ABRIGO Margarida 32 anos Ensino Fundamental Serviços gerais 04
3.4 AS CONTRIBUIÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA
Nos depoimentos dados, as mulheres entrevistadas destacam como foram atendidas durante a denúncia. No caso da Margarida, foi informada, quando estava fazendo o registro do Boletim de Ocorrência (BO), pela delegada, que eles iriam solicitar a Medida Protetiva (BRASIL, 2006). Para Hortência, ações tomadas pela Delegacia Geral do interior do Piauí, foram: acompanhamento até sua residência por policiais à procura das armas que ele ficava a
ameaçando; registro do BO relatando que era só uma briga simples entre marido e mulher; orientaram a vítima a sair da cidade; deram um prazo muito longo para ela fazer o exame de corpo e delito. Para Tulipa o atendimento foi considerado rápido e a delegada perguntou se gostaria de ir para a Casa Abrigo.
Sobre a visão que têm da Casa, as três mulheres manifestaram que o tratamento dado a elas na Casa é bom. Margarida foi reticente com relação à convivência, destacando que houve momentos que não foi tão bom; Hortência ressaltou o fato de não gostar totalmente porque fica parada. Nesse caso, ela traz à tona a falta de atividades que ocupem as mulheres conforme preconiza o Protocolo (BRASIL, 2005b) que traz, em seus objetivos, a necessidade da conjugação das ações da Casa com Programas de emprego e renda e profissionalização, visando ocupar as usuárias do serviço. Outro aspecto trazido por Tulipa, considerado como ponto negativo da Casa, é a demora, em alguns casos, em proporcionar um atendimento e encaminhamentos imediatos à solução dos problemas enfrentados pelas mulheres. Por fim, no que respeita as ações articuladas desenvolvidas pela Casa, ainda existe muitas barreiras, algumas difíceis a serem sanadas, pois a rede de serviços constituída por secretarias, órgãos e instituições públicas não tem dado a devida prioridade a esse grupo de mulheres que têm suas vidas mudadas por conta de um ciclo de violência praticado por seus companheiros. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao analisar a trajetória de vida das mulheres abrigadas à luz das discussões teóricas e dos relatos das usuárias, identificaram‐se os motivos que a levaram para a Casa Abrigo, seu percurso no ciclo da violência e a busca pela ruptura ao buscarem o auxilio especializado de instituições que compõem a rede de atendimento estadual. Assim, no momento em que as mulheres buscam romper com o ciclo de violência, elas mostram que almejam sair da posição de objeto e de alvo constante de violência cometida pelos seus companheiros. Nesse sentido buscam tornarem sujeitas de suas próprias histórias de vida. É claro que estando abrigadas na Casa Abrigo seus direitos, sobretudo civis e sociais estão restritos, mas elas acreditam que o abrigamento é um momento necessário em suas vidas.
Por fim, espera‐se que este estudo tenha contribuído para a identificação dos limites e possibilidades enfrentados pelos serviços oferecidos às mulheres que sofrem violência doméstica e familiar pelo companheiro. Espera‐se, também, que as instituições de abrigamento, busquem cada vez mais, maior resolutividade a seus serviços em consonância ao que determina a Lei Maria da Penha. REFERÊNCIAS ALDROVANDI, E. O.C. Nos passos da violência. Capivari: EMI, 1997. ARAÚJO, M. F. Violência e abuso sexual na família. Psicologia em estudo. Maringá, v. 7, n. 2, 2002. ________. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM). Protocolo: orientações e
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HABITAÇÃO COMO DIREITO: COMO SE INSEREM OS PROFISSIONAIS DE SERVIÇO SOCIAL NA POLÍTICA HABITACIONAL H. O. MARINHO¹; M. K. PINHEIRO²; R. A. de S. RODRIGUES³ 1 Discente do Curso de Bacharelado em Serviço do Instituto Federal do Ceará(IFCE) – Campus Iguatu. Email: heleysania_marinho@hotmail.com ‐, ²Discente do Curso de Bacharelado em Serviço do Instituto Federal do Ceará(IFCE) – Campus Iguatu. Email: keile_mp@hotmail.com ‐, ³Discente do Curso de Bacharelado em Serviço do
Instituto Federal do Ceará(IFCE) – Campus Iguatu. Email: raissaaraujo.r@hotmail.com RESUMO
O presente texto tem como objetivo analisar a trajetória da Política de Habitação no Brasil, observando os condicionantes histórico, econômico e social para as Questões Urbana e Agrária se apresentarem como tal na atualidade. Além de atentar para as políticas adotadas nos últimos anos como forma de amenizar as questões postas pela problemática da falta de moradia para uma grande parcela da população. Considerar o que o Serviço Social vem contribuindo nessa discussão, para então
apresentar e entender como se dá o exercício profissional do/a Assistente Social na perspectiva da garantia do direito à Moradia, trazendo uma análise de como a Política de Habitação está inserida no município de Iguatu e Juazeiro do Norte, e apontar e entender os desafios que se apresentam no cotidiano do profissional em Serviço Social. Além de pesquisas bibliográficas, contamos com entrevistas com as próprias profissionais. PALAVRAS‐CHAVE: Política de Habitação; Serviço Social; Assistente Social; Moradia. HOUSING AS LAW HOW fall SERVICE PROFESSIONALS IN SOCIAL HOUSING POLICY ABSTRACT
This text aims to analyze the trajectory of Housing Policy in Brazil, observing the historical, economic and social conditions for the Urban Issues and Agrarian present themselves as such today. Besides attending to the policies adopted in recent years as a way to alleviate the issues raised by the issue of homelessness for a large portion of the population. Consider what social work has contributed in this discussion, and then present and understand how is the
exercise of professional / social worker in the perspective of guaranteeing the right to housing, bringing an analysis of how housing policy is embedded in the municipality of Iguatu and Juazeiro, and point and understand the challenges that arise in the daily professional in Social Work. Apart from literature searches, we have interviews with the professionals themselves.
HABITAÇÃO COMO DIREITO: COMO SE INSEREM OS PROFISSIONAIS DE SERVIÇO SOCIAL NA