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3.  Estado da arte 21 

5.2.  Arquétipo diagnóstico VIH/SIDA 95 

O arquétipo do diagnóstico VIH/SIDA assenta nas realidades hospitalares/clínicas de Portugal e Angola e foi integrado no módulo VCSaveCare da framework VCIntegrator.

A construção do arquétipo exigiu uma primeira atividade de encontrar os arquétipos já existentes no repositório Clinical Knowledge Manager (CKM) do OpenEHR (CKM, 2012), com vista à sua utilização para adaptação e criação do arquétipo Diagnóstico VIH/SIDA. Assim, foi reutilizado o arquétipo “Diagnosis” (existente no CKM com a referência “openEHR-EHR- EVALUATION.problem-diagnosis.v1”) como ponto de partida para o desenho do arquétipo que cumprisse o nosso propósito. Nesta fase, foram utilizadas as ferramentas open source de edição de arquétipos e construção de templates: Ocean Archetype Editor (Informatics, Latest Beta Release 2011a) e Ocean Template Designer (Informatics, Latest Beta Release 2011b). Com o auxílio destas ferramentas, os arquétipos foram traduzidos e especializados para refletir a realidade portuguesa e angolana.

Na aplicação Archetype Designer® foram desenhados os arquétipos e seguidamente importados para a aplicação Template Designer®. Aqui foi construído o template com os arquétipos desenhados anteriormente acrescido de outras informações clínicas.

A Figura 5.19 apresenta a estrutura do arquétipo “Diagnóstico VIH/SIDA” e a Figura 5.20 o mapa mental do mesmo.

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Figura 5.19: Estrutura do arquétipo “Diagnóstico VIH/SIDA”.

As principais diferenças para o arquétipo “Diagnosis” existente residem no facto de à Etiologia estarem associadas várias variáveis, como: TipoHIV, modo de transmissão, data de transmissão, características do parceiro e informação mais detalhada no caso de gravidez. Por sua vez, a variável TipoHIV é um cluster para o qual foi definido o arquétipo TipoHIV. Este é constituído por informações detalhadas dos testes de deteção da infeção, a informação do serotipo, do contágio (vertical, sexual ou sanguíneo), o país de residência no provável contágio, o país de residência dos primeiros sintomas, a idade em que foi diagnosticado, o estado do diagnóstico (confirmado, suspeito, não confirmado) e a descrição clínica. A data provável da infeção, a data da última análise negativa, a data da primeira análise positiva, a data da primeira observação, a data de portador assintomático, o ano provável da infeção e a data da carga viral

indetetável foram ainda acrescentadas à conceção do arquétipo Diagnóstico VIH/SIDA. A variável da localização, por nós designada como localização anatómica é do tipo Slot-Cluster e herda informações do arquétipo “openEHR- EHR-CLUSTER.anatomical_location.v1” disponível no repositório CKM. De igual forma, as variáveis referentes a países são do tipo Slot-Cluster e herdam informação do arquétipo “openEHR-EHR-CLUSTER.address.v1”.

Figura 5.20: Mapa Mental do arquétipo “Diagnóstico VIH/SIDA”.

O arquétipo de avaliação foi desenhado especificamente para a recolha dos dados relacionados com o diagnóstico de VIH/SIDA. É baseado em vários sistemas de recolha de dados já implementados em Portugal e pretende-se que venha a servir a recolha de dados a nível mundial.

O arquétipo desenvolvido será ainda submetido ao CKM para a avaliação por especialistas, onde, após validação, tornará o arquétipo unanimemente aceite por profissionais de todo o mundo.

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A Tabela 5.3 descreve de forma breve o propósito do arquétipo “Diagnóstico VIH/SIDA”.

Tabela 5.3: Propósito do Arquétipo Diagnóstico VIH/SIDA.

Arquétipo: Diagnóstico VIH/SIDA

Nome Diagnóstico VIH/SIDA

Descrição Um diagnóstico definido por um médico, que recolhe

dados relacionados com a infeção VIH/SIDA. Inclui o estadio da doença.

Finalidade Registo de diagnósticos médicos da infeção VIH/SIDA

com o estadio da infeção. A escolha do diagnóstico requer codificação com recurso a dicionários e codificações internacionais, idealmente ICD-10.

Uso Utilizado para registar qualquer diagnóstico de VIH/SIDA, atual ou passado.

Uma vez definido o arquétipo foi criado um template, por sua vez exportado para um ficheiro em formato CSV, e posteriormente foi usado o compilador de templates OpenEHR do VCIntegrator (Figura 5.21) para transformar o template num formulário web.

A validação do template foi feita a partir de um conjunto de testes que pretendiam garantir que:

 Os campos preenchidos no CSV fossem apresentados e validados corretamente na interface gerada, conforme a especificação do arquétipo.  Os dados fossem armazenados corretamente.

 Houvesse a validação por especialistas médicos do formulário criado.  Houvesse a validação da performance do módulo por especialistas

médicos apontando erros e melhorias com enfoque no dia-a-dia do médico no hospital.

Com os resultados da validação do template, o CSV foi alterado, instanciado e novamente validado. Este ciclo foi repetido até o template estar adequado.

A Figura 5.21 mostra como pode ser usado o template criado no compilador de templates OpenEHR do VCIntegrator.

Figura 5.21: Compilador OpenEHR VCIntegrator.

O template pode já constar da lista de templates existentes bastando para isso selecioná-lo, contudo, caso o mesmo não aconteça, terá de ser feito o upload do template para posteriormente ser compilado (botão “Compilar” destacado a tracejado na figura anterior).

O compilador ao transformar o template num formulário web, permitiu, neste caso, que o formulário gerado ficasse disponível no módulo clínico VCSaveCare. O formulário gerado a partir do template (com base no arquétipo “Diagnóstico VIH/SIDA”) pode ser visto na Figura 5.22.

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Figura 5.22: Formulário gerado pelo compilador de templates OpenEHR do VCIntegrator.

A título de exemplo mostra-se o formulário gerado que permite o registo dos dados associados ao “Diagnóstico VIH/SIDA” pois, dado ser um formulário extenso, não se incluem todos os campos nesta visualização.

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