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Lendo o enunciado, temos umas ruínas que foram reconhecidas como patrimônio cultural. O exercício quer saber: o que essas ruínas reúnem para se tornar patrimônio cultural?

Já que o enunciado não citou nada sobre as tais ruinas, portanto, o ideal é ler o texto para saber...

Lendo o texto, já na primeira linha, sabemos que as ruínas são do povoado de CANUDOS. Pronto! Já sabemos o assunto da questão.

Porém, o exercício não quer saber nada sobre Canudos, mas sim saber, genericamente, sobre as ruínas...

Ruínas são objetos arqueológicos, e arqueologia é justamente a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado, baseando-se na análise desses vestígios, ou no caso da questão, dessas ruínas.

Resumindo, a importância das ruínas de Canudos é principalmente arqueológica, embora tenha também uma importância cultural.

Analisando as alternativas, já na letra A temos justamente o que conversamos acima:

Letra A) – Objetos arqueológicos e paisagísticos. Perfeita a

alternativa.

A letra A é a alternativa correta para o ENEM.

Entretanto, para escrever o livro eu preciso ler todas as alternativas para decidir se vale a pena explicar cada uma delas ou não. Por isso que, às vezes, explico todas as alternativas e outras vezes não explico nenhuma e já falo para pularmos para o exercício seguinte.

Quando li este exercício, gostei bastante da letra D, vamos ler a letra D juntos:

Letra D) – Práticas e representações de uma sociedade.

A alternativa D também é correta. Pois também aponta argumentos para o reconhecimento das ruínas como patrimônio cultural.

Muitos alunos devem ter tido essa dúvida: letra A ou D... Para o ENEM a resposta é letra A. Eu, particularmente, marquei a letra A também, mas apenas pela palavra “arqueológicos”.

Porém, realmente a letra D também está correta.

“Ahhh Rapha... Vamos quebrar tudo lá no ENEM. Vamos derrubar aquele INEP e fazer eles anularem a questão, ou também considerarem a letra D...”

Eu sei que, às vezes, dá vontade de “quebrar tudo”, de fazer valer os nossos direitos...

Uma vez conversei, sobre uma questão assim, com um professor, ele me disse assim: “Raphael, as duas alternativas

estão corretas, mas um bom aluno sabe escolher qual é a MAIS correta.”.

Eu achei ridículo o que ele me disse. Eu retruquei e ele continuou: “Raphael, eu sei que é errado, mas as pessoas erram

e ninguém gosta de admitir um erro... Não adianta você reclamar com a banca que elaborou a prova. Eles não irão mudar...”.

Eu retruquei mais ainda... Então, ele brilhantemente me convenceu: “Raphael, vou lhe citar uma frase e espero que você

pense nela: „É sempre fácil obedecer quando se sonha comandar‟. Pense nisso...”.

A frase é perfeita. Vou traduzi-la, da minha forma, para você observar minha tradução, ou seja, o que entendi leitor:

Raphael, fica quieto, não enche o saco... Se você acertou essa merda de questão mal formulada PARABÉNS, se você errou, a vida continua... Obedeça, fique QUIETO... Quando chegar a sua hora, você terá a oportunidade de fazer diferente...

Honestamente falando leitor, eu já fiz inúmeras provas, tanto de vestibular, quanto de concursos públicos e posso dizer que: todo exame, não importa a instituição, apresenta falhas.

E todos nós sabemos que o ENEM vem apresentando muitas falhas, mas, infelizmente, isso é “normal”.

Não adianta nós criticarmos. É uma prova NACIONAL, para cerca de 5 milhões de pessoas. É impossível não ter nenhuma falha...

Eu gosto de fazer uma analogia com a minha vida: eu, Raphael, moro sozinho em SP há uns 4 anos. Então, sou eu que faço comida, lavo o banheiro, lavo roupa, arrumo a casa, enfim, faço tudo que sua mãe faz para você e talvez você não valorize... É claro que às vezes faço tudo, coloquialmente falando, “nas coxas”... Lavo toalha branca com camiseta preta JUNTAS na máquina... Esqueço-me de lavar a louça... Essas coisas...

Honestamente falando, nesses 4 anos que moro sozinho, várias vezes já me esqueci de comprar papel higiênico. Imagina sua mãe falando para você limpar a bunda com folha sulfite...

“Ahhh Rapha, conta aí... O que fez quando ficou sem papel higiênico? Ficou com o bumbum sujo? Usou sulfite mesmo?”

Não vou dar asas para imaginação desse cara. Hehehe. Continuando, outra vez fui tomar banho, quem disse que tinha sabonete... Isso não é porque sou irresponsável... São tantas coisas para se pensar, que é normal ocorrer uma falha em algum ponto.

Eu costumo contar essas histórias justamente para você pensar e fazer uma analogia: às vezes é tão difícil cuidar de uma casa... Agora amplie o espectro dessa análise para uma cidade, para um estado e até para um país... Eu só ganhei essa consciência depois de muito tempo morando sozinho...

Eu criticava meus pais quando faltava alguma coisa em casa, como o papel higiênico que acabava...

Hoje eu percebo o quanto eu já fui injusto...

Hoje eu percebo que muitas vezes em vez de reclamarmos, deveríamos ajudar para, justamente, diminuir a probabilidade de erros.

Então, atualmente, não reclamo de algumas falhas que acontecem no governo ou acontecem em algumas instituições.

O dia que eu conseguir ser um ótimo PRESIDENTE DA MINHA VIDA, talvez eu possa ter o direito de exigir a perfeição das pessoas...

Se bem que... Do governo não dá para não reclamar... Enfim... Peço desculpas se às vezes me delongo um pouco em algumas histórias, mas é como eu afirmei na apresentação do livro, este livro não é apenas sobre vestibular, é também sobre a vida...

Talvez você já tenha escutado muito do que estou falando aqui neste livro, porém de outra pessoa, de alguém mais velho, ou de alguém que você não escuta completamente...

Aposto, que você já ouviu seus pais reclamando de como é difícil sustentar e manter uma casa. Mas agora que você ouviu de mim, tenho certeza de que você pensará um pouco mais nisso.

Pois eu tenho a idade bem próxima da sua, falo a sua “língua”, então sou BOCA para os SEUS OUVIDOS (metaforicamente falando). Enfim, vamos continuar com as questões. Pense nisso que conversamos acima...

Questão 22

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