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Atendimentos realizados pela sala de consulta (físicos e remotos)

3. Estudo de usuários do Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz

3.6 Atendimentos realizados pela sala de consulta (físicos e remotos)

Este tópico é importante para compararmos os atendimentos realizados aos usuários físicos (aqueles que foram atendidos na própria sala de consulta) e os que fizeram a consulta de forma remota. Utilizamos o termo “usuários remotos”, porque esse gráfico contempla somente atendimentos feitos por e- mail, fax e/ou telefone. Por não contemplar as pesquisas realizadas diretamente no site da instituição, como já explicado anteriormente, achamos esse termo mais representativo do que se utilizássemos usuários virtuais, que também incluem esses outros atendimentos, mas nos parece mais abrangente. No recorte desta análise, ou seja, entre 2007 e 2011, tivemos um total de atendimentos de 3284 consultas, sendo 1346 consultas realizadas em atendimentos físicos, ou seja, aproximadamente 41%, enquanto os atendimentos remotos chegaram a 1938, correspondendo a 59% das consultas

realizadas. Os gráficos abaixo representam os resultados obtidos em cada ano analisado:

Gráfico 6: Atendimentos realizados em 2007

Em 2007, o Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz realizou um total de 511 consultas. Conforme o gráfico acima é possível observar a oscilação entre a quantidade de atendimentos físicos e remotos. A diferença entre o total das modalidades de atendimentos foi pequena, mas ainda assim, o atendimento remoto superou o número de consultas, tendo um total de 262 atendimentos ao longo do ano, enquanto o físico resultou em 249.

Em 2008, o número de atendimentos remotos cresceu significativamente. Foram realizados 369 atendimentos remotos e 243 atendimentos físicos. Essa tendência se confirmou ao longo dos outros anos como poderemos observar nos gráficos a seguir.

Gráfico 8: Atendimentos realizados em 2009

Em 2009, o número de atendimentos remotos totalizou 501, correspondendo a quase o dobro do número dos atendimentos físicos, que representou 257 atendimentos ao longo desse ano.

Gráfico 9: Atendimentos realizados em 2010

Em 2010, o número de atendimentos físicos chegou a 273, mantendo sem grandes oscilações a quantidade de atendimentos físicos realizados no recorte estudado. Os atendimentos remotos, neste ano, tiveram uma

considerável queda quando comparado ao ano anterior, totalizando 405 consultas.

Gráfico 10: Atendimentos realizados em 2011

Em 2011, a quantidade de atendimentos remotos se manteve praticamente a mesma do ano anterior, representando 401 consultas ao longo desse ano. Os atendimentos físicos tiveram um significativo aumento chegando ao total de 324 consultas.

Em todos os anos estudados o número de atendimentos remotos ultrapassou o número de atendimentos físicos, mesmo que em alguns meses o físico tenha superado. Este resultado já era bastante esperado e se confirma como uma tendência devido ao rápido avanço tecnológico, os projetos de digitalização de acervos e a disponibilização online desses documentos nos sites das instituições arquivísticas.

Esses dez gráficos apresentados acima, por si só, nos trazem muitas informações importantes sobre os usos e usuários do arquivo da Casa de Oswaldo Cruz. Os resultados obtidos podem e devem ser otimizados cruzando as informações levantadas, contribuindo para uma análise qualitativa.

Dessa forma, podemos relacionar de inúmeras maneiras os resultados apresentados nesta pesquisa, apontando diretrizes importantes para melhorar os processos de difusão do acervo já instituídos pela COC. Ao analisarmos, por exemplo, o Gráfico 3 que nos mostra a origem dos usuários pesquisados, percebemos, como já mostrado acima, que a maioria é usuário externo, ou seja, são usuários de outras instituições. Esse resultado influência diretamente

os resultados obtidos nos Gráficos 6 ao 10 que nos indicam os atendimentos remotos e físicos entre 2007 e 2011. O aumento dos usuários internos, possivelmente, refletiria em maior número de atendimentos físicos. Percebemos, portanto, que divulgando internamente o acervo da COC entre as unidades da FIOCRUZ, consequentemente irá contribuir para a conquista de novos usuários que já estão perto do prédio da Casa onde está localizado o acervo. Essa seria uma das formas de aumentar o número de usuários que fazem suas pesquisas diretamente na sala de consulta.

Outra análise pertinente que podemos realizar cruzando as informações novamente do Gráfico 3, a origem dos usuários, com a titulação acadêmica, representada pelo Gráfico 4, é que além da maior parte dos usuários representarem outras instituições, são alunos de graduação, mestrado ou doutorado, indicando que parcerias realizadas com essas instituições de ensino seriam benéficas para buscar o público real e virtual do acervo, além de contribuir para que usuários potenciais entrem em contato com os serviços oferecidos pelo arquivo da COC.

O Gráfico 4 indica que o maior número de usuários do arquivo da COC são alunos de graduação. Porém, ao analisarmos o gráfico 5 que demonstra os objetivos das consultas realizadas nesse acervo, identificamos que o número de pesquisas feitas para a realização de trabalhos ao longo do curso ou elaborações de monografias de graduandos são relativamente pequenas. Esse resultado indica que esse percentual pode ser otimizado com pequenos esforços feitos pela COC, como por exemplo, a criação de concursos de monografias realizadas com base nas informações consultadas no acervo.

Os resultados obtidos ao longo desta pesquisa e principalmente o cruzamento dessas informações geram conhecimento fundamental para que possamos, ao identificar os processos de difusão da Casa de Oswaldo Cruz, apontar sugestões para melhorar essa comunicação com os usuários reais e virtuais, além de conquistar usuários potenciais, contribuindo para o desenvolvimento de importantes pesquisas na área da saúde pública no Brasil. Esse será, portanto, o tema do nosso próximo capítulo.

4. Processos de difusão no arquivo da Casa de

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