• Nenhum resultado encontrado

Encefalite do cão Pug no Sul do Brasil

Rosimeri Zamboni; Haide Valeska Scheid; Luísa Grecco Corrêa; Clairton Marcolongo-Pereira; Margarida Buss Raffi; Ana Lucia Schild; Eliza Simone Viégas

Sallis

Pug dog encephalitis in southern Brazil

R. Zamboni¹; H. V. Scheid¹; L. G. Corrêa²; C. Marcolongo-Pereira³; M.B. Raffi4;A. L. Schild5; E. S. V. Sallis4*

¹Discentes doPrograma de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS. E-mail: rosi_zamboni@yahoo.com.br; haidevaleskascheid@hotmail.com. ²Discente de Graduação do curso de Medicina de Veterinária (FV), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS. E-mail: luisagcorrea@gmail.com

3

Prof Dr da Faculdade de Veterinária, Centro Educacional Ritter dos Reis (UniRitter), Porto Alegre, RS. E- mail: clairton.marcolongo@terra.com.br

4

Profªs Drªs Associadas, Deptº de Patologia Animal, Faculdade de Veterinária (FV), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS. E-mail: marga@ufpel.edu.br, esvsallis@yahoo.com.br

5

Médica Veterinária do Laboratório Regional de Diagnóstico, Faculdade de Veterinária (FV), Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, RS. E-mail: alschild@terra.com.br

*Autor para correspondência

Resumo

Descreve-se a ocorrência de meningoencefalite necrosante em dois cães da raça Pug no Rio Grande do Sul. Os principais sinais clínicos incluíam convulsões, andar em círculos e ataxia. Os cães foram eutanasiados devido ao prognóstico desfavorável. Na necropsia os hemisférios cerebrais apresentavam achatamento das circunvoluções cerebrais, áreas multifocais de necrose e pseudocistos no lobo piriforme. Microscopicamente havia meningoencefalite não supurativa com necrose no córtex frontal, parietal, temporal e lobo piriforme; havia, também, satelitose e neuroniofagia. Nas substâncias branca e cinzenta do cérebro havia áreas com cavitações. As lesões observadas no sistema nervoso central foram similares àquelas encontradas nas encefalites dos cães Malteses e em outros casos de encefalite do cão Pug (ECP). A reação astrocitária ao GFAP pode indicar um envolvimento imunomediado na patogênese desta doença.

Palavras-chave: Cão. Cérebro. Histopatologia. Meningoencefalite. Pug.

Abstract

The occurrence of necrotizing meningoencephalitis in two Pug dogs is described in Southern Brazil. The main clinical signs were convulsions, circling and ataxia. The dogs were euthanized due to poor prognosis. At necropsy the cerebral hemispheres showed flattening of the cerebral convolutions, multifocal areas of necrosis and pseudocysts in the piriform lobe. Histologically, there were non-suppurative meningoencephalitis with necrosis in the frontal, parietal, temporal and piriform lobe; satellitosis and neuronophagia. In gray and white matter of the brain areas with cavitations were observed. The lesions observed in the central nervous system, were similar to those found in Maltese dogs encephalitis and other

33 cases of Pug dog encephalitis. The astrocytic reaction to GFAP may indicate an immune-mediated involvement in the pathogenesis of the Pug dog encephalitis.

Key words: Cerebrum. Dog. Meningoencephalitis. Histopathology. Pug.

Introdução

Meningoencefalite necrosante canina (MNC), é uma doença inflamatória e necrosante, idiopática que afeta cães de pequeno porte, preferencialmente da raça Pug, sendo denominada nessa raça de encefalite do cão Pug (ECP), podendo afetar animais de outras raças tais como: Maltês, Yorkshire, Terriers, Chihuahua, Lhasa apso e Shih Tzu (DE LAHUNTA & GLASS, 2009). ECP geralmente ocorre em cães de seis meses a sete anos de idade, sendo mais frequente nos jovens (SUMMERS et al., 1995; O’BRIEN, 2005). Foi diagnosticada inicialmente nos Estados Unidos (DE LAHUNTA, 1983), mais tarde na Suíça e Itália (VANDEVELDE, 1990), Japão (KOBAYASHI et al., 1994) e no Brasil foram relatados casos da doença em São Paulo (DINIZ et al., 2006; ROMAO et al., 2010). A etiologia da ECP, até o momento, não foi determinada, sendo sugerido ser de causa multifatorial (SUZUKI et al., 2003). Estudos recentes sugerem que a fisiopatologia da encefalite do cão pug esteja relacionada com uma suscetibilidade genética da raça, devido a síntese de anticorpos contra a proteína fibrilar glial ácida (GFAP) em associação à agentes infecciosos (GREER et al., 2009; ROMÃO et al., 2010).

A doença pode ter evolução aguda ou crônica; nos casos agudos, o início e progressão dos sinais clínicos ocorre em duas semanas, nos casos crônicos o curso da doença varia de quatro a seis meses (KITAGAWA et al., 2007). Os principais sinais clínicos caracterizam-se por tremores musculares, convulsões, alterações de comportamento, andar em círculos e ataxia. A doença pode ter evolução de duas semanas a seis meses (SUZUKI et al., 2003; DINIZ et al., 2006).

Macroscopicamente os giros dos hemisférios cerebrais podem apresentar-se levemente achatados e cortes transversais do cérebro indicam lesões comumente assimétricas (SUMMERS et al., 1995). Observa- se, ainda, dilatação leve a moderada dos ventrículos laterais, áreas amareladas de malácia e cavitações que se assemelham à formação de pseudocistos no córtex cerebral (DINIZ et al., 2006).

Microscopicamente ocorre meningoencefalite não-supurativa e necrosante envolvendo as substâncias branca e cinzenta do córtex cerebral. O infiltrado inflamatório é constituído principalmente por linfócitos, plasmócitos e histiócitos. Pode observar-se, ainda, neurônios picnóticos, satelitose e neuroniofagia. Lesões no tronco cerebral, no cerebelo e na medula espinhal são menos frequentes e mais moderadas (SUMMERS et al., 1995).

O objetivo deste trabalho foi descrever a ocorrência de ECP no Estado do Rio Grande do Sul, bem como descrever as lesões características dessa enfermidade e o seu padrão de distribuição histológica.

Relato dos casos

Duas fêmeas da raça Pug de dois e quatro anos de idade (cão 1 e cão 2), não castradas e com imunização atualizada, apresentaram crises convulsivas com intervalo de sete dias a um mês, após a primeira convulsão. Ambas apresentaram, também, ataxia, andar em círculos e compressão da cabeça contra objetos.

intensas. Devido ao prognóstico reservado os proprietários optaram pela eutanásia.

Durante as necropsias realizadas, no Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, foram coletados fragmentos de órgãos das cavidades abdominal e torácica, encéfalo e medula cervical, fixados em formol tamponado a 10%, incluídos em parafina, cortados em secções de 5 μm de espessura e corados pela técnica de hematoxilina e eosina (HE). O sistema nervoso central (SNC), após a fixação, foi cortado transversalmente coletando-se fragmentos das regiões do córtex frontal, parietal, temporal e occipital, lobo piriforme, núcleos da base, tálamo, mesencéfalo na altura do colículo rostral, cerebelo, ponte, óbex e medula cervical. Para estudo imuno-histoquímico, cortes do SNC foram selecionados e colhidos em lâminas positivadas e incubados durante 16h a 4oC, com anticorpo policlonal primário anti-GFAP (Rabbit anti-cow GFA, Code Number 70334, Dako) na diluição de 1:100.

As lesões macroscópicas restringiram-se ao sistema nervoso central, sendo mais evidentes nos hemisférios cerebrais. Havia achatamento das circunvoluções cerebrais e áreas multifocais de malácia, principalmente no córtex frontal e no parietal. Os lobos piriforme do hemisfério direito dos cães estavam amolecidos e diminuídos de tamanho, mais acentuadamente no cão 1 (Fig. 1A).

Nos cortes transversais do encéfalo havia assimetria dos hemisférios cerebrais. No hemisfério direito havia dilatação ventricular e um adelgaçamento do córtex parietal com áreas pseudocísticas no lobo piriforme, melhor evidenciada no cão 1 (Fig. 1B e 1C).

Histologicamente as lesões caracterizavam-se por meningoencefalite não-supurativa, com acentuada necrose. Nas meninges, espaço perivascular e áreas multifocais da neurópila havia infiltrado de linfócitos, plasmócitos e raros neutrófilos. Nas camadas profundas do córtex frontal, parietal e temporal e no lobo piriforme havia necrose neuronal com satelitose glial, espongiose, neuroniofagia e esferóides axonais. Nas substâncias branca e cinzenta do encéfalo havia rarefação da neurópila formando cavitações e adjacente a essas áreas observou-se reação astrocitária com presença de gemistócitos (Fig. 1D) e raros macrófagos espumosos. Estas lesões histológicas variavam de intensidade de acordo com a localização no encéfalo. Na imuno-histoquímica observou-se marcação acentuada para GFAP em astrócitos nas áreas próximas às lesões (Fig.1E).

Discussão e conclusão

O diagnóstico de encefalite do cão Pug foi realizado com base no histórico clínico, epidemiologia, lesões macroscópicas e microscópicas no SNC compatíveis com outros relatos da enfermidade (CORDY & HOLLIDAY, 1989; DINIZ et al., 2006). Os sinais clínicos, padrão de distribuição das lesões e a histopatologia observados nos cães do presente estudo são similares dos descritos em cães da raça Maltês e em outros relatos da enfermidade em cães Pug (CORDY & HOLLIDAY, 1989; VIOLIN et al., 2008). Por outro lado, em outras raças de pequeno porte como Yorkshire Terrier, Chihuahua e Shih Tzu, a topografia da lesão histológica é observada principalmente na substância branca do encéfalo (DE LAHUNTA & GLASS, 2009).

35 Em relação à toxoplasmose as lesões podem ser focais ou multifocais e observam-se os protozoários (ZACHARY, 2012). As lesões microscópicas relatadas neste trabalho permitiram, também, diferenciar ECP de meningoencefalomielite granulomatosa. Nesta enfermidade, as lesões ocorrem preferencialmente na substância branca do cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal com necrose neuronal e reação granulomatosa angiocêntrica (SUZUKI et al., 2003).

A etiologia de ECP, até o momento, não foi determinada e provavelmente a causa seja multifatorial. A predileção por uma raça sugere que existe um componente genético na enfermidade e a maioria dos estudos e casos descritos envolvem cães com ancestrais comuns (GREER et al., 2009).

Tem sido demonstrado um possível envolvimento auto-imune na patogênese desta enfermidade (SHIBUYA et al., 2007), e até mesmo a possibilidade do desenvolvimento de uma resposta auto-imune secundária a uma exposição prévia a vírus (OLDSTONE,1998). Foi observada a presença de auto anticorpos anti-astrócitos no sistema nervoso central de cães com ECP, mas o significado destes ainda não foi bem estabelecido (SHIBUYA et al., 2007). A reação auto-imune aos astrócitos pode talvez explicar as lesões nas substâncias branca e cinzenta na meningoencefalite necrosante como a observada neste relato, em que astrócitos reativos foram fortemente marcados na imuno-histoquímica para GFAP em áreas com malácia.

No diagnóstico diferencial de encefalite do cão Pug devem ser incluídas outras encefalopatias caninas que cursam com sinais clínicos nervosos semelhantes, tais como, cinomose e toxoplasmose, porém do ponto de vista anatomopatológico, principalmente em relação à lesão histológica, estas enfermidades são facilmente distinguíveis de ECP, pois na cinomose a principal lesão histológica observada é a desmielinização na substância branca do tronco encefálico e cerebelo, sendo a necrose de ocorrência rara nessa doença, e quando ocorre é observada em estruturas do rinencéfalo. Na ECP há necrose em qualquer parte do córtex cerebral, com acentuada destruição tecidual formando cavitações na neurópila e intensa reação inflamatória. Além disso, a cinomose apresenta um curso clínico mais curto quando comparado com o curso da ECP que é progressivo e crônico (CORDY & HOLLIDAY, 1989).

Chama a atenção que no Brasil, ECP tem sido relatada no Estado de São Paulo, mas não em outros Estados, mesmo com o aumento da popularidade da raça nos últimos anos (DINIZ et al., 2006; ROMÃO et al., 2010). Desta forma, torna-se importante a divulgação desta enfermidade em outros Estados, como o Rio Grande do Sul onde até o momento não havia sido relatada. O provável componente genético da doença reforça a necessidade da identificação de casos evitando-se o cruzamento de cães com histórico familiar de ocorrência da mesma.

Referências Bibliográficas

CORDY, D. R.; HOLLIDAY, T. A. A necrotizing meningoencephalitis of Pug dogs. Veterinary Pathology, v. 26, p. 191-194, 1989.

De Lahunta A 1983. Chronic encephalitis of Pugs dogs. In: Veterinary Neuroanatomy and Clinical neurology. 2nd ed. WB Saunders, Philadelphia, PA, USA, p.384-385.

neurology. 2 ed. WB Saunders, Philadelphia, PA, USA, p.384-385.

DE LAHUNTA, A.; GLASS, E. Development of nervous system: malformation. In: Veterinary neuroanatomy and clinical neurology. 3ed. Saint Louis, Missouri: Saunders Elsevier, 2009.Cap.14, p. 389- 432.

DINIZ, S. A; ANDRADE-NETO, J. P.; HOSOMI, F. Y. M.; VIOLIN, K. B.; RAMOS, A. T.; MACHADO, G. F.; MAIORKA, P. C. Encefalite do cão pug: Primeiro diagnóstico no Brasil. Clínica Veterinária, v. 64, p. 76-78, 2006.

GREER, K. A.; SCHATZBERG, S. J.; PORTER, B. F.; JONES, K. A.; FAMULA, T. R.; MURPHY, K. E. Heritability and transmission analysis of necrotizing meningoencephalitis in the Pug. Research in Veterinary Science, v. 86, n. 3, p. 438-442, 2009.

KITAGAWA, M.; KANAYAMA, K.; SATO. T; SAKAI T. A Canine of Necrotizing Meningoencephalitis for Long-Term Observation: Clinical and MRI Findings. The Journal of Veterinary Medical Science. v.69, n.12, p.1303-1306, 2007.

KOBAYASHI, Y.; OCHIAI, K.; UMEMURA, T.; GOTO, N.; ISHIDA, T. AND. ITAKURA, C. Necrotizing meningoencephalitis in pug dogs in Japan. Journal of Comparative Pathology, v.110, n.2, p.129- 136,

1994.

OLDSTONE, M. B. A. Molecular mimicry and immune-mediated diseases. The FASEB Journal, v. 12, p. 1255-1265, 1998.

ROMÃO, F. G; ANTUNES, M. I. P. P.; HECKLER, M. C. T.; CAGNINI, D. Q.; MACHADO, L. H. A.; LOURENÇO, M. L. G.; VAILATI, M. C. F.; ROCHA, N. S. Encefalite do cão Pug: Relato de Caso. Veterinária e Zootecnia, v. 17, n. 1, p. 37-42, 2010.

SHIBUYA, M.; MATSUKI, N.; FUJIWARA, K.; IMAJOH-OHMI, S.; FUKUDA, H.; PHAM, N. T.; TAMAHARA, S.; ONO, K. Autoantibodies against Glial Fibrillary Acidic Protein (GFAP) in Cerebrospinal Fluids from Pug Dogs with Necrotizing Meningoencephalitis. Journal of Veterinary Medical Science, v. 69, n. 3, p. 241-245, 2007.

SUMMERS, B. A.; CUMMINGS, J. F.; DE LAHUNTA, A. Veterinary neuropathology. Baltimore: Mosby, 1995. 527 p.

SUZUKI, M.; UCHIDA, K.; MOROZUMI, M.; HASEGAWA, T.; YANAI, T.; NAKAYAMA, H.; TATEYAMA, S.. A comparative pathological study on canine necrotizing meningoencephalitis and granulomatous meningoencephalomyelitis. Journal of Veterinary Medical Science, v. 65, n. 11, p. 1233- 1239, 2003.

VANDEVELDE M. 1990. Neurologic diseases of suspected infectious origin. In: Infectious Diseases of the Dog and Cat. C.E. Greene Ed. W.B. Saunders, Philadelphia. p.862-870.

VIOLIN, K. B.; QUEIROZ, N. G. T.; HOSOMI, F. Y. M.; RAMOS, A. T.; AMARAL, H. A.; KOGIKA, M. M.; MACHADO, G. F.; MAIORKA, P. C. Meningoencefalite necrotizante de cão Maltês. Ciência Rural, v. 38, n. 3, p. 836-838, 2008.

37 ZACHARY, J. F. Nervous system. In: ZACHARY, J. F. & MCGAVIN, M. D. (Eds), Pathologic Basis of Veterinary Disease. 5 ed. St Louis, Missouri: Elsevier/Mosby, 2012, p. 846-847.

adelgaçamento do córtex parietal com dilatação ventricular e pseudocisto (seta). (C) Detalhe da figura B. Pseudocisto no lobo piriforme. (D) Rarefação do neurópilo com formação de pseudocisto e gemistócitos ao redor (setas). HE, obj.10x. (E) Astrócitos, marcação positiva para GFAP (setas). Obj. 10x

3 Considerações Finais

Os principais resultados obtidos nos dois estudos que compõe esta dissertação permitiram concluir que dentre as doenças que afetam o sistema nervoso central, as enfermidades virais são as mais importantes nos caninos desta região.

Cinomose foi a causa mais comum de alterações no sistema nervoso nesta espécie, sendo frequente em todo o período estudado.

A maioria das lesões traumáticas observadas neste estudo foi em decorrência de atropelamento. Com relação as neoplasias o meningioma e metástases no SNC foram as mais frequentes. Dentre as doenças congênitas/hereditária a hidrocefalia foi a principal enfermidade neurológica em caninos. As parasitoses e doenças vasculares não foram importantes causas de doenças neurológicas em caninos nesta região.

Outro dado observado a partir deste levantamento foi o diagnóstico da encefalite do cão Pug, registrando a sua ocorrência na região sul do RS, sendo diagnóstico diferencial com outras doenças que cursam com sinais neurológicos nessa raça.

Referências

ACHA, P. N.; SZYFRES, B. Zoonosis y enfermidades transmissibles comunes al

hombre y los animales. Washington: Organización Panamericana de la Salud,

1986, p. 502-526 (Publicación científica, 503).

ADAMO, P.F.; FORREST, L.; DUBIELZIG, R. Canine and feline meningiomas: diagnosis, treatment and prognosis. Compendium on Continuing Education for

the Practising Veterinarian, v.4, p.951-965, 2004.

APPEL, M.J.G.; SUMMERS, B.A. Pathogenicity of morbilliviruses for terrestrial carnivores. Veterinary Microbiology, v.44, p.187-191, 1995.

BABICSAK, V.R.; ZARDO, K.M.; SANTOS, D.R.; SILVA, L.C.; MACHADO, V.M.V.; VULCANO, L.C. Aspectos tomográficos de tumores cerebrais primários em cães e gatos. Veterinária e Zootecnia, v.18, n.4, p.531-541, 2011.

BAGLEY, R.S.; GAVIN, P.R.; MOORE, M.P.; SILVER, G.M.; HARRINGTON, M.L.; CONNORS, R.L. Clinical signs associated with brain tumors in dogs: 97 cases (1992- 1997). Journal of the American Veterinary Medical Association, v.215, n.6, p.818-819, 1999.

BARBER, R. M.; Schatzberg, S.J; Corneveaux, J.J.; Allen, A.N.; Porter, B.A.; Pruzin, J.J.; Platt, S.R.; Kent, M.; Huentelman, M.J. Identification of risk loci for necrotizing meningoencephalitis in Pug dogs. Journal of Heredity, v.102, n.1, p.40-46, 2011.

BARBER, R. M. et al. Broadly reactive polymerase chain reaction for pathogen detection in canine granulomatous meningoencephalomyelitis and necrotizing meningoencephalitis. Journal of Veteterinary Internal Medicine, v.26, p.962-968, 2012.

BERZINS, M.A.V.S. Velhos, cães e gatos: interpretação de uma relação. 2000. 132f. Dissertação (Mestrado em Gerontologia) - Curso de Pós-graduação em Gerontologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2000.

Disponível em: <http://pesquisa.bvsalud.org/sms/resource/pt/sms-3106> Acesso em: 09 dez. 2016.

41

BIGNAMI, A. & DAHL, D. Glial cells in the central nervous system and their

reaction to injury. Austin: Landes. 1994, 109 p.

BONDAN, E.F.; LALLO, M.A; DAGLI, M.L.Z.; SANCHEZ, M.; GRAÇA, D.L. Estudo da imunorreatividade astrocitária para GFAP e vimentina no tronco encefálico de ratos Wistar submetidos ao modelo gliotóxico do brometo de etídio. Arquivos de

Neuro-psiquiatria, v.61, n.3-A, p.642-649, 2003.

BONNETT, B.N.; EGENVALL, A.; HEDHAMMAR, A.; OLSON, P. Mortality in over 350,000 insured Swedish dogs from 1995-2000: I. Breed-, gender-, age- and cause- specific rates. Acta Veterinaria Scandinavica, v.46, p.105-120, 2005.

BRADSHAW, J.M.; PEARSON, G.R.; GRUFFYD-JONES, T.J. 2004. A retrospective study of 286 cases of neurological disorders of the cat. Journal of Comparative

Pathologyol, v.131, n.2/3, p.112-120, 2004.

CANTILE, C.; YOUSSEF, S. Nervous system. In: MAXIE M.G. (Ed.), JUBB,

KENNEDY, and PALMER’S. Pathology of Domestic Animals. , Philadephia: vol.1. 6th ed., Elsevier, 2016, p.267-268.

CHAPPUIS, G. Control of canine distemper. Veterinary Microbiology, v.4, p.351- 358, 1995.

CHAVES, R.O.; BECKMANN, D.V.; SANTOS, R.P.; AIELLO, G.; ANDRADES, A.O.; BAUMHARDT, R.; SILVEIRA, L.B.; MAZZANTI, A. Doenças neurológicas em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria, RS: 1.184 casos (2006-2013). Pesquisa Veterinária Brasileira, v.34, n.10, p.996-1001, 2014.

COATES, J.R.; JEFFERY, N.D. Perspectives on Meningoencephalomyelitis of Unknown Origin. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, v.44, p.1157-1185, 2014.

COOPER, J.J.; SCHATZBERG, S.J.; VERNAU, K.M.; SUMMERS, B.A.; PORTER, B.F.; SISO, S.; YOUNG, B.D.; LEVINE, J.M.l. Necrotizing Meningoencephalitis in Atypical Dog Breeds: A Case Series and Literature Review. Journal of Veterinary

Internal Medicine, v.28, p.198-203, 2014.

CORDY, D. R.; HOLLIDAY, T. A. A necrotizing meningoencephalitis of Pug dogs.

DE LAHUNTA A 1983. Chronic encephalitis of Pugs dogs. In: Veterinary

Neuroanatomy and Clinical neurology. Philadelphia: 2 Ed. WB Saunders, 1983,

p.384-385.

DE LAHUNTA, A.; GLASS, E. Development of nervous system: malformation. In:

Veterinary neuroanatomy and clinical neurology. Saint Louis, Missouri: 3Ed.

Saunders Elsevier, 2009, p.389-432.

DEWEY, C.W. Neurologia de Cães e Gatos. São Paulo: Roca, 2006.

DEZEGRINI, R.; WEIBLEN, R.; FLORES, E.F. Soroprevalência das infecções por parvovírus, adenovírus, coronavírus canino e pelo vírus da cinomose em cães de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Rural, v.37, n.1, p.183-189, 2007.

DIEDRICH, G.; PREDEBON, J.; PRATO, R. Boletin Epidemiológico: Raiva no Rio Grande do Sul. Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), v.15, n.1, p.1- 16, 2013. Disponível em:

<http://www.saude.rs.gov.br/upload/1377263310_BE%20V14%20-%20FINAL%20- logogoverno.PDF> Acesso em 13 de dezembro.

DINIZ, S. A; ANDRADE-NETO, J. P.; HOSOMI, F. Y. M.; VIOLIN, K. B.; RAMOS, A. T.; MACHADO, G. F.; MAIORKA, P. C. Encefalite do cão pug: Primeiro diagnóstico no Brasil. Clínica Veterinária, v.64, p.76-78, 2006.

DYER, C.A.; KENDLER, A.; JEAN-GUILLAUME, D.; AWATRAMANI, R.; LEE, A.; MASON, L.M.; KAMHOLZ, J. GFAP-positive and myelin-marker positive glia in normal and pathologic environments. Journal of Neuroscience Research, v.60, p.412-426, 2000.

FANG, Z. F. Rabies and rabies research: past, present and future. Vaccine, v. 15, p. 20-24, 1997.

FENNER, W.R. Doenças do cérebro, In: Ettinger S.J. & Feldman E.C. (Eds), Tratado

de Medicina Interna Veterinária: doenças do cão e do gato. Rio de Janeiro: vol.1.

4ª ed. Guanabara Koogan, 2004, p.586-638.

FERNANDES, C.G. & RIET-CORREA, F. Raiva, p.184-198. In: RIET-CORREA, F.; SCHILD, A.L.; LEMOS, R.A.A.; BORGES, J.R.J. (Eds), Doenças de Ruminantes e

43

FIGHERA, R.A. Causas de morte e razões para eutanásia de cães. 2008, 172p. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) – Curso de Pós-Graduação em Medicina

Veterinária, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, 2008. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/lpv/posgrad/teses/fighera2008.pdf> Acesso em: 17 de novembro.

FIGHERA, R.A.; SOUZA, T.M.; SILVA, M.C.; BRUM, J.S.; GRAÇA, D.L.;

KOMMERS, G.D.; IRIGOYEN, L.F.; BARROS, C.S.L. Causas de morte e razões para eutanásia de cães da Mesorregião do Centro Ocidental Rio-Grandense (1965- 2004). Pesquisa Veterinária Brasileira, v.28, n.4, p.223-230, 2008.

FLUEHMANN, G.; DOHERR, M.G.; JAGGY, A. Canine neurological diseases in a referral hospital population between 1989 and 2000 in Switzerland. Journal of Small

Animal Practice, v.47, n.10, p.582-587, 2006.

GAROSI, L.; MCCONNEL, J.E.; PLATT, S.R.; BARONE, G.; BARON, J.C.; DE LAHUNTA, A.; SCHATZBERG, S.J. Results of diagnostic investigations and long- term outcome of 33 dogs with brain infarction (2000-2004). Journal of Veterinary

Internal Medicine, v.19, n.5, p.725-773, 2005.

GRANGER, N.; SMITH, P.M.; JEFFERY, N.D. Clinical findings and treatment of noninfectious meningoencephalomyelitis in dogs: A systematic review of 457 published cases from 1962 to 2008. Veterinary Journal, v.184, n.3, p.290-297, 2010.

GRECO, J.J.; AIKEN, S.A.; BERG, J.M.; MONETTE, S.;BERGMAN, P.J. Evaluation of intracranial meningioma resection with a surgical aspirator in dogs: 17 cases (1996- 2004). Journal of the American Veterinary Medical Association, v.229, n.3, p.394-400, 2006.

GREENE, C.E. & APPEL, M.J. Canine distemper. In: Infectious Diseases of the

Dog and Cat. St Louis :3rd Ed., Saunders Elsevier, 2006, p.25-41.

GREER, K. A.; SCHATZBERG, S. J.; PORTER, B. F.; JONES, K. A.; FAMULA, T. R.; MURPHY, K. E. Heritability and transmission analysis of necrotizing

meningoencephalitis in the Pug. Research in Veterinary Science, v.86, n.3, p.438- 442, 2009.

GRONE, A.; ENGELHARDT, P.; ZURBRIGGEN, A. Canine Distemper Virus Infection: Proliferation of Canine Footpad Keratinocytes. Veterinary Pathology, v.40, n.5, p.574-578, 2008.

HAMPSON, K. DUSHOFF, J.; CLEAVELAND, S.; HAYDON, D.T.; KAARE, M.; PACKER, C.; DOBSON, A. Transmission Dynamics and Prospects for the Elimination of Canine Rabies. PLOS Biology, v.7, n.3, p.152-160, 2009.

HASS, R.; JOHANN, J.M.; CAETANO, C.F.; FISCHER, G.; VARGAS, G.D.; VIDOR, T.; HÜBNER S.O. Níveis de anticorpos contra o vírus da cinomose canina e o parvovírus canino em cães não vacinados e vacinados. Arquivo Brasileiro de

Medicina Veterinária e Zootecnia, v.60, n.1, p.270-274, 2008.

HARTMANN, T.L.S.; BATISTA, H.B.C.R.; DEZEN, D.; SPILKI, F.R.; FRANCO, A.C.; PAULO ROEHE, P.M. Anticorpos neutralizantes contra os vírus da cinomose e da parainfluenza em cães de canis dos municípios de Novo Hamburgo e Porto Alegre, RS, Brasil. Ciência Rural, v. 37, n. 04, p.1178-1181, 2007.

HAYES JR., H.M. An hypothesis for the aethiology of canine chemoreceptor system neoplasms, based upon an epidemiological study of 73 cases among hospitak patients. Journal of Small Practice, v.16, p.337-343, 1975.

HEIDNER, G.L; KORNEGAY, J.N; PAGE, R.L; DODGE, R.K; THRALL, D.E. Analysis of survival in a retrospective study of 86 dogs with brain tumors. Journal of

Veterinary Internal Medicine, v.5, p.219–226, 1991.

HORTA, R.S.; MARTINS, B.C.;LAVALLE, G.E.; COSTA, M.P.; ARAÚJO, R.B. Neoplasias intracranianas em pequenos animais – revisão de literatura. Acta

Veterinaria Brasilica, v.7, n.4, p.272-281, 2013

Documentos relacionados