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Aspectos Gerais dos Granulares das Misturas Asfálticas Os granulares formam o esqueleto das misturas asfálticas São

MISTURAS ASFÁLTICAS 2.1 INTRODUÇÃO

2.3 FORMULAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS

2.3.1 Aspectos Gerais dos Granulares das Misturas Asfálticas Os granulares formam o esqueleto das misturas asfálticas São

muitos os tipos de misturas asfálticas e cada um destes tipos exige propriedades particulares dos agregados. Em efeito exemplificativo, veja-se a norma NF EN13108-1, que distingue as seguintes misturas asfálticas:

EB-BBSG (Béton Bitumineux Semi-Grenu); EB-BBME (Béton Bitumineux à Module Élevé);

EB-BBS (Béton Bitumineux pour chaussée Souple à faible trafic);

EB-BBM (Béton Bitumineux Mince);

EB-BBA (Béton Bitumineux Aéronautique);

EB-GB (Grave-Bitume) Empirique;

EB-GB (Grave-Bitume) Fondamentale;

EB-EME (Enrobé à Module Élevé);

BBTM (Béton Bitumineux Très Mince);

BBDr (BétonBitumineux Drainant).

2.3.2 Os fíleres

Os fíleres são os granulares que passam pela peneira 0,063mm e que conferem às misturas certas características. As especificações dos fíleres são definidas na norma francesa NF EN 13043, e destacam-se as seguintes propriedades (MANUEL LPC 2007):

� Granularidade: tamanho das partículas nos limites de 0,125mm a 0,063mm;

� Azul de metileno (EN 933-9);

� Compacidade IVR (índice des vides Rigden {NF EN 1097-4});

� Poder rigidificante ΔTBA (NF EN 13179-1).

Existem duas classificações de fíleres que são habitualmente utilizadas, e estão listadas na Tabela 2.5.

Tabela 2.5 - Características usuais dos fillers (MANUEL LPC, 2007)

2.3.3 Os finos

O tamanho deste material é inferior a 63µm. Estão compostos por materiais considerados como fíller e areia fina. Estes podem ser derivados de rochas massivas, como o fíller calcário que é amplamente utilizado. De igual forma, existem também outros tipos de materiais que são utilizados nas misturas asfálticas, tais como o cimento, a cal viva, cinzas etc. Neste respeito, a metodologia francesa estabelece uma restrição relacionada ao teor de cal viva que não deve ultrapassar o valor de 1%. Os finos devem estar conformes à norma NF EN 13043 que estão representadas na Tabela 2.6;

Tabela 2.6 - Especificações dos finos da areia ou em seu defeito dos finos da mistura asfáltica (MANUEL LPC, 2007)

2.3.4 As areias

As areias para misturas asfálticas são as areias trituradas 0/2 ou britas 0/4. Existe também a possibilidade do uso de areias naturais para melhorar a trabalhabilidade da mistura, mas é necessário avaliar os riscos de trilha de roda (MANUEL LPC, 2007).

As especificações sobre as areias estão estipuladas na norma NF EM 13043. As areias utilizadas são as 0/2 ou as britas 0/4 para a maioria das misturas asfálticas. Para as graves-bitumes (EB-GB), as misturas a módulo elevado (EB-EME) e os bétons bitumineux para camadas finas de tráfego leve (EB-BBS) é admissível a fração 0/6 (MANUEL LPC, 2007).

Critérios granulométricos

(mm) nocivos Finos Característica rigidificante

2 0,125 0,063

MBF g/kg IVR % ΔTBA Passante Passante Retetido Passante Retetido

≥100 85 a 100 ≤10 ≥70 ≤10 ≤10 MBF10 29 a 38 V 28/38

8 a 16 ΔR&B8/

16

Característica g por 1000g MBF IVR % ΔTBA �C Especificação NF EN 13043 ≤10 MBF10 28 a 38 V28/38 8 a 16 ΔR&B8/16

As normas francesas estabelecem critérios para a utilização das areias nos diferentes tipos de misturas asfálticas.

2.3.5 As britas

As britas, cujos tamanhos se expressa por d/D (onde d/D é a designação dos granulares menores (d) e maiores (D)) fazem parte da denominada matriz granular. As britas compõem o esqueleto mineral resistivo, encarregado diretamente de suportar os carregamentos provenientes da circulação do tráfego. Propriedades intrínsecas da brita como a natureza mineralógica e a angularidade dos grãos, a polaridade, a aspereza da superfície apresentam influência no comportamento final da estrutura, tanto na adesividade e absorção (granular-bitume) como na trabalhabilidade (facilidade de misturar e compactar) (MANUEL LPC, 2007).

A resistência mecânica e as características das britas estabelecidas nas normas são em função da posição da camada da mistura e da sua espessura para as camadas de rolamento. As britas são caracterizadas pela sua resistência ao desgaste e para as camadas de rolamento pela resistência ao polimento. As características de fabricação são concernentes a gradação, resistência mecânica, limpeza. Veja-se a Tabela 2.7.

Tabela 2.7 - Características mínimas das britas, resistência mecânica e características de fabricação. (MANUEL LPC, 2007)

As frações granulares geralmente utilizadas para as britas são: 2/4, 2/6, 4/6, 4/10, 6/10, 10/14. Para as misturas destinadas às camadas de base as frações 2/10, 6/40, 6/20, 10/20, 14/20 são igualmente utilizáveis. Os valores de D possíveis para cada tipo de mistura são dados na Tabela 2.8. Tipo de uso Resistência mecânica NF EM 13043 XP P 18-545 Características de fabricação Camada de fundação LA40MDE35 LA40MDE35 (1) GC85/20 G25/15 FI25 f1 Camada de base LA30MDE25 LA30MDE25(1) GC85/20 G25/15 FI25 f1 Camada de ligação grosa LA30MDE25

LA30MDE25 (1)

GC85/20 G25/15 FI25 f1 Camada de ligação fina

BBM LA25MDE20 LA30MDE25 (1) GC85/20 G20/15 FI25 f1 Camada de rolamento grosa e pavimentos aeronauticos leves LA25MDE20 PSV50 LA25MDE20(1) GC85/20 G20/15 FI25 f1 Camadas de rolamento BBTM e BBDr e pavimentos aeronauticos pesados LA20MDE15 PSV50 LA20MDE15(2) GC85/15 (formulas descontinuas) G85/20 FI20f0,5 (1)

Com possível aplicação, sempre q se justifique e sujeito a uma justificação explícita no edital, uma compensação máxima de 5 pontos entre as características LA e MDE (ver XP P 18­545). Por exemplo:

� Um granular de LA=25 é considerado conforme a [LA20, MDE15] se tem um MDE=10 � Um granular de MDE=10 é considerado conforme a [LA20, MDE15] se tem um LA=25 � Um granular de MDE=18 é considerado conforme a [LA20, MDE15] se tem um LA=17 (2)

Tabela 2.8 - Valor de D admitido em função do tipo de mistura (MANUEL LPC, 2007)

Os Bétons Bitumineux Minces (EB-BBM) do tipo A se

caracterizam por uma discontinuidade entre 2 e 6mm, os de tipo B se caracterizam por uma discontinuidade entre 4 e 6mm. (MANUEL LPC, 2007).

Assim como a textura, a angularidade das britas desempenha um papel importante na camada de rolamento porque estas características devem ser tidas em consideração para as misturas destinadas a este uso. Esta é medida segundo a norma EN 933-5.

2.3.6 Os aditivos

Compreende os melhoradores de adesividade (DOPE) e os aditivos orgânicos, minerais, e químicos destinados a modificar as características físicas e mecânicas das misturas.

Na Europa, as empresas utilizam uma série de aditivos como as fibras minerais ou orgânicas, pigmentos, ceras, etc., que não são cobertos por uma norma europeia ou uma agência técnica europeia. As normas produzidas permitem a utilização destes materiais para serem utilizados na fabricação das misturas asfálticas.

Mistura D (mm)

Béton Bitumineux Semi-Grenu (EB-BBSG) -

Béton Bitumineux à Module Elevé (EB-BBME) -

Béton Bitumineux aéronautique (EB-BBA) -

BétonBitumineux Mince (EB-BBMAor EB-BBMB)

10-14

Grave-Bitume (EB-GB) 10-20 (2)

Enrobé à Module Élevé (EB-EME) 10-14-20 (2)

Béton Bitumineux Mince (EB-BBMC) 10

Béton Bitumineux Très Mince (BBTM), Béton

BitumineuxDrainant (BBDr) 6-10 (1) (1) É possível utilizar a peneira de 8mm

(Norma Européia)