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A primeira mistura liotr´opica ´e elaborada a partir do diagrama de fase cl´assico, re- portado por Yu e Saupe [18] que apresenta, entre as diversas fases nem´atica, uma fase

4 Resultados e Discuss˜ao 103 nem´atica disc´otica, entre fases isotr´opicas (IRE− ND− I). A segunda amostra estudada foi

de um diagrama mais recente, reportado por Akpinar e colaboradores [80], que possui as transi¸c˜oes (NC− NB− ND) (Fig. 3.18).

Figura 4.21: Dispositivo de acoplamento t´ermico: (a) Detalhe mostrando a entrada e sa´ıda de fluido com diferentes temperaturas; (b) Amplia¸c˜ao do porta amostra, com seta indicando detalhe da posi¸c˜ao do capilar.

Nos trabalhos realizados por Lavrentovich e colaboradores [21, 22], foram utilizados um aparato experimental de tal forma que um dos lados da amostra foi sujeita `a uma temperatura, e o outro lado com uma temperatura diferente. Vale ressaltar que as extre- midades do capilar foram deixadas abertas para facilitar o fluxo de mat´eria. Um sistema similar foi montado (Fig. 4.21) para analisar as amostras liotr´opicas. Primeiramente ten- tamos provocar a varia¸c˜ao t´ermica com as extremidades do capilar fechadas e n˜ao foi poss´ıvel observar nenhuma mudan¸ca consider´avel. Como as amostras n˜ao podem ficar expostas ao ar, por um longo per´ıodo, ent˜ao, orientamos a amostra em campo magn´etico (∼ 1T ) com as extremidades fechadas e, posteriormente, abrimos apenas uma das pontas. Na Fig. 4.22, ´e poss´ıvel ver os resultados das mudan¸cas, nas texturas nem´aticas, obtidas mediante o resfriamento da amostra com uma certa taxa para a fase ND, submetida

a um gradiente t´ermico. A textura (pseudo isotr´opica), na fase ND, ´e transformada em uma

textura “amarelada”, no estado transiente. Essa textura ´e provocada pela reorienta¸c˜ao micelar induzida, atrav´es do fluxo e da expans˜ao t´ermica da amostra nem´atica [21, 22]. Quando o gradiente t´ermico e o fluxo de mat´eria desaparecem, a textura ´e novamente transformada na textura orientada homeotropicamente, na fase ND, conforme mostrado

4 Resultados e Discuss˜ao 104

Figura 4.22: Textura nem´atica da mistura de KL/DeOH/D2O: (a) Fase nem´atica disc´otica ND; (b) Estado transiente; e (c) fase ND. Textura nem´atica da mistura de K2SO4/KL/DeOH/H2O; (d) Fase nem´atica disc´otica ND; (e) Estado transiente; e (f) fase ND [81].

Figura 4.23: Textura da fase termotr´opica com uma taxa de resfriamento de 300

C/min: (a) Fase nem´atica disc´otica ND; (b) Estado transiente; e (c) fase ND [22].

Um detalhe importante ´e que a mistura K2SO4/KL/DeOH/H2O possui a sequˆencia

de fases NC− NB− ND, por´em, o fluxo foi provocado na regi˜ao da fase nem´atica disc´otica,

a fim de comparar com o resultado obtido por Laventrovich e colaboradores, para fase nem´atica termotr´opica (Fig. 4.23) [22]. Os resultados s˜ao similares e podem ser observados

4 Resultados e Discuss˜ao 105 na Fig. 4.22 (d), (e) e (f) 0 10 20 30 40 50 60 70 30 40 50 60 70 80 Estado Transiente N D σ Tempo (s) ND

Figura 4.24: Desvio quadr´atico m´edio σ para a mistura KL/DeOH/D2O versus tempo.

A Fig. 4.24 mostra σ versus tempo, obtido a partir de texturas nem´aticas, durante o estado transiente. No estado transiente, σ aumenta, torna-se m´aximo e, depois, diminui, em dire¸c˜ao `a configura¸c˜ao homeotr´opica da fase ND. Observemos que a textura nem´a-

tica, na presen¸ca do fluxo, ocorre entre dois valores m´ınimos de σ , que correspondem `a configura¸c˜ao homeotr´opica da fase ND, totalmente orientada. Al´em disso, foi aplicada a

t´ecnica de medidas de transmitˆancia que foi utilizada por Laventrovich e colaboradores [22] (Fig. 4.25).

Para realizar essa medida, a amostra foi colocada em uma cubeta de 1mm de espessura e, ent˜ao, orientada, em campo magn´etico, `a temperatura ambiente. Ap´os a orienta¸c˜ao, uma das extremidades da cubeta ´e aberta, liga-se, ent˜ao, dois banhos t´ermicos `as extre- midades, sendo que um est´a com o fluxo de ´agua desligado a uma temperatura de 80oC, na outra extremidade o banho t´ermico com fluxo de ´agua a temperatura ambiente (25oC)

permanece ligado, inicia-se, ent˜ao, a medida com o espectrofotˆometro. Quando o fluxo de ´agua `a 80oC ´e ligado, ele provoca o aumento da transmiss˜ao de luz (Fig. 4.26). Observe-

4 Resultados e Discuss˜ao 106 o gradiente t´ermico, o comportamento muda totalmente.

Figura 4.25: Transmitˆancia da amostra termotr´opica colocada entre polarizadores cruzados, utilizando luz com um comprimento de onda de 633 nm em fun¸c˜ao do tempo, de acordo com as mudan¸cas de temperatura indicadas em processo de resfriamento [22].

As imagens conosc´opicas para a fase ND foram determinadas, quando a amostra ne-

m´atica foi girada (no sentido anti-hor´ario) a partir da posi¸c˜ao de 0o `a posi¸c˜ao de 45o,

e em seguida, fixado em 45o. A cruz de Malta, caracter´ıstica da fase N

D, ´e mostrada

nas Fig. 4.27 (a) e (c) e Fig. 4.28 (a) e (c). As Fig. 4.27 (b) e Fig. 4.28 (b) mostram as imagens conosc´opicas das amostras nem´aticas, observadas durante o estado transiente (Ni

B), com os melatopos posicionados ao longo do 2o e do 4o quadrantes. Observemos que

as is´ogiras retornam para a cruz de Malta, quando o equil´ıbrio t´ermico ´e alcan¸cado. Esse ´e o principal resultado e corresponde `as imagens conosc´opicas obtidas por Lavrentovich e colaboradores [21, 22] (Fig. 4.29), para uma fase termotr´opica.

4 Resultados e Discuss˜ao 107 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0.220 0.225 0.230 0.235 0.240 Estado Transiente ND T ra n sm it â n ci a ( a rb .) Tempo (min) ND

Figura 4.26: Transmitˆancia da fase nem´atica para a mistura KL/DeOH/D2O versus tempo, colocada entre polarizadores cruzados, em fun¸c˜ao do tempo, de acordo com as mudan¸cas de temperatura indicadas em processo de aquecimento, utilizando um comprimento de onda de 633 nm.

A imagem conosc´opica da fase Ni

B ´e comparada, agora, com a fase NB encontrada no

diagrama de fase de Saupe [18], entre fases disc´oticas, reportadas recentemente [25], como mostrado nas Figs. 4.27 (d), (e) e (f), respectivamente. Essas imagens conosc´opicas s˜ao bem conhecidas e foram obtidas quando a amostra nem´atica (em equil´ıbrio t´ermico) foi girada da posi¸c˜ao 0o para 45o e, ent˜ao, fixada em 45o. Notemos que os mel´atopos (fase

NB) est˜ao posicionados ao longo do 1o e 3o [18, 25], conforme descrito na Fig. 4.27 (e).

Uma diferen¸ca fundamental entre as imagens conosc´opicas (fases NBe NBi) ´e claramente

identificada entre Fig. 4.27 (b) e (e). As is´ogiras encontradas na fase Ni

B n˜ao s˜ao, como

esperado, no primeiro e quarto quadrantes (NB), mas giradas de 900, ocupando o segundo

e quarto quadrantes. Esse resultado experimental ´e similar ao reportado para uma fase nem´atica termotr´opica, mostrado na Fig. 4.29 [22].

4 Resultados e Discuss˜ao 108

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

Figura 4.27: Imagem conosc´opica da Fase ND na mistura KL/DeOH/D2O: (a) Estado de equil´ıbrio inicial (Cruz de Malta); (b) Abertura das is´ogiras (estado transiente) provocadas pelo fluxo de mat´eria [21]; (c) Estado final de equil´ıbrio (Cruz de Malta); (d) fase ND; (e) fase NB; e (f) fase ND [18, 25].

(a) (b) (c)

Figura 4.28: Imagem conosc´opica da fase ND na mistura K2SO4/KL/DeOH/H2O: (a) Estado de equil´ıbrio inicial (Cruz de Malta); (b) Abertura das is´ogiras (estado transiente); e (c) Estado final de equil´ıbrio (Cruz de Malta) [81].

4 Resultados e Discuss˜ao 109

Figura 4.29: Abertura das is´ogiras causadas pelo fluxo t´ermico na fase termotr´opica [22].

O sinal ´optico das fases NB e NBi tamb´em foi determinado e ´e mostrado na Fig. 4.27

(b) e (e), respectivamente. Na configura¸c˜ao ´optica da fase NBi(NB), com o plano ´optico

(orientados 2o(1o)− 4o(3o)) paralelo (perpendicular), com a dire¸c˜ao de vibra¸c˜ao r´apida

da placa de gipso inserida no microsc´opio ´optico. As cores observadas pr´oximas aos mel´atopos entre as duas is´ogiras, se tornam azuis (amarelas); e a ´area, no interior das is´ogiras, se torna amarela (azul). As fases NB e NBi s˜ao opticamente positivas, de acordo

4 Resultados e Discuss˜ao 110

(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.30: Sinal ´optico das fases nem´atica: (a) Ni

B na mistura KL/DeOH/D2O, (b) NBi na mistura K2SO4/KL/DeOH/D2O (c) NB [81] e (c) Eixos de coordenadas adotados no laborat´orio.

A Fig. 4.31 (a) ´e uma representa¸c˜ao da configura¸c˜ao micelar quando provocamos o gradiente t´ermico na amostra. A maioria delas est´a orientadas, perpendicularmente, ao plano da p´agina e, nesta situa¸c˜ao, temos os ´ındices de refra¸c˜ao indicados pelos eixos, onde o extraordin´ario (ne) est´a paralelo ao diretor, saindo do plano da p´agina; e o ordin´ario (no)

est´a ao longo do eixo x (eixo maior do porta amostras). Quando aplicamos um gradiente t´ermico (Fig. 4.31 (b)), as micelas sofrem uma a a¸c˜ao do fluxo que provoca a mudan¸ca na dire¸c˜ao de ˆn. Essa mudan¸ca ocorre por praticamente toda a amostra. No centro, a velocidade do fluxo ´e um pouco maior do que nas laterais, devido `as pequenas imperfei¸c˜oes (rugosidades) das paredes que tendem a retardar a velocidade do fluido [82]. Esse efeito existe, mas ´e muito pequeno. Nesse caso, podemos afirmar esse fato, quando observamos a mudan¸ca na textura da Fig. 4.22, ela ocorre at´e muito pr´oximo das paredes.

A Fig. 4.31 (c) mostra a representa¸c˜ao de uma micela com a forma prolata, tendo seu maior ´ındice de refra¸c˜ao (nγ) perpendicular `a superf´ıcie do capilar, segundo o eixo

Z. Dessa forma, perpendicularmente a este encontram-se nα e nβ, sendo nα = nβ . Na

4 Resultados e Discuss˜ao 111 de um pequeno ˆangulo (θ ), na dire¸c˜ao paralela ao capilar (na dire¸c˜ao de nα ). Desse

modo, do ponto de vista ´optico, nβ ser´a maior do que nα, gerando, assim, a fase NBi, que

existir´a enquanto houver fluxo. Na presen¸ca do fluxo, as is´ogiras se abrem, na dire¸c˜ao que cont´em nβ, assim como ocorre nos cristais.

(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.31: Configura¸c˜ao micelar. (a) o perfil do diretor homeotr´opicamente, com indica¸c˜ao `

a direita dos ´ındices de refra¸c˜ao e `a dire¸c˜ao do eixo ´optico; (b) reconstru¸c˜ao do perfil do diretor, inclinado devido ao gradiente t´ermico; (c) ´Indices de refra¸c˜ao n1= n2 na fase ND; e (d) Devido ao movimento do fluido, um torque ´e produzido nas micelas, girando de um pequeno ˆangulo θ na dire¸c˜ao paralela ao porta amostra (na dire¸c˜ao de nα ).

A partir do que foi estudado at´e aqui, destacamos, na sequˆencia, `as conclus˜oes do tra- balho e encaminhamos algumas quest˜oes relacionadas `as perspectivas futuras, no sentido do trabalho n˜ao se esgotar aqui.

112

CAP´ITULO 5

CONSIDERA ¸C ˜OES FINAIS

No presente trabalho, foram caracterizados as sequˆencias de fases ND− NB− (ND+

NC) − NC e ND− NB− NC para as respectivas misturas liotr´opicas tern´arias de dodec´ıl

sulfato de s´odio, DeOH e D2Oe NaDS/DeOH/D2O. Em ambas as misturas, identificamos

fases biaxiais n˜ao reportadas na literatura at´e ent˜ao. Em uma primeira etapa, os pontos de transi¸c˜oes de fases e a morfologia das texturas foram identificadas e estudadas por microscopia ´optica de luz polarizada. Utilizando o processamento digital de imagens, foi poss´ıvel identificar os pontos de transi¸c˜oes de cada uma das fases. Por fim, as fases nem´aticas foram caracterizadas por meio da conoscopia ´optica .

Para a primeira sequˆencia, a fase biaxial foi identificada no intervalo de temperatura de 300

C− 32, 50

C. Essa fase se apresentou est´avel no tempo, ou seja, mantendo-se a tem- peratura constante, nessa regi˜ao, ela permaneceu sem mudan¸cas significativas. Fixando a temperatura na regi˜ao de coexistˆencia (NC+ ND), ocorre a forma¸c˜ao de fase ND em uma

matriz NC, caracterizando a regi˜ao. Na segunda mistura, a fase biaxial se manteve est´a-

vel, em um intervalo de temperatura de ∼ 0, 7 0

C. Assim como ocorre no diagrama de fases proposto por Saupe [18], ela surgiu entre fases as uniaxiais. Desse modo, podemos concluir que a fase biaxial observada faz parte da natureza da configura¸c˜ao micelar desses materiais liotr´opicos, estando sempre presente entre as transi¸c˜oes ND e NC. Esse resul-

tado est´a de acordo com os reportados por Bartolino e colaboradores [83], que tamb´em observaram a fase biaxial nessa mistura, por´em com uma diferente concentra¸c˜ao.

5 Considera¸c˜oes finais 113 Al´em disso, por meio de medidas de ´ındice de refra¸c˜ao, caracterizamos a sequˆencia de fases NC− NB− ND para o sistema K2SO4/H2O/KL/DeOH. Ent˜ao, mostramos que a fase

NB aparece entre duas fases uniaxiais que possuem parˆametro de ordem macrosc´opicos

´opticos com sinais opostos, ou seja, na fase NC o ´ındice de refra¸c˜ao extraordin´ario ne

´e menor do que o ordin´ario no; e (∆n) < 0, na fase ND, temos (∆n) > 0 e a situa¸c˜ao

se inverte. Na regi˜ao biaxial, podemos identificar dois sinais ´opticos diferentes, assim como em cristais, ou seja, (n3− n2) > (n2− n1) ⇒ NB+ e (n3− n2) < (n2− n1) ⇒ NB−. Com

isso, podemos considerar que as micelas n˜ao possuem uma estrutura r´ıgida e mudam a configura¸c˜ao micelar (forma) que pode estar ocorrendo nas transi¸c˜oes de fase, bem como no dom´ınio das fases nem´aticas uniaxiais e biaxiais. Esse fato est´a em conformidade com a birrefringˆencia ´optica obtida a partir de medidas do ´ındice de refra¸c˜ao, relatadas neste trabalho e na literatura.

Foi caracterizado tamb´em que, quando uma fase liotr´opica nem´atica disc´otica (ND)

´e sujeita `a uma expans˜ao t´ermica, isso provoca uma reorienta¸c˜ao micelar, que produz imagens conosc´opicas similares `aquelas atribu´ıdas `a fase nem´atica biaxial. As is´ogiras, bem como a posi¸c˜ao dos eixos ´opticos, aparecem rodados por 900

, quando comparados com imagens conosc´opicas da fase NB. Entretanto, as imagens conosc´opicas caracter´ısticas

da fase NB, reportada por diversos autores, ´e est´avel por v´arias horas, enquanto que a

produzida por expans˜ao t´ermica desaparece, logo ap´os o equil´ıbrio t´ermico ser restaurado. Esse resultado ´e similar ao reportado por Laventrovich e colaboradores, que encontraram imagens conosc´opicas similares em fases nem´aticas termotr´opicas. Ressaltamos ainda, que observamos esse comportamento em dois sistemas liotr´opicos diferentes, em que um possui a fase intrinsicamente biaxial e o outro n˜ao. Provocando a expans˜ao t´ermica na regi˜ao da fase ND, ambos apresentaram o mesmo comportamento.

Este trabalho n˜ao se encerra aqui, ao contr´ario, abre uma s´erie de perspectivas futu- ras como, por exemplo, a utiliza¸c˜ao do dodecanol para ampliar o dom´ınio da fase biaxial. Este poss´ıvel resultado pode ser usado para facilitar o estudo de sequˆencias de fases, em misturas j´a conhecidas, que possuem pequeno dom´ınio de fase biaxial, como a mis- tura NaDS/DeOH/D2O. A t´ecnica de conoscopia ´optica pode ser utilizada para detectar

biaxialidade induzida por fluxo de mat´eria e gradiente t´ermico na fase nem´atica calam´ı- tica. Al´em disso, uma investiga¸c˜ao do sinal ´optico da fase colest´erica biaxial est´a sendo realizada em colabora¸c˜ao com o prof. Wladimir S. Braga.

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[71] W. S. Braga, N. Kimura, D. Luders, A. R. Sampaio, P. A. Santoro, and A. J. Palan- gana Eur. Phys. J. E, vol. 24, p. 247, 2007.

[72] O. Pinar, A. Nesrullajev, and O. Sener Phys. Rev. E, vol. 82, p. 061701, 2010. [73] G. P. Souza, D. A. Oliveira, D. D. Luders, N. M. Kimura, M. Sim˜oes, and A. J.

Palangana J. Mol. Liq., vol. 156, p. 184, 2010.

[74] B. Montrucchio, A. Sparavigna, and A. Strigazzi Liq. Cryst., vol. 24, p. 841, 1998. [75] T. R. Taylor, J. L. Fergason, and S. L. Arora Phys. Rev. Lett., vol. 24, p. 359, 1970. [76] M. Born and E. Wolf, Principles of optics. Cambridge University Press, 1999. [77] E. Akpinar, D. Reis, A. M. N. Figueiredo, L. Liebert, and G. Y. Liq. Cryst., vol. 39,

p. 881, 2012.

[78] E. Akpinar, D. Reis, and A. M. F. Neto Liq. Cryst., vol. 42, p. 973, 2015.

[79] W. S. Braga, O. R. Santos, D. Luders, N. Kimura, A. R. Sampaio, M. Sim˜oes, and A. J. Palangana, “aceito,” J. Mol. Liq., vol. 213, p. 186, 2016.

[80] E. Akpinar, D. Reis, and A. M. N. Figueiredo Eur. Phys. J. E, vol. 35, p. 50, 2012. [81] O. R. Santos, W. S. Braga, D. Luders, N. Kimura, M. Sim˜oes, and A. J. Palangana

Referˆencias Bibliogr´aficas 118 [82] C. P. Merle, C. W. David, and B. H. R., Mecˆanica dos Fluidos. Cengage learning,

2014.

[83] R. Bartolino, T. Chiaranza, M. Meuti, and R. Compagnoni Phys. Rev. A, vol. 26, p. 1116, 1982.

119

ANEXO A -- TRABALHOS REALIZADOS

[1] W. S. Braga, O. R. Santos, A. R. Sampaio, N. M. Kimura, M. Sim˜oes and A. J. Palangana. An optical conoscopy study of a reentrant discotic nematic − biaxial nematic phase transition. J. Mol. Liq., vol. 170, pag. 72, 2012.

[2] M. Sim˜oes, A. J. Palangana, R. Gobato and O. R. Santos. Micellar shape aniso- tropy and optical indicatrix in reentrant isotropic−nematic phase transitions. J. Chem. Phys., vol. 137, p. 204905, 2012.

[3] W. S. Braga, O. R. Santos, D. D. Luders, A. R. Sampaio, N. M. Kimura, M. Sim˜oes and A. J. Palangana. Conoscopic image of a biaxial negative nematic phase in a potassium laurate−decanol−D2O mixture. J. Mol. Liq., vol. 187, pag. 20, 2013.

[4] O. R. Santos, W. S. Braga, D. D. Luders, N. M. Kimura, M. Sim˜oes and A.J. Palangana. Study of optical conoscopy in uniaxial and biaxial nematic lyotropic phases. J. Mol. Liq., vol. 197, pag. 120, 2014.

[5] O. R. Santos, W. S. Braga, D. D. Luders, N. M. Kimura, M. Sim˜oes and A.J. Palangana. Conoscopic image of an induced biaxial nematic lyotropic phase. J. Mol. Liq., vol. 200, p. 319, 2014.

[6] O. R. Santos, W. S. Braga, N. Kimura, A. J. Palangana, and L. Q. Amaral. Biaxial phase and coexistence of the two uniaxial nematic phases in the system sodium dodecyl sulphate − decanol − D2O. Liq. Cryst., vol. 42, p. 240, 2015.

[7] L. Q. Amaral, O. R. Santos, W. S. Braga, N. Kimura and A. J. Palangana, Uniaxial and Biaxial Nematic Phases in Sodium Dodecyl Sulphate - Decanol - D2O Mixtures. an

Optical Conoscopy Study, Mol. Cryst. Liq. Cryst. vol. 615, p. 19, 2015.

[8] W. S. Braga, O. R. Santos, D. D. Luders, A. R. Sampaio, N. M. Kimura, A. J. Palangana and M. Sim˜oes. Refractive index measurements in uniaxial and biaxial lyotropic nematic phases. J. Mol. Liq., vol. 213, p. 186, 2016.

Anexo A -- Trabalhos Realizados 120 Palangana and M. Sim˜oes. Universality in the nematic lyotropic phase space. J. Mol. Liq. (Aceito)

[10] O. R. Santos, W. S. Braga, D. D. Luders, A. R. Sampaio, N. M. Kimura and A. J. Palangana. Conoscopic image of a biaxial nematic phase in a sodium decyl sulfate − decanol − D2O mixture. Mol. Cryst. Liq. Cryst. vol. (Aceito)

Short Communication

An optical conoscopy study of a reentrant discotic nematic—Biaxial nematic

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