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AS BANDEIRAS CRAVADAS NO TERRITÓRIO DA SURDEZ

No documento Dissertação-Pedro Henrique Witchs (páginas 102-114)

A BRASILIDADE SURDA ALMEJADA

AS BANDEIRAS CRAVADAS NO TERRITÓRIO DA SURDEZ

Retorno ao país Surdez descrito por Wrigley (1996): é possível observar uma bandeira verde e amarela cravada lá. E é bastante provável que, se fosse amplamente explorado, seriam encontradas outras flâmulas que fazem desse lugar um território repleto de fronteiras nas quais os surdos são considerados cidadãos e não estrangeiros. Contudo, é importante ter em mente que as bandeiras cravadas nesse lugar ocupado pela surdez não implicam a captura de todas as subjetividades surdas. Implica a tentativa de traduzir as pessoas em identidades a fim de maximizar seu governamento. Conforme mencionei anteriormente, se torna complicado generalizar esses modos de governar um tipo específico de pessoa para outros contextos, pois o recorte analisado possui características bastante particulares da conjuntura do país em uma determinada época. A partir dessas características, foi possível relacionar práticas de disciplinamento do corpo surdo atreladas a práticas de normalização que condicionam a matriz de experiência da surdez a produzir uma normalidade surda brasileira.

Para chegar a essa relação, foi preciso assumir a surdez como uma experiência, isto é, como uma forma histórica de subjetivação, uma forma que produz subjetividades as quais sujeitos podem se sujeitar ou não. Nesse sentido, foi fundamental demonstrar as características da constituição de noções de deficiência auditiva na Modernidade, bem como as características da constituição das noções de diferença surda pelas práticas que se estabelecem na Contemporaneidade, de modo a mostrar que a brasilidade surda pode ser traduzida na identidade nacional específica que foi almejada, mas não necessariamente assumida em acontecimentos recentes da história dos surdos brasileiros. Demarcar essas modificações pelas quais a matriz de experiência da surdez passou e continua passando possibilita entender a conveniência, para a governamentalidade, dessas noções na constituição de subjetividades surdas.

Deste modo, foi fundamental também demonstrar as razões pelas quais o Estado adotou uma forma mais intervencionista de governar, no início do Governo getulista, e, nesse sentido, a produção da identidade nacional regulada pela língua e atribuída a todos os indivíduos da população serviria como uma potente estratégia de governamento, a partir da qual os sujeitos atuariam como parceiros do Estado na condução de suas condutas. Para tanto, demonstrei a consonância dos planos do Governo com as interpretações que intelectuais da época faziam do Brasil. A necessidade de construir uma cultura nacional alinhada ao desenvolvimento industrial e à urbanização do país se fundamentou na positividade atribuída

à miscigenação e no desejo de revolucionar o Brasil com a inclusão, na produção de uma sociedade brasileira do futuro, daqueles que foram marginalizados em uma sociedade oligárquica do passado.

A reforma no ensino e política da língua nacional foram outros dois elementos fundamentais para se alcançar os objetivos do Estado. Daí a necessidade de investir e de multiplicar as estratégias para que sujeitos como os surdos pudessem ser inseridos na esfera produtiva do país que desejava ser formado. Nesse sentido, descrevi a dinâmica do trabalho desenvolvido no Instituto Nacional de Surdos Mudos para incutir nos alunos a cidadania brasileira. Ao articular os saberes dos campos técnico-científicos da estatística, bem como os da medicina e da pedagogia – que inventam os sujeitos anormais, os indivíduos a corrigir – às normativas desenvolvidas no interior da escola para normalizá-los, foi possível examinar um conjunto de práticas que operaram na constituição de uma brasilidade surda almejada para o exercício da governamentalidade.

Tais práticas, analisadas a partir de um objetivo diferente do proposto aqui, podem não significar muito além da exigência da oralidade, da leitura e da escrita, características da educação de surdos do passado que já conhecemos. No entanto, se propôs aqui olhar para essas práticas na relação com o fortalecimento da identidade nacional. Nesse sentido, notar, no material, a importância de justificativas para multiplicar os meios pelos quais se atingiria uma normalidade surda, bem como um claro antagonismo posto entre língua vernácula e sinalização, revela muito da necessidade de criação e manutenção dessa brasilidade no Estado Novo.

Essa brasilidade pode ser pensadas para além do recorte espaço-temporal desde que com a devida atenção às transformações que acontecem na história. Hoje, não vemos com tanta ênfase a exigência do ensino da fala da língua vernácula, mas o português escrito – como língua pela qual são possibilitadas as relações de identificação com uma nação – permanece, em termos jurídicos, insubstituível diante de outras estratégias do governamento linguístico dos surdos. É nessa lógica que a oficialização da Língua Brasileira de Sinais, por meio da Lei nº 10.436/2002, não implica “substituir a modalidade escrita da língua portuguesa” (BRASIL, 2002, parágrafo único). Por outro lado, tornar brasileira a língua de sinais utilizada pelos surdos dos grandes centros urbanos do país não deixa de ser um modo de permanecer conduzindo as condutas desses sujeitos, seja por meio da formação de professores nessa língua, seja por meio das políticas de inclusão escolar.

Na esteira do que escreveu Hall (2005) sobre não podermos assumir o deslocamento das identidades nacionais pelos empreendimentos da globalização sem considerar as

diferenças que são costuradas na construção dessa identidade global, acredito que este trabalho possa servir como uma contribuição para o entendimento de que a diferença não está subordinada à identidade, mas é sobreposta a outras para conformar essa identidade almejada. Nesse sentido, a Dissertação também pode ser útil para pensarmos a relação da educação com a diferença e nos perguntarmos de que modo podemos trabalhar sem tentar domar, domesticar ou reduzir a diferença ao mesmo. Para Gallo (s/a, p. 14), o risco em tentar fazer isso é grande, mas, assim como esse autor, também creio ser “possível pensar uma outra educação que, através da diferença, possa ser vetor de produção de singularidades”.

Durante a produção deste trabalho – em meio a idas e vindas pelo tempo, mas também geograficamente para visitar o acervo histórico do INES – tive a possibilidade de repensar as práticas que atravessam a educação de surdos e depositar outros olhares sobre a surdez e os surdos em um determinado período da história. Precisei ir e voltar muitas vezes, dentro do próprio texto, na medida em que repensei meus pensamentos sobre os elementos discutidos aqui. Essas idas e vindas, na escrita que materializa meu pensamento, caracterizam o trabalho que tem como princípio a suspeita; o trabalho que foge das certezas absolutas, das grandes verdades instauradas no tempo.

Se fosse possível retornar efetivamente no tempo, mas desta vez para um passado menos distante, como o início do curso de Mestrado, e se fosse preciso refazer essa empreitada, provavelmente a pesquisa ganharia outros contornos; seguiria outros caminhos, uma vez que o modo como olho para essas questões investigativas sofreu transformações ao longo do curso, das leituras e das discussões com colegas e com minha orientadora. Desenvolveria a pesquisa de outra forma; delimitaria outros recortes temporais; olharia para outros materiais, provavelmente os que me possibilitassem observar os modos pelos quais os sujeitos se relacionam consigo mesmos, além da relação com o saber e o poder; procuraria por práticas de resistência e de contraconduta, de modo a entender como a constituição das subjetividades surdas acontece também no presente. É possível, contudo, fazer do dilema “e se” uma oportunidade de evocar Kairós outra vez; fazer desse dilema um novo momento oportuno para continuar desdobrando a pesquisa.

Aceito, embora um pouco inconformado, que tudo que pude fazer para produzir esta Dissertação foi feito com o que estava ao meu alcance. Isto é, fiz o que foi possível dentro de minhas condições temporais, estruturais e, sobretudo, intelectuais. Condições que, devo ressaltar, são de um aprendiz: alguém que está em uma crescente vontade de saber e que se encontra constantemente diante de referências que o interpelam e modificam seu olhar. Isso implica dizer que nem tudo aconteceu conforme o planejamento inicial, contudo, mesmo que

tenha sido empreendido um esforço para aproximar teórica e metodologicamente este trabalho ao de outros, entendo que cada falha decorrente desse esforço possibilitaram que eu me tornasse cada vez mais autor desta Dissertação.

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