questionário sóciodemográfico
No que se refere à relação entre as fontes de autoeficácia a idade, a experiência de ensino e o momento do curso, apenas existe correlação positiva significativa, mas
muito baixa, das experiências vicárias com a idade e o momento do curso (Tabela 24).
Tabela 24 - Correlação (Pearson) das fontes de autoeficácia docente com a idade, a experiência no ensino e o momento do curso.
Idade (n = 340) Experiência no ensino (n = 111) Momento do curso (n = 340) EFAED
Estados fisiológicos e afetivos -0,078 -0,018 0,036
Persuasão social -0,027 0,084 0,029
Experiências vicárias 0,168* 0,153 0,125*
Experiências diretas 0,099 0,068 0,105
* p < 0,05; ** p < 0,01
Não existem diferenças significativas entre homens e mulheres considerando as fontes de autoeficácia, embora exista uma diferença maior entre homens e mulheres no que se refere à fonte experiências vicárias, como pode ser visto na tabela 25.
Tabela 25 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por gênero.
Gênero p Feminino (n = 142) Masculino (n = 198) EFAED
Estados fisiológicos e afetivos 3,80 (1,03) 3,68 (1,10) p = 0,312
Persuasão social 5,09 (0,74) 5,04 (0,77) p = 0,555
Experiências vicárias 4,91 (0,69) 5,01 (0,78) p = 0,229
Experiências diretas 4,96 (0,84) 5,00 (0,77) p = 0,604
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student.
Quanto a situação no curso, apenas se verificaram diferenças significativas na dimensão experiências vicárias, com os que concluíram o curso a apresentarem escore médio superior (Tabela 26).
Tabela 26 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por situação no curso de pós-graduação. Situação no curso de pós- graduação p Em andamento (n = 201) Concluído (n = 100) EFAED
Estados fisiológicos e afetivos 3,71 (1,12) 3,75 (1,05) p = 0,780
Persuasão social 5,01 (0,81) 5,15 (0,65) p = 0,116
Experiências vicárias 4,92 (0,73) 5,12 (0,74) p = 0,024
Experiências diretas 4,98 (0,82) 4,98 (0,81) p = 0,973
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student.
Os estudantes de doutorado têm níveis de fontes de autoeficácia superiores aos estudantes de mestrado. As diferenças são significativas nas Experiências vicárias e nas Experiências diretas, conforme explicitado na tabela 27.
Tabela 27 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por nível de ensino dos participantes Momento do curso p Mestrando (n = 204) Doutorando (n = 136) EFAED
Estados fisiológicos e afetivos 3,71 (1,03) 3,77 (1,13) p = 0,601
Persuasão social 5,02 (0,79) 5,12 (0,69) p = 0,240
Experiências vicárias 4,89 (0,76) 5,08 (0,71) p = 0,025
Experiências diretas 4,88 (0,85) 5,13 (0,70) p = 0,004
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student.
Os estudantes que frequentam o estágio de docência tem escores médios inferiores das fontes de autoeficácia, sendo as diferenças significativas nas Experiências vicárias, de acordo com o exposto na tabela 28.
Tabela 28 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por estágio de docência durante a pós-graduação.
Estágio de docência durante a pós-graduação p Não realizou (n = 143) Em andamento (n = 46) Concluído (n = 151) EFAED
Estados fisiológicos e afetivos 3,79 (1,03) 3,58 (1,06) 3,73 (1,12) p = 0,522
Persuasão social 5,08 (0,71) 4,82 (0,90) 5,11 (0,74) p = 0,068
Experiências vicárias 4,96 (0,75) 4,70 (0,79) 5,05 (0,71) p = 0,019
Experiências diretas 4,98 (0,75) 4,75 (0,98) 5,06 (0,77) p = 0,063
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância da ANOVA.
Os pós-graduandos que atuam como professores apresentam escores mais elevados nas fontes de autoeficácia docente, existindo significância estatística em todas as dimensões, com exceção da dimensão estados fisiológicos e afetivos, onde as médias são semelhantes (Tabela 29).
Tabela 29 - Comparação das fontes de autoeficácia docente por estudantes que atuam como professor e que não atuam como professor.
EFAED
Atua como professor
p
Não (n = 229)
Sim (n = 111)
Estados fisiológicos e afetivos 3,73 (1,07) 3,74 (1,08) p = 0,944
Experiências vicárias 4,90 (0,75) 5,09 (0,71) p = 0,027
Experiências diretas 4,90 (0,80) 5,15 (0,77) p = 0,006
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student.
No que se refere aos participantes que já atuaram como professor, apenas se observaram diferenças significativas nas dimensões experiências vicárias e experiências diretas, com estes tendo escores médios mais elevados (Tabela 30).
Tabela 30 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por estudantes que atuam como professor e que não atuam como professor.
EFAED
Já atuou como professor
p
Não (n = 155)
Sim (n = 185)
Estados fisiológicos e afetivos 3,78 (1,05) 3,70 (1,09) p = 0,509
Persuasão social 5,00 (0,76) 5,11 (0,74) p = 0,188
Experiências vicárias 4,86 (0,74) 5,05 (0,73) p = 0,021
Experiências diretas 4,83 (0,85) 5,11 (0,73) p = 0,001
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student.
Na relação entre as fontes de autoeficácia e a pretensão dos participantes de seguir a carreira docente, encontramos diferenças significativas nas experiências vicárias. Neste caso, os estudantes que pretendem ser docentes do ensino superior têm escores mais elevados do que os que não pretendem, como mostra a tabela 31.
Tabela 31 - Comparação dos escores das fontes de autoeficácia docente por estudantes que pretendem ser docentes do ensino superior e os que não pretendem.
EFAED
Pretende ser docente do ensino superior
p Não
(n = 48)
Sim (n = 292)
Estados fisiológicos e afetivos 3,89 (1,01) 3,71 (1,08) p = 0,288
Persuasão social 4,88 (0,79) 5,09 (0,74) p = 0,075
Experiências vicárias 4,67 (0,76) 5,01 (0,73) p = 0,003
Experiências diretas 4,79 (0,76) 5,02 (0,80) p = 0,071
Valores apresentados na forma: média (desvio-padrão); p – valor de significância do Teste T de Student
Para avaliar a relação as fontes de autoeficácia docente com o quão preparados os estudantes se sentem para atuar como docentes, foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Spearman. Os resultados da Tabela 32 mostram a correlação negativa com os estados fisiológicos e afetivos e positiva com as experiências vicárias. Em ambos os casos as correlações são de baixa intensidade.
Tabela 32 - Correlação (Spearman) das fontes de autoeficácia docente com o quão preparados os estudantes se sentem para atuar como docentes (1=Nada; 2=Pouco; 3=Suficiente; 4=Muito).
Quão preparados para atuar como docentes (n = 340)
EFAED
Estados fisiológicos e afetivos -0,200**
Persuasão social 0,112
Experiências vicárias 0,281**
Experiências diretas 0,130
* p< 0,05; ** p < 0,01
Utilizou-se o mesmo critério para avaliar a relação entre as fontes de autoeficácia docente com a satisfação em ser docente (Tabela 33). Observa-se correlações positivas, mas de baixa intensidade, da satisfação em ser docente com a persuasão social, as experiências vicárias e as experiências diretas. As correlações da satisfação em ser docente com os estados fisiológicos e afetivos não são significativas.
Tabela 33 - Correlação (Spearman das fontes de autoeficácia docente com a satisfação em ser docente (1=Nada; 2=Pouco; 3=Suficiente; 4=Muito).
Satisfação em ser docente (n = 220)
EFAED
Estados fisiológicos e afetivos -0,151
Persuasão social 0,239**
Experiências vicárias 0,279**
Experiências diretas 0,259**
* p< 0,05; ** p < 0,01
Bloco VI – Escala de Fatores que Influenciam a Escolha pelo Ensino