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As visitas aos doentes e idosos

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4.2. Práticas sociais das idosas no grupo

4.2.1. As visitas aos doentes e idosos

As idosas que participam deste grupo fazem visitas domiciliares em pequenos grupos. Elas se juntam para visitar outras pessoas idosas e doentes, mesmo as que não participam do grupo. As visitas são importantes para elas porque levam a felicidade e alegria aos visitados. Elas são valorizadas e estão sendo úteis, em levar uma palavra de conforto, amiga. Cada uma que visita tem o doente ou idoso como membro da sua família. Vejamos alguns depoimentos: Carmem Oliveira:

“Eu sinto tão bem, aquele amor às pessoas visitadas, parece que a felicidade delas vem de dentro, aquela alegria. Sempre pedia a Deus que me desse algo para fazer em benefício dos outros. Um trabalho que me sentisse bem e participasse da alegria dos outros. Eu fui visitada quando estava operada. Senti muita felicidade quando as pessoas vinham me visitar. A gente se sente feliz vendo outra pessoa feliz”.

Carmosina Valverde:

“Uma visita é muito boa. É uma alegria para aquela pessoa visitada. Ela fica lá doente, inclusive eu mesma, quando vinham fazer uma visita para mim, ficava alegre, achava bom. A gente conversa com as pessoas, passamos coisas de Deus para elas. Ajuda a conservar a fé da gente”.

Hélia América:

“As visitas que faço são tão gratificantes. Quando o meu filho mais velho faleceu fiquei numa situação ruim dentro de casa. A irmã Álida me convidou para fazer visitas e isto me ajudou demais, me confortou muito, precisa de ver, foi muito bom”.

Ambrosina Pires diz: “eu acho muito importante as visitas, oh! Meu Deus, ajuda em muitas coisas. Você está ali com aquele pensamento, sozinho, chega uma pessoa, aquilo a pessoa se abre, o coração fica outro”.

O que fazem nessas visitas? Momentos de acolhimento por parte de quem visita para ajudar os familiares do visitado a ser também acolhedores; conversas e descontração, aniversário, orações e preces. Por vezes os visitados são ajudados no banho, na higiene e ensinamento de remédios, quando não medicados por profissionais da saúde. Uma delas, Augusta Pedra, diz: “visitamos os doentes, os velhinhos e celebramos os aniversários deles. Levamos um presentinho, cantamos para eles os parabéns, eles ficam muito contentes”.

Conforme o estado em que o doente está, é feito da seguinte maneira: se o doente está melhor é sentado na sala da casa para conversar; fazem uma oração mais intensa. Se o doente está mais grave, de cama, a oração é bem mais rápida. Neste caso, não fica mais de um dos visitantes no quarto. Enquanto um está com o doente, os outros ficam na sala conversando com a família do visitado.

Quando o visitado é católico se faz uma leitura da Bíblia, reza-se a Ave Maria, o Pai Nosso e canta-se para alegrá-lo. Também são anotado os nomes dos doentes e idosos que foram ou não visitados, para informar à equipe ou ao pequeno grupo de visitas. A Maria Antônia diz: “eu me sinto muito bem com as visitas, às vezes deixo tudo para fazer uma visita. É uma coisa boa”. Vê-se nesta outra entrevistada, a delimitação da saúde e afazeres de casa, mas que não se sente bem sem fazer visitas.

Fabrícia Floriano diz: “acho muito bom, só não faço mais porque me sinto fraca, mas gosto que as pessoas venham me visitar. Tenho vontade que Deus me dê muita força para mim visitar também”.

Cecília de Castro fala: “é muito bom, me enriquece bastante. Agora não estou visitando porque a minha filha está trabalhando e o meu netinho fica comigo”.

A cada semana os visitados ficam ansiosos para receberem as visitas, na falta dessas, eles se lamentam. Assim dizia Rita Alegre: “minha mãe estava doente e sempre recebia a presença dessas senhoras, quando elas não vinham, ela perguntava por que não vieram”. Por outro lado, é muito grande o sentimento de dor, por parte de algumas visitantes, no que se refere à situação sofrida do visitado. A entrevistada Ruiva Cândida dizia: “às vezes fico preocupada ao visitar alguém, em ver a situação que passa, mas a gente sente força, porque as pessoas doentes passam também a força”. Este outro depoimento de Sonia Alves diz que “as visitas são muito

importantes, quando eu visito um doente ou um idoso, me sinto emocionada de ver aquela situação de tristeza que passa as pessoas visitadas”. As idosas do grupo Recanto da Alegria participam em pequenos grupos para um trabalho domiciliar, para visitar outras pessoas idosas e doentes que não podem participar do grupo. Para elas, as visitas são de suma importância, pois levam conforto, alegria e felicidade aos visitados. Com isso elas se sentem valorizadas e úteis a um serviço prestado para ajuda mútua aos necessitados e carentes. Aparecida de Souza fala que,

“a visita é a coisa melhor que tem, porque a gente sabe que está ajudando as pessoas. A gente chega naquela casa, estão tristes, com a presença da gente, sentimos que eles se alegram. Vemos uma alegria nos olhos deles. Eles falam que as nossas visitas para eles é a coisa mais boa. Então quando a gente ouve estas coisas, fica satisfeita. Nós fazemos visitas aos idosos e os doentes”.

Carmosina Valverde diz:

“Uma visita é muito boa. É uma alegria para aquela pessoa visitada. Ela fica lá doente, inclusive eu mesma, quando vinham fazer uma visita para mim, eu ficava alegre, achava bom. A gente conversa com as pessoas, passa coisas de Deus para elas. Ajuda a conservar a fé da gente”.

Aparecida Souza:

“A visita é a coisa melhor que tem, porque a gente sabe que está ajudando as pessoas. A gente chega naquela casa, estão tristes, com a presença da gente sentimos que eles se alegram. Vemos uma alegria nos olhos deles. Eles falam que as nossas visitas são muito boas. Então quando a gente ouve estas coisas ficamos satisfeitas. Nós fazemos visitas aos idosos e os doentes”.

Como podemos notar, as visitas ambientam e enriquecem as idosas, pois elas fazem deste ofício uma missão da vocação cristã e humana.

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