• Nenhum resultado encontrado

4.4 Tempo de Execu¸c˜ ao

4.4.2 Arquivos de 1000MB

Em rela¸c˜ao aos arquivos de 1000MB, as diferen¸cas de desempenho entre os cen´arios de teste do experimento fatorial foram mais significativas, conforme exposto na Figura 4.8. Ao executar o Bonnie considerando arquivos maiores, o comportamento do WFS apresentou algumas diferen¸cas se comparado aos resultados obtidos anteriormente.

Embora o fator A habilitado eleve consideravelmente o ganho de desempenho, vale destacar que, diferentemente do observado em arquivos de 10MB, praticamente n˜ao existe diferen¸ca entre o desempenho das 8 configura¸c˜oes do tipo 1xxx. Outro diferencial im- portante ´e a melhoria de desempenho, visto que as configura¸c˜oes 1xxx conseguem 23% de ganho em rela¸c˜ao `a 0000 trabalhando com arquivos maiores. Destaca-se tamb´em a melhoria de desempenho das configura¸c˜oes 0xx1, uma vez que, para os arquivos menores,

4.4 TEMPO DE EXECUC¸ ˜AO 63

Figura 4.8: Ganho de desempenho em rela¸c˜ao `a configura¸c˜ao 0000, considerando arquivos de 1000MB

apresentaram tempo de execu¸c˜ao inferior e, para os arquivos de 1000MB, demonstram um desempenho cerca de 17% melhor que a configura¸c˜ao 0000, enquanto as outras con- figura¸c˜oes do tipo 0xx0 apresentam um discreta melhoria de desempenho, na ordem de 5%.

A Tabela 4.6 apresenta a m´edia e o desvio padr˜ao para cada um dos cen´arios de teste, considerando arquivos de 1000MB. Esta tabela refor¸ca a diferen¸ca significativa de desempenho entre as configura¸c˜oes 1xxx e a 0000, indicada pela Figura 4.8. Para os arquivos deste 1000MB, a configura¸c˜ao-padr˜ao do WFS apresentou um tempo de execu¸c˜ao significativamente superior `as demais. As configura¸c˜oes com o fator A habilitado (1xxx) apresentam os melhores desempenhos, sendo eles bastante pr´oximos entre si. Estes resultados possibilitam que o usu´ario opte por qualquer das configura¸c˜oes 1xxx com o mesmo desempenho, pois n˜ao h´a evidˆencia de diferen¸ca de desempenho entre tais cen´arios. No entanto, para escolher a melhor configura¸c˜ao dos fatores para o WFS, o efeito e a relevˆancia de cada um deles devem ser calculados.

A Tabela 4.7 apresenta o efeito e a relevˆancia de cada combina¸c˜ao dos fatores, consi- derando arquivos de 1000MB. Assim como nos arquivos menores, o fator A isolado produz um efeito de quase 70% de relevˆancia, tornando-se, mais uma vez, fundamental para a melhoria de desempenho do WFS. Contudo, para arquivos maiores, os efeitos D e AD, apesar de relevantes (13,2 e 14,32, respectivamente), n˜ao devem ser considerados, visto que o efeito produzido pela jun¸c˜ao dos fatores A e D anula o efeito ben´efico que o fator D propicia isoladamente. Como os demais efeitos possuem baixa relevˆancia, mais uma

64 AVALIAC¸ ˜AO DE DESEMPENHO

Tabela 4.6: Resultado das medi¸c˜oes para o tempo de execu¸c˜ao utilizando a adapta¸c˜ao do

Workload Bonnie para arquivos de 1000MB

ABCD M´edia (s) DP (s) 0000 181,31 4,35 0001 160,11 3,66 0010 172,49 3,41 0011 150,91 3,02 0100 172,48 3,74 0101 150,44 2,36 0110 172,17 3,23 0111 150,60 2,48 1000 139,50 2,28 1001 140,07 2,37 1010 139,94 3,01 1011 139,82 2,31 1100 139,11 2,33 1101 139,66 2,77 1110 139,21 2,16 1111 140,00 2,31

vez, foram desconsiderados desse estudo. Assim, o experimento fatorial corrobora com o que foi destacado a partir da Tabela 4.6 e confirma a configura¸c˜ao A (1000) como sendo a de melhor desempenho, considerando as demais 1xxx como varia¸c˜oes da original.

Os testes de normalidade foram efetuados tanto sobre o Ext3 quanto sobre o WFS e, diferentemente da an´alise anterior, ambos indicaram resultados que seguem a distribui¸c˜ao gaussiana (ver Figuras 4.9 e 4.10). Portanto, tanto as amostras do WFS e quanto do Ext3 representam estatisticamente seus respectivos sistemas de arquivos. Assim, o teste t pˆode ser aplicado para comparar o desempenho dos sistemas.

A Figura 4.11 apresenta o diagrama de caixa comparativo das amostras do Ext3 e do WFS para arquivos de 1000MB. Da mesma forma que para arquivos de 10MB, constatou- se que n˜ao h´a discrepˆancias nas amostras e que o tempo de execu¸c˜ao do sistema WORM ´

e superior ao alcan¸cado pelo Ext3.

A Figura 4.12 traz um trecho da tela da ferramenta Minitab 15, no qual os resultados dos testes t foram descritos. Os testes foram realizados para verificar se a primeira amostra ´e menor ou maior e se realmente existe diferen¸ca estat´ıstica em rela¸c˜ao `a segunda. Estes testes confirmaram que h´a diferen¸ca estat´ıstica entre o desempenho dos sistemas de

4.4 TEMPO DE EXECUC¸ ˜AO 65

Tabela 4.7: Efeitos e relevˆancias (soma dos quadrados) para os experimentos fatoriais com- pletos utilizando a adapta¸c˜ao do Workload Bonnie para arquivos de 1000MB

Jun¸c˜ao dos fatores Efeito (s) Relev. (%)

A -12,07 68,74 B -1,28 0,77 C -1,10 0,57 D -5,29 13,18 AB 1,11 0,58 AC 1,17 0,65 AD 5,51 14,32 BC 1,13 0,61 BD 0,00 0,00 CD -0,02 0,00 ABC -1,10 0,57 BCD 0,11 0,01 ABD 0,11 0,01 ACD -0,03 0,00 ABCD 0,00 0,00

Figura 4.9: Histograma e teste de normalidade para o Ext3 considerando arquivos de 1000MB

arquivos, confirmando, assim, que o Ext3 apresenta desempenho superior ao alcan¸cado pelo WFS.

A Tabela 4.8 apresenta uma compara¸c˜ao dos resultados entre a configura¸c˜ao 1001 do WFS e o Ext3. Antes de discorrer sobre a diferen¸ca de desempenho dos dois sistemas, ´

66 AVALIAC¸ ˜AO DE DESEMPENHO

Figura 4.10: Histograma e teste de normalidade para o WFS considerando arquivos de

1000MB

Figura 4.11: Diagrama de caixa para as amostras do Ext3 e do WFS para testes com arquivos

de 1000MB

intervalo de confian¸ca e na distˆancia entre interquartis, assim, est˜ao livres de interferˆencia significativa. Com rela¸c˜ao `a diferen¸ca de desempenho entre os sistemas considerando arquivos de 1000MB, o Ext3 foi 12% mais r´apido que o WFS. Esse resultado sugere, ent˜ao, que a utiliza¸c˜ao do WFS com os dois fatores de Direct I/O habilitados trar´a uma perda de desempenho que atende aos requisitos do sistema, especificados na Se¸c˜ao 3.1.1.

Documentos relacionados