• Nenhum resultado encontrado

Atenção! Fique ligado!

No documento Bombas (páginas 69-76)

Conforme aumenta a folga diametral dos anéis de desgaste, nota-se uma redução na eficiência da bomba, ou seja, aumenta o retorno de líquido da descarga para a sucção da bomba. Isso implica con- sumo desnecessário de energia.

Como o anel de desgaste influencia diretamente na eficiência da bomba e seu consumo de energia, há necessidade de sua substituição periodicamente. Esses intervalos devem estar previstos no plano de manutenção, constante do catálogo técnico do fabricante da bomba.

Acoplamentos

Os eixos das bombas são conectados aos eixos dos seus acionadores por meio de acoplamentos, exceto para bombas muito pequenas, de projeto compacto, onde o impelidor é montado na extensão do eixo do acionador.

Nas bombas maiores, é por intermédio do acoplamento que o motor elétrico transmite o movimento de rotação, também denominado de torque ao conjun- to rotativo da bomba.

Embora diferentes no aspecto físico, todos os acoplamentos são constituídos basicamente dos seguintes componentes:

cubos ou luvas, que são normalmente enchavetados no eixo;

peça amortecedora;

capa externa de proteção e de retenção do lubrificante, no caso dos acopla-

Capítulo 3 – Componentes da bomba centrífuga de simples estágio 69

Atenção!

O acoplamento pode ser, entre outros: rígido;

flexível tipo fita de aço;

flexível com pinos amortecedores;

flexível de dentes arqueados.

Os acoplamentos que não permitem movimento relativo dos eixos, sejam eles axiais ou radiais, são chamados de acoplamentos rígidos.

Esse tipo de acoplamento funciona de forma similar a um par de flanges, co- nectando rigidamente os eixos que passam a operar como um eixo único. São usados em bombas de pequenas rotações e bombas verticais.

A Figura 52 mostra um acoplamento rígido.

Figura 52 – Acoplamento rígido

O acoplamento flexível tipo fita de aço permite um pequeno movimento relati- vo e, em operação, são capazes de absorver pequenos desalinhamentos.

Os acoplamentos flexíveis não suportam erros de alinhamento.

Qualquer desalinhamento é indesejável, não devendo ser tolerado permanentemente, pois ele: • aumenta os esforços;

• prejudica os mancais; • causa a falha do equipamento.

Bombas

70

A Figura 53 mostra a foto de um acoplamento flexível tipo fita de aço.

Figura 53 – Acoplamento flexível tipo fita de aço

O acoplamento com pino amortecedor também pertence à classe de acopla- mentos flexíveis, no qual uma das luvas possui vários furos em que são coloca- dos pinos revestidos de borracha ou de outro material flexível. Esses pinos são presos a outra luva e são responsáveis pela flexibilidade de acoplamento. A Figura 54 mostra a foto de um acoplamento com pino amortecedor.

Figura 54 – Acoplamento com pino amortecedor

No acoplamento de dente arqueado, a flexibilidade é obtida com o uso de um conjunto de dentes de engrenagem, na parte central do eixo do acoplamento. Os dentes de engrenagem encaixam-se em uma cremalheira localizada na par- te central do acoplamento.

Capítulo 3 – Componentes da bomba centrífuga de simples estágio 71

A Figura 55 mostra um acoplamento de dente arqueado.

Figura 55 – Acoplamento de dentes arqueados

Um acoplamento desalinhado, além de forçar os mancais da bomba e do motor elétrico, necessita de uma maior potência de funcionamento. Isso requer um maior consumo de energia elétrica. O manual do fabricante fornece detalhes de como alinhar o mancal.

Apesar das peças da bomba serem manufaturadas pelo seu fabricante, é de in- teresse prático estudar a adequação das peças para que a bomba trabalhe com a potência máxima de operação, na velocidade especificada, a fim de que se obtenha o uso mais econômico da energia necessária ao seu funcionamento.

Alinhar o mancal refere-se ao alinhamento do eixo do motor elétrico com o eixo da bomba. É consegui-

do com o alinhamento dos acoplamentos, já que estes se encontram na ponta de ambos os eixos.

O assunto alinhamento dos acoplamentos será novamente abordado no capí- tulo Instalação.

Fique ligado!

Fique ligado!

Bombas

72

Voltando ao desafio

O síndico do condomínio Jardim das Rosas deseja substituir a bomba centrífu- ga em uso. Também tem a curiosidade de saber se é necessário que a bomba centrífuga seja constantemente verificada e o seu óleo lubrificante substituído. Pensa, ainda, que o gotejamento constante da bomba é um desperdício. A melhor solução que você poderá dar ao síndico até este momento é reco- mendar que ele deve manter o nível de óleo nos mancais de rolamentos, pois, se o nível ficar abaixo do normal, isso resultará em lubrificação inadequada e desgastes prematuros. Com relação à substituição do óleo lubrificante, infor- me que, segundo o manual do fabricante, o óleo lubrificante deve ser trocado após um determinado tempo de uso.

O desgaste do mancal, além de levar à sua quebra, exigirá maiores potências para manter a bomba em funcionamento e uma maior potência necessita de um maior consumo de energia.

O gotejamento na parte traseira da bomba, junto ao eixo, refere-se à caixa de gaxetas. Estas devem permitir que haja um vazamento mínimo da ordem 30 a 60 gotas por minuto para possibilitar a lubrificação do eixo com a água e au- xiliar a manter as gaxetas com a temperatura adequada. Portanto, mostre ao síndico que estes procedimentos não são desperdícios.

Resumindo

Os componentes de bombas tratados nesse capítulo foram: rotor e eixo, siste- mas de vedação, mancal e acoplamentos.

Nesse capítulo, você estudou, ainda as características e o emprego de cada um desses componentes.

Aprenda mais

Como já foi dito nos capítulos anteriores, consultar catálogos de fabricantes de bombas é um bom meio para obter mais informações sobre as partes consti- tuintes de uma bomba.

Veja nas referências bibliográficas, várias indicações de livros e endereços de

Bombas

75

No documento Bombas (páginas 69-76)

Documentos relacionados