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LISTA DE VARIÁVEIS c Valor constante

5.4 – ARQUITETURA 3GPP PARA INTERWORKING WLAN

Dentro do escopo dos trabalhos desenvolvidos pelo 3GPP está também incluída a definição de padrões para interoperação entre redes 3GPP e redes de acessos definidas por outras entidades de padronização, como por exemplo, redes de acesso WLAN. Estas definições e padrões têm o objetivo de definir arquiteturas e procedimentos para que terminais em redes não-3GPP, ou seja, não padronizadas pelo 3GPP, possam acessar serviços baseados em uma rede HPLMN que segue os padrões 3GPP.

A primeira padronização seguindo o exposto acima foi a definição de interfuncionamento de sistemas 3GPP e redes WLAN, como as baseadas no padrão IEEE 802.11. Este padrão é conhecido como I-WLAN ou Interworking-WLAN [4].

A especificação de arquitetura do I-WLAN [4] define dois novos procedimentos para sistemas 3GPP:

a) WLAN Access, Authentication and Authorization: que providencia que o acesso à rede WLAN e à rede IP localmente conectada possa ser autenticada e autorizada através de um sistema 3GPP;

b) WLAN 3GPP IP Access: permite que terminais WLAN possam estabelecer conectividade com redes IP externas através da rede de serviços de pacotes, ou domínio PS, do sistema 3GPP.

Figura 5.23 – Arquitetura I-WLAN simplificada (3GPP, modificado [4])

O elemento Packet Data Gateway (PDG) suporta acessos IP WLAN 3GPP para redes externas, a interface deste elemento para o acesso IP (interface Wi) é funcionalmente similar à interface Gi do domínio PS de um sistema 3GPP. A rede de acesso WLAN inclui pontos de acesso e elementos AAA intermediários, bem como elementos para garantir a conectividade IP. O WLAN UE (User Equipment) inclui todos os equipamentos em posse do usuário final, tais como computadores, terminais móveis, etc.

O padrão I-WLAN e concentra em definir as interfaces entre os elementos 3GPP e as

interfaces entre o sistema 3GPP e a rede WLAN. A operação interna da rede WLAN é

considerada somente para avaliação do impacto da arquitetura e requerimentos na WLAN. O I-WLAN deve ser independente da tecnologia de rádio da rede WLAN, segundo 3GPP [4].

Os requerimentos para o I-WLAN procuram minimizar os impactos na rede WLAN e nos sistemas 3GPP existentes, neste sentido é definido que os cartões SIM e USIM devem ser suportados, bem como os elementos HSS/HLR/AuC [4].

O procedimento de autenticação e autorização do terminal WLAN em uma arquitetura I- WLAN ocorre após o estabelecimento de conexão com a rede WLAN. A autenticação e autorização são baseadas na utilização de protocolo EAP-SIM [10] ou EAP-AKA [28] entre o terminal WLAN e o servidor 3GPP AAA, de acordo com os métodos descritos em

WLAN

UE (com ou sem rede intermediária)Rede de Acesso WLAN

Internet/Intranet Servidor 3GPP AAA HSS/HLR/AuC Pakcet Data GW Serviços 3GPP incluindo Internet 3GPP IP Access Rede 3GPP Wi

informações de autenticação e de perfil de serviços recuperadas do elemento HSS/HLR/AuC da rede 3GPP caseira do usuário.

O terminal informa a rede caseira de quais os serviços pretende utilizar através da utilização de APN (Access Point Name), descrito em [1], que neste caso é referenciado como W-APN [4]. O servidor 3GPP AAA autoriza o terminal a utilizar o serviço na rede 3GPP através da informação de W-APNs permitidas e subscritas informadas pelo elemento HSS/HLR. Caso o terminal selecione utilizar a conectividade direta da Internet pela rede de acesso WLAN nenhuma informação de seleção de serviço é informada para a rede caseira.

A conectividade IP para a rede de acesso WLAN 3GPP é realizada através do estabelecimento de túnel seguro entre o terminal WLAN e o PDG hospedado na rede 3GPP caseira do usuário, após a conclusão do procedimento de autenticação e autorização. 5.5 – EVOLUÇÕES PREVISTAS

Diversos organismos de padronização estão trabalhando na solução dos problemas evidenciados com a disseminação de redes heterogêneas e a necessidade de realização de

roaming e handover entre as mesmas, tais como 3GPP, ETSI, IEEE e IETF.

O 3GPP tem concentrado seus esforços na definição de arquiteturas, protocolos e

interfaces que permitam que os sistemas padronizados pelo 3GPP tenham

interoperabilidade com outros sistemas e redes, tal como descrito previamente neste capítulo para a arquitetura I-WLAN.

O IEEE está definindo arquiteturas e protocolos para facilitar o handover de terminais em redes heterogêneas conforme é descrito na sequência para o padrão IEEE 802.21.

O IETF é responsável por definir vários protocolos para o desenvolvimento dos serviços de dados, incluindo as definições dos protocolos TCP/IP e, mais recentemente o protocolo SIP. Com relação ao aspecto de mobilidade, o IETF foi responsável pelas definições do

objetivo de detalhar os problemas relativos à derivação e distribuição de chaves de criptografia em redes que utilizam autenticação baseada em EAP e na definição de protocolos para re-autenticação e distribuição de chaves para o suporte a roaming e

handover. O HOKEY está ainda evoluindo os trabalhos e maiores informações podem ser

encontradas em [83].

5.5.1 – Padrão IEEE 802.21

O padrão 802.21 (Media Independent Handover) desenvolvido e publicado em 2009 pelo IEEE [8] [82] tem como objetivo definir especificação para prover inteligência na camada de enlace e informações para as camadas superiores de forma a otimizar os handovers entre redes heterogêneas. As camadas de enlaces previstas incluem as redes definidas pelo 3GPP, e as redes com fio e sem fio da família IEEE 802.x.

O padrão IEEE 802.21 prevê a cooperação entre os terminais móveis e a infraestrutura de rede para a realização do handover vertical. A infraestrutura de rede armazena em serviços de informação dados gerais de rede, incluindo lista de células vizinhas e localização de terminais móveis [71]. Desta forma, o processo de handover é sustentado por informações supridas da rede para o terminal, além das informações que o terminal coleta através da camada de enlace de rádio, tais como, medidas de qualidade de sinal, taxas de dados disponíveis, etc. O objetivo é suportar a decisão de handover com estes diversos dados de forma a contribuir para otimização dos algoritmos de handover.

O padrão IEEE 802.21 não define regras ou políticas para a decisão de handover nem determinar a forma de handover a ser utilizada, como por exemplo: iniciado pela rede ou iniciado pelo terminal. Sua finalidade é a de especificar uma arquitetura para facilitar esta decisão, mas as regras e políticas estão fora do escopo do padrão e sua definição é deixada a cargo do provedor de serviço [71].

A figura 5.24 mostra o modelo de referência para o framework proposto pelo IEEE com a localização das novas funções de MIH.

Figura 5.24 – Modelo de referencia 802.21 MIH (IEEE, modificado [8]) As funções do MIH provêm os seguintes serviços [8]:

a) Serviços de eventos (Media Independent Event) para detectar eventos e realizar disparos para as interfaces locais e remotas;

b) Serviços de comandos (Media Independent Command) oferecem um conjunto de comandos para usuários MIH controlar os estados de enlace relevantes para o handover; c) Serviços de informação (Media Independent Information) provêm modelos e repositórios de informações para permitir a realização de decisões de handover de forma mais eficiente entre redes heterogêneas.

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Função MIH

Camadas Superiores

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