• Nenhum resultado encontrado

Asterisk e Linu

No documento Introdução à Voz sobre IP e Asterisk (páginas 143-147)

\

\ Por que utilizar o Linux?

\

\ Ambos são soluções Open Source (Asterisk e Linux); \

\ Hardware para acesso a PSTN; toda a implementação do Asterisk é voltada para a plataforma Linux;

\ \ Licenciamento duplo: \ \ GPL; \ \ LGPL.

O Asterisk foi escrito originalmente utilizando a linguagem de programação C, amplamente conhecida na comunidade de desenvolvedores. Isso garante que praticamente qualquer pessoa no mundo com alguma experiência em programação possa contribuir aprimorando seu código-fonte.

Foi desenvolvido sobre o sistema operacional Linux e, por isso mesmo, este é o sistema operacional de suporte nativo do Asterisk. Também funciona em OpenBSD, FreeBSD e MAC OS X. Portar o Asterisk para outros sistemas baseados no Unix deve ser uma tarefa relativamente fácil para pessoas com tempo e habilidade com estes sistemas. GNU General Public License (Licença Pública Geral), GNU GPL ou simplesmente GPL, é a designação da licença para software livre idealizada por Richard Stallman

Introdução à V

oz sobre IP e Asterisk

A GPL é a licença com maior utilização por parte de projetos de software livre, em grande parte devido à sua adoção para o Linux. Em termos gerais, a GPL se baseia em 4 liberdades:

\

\ De executar o programa para qualquer propósito (liberdade nº0); \

\ De estudar o funcionamento do programa e adaptá-lo para suas necessidades

(liberdade nº1). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;

\

\ De redistribuir cópias de modo a ajudar o próximo (liberdade nº2); \

\ De aperfeiçoar o programa e liberar os aperfeiçoamentos de modo que toda a

comunidade seja beneficiada por eles (liberdade nº 3). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

A licença GPL foi originalmente publicada em janeiro de 1989. No entanto, pouco tempo depois, ficou claro que o texto da licença continha vários problemas. Assim, em junho de 1991 foi publicada a GPL versão 2, sendo ao mesmo tempo

introduzida uma nova licença LGPL. Em 2005, Stallman anunciou que estava preparando uma nova versão da licença em conjunto com Eben Moglen. Essa nova versão foi chamada de GPLv3 e o primeiro esboço dela foi publicado em 16 de janeiro de 2006.

A GNU Lesser General Public License (antes conhecida como GNU Library General Public License) é uma licença de software livre aprovada pela FSF e escrita com o intuito de ser um meio-termo entre a GPL e as licenças mais permissivas, como a BSD e a MIT. Foi escrita em 1991 (e atualizada em 1999) por Richard Stallman e Eben Moglen.

A principal diferença entre a GPL e a LGPL é que a última permite ser ligada com programas que não sejam GPL ou LGPL (software livre ou proprietário). Outra diferença é que trabalhos derivados (que não sejam GPL) devem ser bibliotecas de software. A LGPL coloca restrições de copyleft no próprio programa, mas não aplica essas restrições a outro software que apenas se liga com o programa. Há, contudo, outras restrições nesse software. Essencialmente, deve ser possível ao software ser ligado a uma versão mais nova do programa sob LGPL. O método mais usado para fazer isso é por meio de um mecanismo de biblioteca compartilhada para ligação. Alternativamente, a ligação estática é permitida se o código-fonte ou os arquivos do objeto a ser ligado forem disponibilizados.

A LGPL é primariamente utilizada em bibliotecas de software, embora também seja usada por aplicações como OpenOffice.org e Mozilla. Uma característica da LGPL é que se pode converter qualquer pedaço de software em LGPL em outro sob GPL (seção 3 da licença). Essa característica é útil para a criação de uma versão de código que empresas de software não podem usar em produtos de softwares proprietários. Também é necessário assegurar que a LGPL seja compatível com a GPL, de modo que programas cobertos pela GPL possam usar bibliotecas sob LGPL.

Capítulo 4 – Asterisk

Asterisk e a GNU General Public License

\

\ Existem algumas formas para se contribuir com a evolução do Asterisk:

\ \ Desenvolvimento de código; \ \ Conserto de bugs; \ \ Relato de melhorias; \ \ Novas aplicações; \ \ Documentação; \

\ Canal IRC e mailing list.

O Asterisk é distribuído mediante os termos da licença GPL (GNU General Public License). Esta licença permite a distribuição do Asterisk em forma de código ou em forma binária, com ou sem modificações. Sendo você um desenvolvedor, é possível contribuir com o código-fonte do Asterisk, consertando eventuais bugs, relatando melhorias, novas aplicações e drivers para os canais. Geralmente essas

contribuições são disponibilizadas no CVS (Concurrent Version System), para que outros desenvolvedores possam testar e aprimorar os novos códigos.

Caso não seja um desenvolvedor, pode-se contribuir com a evolução do Asterisk de uma maneira muito importante, escrevendo toda a sua experiência em configuração de ambientes e aplicações de voz utilizando o Asterisk. A documentação sobre o Asterisk pode facilitar o aprendizado de pessoas interessadas.

Também é possível contribuir com o projeto através da participação de discussões e depois repassar o conhecimento obtido a outros usuários em um canal IRC (Internet Relay Chat): irc.freenode.net, ou em uma lista de e-mail (http://lists.digium.com).

Asterisk versus PABX

\

\ As soluções de telefonia encontradas no mercado normalmente têm custo

elevado;

\

\ Tradicionalmente há dificuldade para a adoção de novas funcionalidades:

\

\ Novas funcionalidades significam novos custos; \

\ Dificuldades de instalação; \

\ Em geral implica a compra de novo hardware.

\

\ Vantagens do Asterisk em relação a PABXs:

\

Introdução à V

oz sobre IP e Asterisk

\

\ Ambiente de desenvolvimento fácil e rápido; \

\ Plano de discagem flexível e poderoso; \

\ Código aberto.

\

\ Funções básicas:

\

\ Voice mail (mensagem de voz por e-mail); \

\ Música em espera (mp3); \

\ Salas de conferência; \

\ Parking (estacionamento de chamadas); \ \ Caller ID; \ \ Siga-me; \ \ Transferência de chamadas.

A definição do Asterisk na página oficial do programa diz que ele é um software livre e de código aberto, que transforma um computador comum em um rico servidor de comunicações de voz. O Asterisk é uma plataforma de desenvolvimento de aplicações de voz. Assim, é possível criar quase qualquer tipo de serviço envolvendo aplicações de voz sem os altos custos das licenças cobradas pelos fabricantes tradicionais de PABX e desenvolvedores de soluções de telefonia.

O modelo de negócios adotado há muitos anos pela indústria da telefonia torna sua implementação proibitiva em muitos casos, principalmente para pequenas empresas. Para cada novo serviço, era preciso realizar upgrade no sistema com a aquisição de novo hardware, com a necessidade de comprar mais uma licença. Mesmo quando o PABX já estava preparado para o crescimento, não sendo necessário adquirir novo hardware, para cada novo canal de voz era preciso comprar uma nova licença. O Asterisk e a filosofia de código aberto vêm democratizar a utilização de aplicações de voz, pois cada novo serviço no Asterisk é implementado por software normalmente aberto e livre de licenças. Ter controle do seu próprio sistema de telefonia é um dos benefícios que o Asterisk oferece. Ao invés de esperar e pagar para alguém configurar seu PABX proprietário (a maioria não fornece nem a senha para o cliente final), o Asterisk dá toda a liberdade de configurá-lo e programá-lo. Em relação à adição de novas

funcionalidades, com Asterisk basta adicionar os programas adequados. Já com soluções convencionais é muito provável que seja necessário adquirir novas licenças e novo hardware.

É possível desenvolver todas as funcionalidades presentes em sistemas tradicionais no Asterisk, em que mesmo aplicações especializadas são programáveis, como as utilizadas em call centers. Por outro lado, cada nova funcionalidade em sistemas convencionais exige a aquisição de nova licença e, quase sempre de novo hardware. Além de tudo, o Asterisk suporta protocolos de Voz sobre IP, isto é, possibilita a fácil

Capítulo 4 – Asterisk convencional com a instalação de placas especiais. Assim, já traz embutidas as

vantagens das soluções de telefonia IP, como a possibilidade de aproveitar a infraestrutura de dados para o tráfego de voz e mobilidade dos ramais, entre outras vantagens. O Asterisk não é apenas um PABX, porque faz muito mais que unir um conjunto de ramais e ligá-los à rede de telefonia pública.

No documento Introdução à Voz sobre IP e Asterisk (páginas 143-147)

Documentos relacionados