento, variando entre 4% a 26%. Isto está relacionado ao fato de que a argamassa tipo A2 possui uma resistência à compressão que é 2 vezes maior do que a resistência à compressão da argamassa tipo A1, com isso a mesma acaba reagindo de forma bem melhor mesmo com a perda de sua área de influência de reação à esses esforços. Prisma Idade 7.0 10.0 13.0 7.0 10.0 13.0 7 11,421 10,798 9,994 8,45 9,55 8,44 14 11,564 11,057 10,274 10,22 9,77 8,60 28 11,903 11,651 11,314 11,38 9,85 9,20 7 10,494 9,695 8,900 7,05 6,79 6,64 14 10,442 9,728 9,096 7,08 6,98 6,63 28 10,578 9,737 9,161 7,10 7,06 6,74 B2A2 B3A1

Resistência à Compressão (MPa) - Área Líquida do Bloco

Argamassamento Total Argamassamento Parcial

Junta de Argamasa (mm) Junta de Argamasa (mm)

7.0 10.0 13.0 7 26% 12% 16% 14 12% 12% 16% 28 4% 15% 19% 7 33% 30% 25% 14 32% 28% 27% 28 33% 27% 26%

Prismas Idade Junta de Argamasa (mm) B2A2

Pode-se concluir que com relação à resistência à compressão de prismas com argamassamento total e parcial, os modelos numéricos geraram valores bastante aceitáveis e dentro das várias estimativas já observadas em outras pesquisas, tanto se considerando os resultados para a área bruta como para a área líquida.

A partir dos gráficos carga-deslocamento obtidos para a comparação dos resultados com relação à influência do tipo de argamassamento e vistos anteriormente, são obtidas as curvas tensão-deformação (FIGURAS 67 e 68).

Figura 67 - Curvas tensão-deformação para argamassamento total e parcial - prisma B3A1

Fonte: AUTOR

Figura 68 - Curvas tensão-deformação para argamassamento total e parcial - prisma B2A2

Fonte: AUTOR

Para se obter os valores para os módulos de elasticidade a partir dos gráficos, foram feitas as mesmas considerações vistas anteriormente nas análises de prismas grauteados e não- grateuados com argamassamento total. Estes valores são mostrados na TABELA 37, podendo-

se observar que as amostras com argamassamento parcial apresentam valores da resistência à compressão significativamente menores e, consequentemente, essas estruturas tem menor Módulo de Elasticidade e são mais deformáveis quando comparadas com as amostras com argamassamento total. A TABELA 38 mostra as taxas de redução obtidas para o módulo de elasticidade numérico, cujos valores estão em torno de 20,0%.

Tabela 37 - Comparativos dos módulos de elasticidade para prismas com argamassamento total e parcial – Área bruta

Fonte: AUTOR

Tabela 38 - Taxa de variação no módulo de elasticidade com o tipo de argamassamento total para parcial (%) de acordo com a TABELA 37 – Área bruta

Fonte: AUTOR

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