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Aspectos sociais e econômicos

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE

4.6. Aspectos sociais e econômicos

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Peruíbe é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias, por

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cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal situação garante uma

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verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. O município também

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adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual

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passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências

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estaduais.

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Pela condição geográfica a economia de Peruíbe está calcada nos serviços, com

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destaque no segmento turístico, já que 77% do seu PIB é gerado no setor serviços,

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enquanto o setor secundário responde por 20% movido por pequenas indústrias da cadeia

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turística e hotelaria, cabendo a diferença ao setor primário, onde tem no cultivo da banana

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seu principal produto.

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Em termos de PIB gerado em 2015 (preços correntes) o montante foi de R$

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1.284.888.860,00 e o seu PIB per capita atinge a R$ 19.699,03, de acordo com os dados

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publicados pelo IBGE.

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Comparando-se dados de 2007 e 2017, percebe-se grande evolução no PIB corrente,

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bem como uma leve mudança de perfil do setor de serviços para o setor industrial. Ainda

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assim, o setor de serviços é majoritário na composição da riqueza municipal.

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Quadro 4-2 Evolução do PIB municipal – 2007-2015 21

Indicadores 2007 2015

PIB corrente (R$) 453.678.000 1.284.888.860

PIB per capita (R$) 8.330,94 19.699,03

Fonte: IBGE, 2018 22

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Quadro 4-3 - PIB a preços correntes – série histórica revisada 1

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Fonte: IBGE 3

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/peruibe/pesquisa/38/46996?indicador=47004&tipo=grafico 4

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Outro aspecto importante refere-se à distribuição de renda da população do município,

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para identificação da sua capacidade de pagamento dos serviços de saneamento prestados

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pelo poder público Municipal ou Estadual.

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Quadro 4-4 - Classe de rendimento nominal mensal por pessoas e por domicílio, em Peruíbe, 10

CENSO 2010 11

Faixas salariais (SM) Nº pessoas com mais de 10 anos de idade

Nº de domicílios permanentes

Sem rendimento 16.191 764

Até 1 salário mínimo 12.117 2.225

De 1 a 2 11.919 4.191

De 2 a 5 4.337

7.649

De 3 a 5 3.389

De 5 a 10 1.887 3.022

De 10 a 20 771 968

Acima de 20 234 473

Totais 50.345 19.292

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Fonte: IBGE, 2018. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/peruibe/pesquisa/23/22787?detalhes=true em 04.06.18 13

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Com estes dados pode-se constatar que Peruíbe possui 57,13% da sua população

Peruíbe tem 66,4% de seus moradores dentro desta faixa, o que demonstra um perfil de um

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município de baixa capacidade de pagamento, como pode ser visto no Quadro 4.5 abaixo

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das faixas salariais.

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Quadro 4-5 - Dados de emprego e rendimento - Peruíbe 7

Ano

Salário médio mensal dos trabalhadores formais 2015 2,2 S.M.

Pessoal ocupado 2015 11.038 pessoas

População ocupada 2015 16,9%

Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2

salário mínimo 2010 36%

Fonte: IBGE, 2018. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/peruibe/panorama em 04.06.18 8

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Nas modelagens do plano de expansão dos sistemas é importante buscar a

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configuração econômico-financeira em que os comprometimentos da renda familiar com o

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pagamento dos serviços de saneamento estejam abaixo dos limites estabelecidos pelos

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organismos internacionais, considerando as tarifas e/ou taxas praticadas pelos operadores,

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na situação com projeto, ou seja, com o Plano de Saneamento.

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Além dos números do desempenho das finanças municipais de Peruíbe, onde se pôde

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avaliar, entre outros resultados, o nível de poupança líquida que a administração municipal

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consegue auferir ao final de cada exercício, há também outros elementos de avaliação como

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os indicadores de riqueza municipal estabelecidos pelo Índice Paulista de Responsabilidade

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Social (IPRS), calculado pela Fundação SEADE.

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Conforme a SEADE, o IPRS tem como finalidade caracterizar os municípios paulistas

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17 Resultado obtido a partir dos totais de pessoas com algum rendimento informado, dividido pela população total informada pelo CENSO de 2010, que é diferente da totalização de pessoas no quadro, restrita às pessoas com mais de 10 anos de idade.

consagradas pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – renda, longevidade e

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escolaridade.

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Para cada uma dessas dimensões foi criado um indicador sintético que permite a

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hierarquização dos municípios paulistas de acordo com a sua situação. Os três indicadores

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sintéticos são expressos em uma escala de 0 a 100, constituindo-se em uma combinação

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linear de um conjunto específico de variáveis.

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Na presente análise, a preocupação é avaliar os indicadores da riqueza municipal de

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Peruíbe, segundo estes indicadores.

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O indicador de riqueza municipal é composto por quatro variáveis:

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• consumo anual de energia elétrica por ligações residenciais;

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• consumo de energia elétrica na agricultura, no comércio e nos serviços por

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ligações;

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• valor adicionado fiscal per capita18; e

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• remuneração média dos empregados com carteira assinada e do setor público.

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O peso de cada uma dessas variáveis na combinação linear que resulta no indicador

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sintético foi obtido pela SEADE por meio do modelo de estatística multivariada, denominado

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Análise Fatorial. De modo a facilitar o manuseio dos dados e a comparação de municípios, o

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indicador foi transformado em uma escala que varia de 0 a 100.

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Tal distinção tem um importante significado do ponto de vista das políticas públicas,

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pois, enquanto as variáveis relativas à renda familiar refletem iniciativas e investimentos

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pretéritos, aquelas referentes à riqueza municipal podem ser associadas à capacidade do

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município de produzir novos esforços em prol do desenvolvimento local.

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18 Valor das saídas de mercadorias, acrescido do valor das prestações de serviços no seu território, deduzido o valor das entradas de mercadorias, em cada ano civil, das atividades econômicas, dividido pela população da respectiva agregação geográfica.

Antes da análise específica, em âmbito municipal é importante destacar que a Região

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de Santos mantém-se em 1º lugar no ranking estadual, desde o ano 2000 até 2006,

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conforme ressaltado anteriormente, vindo em 2º lugar a Região Metropolitana de São Paulo.

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Este fato é relevante na medida em que apesar de alguns municípios que formam a Região

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