CAPÍTULO ÚNICO – Dos Procedimentos de Arrecadação
Art. 111. A arrecadação dos tributos será procedida: I - a boca do cofre;
II - através de cobrança amigável; III - mediante ação executiva;
IV – através da prestação de serviço voluntário, no caso de dívida ativa.
§ 1º. O pagamento de dívida ativa, através de serviço voluntário, prevista no inciso IV deste artigo, será regulamentado por lei específica.
§ 2º. A arrecadação dos tributos se efetivará por intermédio da Tesouraria do Município, do Agente do Fisco Municipal ou de estabelecimento bancário devidamente credenciado.
Art. 112. A arrecadação correspondente a cada exercício financeiro proceder-se-á da seguinte forma: (alterado pela lei complementar 43/2007)
I - O Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana:
a) em parcela única, com 30% (trinta por cento) de desconto, no dia 10
(dez) de fevereiro;
b) em parcela única, com 20% (vinte por cento) de desconto, no dia 10 (dez) de
c) em parcela única, com 10% (dez por cento) de desconto, no dia 10 de abril; ou
d) em 6 (seis) parcelas mensais sem desconto, com vencimento no dia 10 de maio,
10 de junho, 10 de junho, 10 de agosto, 10 de setembro e 10 de outubro
Parágrafo único. Quando a datas determinadas nas alíneas anteriores coincidirem com sábados, domingos ou feriados, os tributos poderão ser recolhidos no primeiro dia útil subseqüente.
II – O imposto sobre serviços de qualquer natureza: a) sujeito a alíquota fixa, nos moldes do inciso anterior;
b) sujeito a alíquota variável, no dia 10 (dez) do mês seguinte ao da apuração da receita, ou no primeiro dia útil subseqüente, se o dia do vencimento coincidir
com sábado, domingo ou feriado. III – O imposto sobre transmissão de bens imóveis “Inter-Vivos” será arrecadado:
a) na transmissão de bens imóveis ou na cessão de direitos reais a eles
relativos, que se formalizar por escritura pública, antes de sua lavratura;
b) na transmissão de bens imóveis ou na cessão de direitos reais a eles relativos
relativos que se formalizar por escrito particular, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de assinatura deste e antes de sua transcrição no ofício competente;
c) na arrematação, no prazo de 30 (trinta) dias contados da assinatura do auto
e antes da expedição da respectiva carta;
d) na adjudicação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da assinatura do
auto ou, havendo licitação, do trânsito em julgado da sentença de adjudicação e antes da expedição da respectiva carta;
e) na adjudicação compulsória, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data
em que transitar em julgado a sentença de adjudicação e antes de sua transcrição no ofício competente;
f) na extinção de usufruto, no prazo de 30 (trinta) dias contados do fato ou ato
jurídico determinante da extinção e:
2. antes do cancelamento da averbação no ofício competente, nos demais casos.
g) na dissolução da sociedade conjugal, relativamente ao valor que exceder a
meação, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data em que transitar em julgado a sentença homologatória do cálculo;
h) na remissão, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data do depósito e antes da expedição da respectiva carta;
i) no usufruto de imóvel concedido pelo Juiz da Execução, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de publicação da sentença e antes da expedição da carta de constituição;
j) quando verificada a preponderância de que trata o parágrafo 3º do art. 37, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do primeiro dia útil subseqüente ao do término do período que serviu de base para a apuração da citada preponderância;
k) nas cessões de direitos hereditários:
1. antes de lavrada a escritura pública, se o contrato tiver por objeto bem imóvel certo e determinado;
2. no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em que transitar em julgado a sentença homologatória do cálculo;
2.1. nos casos em que somente com a partilha se puder constatar que a cessão implica a transmissão do imóvel;
2.2. quando a cessão se formalizar nos autos do inventário, mediante
termo de cessão ou desistência.
l) nas transmissões de bens imóveis ou de direitos reais a eles relativos não referidos nos incisos anteriores, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ocorrência do fato gerador e antes do registro do ofício competente.
IV – As taxas, na forma do disposto na respectiva seção ou, quando lançadas isoladamente, nos termos estabelecidos em ato regulamentar;
V – A contribuição de melhoria, após a realização total ou parcial da obra, desde que a parcela anual não exceda a 3%(três por cento) do maior valor fiscal do imóvel, atualizado a época da cobrança:
a) de uma só vez, quando o valor da parcela for inferior a 30 (trinta) URMs Unidades de Referência Municipal);
b) quando superior, em parcelas mensais e consecutivas, mediante comprovação de renda do proprietário por documento hábil, e correção de cada parcela pela URM(Unidade de Referência Municipal), da seguinte forma:
1. em até 60 (sessenta) parcelas mensais para proprietários com renda mensal inferior a 1,8 (um inteiro e oito décimos) salários mínimos vigentes no país;
2. em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais, para proprietários com renda mensal entre 1,8 (um inteiro e oito décimos) e 3 (três) salários mínimos;
3. em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, para proprietários com renda mensal entre 3 (três) e 4,5 (quatro inteiros e cinco décimos) salários mínimos;
4. em até 24 (vinte e quatro) parcelas mensais para proprietários com renda mensal entre 4,5 (quatro inteiros e cinco décimos) e 6 (seis) salários mínimos;
5. em até 12 (doze) parcelas mensais sem comprovação de renda.
c) na hipótese de parcelamento, nenhuma das parcelas poderá ser inferior a 15 URMs (quinze unidades de referência municipal);
§ 1º. Na arrecadação da contribuição de melhoria, prevista no inciso V deste artigo, será observado o que segue.
a) sempre que o valor da parcela superar a 12%(doze por cento) da renda bruta do proprietário este poderá ser enquadrado no item seguinte, não havendo limite de parcelas, desde que atenda ao item “b” deste parágrafo;
b) na hipótese de parcelamento, nenhuma das parcelas poderá ser inferior a 10 (dez) URMs (Unidades de Referência Municipal);
c) o ato da autoridade que determinar o lançamento poderá fixar descontos para pagamento à vista, ou em prazos menores que o lançado;
d) as prestações da contribuição de melhoria serão corrigidas monetariamente de acordo com o índice de variação da URM(Unidade de Referência Municipal) ou coeficiente de correção de débitos fiscais que o substituir;
e) é lícito ao contribuinte liquidar a contribuição de melhoria com títulos da dívida pública, emitidos especialmente para financiamento da obra pela qual foi lançado e, neste caso o pagamento será feito pelo valor nominal do título, se o preço de mercado for inferior;
f) no caso do serviço público concedido, o poder concedente poderá lançar e arrecadar a contribuição.
§ 2º. É facultado o pagamento antecipado do imposto correspondente a extinção de usufruto, quando da alienação do imóvel com reserva daquele direito na pessoa do alienante, ou com sua concomitante instituição em favor de terceiro.
§ 3º. O pagamento antecipado nos moldes do parágrafo anterior, deste artigo, elide a exigibilidade do imposto quando da ocorrência do fato gerador da respectiva obrigação tributária.
§ 4º. No caso do pagamento parcelado previsto no inciso I, alínea “d” deste artigo, as parcelas resultantes deverão ter valor mínimo de 15 URMS (quinze unidades de referência municipal).
§ 5º. No caso de inadimplemento justificado ocorrido em parcelamento previsto neste artigo, o tributo poderá ser reparcelado, nos mesmos moldes, por uma vez.
§ 6º. Entende-se por inadimplemento justificado casos em que o contribuinte deixa de realizar o pagamento por motivos alheios a sua vontade tais como: ocorrência de doenças graves, desemprego por tempo prolongado, falência, concordata e congêneres.
§ 7º. No caso de pagamento parcelado no inciso I, alínea “d”, deste artigo, cada parcela deverá ter valor mínimo de 15 URMS (uinze unidades de referência municipal). podendo neste caso, o número de parcelas resultantes ser menor do que o máximo permitido(seis parcelas).
Art. 113. Os tributos lançados fora dos prazos normais, em virtude de inclusões ou alterações, são arrecadados:
I – no que respeita ao imposto sobre serviços de qualquer natureza:
a) quando se tratar de atividade sujeita a alíquota fixa, de uma só vez,
proporcionalmente ao tempo apurado, em 30 (trinta) dias após a expedição do respectivo alvará, ou, dentro de 30 (trinta) dias da notificação, para as parcelas vencidas;
b) quando se tratar de atividade sujeita a incidência com base no preço do serviço, dentro de 30 (trinta) dias da notificação para as parcelas vencidas.
II – no que respeita a taxa de licença para localização e funcionamento, no ato do licenciamento.
Art. 114. Os valores decorrentes de infração e penalidades não recolhidos nos prazos assinalados na respectiva seção, serão corrigidos monetariamente e acrescidos da multa e dos juros de mora nos termos desta Lei.
TÍTULO VII – DA NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO E NOTIFICAÇÃO DE