Com o intuito de verificar aspectos das relações interpessoais dos arquivistas com os demais profissionais de outras áreas, foram feitos cinco questionamentos: se o arquivista é respeitado pelos profissionais de outras áreas, se o trabalho do arquivista é reconhecido e valorizado pelos colegas de outras áreas de formação, se a opinião do arquivista é levada em
consideração quando o debate com outros profissionais é sobre atividades arquivísticas, se o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com não arquivistas e se quando outros profissionais realizam atividades arquivísticas a qualidade técnica do trabalho fica comprometida. Essas seis questões foram dirigidas diretamente aos profissionais que estão atualmente desempenhando a profissão de arquivista. Os resultados desses questionamentos apresentam-se a seguir.
TABELA 29 – O arquivista é respeitado por profissionais de outras áreas
População Percentual Sim 5 33% Não 1 7% Às vezes 2 13% Não opinou 7 47% TOTAL 15 100%
Pelos resultados obtidos verificou-se que para 33% dos entrevistados, o arquivista é respeitado pelos colegas de outras áreas, 13% acreditam que às vezes o arquivista é respeitado para 7% o arquivista não é respeitado pelos outros profissionais. 47% dos entrevistados não opinaram por não estarem atuando como arquivista no momento, como é possível notar no Gráfico 41.
33%
7% 13%
47%
O arquivista é respeitado por profissionais de outras áreas
Sim Não Às vezes Não opinou
Como o trabalho desempenhado pelo arquivista é visto pelos demais colegas de outras áreas, também foi alvo da investigação, como mostra a Tabela 30.
TABELA 30 – O seu trabalho é reconhecido e valorizado pelos colegas de outras áreas de formação
População Percentual Sim 5 40% Não 1 6% Às vezes 2 13% Não opinou 7 47% TOTAL 15 100%
Para 40% dos entrevistados, o trabalho do arquivista é valorizado e reconhecido pelos profissionais de outras áreas de formação, enquanto que para 13% as atividades do arquivista são valorizadas às vezes, nenhum dos entrevistados acredita que o trabalho do arquivista não é valorizado e reconhecido. 47% dos arquivistas não opinaram, como é possível visualizar no Gráfico 42.
40%
0% 13%
47%
Seu trabalho é reconhecido e valorizado pelos colegas de outras áreas de formação
Sim Não Às vezes Não opinou
GRÁFICO 42 – O seu trabalho é reconhecido e valorizado pelos colegas de outras áreas de formação
A Tabela 31 mostra como a opinião do arquivista é vista pelos outros profissionais quando envolvem atividades arquivísticas.
TABELA 31 – Sua opinião é levada em consideração no debate sobre atividades arquivísticas com outros profissionais População Percentual Sim 6 40% Não 0 0% Às vezes 2 13% Não opinou 7 47% TOTAL 15 100%
Quanto ao questionamento de no debate sobre atividades arquivísticas a opinião do arquivista ser levada em consideração, 40% dos entrevistados disseram que sim, são ouvidos, para 13% a opinião do arquivista é considerada às vezes. Nenhum entrevistado acredita que a opinião do arquivista não é levada em consideração no debate sobre atividades arquivísticas com colegas de outras áreas de formação. 47% dos pesquisados não opinaram. O Gráfico 43 ilustra essa situação.
40%
0% 13%
47%
Sua opinião é levada em consideração no debate sobre atividades arquivísticas com outros profissionais
Sim Não Às vezes Não opinou
GRÁFICO 43 – Sua opinião é levada em consideração no debate sobre atividades arquivísticas com outros profissionais
O compartilhamento de atividades arquivísticas com outros profissionais também foi questionado aos arquivistas, que opinaram da forma apresentada na Tabela 32.
TABELA 32 – Acredita que o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com não arquivistas População Percentual Sim 5 33% Não 2 13% Nem sempre 1 7% Não opinou 7 47% TOTAL 15 100%
Através das respostas pode-se verificar que para 33% dos entrevistados o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com outros profissionais não arquivistas, 13% acreditam que o trabalho arquivístico só pode ser desenvolvido por um arquivista, 7% apontam que nem sempre o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com não arquivistas. 47% dos entrevistados não opinaram. O Gráfico 44 traz esses dados melhor visualizados.
33%
13% 7%
47%
Você acredita que o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com não arquivistas
Sim Não
Nem sempre Não opinou
GRÁFICO 44 - Acredita que o trabalho arquivístico pode ser compartilhado com não arquivistas
A qualidade do trabalho desenvolvido por outros profissionais, que não o arquivista, também foi alvo de questionamento aos egressos, que se manifestaram conforme o que apresenta a Tabela 33.
TABELA 33 – Acredita que quando não arquivistas realizam atividades arquivísticas a qualidade técnica do trabalho fica comprometida
População Percentual Sim 3 20% Não 0 0% Nem sempre 5 33% Não opinou 7 47% TOTAL 15 100%
Com relação ao questionamento de outros profissionais realizarem atividades arquivísticas, 20% dos entrevistados disseram que a qualidade técnica do trabalho fica comprometida, 30% acreditam que nem sempre o trabalho realizado por não arquivistas fica comprometido, nenhum dos arquivistas afirmou que a realização do trabalho arquivístico por outros profissionais comprometeria a qualidade das atividades. 47% não opinaram, como é possível visualizar no Gráfico 45.
20% 0%
33% 47%
Você acredita que quando não arquivistas realizam atividades arquivísticas a qualidade técnica do trabalho
fica comprometida
Sim Não
Nem sempre Não opinou
GRÁFICO 45 – Acredita que quando não arquivistas realizam atividades arquivísticas a qualidade técnica do trabalho fica comprometida
Esse questionamento previa que os arquivistas justificassem a opinião sobre o trabalho arquivístico poder ou não ser compartilhado com outros profissionais, sendo apresentada a posição dos egressos no Quadro 6.
QUADRO 6 – Justificativas quanto a realização de atividades arquivísticas por outros profissionais
QUESTIONAMENTO POPULAÇÃO RESPOSTAS
5.5 Quando não arquivistas realizam atividades arquivísticas, você acredita que a qualidade técnica do trabalho fica comprometida?
8 - Sim, certas demandas de nosso trabalho só podem ser executadas por profissionais preparados, de acordo com as teorias arquivísticas e com nossa experiência profissional.
- Sim, a grande maioria executa trabalho de arquivo baseando-se em conhecimento empírico e não no conhecimento técnico-científico.
- Nem sempre, depende do comprometimento de
quem realiza a atividade e da orientação de um profissional qualificado, no caso, um arquivista. - Nem sempre, se as atividades realizadas são definidas, acompanhadas e revisadas por arquivistas acredito que são confiáveis.
- Nem sempre, muitas vezes pessoas que trabalharam anos em arquivos têm um vasto conhecimento sobre o acervo e a prática adquirida por essas pessoas deve ser levada em consideração para a adequação do trabalho arquivístico, mas, muitas vezes eles também têm muito a colaborar com os arquivistas.
- Nem sempre, mesmo no empirismo se encontra metodologia que poderá ser transformada e qualificada pelo profissional arquivista.