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CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Aspectos gerais dos grupos pesquisados

A partir da estratificação realizada – membros atuais; ex-membros; alunos não participantes do MEJ – no grande grupo pesquisado, foram obtidos os resultados demonstrados a seguir.

 Sexo, faixa etária e período

Tabela 1 – Dados sócio-demográficos dos alunos pesquisados

Membros Ex- membros Não participantes Sexo Feminino 71% 57% 49% Masculino 29% 43% 51% Período 1º - - - 2º 19% 0% 2% 3º 10% 7% 18% 4º 0% 21% 18% 5º 0% 14% 17% 6º 5% 0% 18% 7º 38% 36% 6% 8º 29% 0% 9% 9º 0% 21% 11% Faixa etária Entre 16 e 19 anos 24% 0% 18% Entre 20 e 23 anos 57% 71% 60% Entre 24 e 27 anos 14% 21% 18% Entre 28 e 30 anos 0% 7% 2% Acima de 30 anos 5% 0% 2%

Verifica-se, por meio dos dados da Tabela 1, que entre os grupos pesquisados, há uma predominância de mulheres; de alunos do 7º período e de discentes que estão na faixa etária dos 20 aos 23 anos.

 Intenção de se tornar empreendedor durante ou após a formação acadêmica

Tabela 2 – Intenção de empreender dos alunos pesquisados

Membros Ex- membros Não participantes Pretensão se tornar empreendedor Sim 86% 64% 80% Não 14% 36% 20% Forma de empreender Abrindo o próprio negócio 50% 56% 64% Através do intraempreendedorismo 50% 44% 36%

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

A partir dos dados da Tabela 2, é possível verificar que a maioria dos alunos de Administração, sejam eles participantes ou não participantes da Empresa Júnior, tem a intenção de, em algum momento da trajetória profissional, empreender.

Conforme mencionado neste trabalho, caracteriza-se como empreendedor, o indivíduo que, dotado de alguma ideia, opta por abrir um novo negócio ou, de forma inovadora, resolve atuar em uma organização já existente. Nesse sentido, observa-se que, entre os pesquisados, há um certo equilíbrio entre a forma como se pretende empreender. No entanto, é oportuno destacar o percentual de 63% de alunos não participantes do MEJ, que afirmam ter intenção de empreender abrindo o próprio negócio.

Para detalhar esse questionamento, foi feita uma pergunta direcionada aos membros da Prospect, por meio da qual foi possível identificar que dos 50% que pretendem abrir um

negócio, 22% já tem uma ideia de negócio, enquanto 28% não sabem que tipo de negócio pretendem abrir.

Outro importante questionamento feito aos membros e ex-membros da Prospect foi em relação à influência da vivência no Movimento Empresa Júnior na vontade de empreender. O resultado desta questão segue demonstrado na Tabela 3.

Tabela 3 – Influência do MEJ na decisão de empreender

Membros Ex-membros Influência da vivência na EJ na decisão de empreender Sim 89% 33% Não 11% 67%

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

É interessante perceber que durante o período de vivência efetiva na Empresa Júnior, os membros atribuem a esta o principal fator de influência na vontade de empreender, seja num novo negócio, seja em um negócio já existente. Através da pesquisa realizada pela Brasil Júnior, o C&I, é possível associar este resultado ao incentivo que os participantes do MEJ recebem durante o período em que permanecem no movimento. O contato com outros empresários juniores, a vivência de mercado e a proximidade com empreendedores bem sucedidos podem ser fatores contributivos para este resultado positivo. No caso dos ex-membros, os fatores mencionados como influenciadores foram, principalmente: negócio familiar e vontade anterior à EJ.

Conforme visto na Tabela 2 – Intenção de empreender dos alunos pesquisados, 80% dos não participantes do MEJ têm intenção de empreender. Constatado este percentual, faz-se necessário mencionar que, ao elaborar o instrumento de pesquisa, foram formuladas questões direcionadas aos alunos que não fizeram parte do Movimento Empresa Júnior. Tais questionamentos objetivaram identificar neste grupo as intenções

empreendedoras e os principais fatores de influência, em caso de resposta positiva. As questões direcionadas e as respostas obtidas com este grupo estão explicitadas a seguir.

 De que forma pretende empreender

Tabela 4 – Forma de empreender dos alunos pesquisados

Alunos não participantes do MEJ

Forma de empreender Negócio próprio 64%

Intraempreendedorismo 36%

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

Extraídos da Tabela 2, os percentuais acima demonstram que, dos 80% dos alunos que afirmaram ter intenção de empreender, 64% ou 52 respondentes, pretendem ter um negócio próprio, enquanto 36% ou 18 respondentes pretendem atuar, de forma inovadora, em empresas já existentes. Os fatores que influenciam a intenção empreendedora deste grupo são demonstrados na Tabela 5.

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

Sobre os fatores listados, é possível relacioná-los a outros também abordados na pesquisa. Quando questionados sobre o exercício de atividade profissional na área de administração, 28% dos respondentes afirmaram que já exercem funções relacionadas à administração, enquanto 72% não trabalham na área. Estes 72% não são, necessariamente, pessoas que não trabalham, apenas são indivíduos que não atuam em uma das áreas da administração.

Fator que influenciam o interesse em

empreender

Experiência adquirida na atual atividade 18%

Influência familiar 8%

Tenho uma boa ideia de negócio e quero desenvolvê-la 43%

Quero fazer a diferença na organização que trabalhar 24%

Outro 8%

Sobre este último grupo verifica-se como fatores de influência predominantes o fato de terem uma boa ideia de negócio e o interesse em desenvolvê-la – 15 respondentes de um total de 47 (72%) – seguido do fator “fazer a diferença na organização que trabalhar”, com 14 respondentes. A experiência adquirida na atual atividade, influência familiar e outros fatores aparecem como aspectos secundários para este grupo.

Em relação ao percentual de 28% ou 18 respondentes, que já exercem atividade na área de administração, foram observados como principais fatores de influência: “tenho uma

boa ideia de negócio e quero desenvolvê-la”, marcado por 7 do total de 18 respondentes, seguido do fator “experiência adquirida na atual atividade”, mencionado por 6 alunos.

Traçado o perfil geral dos alunos pesquisados, apresenta-se, em seguida, as características predominantes em cada um dos grupos do estudo. É válido mencionar que, em se tratando da identificação das características do comportamento empreendedor (CCEs), o que se propõe, segundo o modelo desenvolvido por McClelland e disponibilizado pelo Sebrae (2013), é uma possibilidade de aprendizagem, desenvolvimento e aperfeiçoamento destas características.

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