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Pode-se dizer, que a RESEX do Rio Cajari é um território das populações tradicionais que sofre a sobreposição e fortes influências de diferentes interesses, muitos dos quais antagônicos. A indefinição quanto a posse definitiva da terra, faz perdurar uma pressão exercida pelas empresas do Projeto Jari sobre as comunidades, no sentido de manter viva a idéia de que a área lhe pertence e que os tempos de outrora retornarão, conforme abordado anteriormente. Em outro pólo, as ações do Estado em suas diversas esferas, incidem sobre esse espaço de acordo com as intenções das diferentes políticas públicas e dos grupos políticos que estão no poder.

A RESEX do Rio Cajari é um território que, além de ser gerido pela co-gestão entre o poder público federal (IBAMA/CNPT) e as representações comunitárias locais, conforme abordamos anteriormente, também partilha a sobreposição da ação municipal, incluindo área de três municípios: Mazagão, Vitória do Jari e Laranjal do Jari,

Comunidades Pesquisadas

Outras

Rodovia BR 156 Laranjal do Jari Mazagão Vitória do Jari Municípios

Segundo PNUD (1998), do total da área da RESEX do Rio Cajari, 40,36% estão localizados no Município de Laranjal do Jari, 43,02 % em Mazagão e 16,62% no Município de Vitória do Jari. O fato da área da reserva sobrepor-se em municípios diferentes acaba por afetar as comunidades de modo diverso, dependendo do município em que elas pertençam e das prioridades estabelecidas pelo gestor municipal. Como então a população da reserva é influenciada pelas políticas municipais?

O processo de municipalização das políticas públicas, principalmente da educação, permitiu que fossem instaladas escolas municipais na maioria das comunidades, principalmente a partir da segunda metade dos anos 90, o que fez com que surgissem novas ocupações até então inexistentes nesse espaço, como merendeiras, serventes, catraieiros para transportar alunos, agentes de saúde, técnicos microscopistas. De um modo geral, a implantação das unidades escolares criou, em média, de dois a três empregos por comunidade. Note-se que as comunidades são formadas por poucas famílias, daí a importância dessas ocupações no nível de renda da população local.

A implantação de escolas e posto de saúde é também responsável pelo deslocamento das famílias no interior da reserva. O caso mais marcante registra-se na área pertencente ao município de Vitória do Jari, criado em 1994, o mais novo dos três municípios. Rapidamente, as comunidades onde foram instaladas escolas e energia elétrica passaram a receber novas famílias que se mudaram em busca desses serviços públicos. Inclusive, há casos como da comunidade de Aterro do Muriacá, já citado, em que o primeiro prédio foi uma escola seguida de posto de saúde, e onde hoje vivem

O oferecimento dos serviços públicos tem sido usado pelos gestores municipais como estratégia para agregar a população, facilitando a execução de seus projetos políticos, mas também pode servir como forma de retaliação, a exemplo do registrado na comunidade de Conceição do Muriacá, em que a comunidade ficou sem o fornecimento de energia elétrica por mais de um ano. Destaque-se que a energia é produzida por um conjunto de motor-gerador a partir da queima de óleo diesel, subsidiado pela Prefeitura de Laranjal do Jari. Segundo as informações colhidas, o motor pertencente a Prefeitura ficou com defeito, e como ocorreu desentendimento envolvendo o prefeito e membros da comunidade, em represália, “o prefeito não mandou consertar o motor deixando a gente sem energia por mais de um ano”, afirmou um dos entrevistados.

Além das influências da esfera municipal, a RESEX também sofre a interferência da sobreposição estatal em âmbito estadual, cabendo destacar o papel desempenhado pela Feira do Produtor, em que a produção é transportada para a capital Macapá, por barcos custeados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Floresta – SEAF. Além de livrar o agroextrativista do atravessador, o transporte disponibilizado aos trabalhadores, para que vendam seus produtos na referida feira tem facilitado a relação dos trabalhadores com o mercado, funcionando como um incentivo ao aumento da produção, e permitindo que os moradores vendam os produtos de seu trabalho e adquiram os bens manufaturados de que precisam, servindo também como porta de entrada para novos hábitos de consumo.

No tocante, especificamente, ao campo federal, além da ação do IBAMA/CNPT já retratada, mais um agente público passou a atuar na área mais recentemente, trata- se do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, que reconheceu

através da Portaria INCRA/SR – 21/N° 001/2003, de 03 de junho de 2003 (Anexo 3), a RESEX do Rio Cajari como um instrumento de reforma agrária, possibilitando aos trabalhadores agroextrativistas do Cajari, poder acessar as linhas de crédito gerenciadas e oferecidas por esse Instituto. Segundo informações levantadas junto ao INCRA e corroborada por lideranças da RESEX, numa fase inicial serão 450 famílias beneficiadas diretamente com crédito para construção e/ou melhoria de suas casas.

Cabe destacar que, o reconhecimento pelo INCRA de que a RESEX é um instrumento de reforma agrária é uma grande vitória do movimento dos agroextrativistas, uma vez que sua luta principal sempre foi pela terra, e que as Reservas Extrativistas são entendidas pelo movimento liderado pelos seringueiros como a “reforma agrária dos povos da floresta”.

O que se pode concluir a partir do enfoque sobre a sobreposição territorial, é que a sustentação desse espaço se reflete na noção de território-zona que atribuímos a RESEX, ao mesmo tempo em que a ação estatal influencia internamente no estabelecimento de diferentes redes. Nesse sentido, pode-se dizer, que a unidade e a identidade desse território é garantida pela conjunção de diferentes territorialidades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao analisar nesse trabalho a redefinição do controle territorial sob a ótica do conflito, buscou-se entender as repercussões desse processo no ethos da população local. Assim, foi possível perceber que há redefinições a partir da nova realidade vivida, que se processam no confronto com os pressupostos do capital, na relação com as cidades, com o mercado, com a roça e na exigência de institucionalização imposta pela criação da reserva.

Em sua luta pela terra, os agroextrativistas tiveram que reinventar a vida comunitária, criando suas instituições para representá-los politicamente, bem como para gerir o território conquistado ante o grande capital. Com isso, eles não foram apenas vítimas de um processo que propunha tirar-lhes o que tinham de vital para sua existência, mas também se impuseram enquanto sujeitos do processo social e histórico, pois, como afirma Martins (1993, p.64-65):

Na realidade, o processo não é unilateral. Há uma reciprocidade de conseqüências, o que não quer dizer equidade. Os grupos vitimados por esses programas lançam neles contradições, tensões, desafios. (...) Mesmo velhas relações sociais são substancialmente alteradas, embora mantenham a forma exterior (...) A reciprocidade do impacto se manifesta na constituição do “outro”, que passa a mediar as relações sociais para cada grupo envolvido no desencontro desse encontro.

O “outro” pode ser visto na figura de instituições do Estado, que mediam a luta dos agroextrativistas junto a justiça, ou em entidades de apoio, mas, principalmente, nas próprias representações comunitárias, que passaram a assumir competências diversas ao longo do tempo.

Nesse sentido, em que pesem os problemas na gestão conduzida por essas representações e que foram identificados pela pesquisa, é inegável que a ação das

associações e cooperativas influenciou, direta e indiretamente, em uma melhoria das condições gerais de vida no interior da reserva, principalmente, pela segurança que proporcionou a garantia da posse da terra, criando uma oportunidade única de aprendizado em que podem surgir alternativas de autonomia sob o controle mais efetivo das comunidades.

No tocante ao processo de co-gestão do território, pode-se dizer que há convergência de dinâmicas e interesses, mas não significa que não sejam conflituosos, nem que não se façam presentes estratégias e experiências que se complementam em diferentes aspectos.

O ethos do agroextrativista se redefine no embate entre o moderno e o tradicional, em que mesmo resistindo e sofrendo resistência, transita entre o rural e o urbano, sendo influenciado pelos apelos da sociedade de consumo. Portanto, consumir bens é também modernizar-se. Por outro lado, não é apenas a utilidade funcional que está em questão, mas outros elementos inerentes aos desejos da modernidade que justificam a necessidade do novo (TEDESCO,1999), só assim é possível explicar a aquisição de bens que são pouco funcionais nesse espaço (como comprar uma máquina de lavar que nunca foi usada, ou ainda, adquirir geladeira e televisão para usar por três ou quatro horas por noite, quando tem energia elétrica).

No que se refere ao processo produtivo, muda-se a forma de trabalho como também são diferentes as relações estabelecidas, num processo em que a família agroextrativista sofre as injunções da lógica do mercado, ao mesmo tempo em que resiste em incorporar os mecanismos que lhes são determinados, pois, há aspectos sócioculturais que perpassam a racionalidade meramente econômica ou da técnica,

Abrigar a esperança de soluções econômicas aos problemas da unidade familiar só no âmbito técnico e que não incluam medidas culturais e sociais é andar por um terreno ilusório. É claro que na aparência e na representação sociocultural e ideológica, o aspecto valorativo e ético da prática tecnológica fica oculto atrás do objeto prático e imediato.

Com base nisso, é possível compreender o porque de tantos equívocos ocorridos no processo de produção coletiva, em que se pensou muito mais nos aspectos de ordem econômica e técnica, sem a devida consideração por parte dos planejadores, em relação aos componentes de natureza sóciocultural.

Fiz a opção de recorrer a narrativa oral, como um meio importante para compreender as mudanças sociais em curso, bem como uma forma fértil de resgatar a história e as práticas cotidianas passadas, o que nos possibilitou a compreensão dos vínculos estabelecidos entre o grupo social que estudamos e seu território.

Nesse sentido, pode-se dizer que o território dos agroextrativistas apresenta uma identidade espacial resultante de uma apropriação simbólica do espaço, que inclui aspectos de caráter mais subjetivo e cultural, estruturado a partir de uma íntima interação com o meio, ao mesmo tempo em que contempla a natureza econômica, que dá ênfase ao espaço como fonte de recursos.

Entendo que me preocupei demais em abordar e tematizar a organização da vida cotidiana do agroextrativista, bem como os processos de gestão conduzidos pelas representações comunitárias, em detrimento de uma análise sobre os aspectos que possam viabilizar a sustentabilidade desse espaço, no sentido de garantir sua manutenção sob o controle desse grupo social.

Os limites se tornam ainda mais evidentes, quando cheguei ao final dessa investigação e me deparei com a dificuldade de dialogar com referenciais teórico- metodológicos eficientes, que possibilitem uma compreensão mais efetiva sobre os

mecanismos nos quais se possa satisfazer os pressupostos do desenvolvimento sustentável, que orientaram a regulamentação das Reservas Extrativistas.

Esses e outros dilemas me fazem ter a consciência que é preciso avançar em outros aspectos do campo da pesquisa, em que se busque entender melhor os elementos que compõem a organização da vida dos agroextrativistas, no sentido de proporcionar os meios para uma gestão mais eficiente desse espaço, ao mesmo tempo em que proporcionem respostas sobre a viabilidade da sustentabilidade dessa unidade de conservação.

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O Presidente da República, usando das suas atribuições que lhe confere o ART. 84, inciso IV, da Constituição Federal e nos termos do Art. 9º, inciso VI, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, com a redação dada pela Lei nº 7.804, de 28 de julho de 1989, combinando como Art. 3º do Decreto nº 98.897, de 30 de janeiro de 1991..

DECRETA:

Art. 1° - Fica criada nos municípios de Laranjal do Jarí e Mazagão, no Estado do Amapá, a RESERVA EXTRATIVISTA DO RIO CAJARI, co, área aproximada de