sanitária (1985 a 1990)
Aula 5 SUS Sistema Único de Saúde
2. Rede de atenção secundária: Divide-se em serviços ambulatoriais e hospitalares Os serviços ambulatoriais prestam atendimento em espe-
cialidades como: dermatologia, cardiologia, oftalmologia, etc. Os servi- ços hospitalares realizam ações de baixa complexidade como urgências/ emergências, partos normais e cirurgias de pequeno e médio porte. 3. Rede de atenção terciária: São os serviços ambulatoriais e hospitalares
que realizam atendimento de grande complexidade e que, muitas vezes, necessitam de equipamentos sofisticados como cirurgia de coração, he- modiálise, tomografia, quimioterapia, etc.
6.2 O que é municipalização?
Na prática, municipalizar a saúde é aplicar o princípio da descentralização. É trazer para o governo municipal a capacidade de definir, junto com os usuários, as ações e atividades do setor. Os governos estaduais e federais transferem para os municípios as atribuições que eram de sua competência. Quando o município se torna gestor dos recursos públicos, existe mais agi- lidade para oferecer aos cidadãos respostas para os problemas locais, di- minuem-se as fraudes e a distribuição dos recursos se dá de acordo com a realidade de cada município.
6.2.1 Como acontece a municipalização?
Para regulamentar o SUS, foi editado em 1990 as “Leis Orgânicas de Saúde” (Leis nº 8080/90 e 8142/90); em 1993, foi publicada a Norma Operacional
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Básica/93 (NOB/93); em 1996, foi a Norma Operacional Básica/96 (NOB/96), e em 2001, a Norma Operacional da Assistência a Saúde (01/NOAS/2001). Todos eles dispondo sobre a descentralização e as formas de gerência do SUS.
O gerenciamento acontece através de três comissões especiais:
• Em âmbito nacional, a “Comissão Intergestores Tripartite” é formada por representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretá- rios Estaduais (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). A função da “Comissão Tripartite” é elaborar propostas políticas em nível nacional. Ela esta subordinada ao Conselho Nacional de SAÚDE, que é composto por representantes dos usuários (50%), e representantes dos demais segmentos (governo federal, traba- lhadores da saúde, prestadores públicos e privados).
• Em âmbito estadual, a “Comissão Bipartite” é formada por representan- tes da Secretaria de Estado e Secretarias Municipais de Saúde, de forma partidária e tem a função de elaborar propostas políticas de saúde em nível estadual. A comissão esta subordinada ao Conselho Estadual de Saúde que é composto por representantes dos usuários (50%), represen- tantes dos demais segmentos 25% (governo estadual) e 25% (trabalha- dores de saúde, prestadores públicos e privados).
• Em âmbito municipal, o “Conselho Municipal de Saúde” atua de forma deliberativa no planejamento e no controle da execução da política de saúde municipal. A formação do conselho varia conforme a lei de cada município, porém respeitando a Lei 8142/90.
Resumo
Nesta aula continuamos a conhecer a história da implantação do SUS no país, sistema presente até hoje no atendimento à saúde do nosso povo. Mas o assunto continuará na próxima aula, mãos à obra!
Segundo a Lei 8142/90, de quatro em quatro anos, cada esfera do governo deve realizar uma conferência ou fórum reunindo vários segmentos sociais para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
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Aula 6 - SUS - Sistema Único de Saúde - II
Atividades de aprendizagem
• Pesquise a infraestrutura da Secretaria de Saúde Municipal e responda: • Quantas Unidades Básicas de Saúde há?
• Quantos serviços de programas (atendimentos) de saúde o município de- senvolve?
• Quais são as referências para encaminhamento dos serviços de atenção secundária e terciária do município?
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Aula 7 - SUS - Sistema Único de
Saúde - III
Nesta aula veremos como funcionam os modelos de gestão e recursos do SUS.
7.1 Como o município passa a ser gestor
do SUS?
As secretarias municipais de saúde assumem a gestão das ações e serviços de saúde através de normas. A Norma Operacional Básica/93 (NOB/93) apresen- tou modalidades de gestão progressivas, em que – gradativamente – os mu- nicípios foram assumindo responsabilidades. Por esta norma, os municípios passaram a atuar no gerenciamento ambulatorial, programas de vigilância epidemiológica e sanitária, e ações em saúde do trabalhador, podendo até chegar a gerência de atividades hospitalares.
A Norma Operacional Básica/96 (NOB/96) estabeleceu duas modalidades de gestão: Plena da Atenção Básica e Plena do Sistema Municipal. Na Gestão Plena da Atenção Básica, o município gerencia as ações e serviços relacio- nados à assistência básica. Recebe os recursos para o custeio destas ações, planejamento, executando ou acompanhando a execução e avaliando o im- pacto das ações e remunerando os serviços realizados. E na Gestão Plena do Sistema Municipal, o município é o gestor de todo o sistema de saúde, planejamento, acompanhamento e avaliando os serviços de saúde. Recebe a totalidade dos recursos no Fundo Municipal e procede ao pagamento dos serviços realizados.
Para o custeio das ações básicas (vacina, curativos, assistência farmacêutica, atividades educativas e preventivas, consultas médicas de pediatria, gineco- logia e clínica médica, e procedimentos de odontologia) foi definido o valor de R$ 10,00 per capita/ano, denominado Piso de Atenção Básica (PAB). O valor programado para o custeio das ações, serviços de saúde e áreas de vigilância sanitária e epidemiológica (ações básicas, ações de média e alta complexidade, internações hospitalares) é denominado Teto Financeiro de Assistência Municipal (TFAM).
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Em janeiro de 2001, foi publicada a Norma Operacional da Assistência à Saú- de (NOAS/ 01/2001) que define as regras de regionalização do atendimento, na qual os municípios de referência para procedimentos mais especializados poderão receber por atendimento prestado a moradores de outros municí- pios.
7.2 Norma Operacional de Assistência à
Saúde (NOAS/01)
1. Plano Diretor Regional para assistência (PDR): Diretrizes que garan-